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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

Ja temos 2 membro, seja o terceiro do

terça-feira, 31 de julho de 2012

O QUE O STF VAI JULGAR



O Estado de S.Paulo =

Este jornal compartilha da convicção da Procuradoria-Geral da República, expressa em 2006 pelo seu então titular Antônio Fernando de Souza, acatada no ano seguinte pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e reiterada em pelo menos duas ocasiões pelo atual chefe do Ministério Público, Roberto Gurgel: no primeiro governo Lula, sob o comando do seu chefe da Casa Civil e ex-presidente do PT, José Dirceu, a cúpula do partido montou um esquema de uso de recursos públicos para a compra sistemática de apoio de deputados federais ao Planalto, em parceria com o publicitário mineiro Marcos Valério e os principais dirigentes do Banco Rural. Nada, rigorosamente nada do que se passou desde a eclosão do escândalo, com a entrevista do então deputado Roberto Jefferson à Folha de S.Paulo, em junho de 2005, na qual ele cunhou o termo "mensalão", se contrapôs à certeza de que a enormidade existiu, para os fins que foram apontados e com meios subtraídos ao Tesouro Nacional.

Se algo substantivo ocorreu ao longo desse período, foi para consolidar o entendimento de que a denúncia acolhida pelo Supremo - que deu origem ao maior, mais complexo e mais abrangente processo já instaurado em 122 anos de existência da Corte - tem plena fundamentação. Vale por um autoinfligido libelo, especialmente, a guinada de 180 graus na atitude do beneficiário por excelência da formidável operação engendrada por seus companheiros mais próximos. Primeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT, do ponto de vista eleitoral, fez apenas "o que é feito no Brasil sistematicamente", o uso de caixa 2 em campanhas políticas. Pouco depois, declarou-se "traído por práticas inaceitáveis", pediu desculpas aos brasileiros e instou o PT a fazer o mesmo. (Conforme relatos, à época ele pensou em renunciar ao mandato.) Por fim, acusou a oposição e a imprensa de conspirarem para derrubá-lo, propagando um escândalo fictício. O passo a passo das reações do presidente deixa claro o seu desespero para abafar a verdade que só se tornaria mais densa graças às investigações do Congresso.

De nada serviram também as suas tentativas de travar o curso da ação penal no STF. Ao contrário, o iminente início do julgamento do mensalão assinala o triunfo das instituições do Estado Democrático de Direito sobre a vontade dos detentores eventuais do poder político, ainda quando bafejados por níveis estelares de aprovação popular. Mas, a partir do momento em que, depois de amanhã, o ministro Joaquim Barbosa começar a ler perante os seus 10 colegas o resumo de seu relatório sobre o processo de 50 mil páginas, o Supremo não estará julgando nem a corrupção no País, nem os desmandos éticos do partido que se arrogava o monopólio da ética, nem tampouco um presidente. Quem ocupa o banco dos réus são os 38 acusados de crimes como formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. Com base no que consta nos autos e em nada mais, o tribunal se pronunciará sobre a participação de cada um deles no esquema denunciado.

"Juiz não é ácaro de gabinete", diz o presidente do STF, Carlos Ayres Brito, para indicar que a Justiça não pode dar as costas ao ambiente que cerca os seus veredictos. Isso, no entanto, se aplica antes às causas carregadas pelos ventos do tempo e o alarido das ruas - como o aborto de fetos anencéfalos, as cotas raciais nas universidades, a lei da ficha limpa ou as pesquisas com células-tronco - do que a uma ação criminal. Nesta, a culpa ou a inocência de cada réu há de resultar da convicção do juiz lastreada nos fatos, testemunhos e alegações contidas nos autos. "O juiz é um técnico", argumenta o ministro Luiz Fux. "Não pode se deixar levar pelo clamor social." Nos dois últimos anos, o exame das provas e o princípio da aplicação do direito já levaram a Justiça Federal em Minas Gerais a condenar, em três decisões, Marcos Valério, dois de seus antigos sócios e o seu advogado. As penas do chefe do "núcleo operacional" do mensalão somam 15 anos e 10 meses.

O julgamento moral da era Lula não compete à toga: seja qual for sua decisão, pertence à opinião pública.

Terça-feira 31 de julho

Postada pela Redação

sábado, 28 de julho de 2012

JORNALISTAS DEBATEM PAPEL DA IMPRENSA COMO VEÍCULO DE REGISTRO DA HISTÓRIA DO PAÍS



Guilherme Jeronymo ***


O jornalismo como veículo fundamental para o registro dos processos sociais e da história de um país foi a tônica do Seminário Jornalismo e Memória, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio e pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN).

Autor das biografias de Garrincha e Carmen Miranda, o jornalista Ruy Castro, inveterado apaixonado pelos arquivos dos veículos de imprensa, chamou a atenção para a necessidade de uma busca ativa nos acervos pessoais dos jornalistas, muitos deles riquíssimos, que tendem a se perder com o tempo. “Parece que as viúvas têm um grande prazer em jogar fora toda a papelada”, brincou o escritor, que completou dizendo que esses acervos podem preencher vazios importantes na história da imprensa brasileira e, por meio dela, do próprio registro da história nacional.

Outro participante do evento, o jornalista Sérgio Cabral, falou da peculiaridade de quem pesquisa a memória de um país, seja em que temática for. “Eu descobri, neste tipo de trabalho, que o ser mais solitário do mundo é o pesquisador. Aquele bando de pessoas, um não tinha nada a ver com o outro. Um estava pesquisando sobre memória da moeda, outro sobre política externa e eu, ali, pesquisando samba”, destacou Cabral, um dos fundadores do Pasquim e outro defensor da importância dos arquivos dos jornais no próprio funcionamento das redações, ao lembrar de suas próprias experiências pesquisando o acervo da FBN.

Pontos comuns na opinião dos participantes do seminário, além do papel de registro histórico da imprensa, foram a importância das instituições públicas e privadas na manutenção da memória dos jornais e mesmo na manutenção de exemplares e o lamento do processo de perda de acervos de pesquisa de grande número de jornais do Rio de Janeiro. Segundo Castro, esses acervos hoje compõem cerca de um terço do total de 40 anos atrás.

Também teve destaque no debate o crescimento dos estudos sobre a história da mídia, que, segundo a pesquisadora Alzira Abreu, da Fundação Getulio Vargas (FGV), são, em grande medida, responsáveis pela melhoria dos arquivos e sua sistematização, processo esse devedor do surgimento dos programas de pós-graduação em comunicação, história e ciências sociais, a partir da década de 1970.

A mesa tema do evento foi coordenada pelo jornalista Marcelo Beraba e contou ainda com a participação do presidente da FBN, Galeno Amorim, e da pesquisadora da Casa de Rui Barbosa Joëlle Rouchou. Com o seminário, o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio encerrou a primeira fase do projeto Centro Cultural e Memória do Jornalismo.

Sábado 28 de julho

Postada pela Redação

segunda-feira, 23 de julho de 2012

REDES SOCIAIS SÃO TRUNFO PARA CAMPANHA NA INTERNET, DIZEM SENADORES




Marcos Chagas =

O uso de ferramentas da internet, em especial das redes sociais, como um canal permanente de interatividade com o cidadão tem feito parte da rotina de parlamentares e pode ser um trunfo nas eleições municipais de outubro, de acordo com senadores ouvidos. Independentemente de ser ano eleitoral é senso comum que esse é um instrumento capaz de dar objetividade e foco ao trabalho do político, seja no comando de prefeituras ou no Parlamento.

O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (PT-BA), disse que incorporou ao exercício parlamentar várias propostas de integrantes de sua rede social. Como exemplo, citou o direito de acesso a informações de órgãos públicos e a prestação de contas do trabalho desenvolvido como itens agregados à plataforma de campanha ao Senado em 2010.

Os candidatos ao cargo de prefeito devem estar atentos a esses posicionamentos manifestados pelos cidadãos na rede, diz o petista. “Ao contrário da TV e do rádio, a internet é uma qualificadora do caminho de volta. Nela, há interatividade imediata entre o eleitor e o candidato.”

O presidente do Democratas (DEM), senador José Agripino Maia (RN), também destaca o poder instantâneo da rede mundial de computadores. “É uma ferramenta que deve ser usada como um instrumento de comunicação e debate de ideias”, disse. Veterano no uso das mídias sociais, ele ressalta a importância que os comitês das campanhas devem dar à internet, assim como a TV e o rádio, na formação da opinião do eleitorado. Para ele, o custo praticamente zero nas campanhas eleitorais na rede é outro ponto positivo.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), defende o uso contínuo da ferramenta e não apenas em ano eleitoral. “Só acredito em um bom retorno da campanha pela internet para quem já a utiliza no seu dia a dia para conversar diretamente com o cidadão.”

Na semana passada o PMDB, partido que hoje detém o maior número de prefeituras no país, mostrou a importância que dará na campanha de 2012 a essa ferramenta. O presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO), apresentou aos parlamentares a integração de suas mídias sociais – site, blogs, Facebook, Twitter e Youtube.

O senador e membro da Executiva Nacional do partido, Eunício Oliveira (CE), por exemplo, já mantém uma equipe só para divulgar sua atividade parlamentar e o manter informado das demandas de seu eleitorado. “Somando as minhas redes sociais tenho mais de 60 mil seguidores. No meu estado, o jornal de maior circulação tem tiragem diária de 18 mil exemplares”.

Desde o dia 5 de julho, os candidatos às eleições municipais de outubro estão autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a fazer campanha na internet. Pela resolução do TSE, poderão ser usados sites dos candidatos, do partido ou da coligação com o endereço eletrônico registrado no tribunal. A resolução veda a veiculação de qualquer propaganda paga nesses portais. Também está aberta a propaganda nas ferramentas das redes sociais desde que geridas pelo candidato, partido ou coligação.

Segunda-feira 23 de julho
Postado pela redação

IPHONE 5 JÁ ESTÁ SENDO FABRICADO, DIZEM CHINESES




Digitimes =
A Pegatron, uma das empresas contratadas pela Apple para produzir o iPhone 5, já iniciou a fabricação do smartphone, diz relato

A fabricação do iPHone 5 já começou em pelo menos uma das empresas contratadas pela Apple para produzi-lo, a Pegatron. Quem diz isso é o noticiário taiwanês Digitimes, que credita a informação a “fontes da indústria em Taiwan”. Se a notícia estiver correta, a Apple pode até lançar o iPhone 5 ainda em setembro, em vez de outubro como vem sendo previsto.

A montadora de eletrônicos Pegatron (que nasceu como um desmembramento da Asus) tem sede em Taiwan. Segundo o Digitimes, ela está fabricando o iPhone 5 em sua unidade em Xangai, na China. A afirmação deve ser vista com cautela já que o próprio Digitimes divulgou, no final de junho, que não havia indícios de que a produção do iPhone 5 começaria neste mês.

Naquele momento, a previsão corrente entre os fornecedores de componentes para o smartphone da Apple é que a fabricação em larga escala só se iniciaria em agosto. 

A empresa da maçã ainda estava na fase de produção de protótipos para testes. Mas o blog japonês Macotakara    também divulgou, uma semana atrás, que as máquinas já estariam rodando na linha de produção do iPhone 5.

O Macotakara também disse que o iPhone 5 teria traseira de vidro, como o iPhone 4 e o 4S. É uma afirmação que contraria outras, que vêm circulando há meses, dizendo que a Apple eliminaria o vidro da parte posterior do iPhone, substituindo-o por uma placa de metal.

Além de novo design, o iPhone 5 deve trazer tela maior e mais alongada, com tamanho em torno de 4 polegadas. Também deve suportar redes celulares 4GLTE e trazer a conexão sem fio NFC, que poderá ser usada para pagamentos com o smartphone. Além disso, o smartphone deve marcar a estreia de um novo desenho de conector de dados entre os produtos Apple. Ele será, ainda, o primeiro produto da Apple a sair da fábrica com o iOS 6, nova versão do sistema operacional móvel da empresa.

Segunda – feira 23 de julho
Postado pela Redação  

quinta-feira, 19 de julho de 2012

CANDIDATOS, ELEITORES E PARTIDOS POLÍTICOS DESCOBREM FORÇA DA INTERNET NAS ELEIÇÕES



EBC =
Embora a televisão ainda seja o principal veículo para informação de quem vai votar, os eleitores, os partidos políticos e os candidatos descobriram a força da internet e das mídias sociais e pretendem usá-las com intensidade nesta campanha.

Em cidades com mais de 200 mil eleitores, onde o acesso é mais fácil, a internet será usada “cada vez mais” pelos políticos, disse ao site da  Agência Brasil o diretor de Atendimento e Planejamento do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Iprespe), Maurício Garcia. Para ele, isso será possível pelo crescimento do uso de telefones celulares de banda larga e dos tablets, dispositivos portáteis de acesso a internet.

Garcia ressaltou, porém, que o eleitor não forma, necessariamente, opinião a partir do acesso a páginas de partidos ou candidatos. “Isso acontece quando as informações estão disponíveis em grandes portais ou em ferramentas como o Twitter, quando um amigo que acompanha coloca alguma informação que desperta a curiosidade da pessoa.”

Ele lembrou, no entanto, que, quanto menor a cidade e maior a dificuldade de acesso ao conteúdo de internet, mais pesa na formação de opinião do eleitor a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. De acordo com Garcia, nessas localidades, existem outros fortes formadores de opinião, como padres e pastores e líderes sindicais.

A busca crescente de informações na internet é constatada também em sites oficiais. Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, com 15 milhões de eleitores espalhados por 853 municípios, a busca por informações no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado mais que dobrou da última eleição municipal, em 2008, para cá.

Levantamento feito pelo coordenador de comunicação do TRE-MG, Rogério Tavares, mostra que, há quatro anos, 98 mil mineiros procuraram se informar sobre o pleito na página do tribunal, entre 16 de junho e 17 de julho. No mesmo período deste ano, este número pulou para 222 mil acessos individuais.

“Denúncias de propaganda irregular e informações sobre o partido político e as normas das eleições concentram o maior número de acessos”, disse Tavares. Entretanto, é grande o número de eleitores, especialmente da capital, Belo Horizonte, e de Uberlândia segunda maior cidade mineira, que buscam os dados dos candidatos, declarações de bens, por um link – porta de acesso a outra página – do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No TRE de Goiás, até agora, os conteúdos mais acessados foram os de serviços como retirada de certidões negativas criminais, filiações e inscrições do eleitor para ser mesário voluntário no dia do pleito. Segundo o coordenador da seção de Intranet e Internet do Tribunal, Rafael Didma, este ano “o pico” de entradas no site ocorreu entre janeiro e maio. Neste período, a média padrão de 70 mil buscas pulou para 140 mil por causa do recadastramento biométrico. Com 246 municípios, o estado concentra 4,2 milhões de eleitores.

 Informações mais abrangentes sobre as eleições serão disponibilizadas ao eleitor somente em 24 de setembro por uma linha telefônica 0800.

Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, com 31.229. 307 eleitores, muitos já têm o hábito de se atualizar em termos de campanha eleitoral consultando a internet. A publicitária Aline Sales, por exemplo, diz que se informa pela internet por falta de tempo para usar outros meios. “Quando chego ao trabalho, aproveito para ler as notícias. Pela correria, às vezes, não dá para assistir televisão, ouvir rádio, ler jornal, e a internet é o meio mais acessível.” Para Aline, a internet é o melhor meio para o eleitor se informar sobre os candidatos.

Quinta - feira 19 de julho
Postada pela Redação