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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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domingo, 30 de outubro de 2011

CÂNCER NA LARINGE ESTÁ LIGADO AO TABACO E CONSUMO DE ÁLCOOL !


Na manhã de 29/10, após realizar exames no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez 66 anos semana passada, teve diagnosticado um tumor localizado na laringe. Ele foi internado após reportar ao cardiologista Roberto Kalil que sentia dor na garganta e apresentava rouquidão repentina desde a sexta-feira. O médico o aconselhou, então, a ir ao hospital para ser examinado.

Oncologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia, o bauruense José Getúlio Segalla explicou que o uso do cigarro é um dos fatores relacionados à doença. O presidente Lula fumava cigarrilhas e charutos e nunca escondeu seu apreço por bebidas alcoólicas - ainda que de forma moderada. “Não podemos fazer uma avaliação do quadro do paciente, pois isso é muito particular, mas podemos afirmar que os tumores da laringe têm relação direta com o uso do tabaco e do consumo diário e excessivo de álcool. Quando a ingestão excessiva de álcool é adicionada ao fumo, o risco aumenta para o câncer supraglótico. Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e beber têm probabilidade de cura diminuída”, afirma Segalla.

Ainda segundo o médico, a própria relação dos hábitos do tabagismo e etilismo (ingestão de bebidas alcoólicas) faz com que o câncer de laringe seja mais frequente em homens do que em mulheres. “É uma relação de hábitos, já que na nossa sociedade ainda são os homens quem mais bebem e fumam”.

De acordo com Segalla, no Brasil, os cânceres de cabeça e pescoço representam aproximadamente 6% do total de tumores. “Destes, a maior incidência são os de boca e língua, estando os de laringe em segundo lugar”, afirma.

Voz será preservada

Segundo o departamento médico que cuida do ex-presidente, Lula, que já iniciou o processo de quimioterapia, não corre o risco de perder a voz.

O oncologista José Getúlio Segalla afirma que a escolha pela quimioterapia antes da radioterapia, geralmente, deve-se ao intuito de preservar a voz, deixando a cirurgia para o resgate caso a radioterapia não for suficiente para controlar o tumor. “A associação da quimio e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos, desenvolvidos para tumores mais avançados. Em geral não é comum o tratamento de quimioterapia de início. Quando temos quadros com lesões muito grandes, se opta pela cirurgia, mas há o risco de deixar o paciente sem voz. Parece não ser o caso, uma vez que estando na fase um, a chamada fase inicial, o paciente é altamente curável”, explica.

Em entrevista à imprensa o também oncologista Artur Katz, que está na equipe que atende o ex-presidente, confirmou que houve opção pela quimioterapia à cirurgia para que fosse preservado as funções da laringe. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia, quanto mais precoce for o diagnóstico do cânceres da cabeça e pescoço, maior é a possibilidade do tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais, evitando problemas nos dentes, fala e deglutição.

Todo diagnóstico depende muito da localização e do estágio do câncer. Assim, ele pode ser tratado com cirurgia associada ou não à radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia. Além disso existe uma série de procedimentos cirúrgicos disponíveis de acordo com as características do caso e do paciente”, destaca Segalla.

Dados fornecidos pela assessoria de Imprensa do Hospital Sírio-Libanês. 

Domingo, 30/10/2011 ás 18h:05

Carta de Calvino á Martin Lutero (1545)


21 de Janeiro de 1545
 
Ao mui excelente pastor da Igreja Cristã, Dr. M. Lutero, [1] meu tão respeitado pai. Quando disse que meus compatriotas franceses, [2] que muitos deles foram tirados da obscuridade do Papado para a autêntica fé, nada alteraram da sua pública profissão, [3] e que eles continuam a corromper-se com a sacrílega adoração dos Papistas, como se eles nunca tivessem experimentado o sabor da verdadeira doutrina, fui totalmente incapaz de conter-me de reprovar tão grande preguiça e negligência, no modo que pensei que ela merece. 

O que de fato está fazendo esta fé que mente sepultando no coração, senão romper com a confissão de fé? Que espécie de religião pode ser esta, que mente submergindo sob semelhante idolatria? Não me comprometo, todavia, de tratar o argumento aqui, pois já o tenho feito de modo mais extenso em dois pequenos tratados, em que, se não te for incomodo olha-los, perceberá o que penso com maior clareza que em ambos, e através da sua leitura encontrará as razões pelas quais tenho me forçado a formar tais opiniões; de fato, muitos de nosso povo, até aqui estavam em profundo sono numa falsa segurança, mas foram despertados, começando a considerar o que eles deveriam fazer. 

Mas, por isso que é difícil ignorar toda a consideração que eles têm por mim, para expor as suas vidas ao perigo, ou suscitar o desprazer da humanidade para encontrar a ira do mundo, ou abandonando as suas expectativas do lar em sua terra natal, ao entrar numa vida de exílio voluntário, eles são impedidos ou expulsos pelas dificuldades duma residência forçada. Eles têm outros motivos, entretanto, é algo razoável, pelo que se pode perceber que somente buscam encontrar algum tipo de justificativa. 

Nestas circunstâncias, eles se apegam na incerteza; por isso, eles estão desejosos em ouvir a sua opinião, a qual eles merecem defender com reverência, assim, ela servirá grandemente para confirmar-lhes. Eles têm me requisitado de enviar um mensageiro confiável até você, que pudesse registrar a sua resposta para nós sobre esta questão. Pois, penso que foi de grande conseqüência para eles ter o benefício de sua autoridade, para que não continuem vacilando; e eu mesmo estou convicto desta necessidade, estive relutante de recusar o que eles solicitaram. 

Agora, entretanto, mui respeitado pai, no Senhor, eu suplico a ti, por Cristo, que você não despreze receber a preocupação para sua causa e minha; primeiro, que você pudesse ler atentamente a epistola escrita em seu nome, e meus pequenos livros, calmamente e nas horas livres, ou que pudesse solicitar a alguém que se ocupasse em ler, e repassasse a substância deles a você. Por último, que você escrevesse e nos enviasse de volta a sua opinião em poucas palavras. 

De fato, estive indisposto em incomodar você em meio de tantos fardos e vários empreendimentos; mas tal é o seu senso de justiça, que você não poderia supor que eu faria isto a menos que compelido pela necessidade do caso; entretanto, confio que você me perdoará. 

Quão bom seria se eu pudesse voar até você, pudera eu em poucas horas desfrutar da alegria da sua companhia; pois, preferiria, e isto seria muito melhor, conversar pessoalmente com você não somente nesta questão, mas também sobre outras; mas, vejo que isto não é possível nesta terra, mas espero que em breve venha a ser no reino de Deus. 

Adeus, mui renomado senhor, mui distinto ministro de Cristo, e meu sempre honrado pai. O Senhor te governe até o fim, pelo seu próprio Espírito, que você possa perseverar continuamente até o fim, para o benefício e bem comum de sua própria Igreja.

*****Extraído de Letters of John Calvin: Select from the Bonnet Edition with an introductory biographical sketch (Edinburgh, The Banner of Truth Trust, 1980), pp. 71-73.

Domingo,30/10/2011 ás 7h:05

sábado, 29 de outubro de 2011

EM DEFESA DO POLITICAMENTE CORRETO


Está na moda falar mal do politicamente correto.
Sei que a cultura politicamente correta pode ter distorções e exageros como tudo na vida. Não vamos discutir por aí. Não vamos ao folclore. Vamos à substância. Estamos falando de preconceitos de todo tipo.

Eu acho politicamente incorreto fazer piadinha com pobre, com negro e com judeu. Detesto o comportamento que banaliza atitudes desrespeitosas e humilhantes em relação a mulheres. 

Acho inaceitável que os gays sejam agredidos em função de sua orientação sexual. Aprendi ao longo da vida que nada do que é humano me é estranho.
O politicamente correto é o esforço possível de nossa imprensa para dar dignidade aos mais fracos. A ideia nasceu como é óbvio, quando os mais fracos conseguiram se defender um pouco. Não só conseguiram afirmar direitos políticos, mas se mostraram capazes de competir um pouco no mercado de trabalho e levantar a cabeça e não aceitar uma tradição politica baseada na hierarquia e na obediência.

A denuncia contra o politicamente correto nasce daí. É uma tentativa de retorno a um passado onde a desigualdade e a opressão eram vistas como dados naturais e imutáveis da vida. Não só era preciso conformar-se com a situação. Era mesmo possível divertir-se com a infelicidade dos fracos e ofendidos. Solicitava-se, inclusive, que estes fossem cúmplices da própria humilhação. Este é o humor politicamente incorreto.

Vivemos numa sociedade hierarquizada, com várias formas invisíveis de poder, que podem prejudicar e ferir. Essa desigualdade se expressa na linguagem e é aí que a coisa pega.  A desigualdade é um dado da existencia de todo mundo. Em parte está na natureza. Em parte é construida socialmente.

O debate envolve a linguagem porque ela é a forma mais eficaz para  consolidar uma situação social. As palavras embrulham a realidade.Entendo assim: numa sociedade dividida por tantas diferenças, o politicamente correto é necessário para quem não tem poder de retaliação para devolver uma ofensa nem dinheiro para contratar um bom advogado.

Oferece um ambiente social para quem impedir que qualquer pessoa tenha de voltar para casa humilhada por agressões vergonhosas e inaceitáveis. Neste sentido, a cultura politicamente correta é civilizadíssima. Protegem os indefesos, os fracos, os ofendidos.

 Os direitos dessas pessoas, que até estão inscritos na Constituição, muitas vezes não podem ser assegurados de outra maneira. Conhece projeto mais avançado do que dar direitos a quem não consegue exercê-los?
Eu não.

Acho engraçado quando algumas pessoas condenam o politicamente correto com o argumento de que ameaça a liberdade de expressão. É dificil encontrar uma resposta para a pergunta básica: expressar o que?

Pessoas de bom caráter ficarão com o rosto vermelho na hora de responder. As demais vão mudar de assunto. Sabem por que?. Porque todos nós temos um limite. Ninguém acha que é preciso expressar tudo, o tempo tempo, em qualquer lugar, para qualquer platéia. Neste caso, estamos falando de uma atitude eticamente muito feia, que é o direito de bater nos mais fracos. Com perdão da palavra, essa postura envolve um comportamento fascista, como já foi observado várias vezes, por autores muito mais competentes. Apenas isso.

Você pode até defender que o direito de expressão dos fascistas. É um debate. Mas é bom admitir que é uma posição menos simpática e menos irreverente do que  negar o direito de defesa a quem não tem como se defender. Como se sabe, o fascismo sempre gostou de apresentar-se com outras máscaras. Muita gente nem sabe o que está discutindo. Outras sabem e disfarçam. Normal.

Texto: Paulo Moreira Leite
 
Sábado, 29/10/2011 ás  11h:55
Postado pelo Editor

ELAS BATEM. ELES APANHAM


O maior levantamento sobre a violência amorosa entre os adolescentes brasileiros revela que as meninas agridem mais que os meninos. Por que elas ficaram assim?

NATHALIA ZIEMKIEWICZ, MARTHA MENDONÇA E CAMILA GUIMARÃES
No quarto do namorado da estudante carioca L.M., de 17 anos, há um buraco no armário. É resultado do arremesso de um cinzeiro, lançado por ela. O alvo não era a mobília, mas a cabeça dele. Aconteceu durante uma briga, no fim do ano passado. 
Eles estavam juntos havia seis meses. O namorado de L.M. implicava quando ela conversava com outros garotos ou passeava sozinha. Na véspera de uma viagem dele, ela comentou que sairia com uma amiga. 
Ele reclamou. “Tivemos uma discussão e, quando vi, estava atirando o cinzeiro”, diz L.M. Por sorte, a garota não tem boa pontaria. O objeto arranhou o braço do namorado e quebrou o armário. O relacionamento sobreviveu, também com arranhões. 
O casal ficou um tempo separado e depois reatou, em outras bases. “Ai dele se me estressar de novo”, afirma L.M. A estudante do 2o ano do ensino médio diz que parte de suas amigas tem um comportamento parecido. “Elas são mais ‘macho’ que os namorados. Xingam, empurram. Não dão mole para eles.”
As cenas violentas do namoro de L.M. se repetem na vida de milhões de brasileiros. É o que revela o mais completo levantamento sobre agressões no namoro, realizado pelo Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves) da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Foram pesquisados 3.200 estudantes de 104 escolas públicas e privadas em dez Estados. 
A conclusão é chocante. Nove em cada dez adolescentes afirmaram praticar ou sofrer violência no namoro. E quem mais bate são as meninas. Quase 30% delas disseram agredir fisicamente o parceiro. São tapas, puxões de cabelo, empurrões, socos e chutes. Entre os meninos, 17% se disseram agressores. Essa violência não distingue situação social. 
Metade da amostra é das classes A e B. “As meninas estão reproduzindo um padrão estereotipado do comportamento masculino”, diz uma das coordenadoras da pesquisa, Kathie Njaine, professora do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina. 
O motivo das agressões é quase sempre o ciúme e a vontade de manter o parceiro sob controle. 
O estudo está no livro Amor e violência (Editora Fiocruz), lançado em agosto.

Sábado,29/10/2011 ás  11h:55

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

GUIA SEXUAL PARA ESPOSAS MUÇULMANAS ESTIMULA O SEXO EM GRUPO E A OBEDIÊNCIA


Uma associação indonésia de esposas muçulmanas, que propõe a submissão da mulher para combater o divórcio e a violência doméstica, editou uma guia que estimula o sexo em grupo para fortalecer os casamentos polígamos. O assunto gerou rejeição de entidades muçulmanas e de direitos humanos. “Islamic sex, fighting Jews to return Islamic sex to the world” (Sexo islâmico, combatendo os judeus para devolver o sexo islâmico ao mundo, em livre tradução) é o título do manual de 115 páginas que foi distribuído entre as mais de mil fãs do “Obedient Wives Club”, ou seja, Clube da Esposas Obedientes. Elas são da Indonésia, Malásia e Cingapura. 

A organização defende que as mulheres devem se comportar como prostitutas especialistas na cama para atender os desejos dos maridos e manter a união familiar. A espécie de “Kama Sutra” para preservação do casamento oferece, sem fotografia ou desenho, instruções sobre como entreter, obedecer e dar prazer aos maridos. O intuito “pedagógico” da associação pretende melhorar o desempenho das mulheres que só oferecem 10% do desejo de seus cônjuges, segundo ela. 

Alá garantiu ao homem a possibilidade de ter sexo simultâneo com todas suas esposas. Se a mulher assim agir, o sexo será melhor”, diz um dos capítulos do guia. A ideia é estimular as mulheres a manter relações com seus maridos e com suas demais esposas. O livro mostra em outros capítulos como as mulheres podem satisfazer seus maridos descrevendo atos sexuais e defendendo que o sexo é uma forma de prece.

A fundadora do grupo, Maznah Taufik, considera que as separações são resultado do fracasso das mulheres em dar prazer a seus maridos. “O abuso doméstico acontece porque as esposas não obedecem aos maridos. O homem é o responsável pelo bem-estar da mulher, mas ela deve escutá-lo e obedecê-lo”, disse Taufik.

O manual recebeu duras críticas de inúmeros grupos muçulmanos, organizações de direitos humanos e até de ministros. Inclusive de Ratna Osnan, líder do grupo muçulmano Irmãs no Islã, e do ministro de Assuntos Islâmicos da Malásia, Jamil Khir Baharom. Este último anunciou que irá analisar o conteúdo do livro para determinar se é pornográfico ou ofensivo ao islã.

Sexpedia
Sexta – feira, 28/10/2011 ás 18h:05