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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

Ja temos 2 membro, seja o terceiro do

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Brasil avança em ranking que avalia facilidade de fazer negócios em um país


O Brasil avançou do 125º ao 109º lugar no ranking do Banco Mundial que avalia a facilidade de fazer negócios em 190 países. Pela primeira vez em 16 anos, o Brasil fez seu maior número de reformas e superou todos os países da América Latina neste aspecto.

O relatório cita quatro reformas como essenciais para o resultado positivo brasileiro: introdução de certificados digitais para importação, aprimoramento do acesso ao crédito, criação de sistema online para facilitar abertura de empresas e adoção de sistema eletrônico para gestão do fornecimento de energia.

O diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser, avalia que as reformas foram importantes para a eliminação de obstáculos enfrentados por empreendedores. “O Brasil deixou claro o seu compromisso em melhorar o ambiente de negócios para as pequenas e médias empresas. ”

Outros países da América Latina e Caribe avançaram no ranking, como Bahamas, El Salvador, Paraguai e Peru.

Apesar do bom resultado, o Brasil ainda está atrás de países da mesma região como México (54ª posição), Colômbia (65ª posição) e Costa Rica (67ª posição). (Com informações da FolhaPress)


Quarta-feira, 31 de outubro, 2018 ás 10:17

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Governo Central registra déficit primário de R$ 23 bilhões em setembro

O subsídio para o óleo diesel e o aumento de despesas não obrigatórias fizeram o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar o segundo maior déficit da história para meses de setembro. No mês passado, o resultado ficou negativo em R$ 22,979 bilhões.

Apenas em setembro de 2016, o déficit para o mês foi maior (R$ 25,239 bilhões). Em relação a setembro do ano passado, o resultado negativo subiu 0,7% em valores nominais, mas caiu 3,7% ao descontar a inflação do ano passado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O déficit primário é o rombo nas contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Da janeiro a setembro, o resultado negativo soma R$ 81,591 bilhões, valor 28,6% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado (R$ 109,566 bilhões), descontado o IPCA. Mesmo com o resultado de setembro, o déficit acumulado é o menor para os nove primeiros meses do ano desde 2015.

De acordo com o Tesouro Nacional, dois fatores contribuíram para o pequeno aumento nominal do déficit em setembro. O primeiro foi a execução de créditos extraordinários provocada pelo subsídio ao óleo diesel, que consumiu cerca de R$ 1,7 bilhão apenas em setembro e está previsto para fechar o ano em R$ 9,5 bilhões.

O segundo fator foi o aumento de despesas discricionárias (não obrigatórias) do Poder Executivo, que subiram 9% acima da inflação de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado. As maiores altas foram provocadas pelo desbloqueio de gastos de custeio (manutenção da máquina pública) nos ministérios e pela execução de emendas parlamentares impositivas. Os ministérios que mais puxaram a alta foram Defesa, com crescimento de 29% acima da inflação, e Saúde, com alta de 7,9% acima da inflação.

O déficit só não foi maior porque as receitas do Governo Central tiveram, em setembro, o reforço do leilão da quarta rodada de partilha do pré-sal e pelos royalties de petróleo, que foram impulsionados pela alta do dólar e pela valorização da cotação internacional do barril.
Acumulado

As contas do governo registraram déficit primário de R$ 81,591 bilhões de janeiro a setembro deste ano. No mesmo período do ano passado, o déficit nas contas públicas havia somado R$ 109,566 bilhões. Com isso, a queda registrada foi de 25,5%.

De janeiro a setembro, as receitas líquidas acumulam alta de 5,9% acima da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As despesas totais, em contrapartida, subiram em ritmo menor: 2,3% acima da inflação. Os gastos com a Previdência Social subiram 2% além da inflação, contra alta de 0,9% (também acima da inflação) dos gastos com pessoal.

As demais despesas obrigatórias, no entanto, acumulam queda de 2,6% descontada a inflação, por causa principalmente da redução dos gastos com subsídios (-29,7%), com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) (-35,4%) e com abono e seguro desemprego (-4,8%).

As despesas de custeio (manutenção da máquina pública) acumulam alta de 7% acima da inflação nos nove primeiros meses do ano. Os investimentos (obras públicas e compra de equipamentos) somaram R$ 31,862 bilhões, alta de 20,4% além da inflação em relação ao mesmo período de 2017.

O principal programa federal de investimentos, no entanto, está executando menos. Os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 16,063 bilhões de janeiro a setembro, queda de 1,7% em relação aos mesmos meses do ano passado, descontada a inflação. (ABr)


Sexta-feira, 26 de outubro, 2018 ás 17:00

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Entregar 20 obras e ações até o fim do ano é desafio para o governo


A pouco mais de 60 dias para o fim do ano, o governo federal apresentou quarta-feira (24/10) o programa Desafio Chave de Ouro, com o objetivo de acelerar a execução de obras e ações, a fim de que sejam entregues à população ou empreendidas ainda em neste ano. O programa contempla 20 ações distribuídas em todas as regiões do país.

“São obras e iniciativas que, se não houvesse um esforço extra seja em recursos ou energia, não conseguiríamos disponibilizar para a população ainda no governo Temer. É uma conclusão [de governo] com chave de ouro. É um desafio que o governo está fazendo a si próprio”, disse o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que coordena o programa.

O orçamento total é de cerca de R$ 1 bilhão. De acordo com o ministro, os recursos para o programa foram remanejados de outras obras e ações. Os recuros não seriam utilizados este ano e ficariam como restos a pagar. “Mas nem uma obra está tendo seu ritmo reduzido em função desse remanejamento”, ressaltou.

Marun explicou que o programa é um desafio, pois não depende apenas do governo federal. Segundo ele, duas das ações dependem da aprovação de Projeto de Lei de Crédito Especial já em tramitação no Congresso Nacional. Uma delas é a modernização do Porto de Vitória, no Espírito Santo, e outra é a inauguração do Laboratório Acelerador de Elétrons Sirius, em Campinas, São Paulo, que tem previsão de inauguração em 15 de novembro.

“Já criamos a fonte de recursos e já enviamos a solicitação de remanejamento de recursos. Temos a convicção de que não teremos dificuldade de aprovar em função dos benefícios que essas obras trarão para a população”, disse.

As obras e ações escolhidas para participar do programa não seriam entregues esse ano. De acordo com Marun, os empreendimentos abrangem iniciativas em todas as áreas de atuação do governo federal. A abrangência e a relevância das obras para a população também foram critérios para escolher aquelas que fazem parte do programa.

“Um governo não pode se dar o luxo de parar antes do tempo. Até 31 de dezembro, vamos trabalhar para que a população seja beneficiada, Trabalhar nunca foi sinal de desespero”, afirmou Marun, referindo-se ao curto prazo para a entrega das obras e ações.

Saúde

Ao final da reunião, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, informou que alguns decretos presidenciais serão publicados com o objetivo de dar utilidade a obras de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que, apesar de suas estruturas terem sido concluídas, ainda não estão funcionando por falta de recursos de prefeituras, a quem cabe pagar parte do custeio.

O governo federal entra com 100% do custo de construção dessas unidades e com 50% do custeio dessa máquina de saúde. Isso fez com que vários prefeitos não colocassem em funcionamento obras do governo federal já prontas.

“As UPAs são um ambiente de saúde que obrigatoriamente tem de funcionar 24 horas por dia com uma equipe mais robusta de atendimento. O problema é que, há dois anos, tivemos a transição de prefeitos, e muitos dos que pleitearam essas construções passaram a não inaugurar as obras por conta do compromisso financeiro do custeio dessas unidades”, disse Occhi.

Com o decreto, será possível transformar um empreendimento dessa natureza em outra obra na mesma área, como Unidades Básicas de Saúde, postos de vacinação, centros de apoio psicossocial ou centros de reabilitação, acrescentou.

Transição

Perguntado sobre como atuaria na equipe de transição para o próximo governo, Marun disse que participará apenas do que diz respeito à sua área e que não fez nenhum contato com a equipe ou com os candidatos que concorrer ao segundo turno, Jair Bolsonaro, do PSL, e Fernando Haddad, do PT.

“Eu participo da conclusão do nosso governo. Tanto das ações que temos de desenvolver no Parlamento, especialmente duas medidas provisórias (MPs): uma, a da Rota 2030, e a outra, do marco do saneamento.”

O objetivo da MP da Rota 2030 é modernizar o setor automotivo, de forma a incentivar a produção de veículos com melhor qualidade, segurança, tecnologia e eficiência energética.

Obras do Desafio Chave de Ouro:

1 – Inauguração do Aeroporto de Macapá, no Amapá

2 – Inauguração do Complexo Praça do Pantheon e Deodoro e primeira etapa da Rua Grande, em São Luís, no Maranhão

3 – Inauguração de trecho da transposição do Rio São Francisco para chegada da água a Fortaleza, no Ceará
4 – Inauguração da Adutora Pajeú, segunda etapa da transposição do Rio São Francisco em Sertânia, em Pernambuco

5 – Modernização do Porto de Vitória, no Espírito Santo

6 – Início da Produção Comercial P74 em Búzios, no Rio de Janeiro

7 – Lançamento do submarino convencional Riachuelo, em Itaguaí, no Rio de Janeiro.

8 – Inauguração do Laboratório Acelerador de Elétrons Sirius, em Campinas, em São Paulo

9 – Inauguração do Centro de Eventos e Pavilhão de Convenções de Balneário Camboriú, em Santa Catarina

10 – Inauguração da ponte sobre o Rio Guaíba, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul

11 – Ordem de Serviço para a construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, em Foz do Iguaçu, no Paraná

12 – Inauguração do anel viário de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul

13 – Celebração do acordo para construção da terceira ponte entre Brasil e Paraguai, em Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul

14 – Inauguração do Hospital de Aparecida de Goiânia, em Goiás

15 – Inauguração do Hospital Pronto Socorro de Cuiabá, no Mato Grosso

16 – Inauguração das obras de duplicação e restauração da BR-163, entre Jaciara e Cuiabá, no Mato Grosso

17 – Inauguração do Centro de Educação Integral de Bombinhas, em Santa Catarina

18 – Inauguração da Travessia Urbana de Porto Velho, em Rondônia

19 – Entrega de 600 unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida em Vespasiano, em Minas Gerais

20 – Entrega de 1 mil unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida em São Félix do Xingu, no Pará (ABr)


Quarta-feira, 24 de outubro, 2018 ás 18:00

Tesouro Nacional pagou R$ 449 milhões em dívidas atrasadas de estados


O Tesouro Nacional pagou, em setembro, R$ 449,12 milhões em dívidas atrasadas de estados. Desse total, a maior parte, R$ 338,42 milhões, é relativa a atrasos de pagamento do estado do Rio de Janeiro. Também foram pagos R$ 71,47 milhões do Piauí; R$ 33,59 milhões de Goiás e R$ 5,64 milhões de Roraima.

Os dados estão no Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito, divulgado nesta quarta (24) pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Em 2018, a União já quitou R$ 3,274 bilhões de dívidas em atrasos de entes subnacionais. Desse total, R$ 2,513 bilhões cabem ao estado do Rio; R$ 553,15 milhões a Minas Gerais; R$ 126,95 milhões ao Piauí; R$ 36,05 milhões a Roraima; R$ 33,59 milhões a Goiás e R$ 10,94 milhões à Prefeitura de Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Como garantidora de operações de crédito de entes subnacionais, a União, representada pelo Tesouro Nacional, é comunicada pelos credores de que o estado ou o município não realizou a quitação de determinada parcela do contrato. Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, a União paga os valores.

Em 2016 e 2017, o Tesouro pagou, respectivamente, R$ 2,377 bilhões e R$ 4,059 bilhões em dívidas de estados e municípios.

As garantias honradas pelo Tesouro são descontadas dos repasses da União aos entes federados – como receitas dos fundos de participação, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), dentre outros. Sobre as obrigações em atraso incidem juros, mora e outros custos operacionais referentes ao período entre o vencimento da dívida e a efetiva honra dos valores pela União.

Ao longo do ano passado, no entanto, decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) impediram a execução das contra garantias do estado do Rio de Janeiro, que chegou a atrasar salários dos servidores e pagamentos a fornecedores. Com a adesão do estado do Rio de Janeiro ao pacote de recuperação fiscal, no fim do ano passado, o estado pode contratar novas operações de crédito com garantia da União, mesmo estando inadimplente.

Já o estado de Minas Gerais está impedido de contrair financiamentos garantidos pelo Tesouro até 8 de agosto de 2019; Goiás e Roraima até 11 de setembro do ano que vem setembro de 2019; e a prefeitura de Natal até 23 de maio de 2019. (ABr)


Quarta-feira, 24 de outubro, 2018 ás 12:17

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Mercado financeiro espera que inflação termine este ano em 4,44%


O mercado financeiro aumentou a projeção de inflação para 4,44% para este ano. Esse foi o sexto aumento consecutivo, de acordo com as informações divulgadas nesta segunda (22) no boletim Focus, do Banco Central.

Mesmo com o ajuste da estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação continua abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano. Dentro do intervalo de tolerância previsto, a meta será cumprida se o índice ficar entre 3% e 5% em 2018.

Já para o próximo ano, as instituições financeiras aumentaram a expectativa para a inflação de 4,21% para 4,22% — um pouco abaixo da meta prevista para o próximo ano, de 4,25%. O intervalo de tolerância varia entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a estimativa segue em 4% e, para 2021, caiu de 3,92% para 3,78%.

O boletim traz ainda outras estimativas, como a da taxa básica de juros. O mercado manteve o índice estável em 6,5% ao ano para a Selic do fim deste ano. Para o fim de 2019, a estimativa para a Selic continuou em 8% ao ano.

Em relação à cotação do dólar, o mercado financeiro espera uma taxa de câmbio no fim de 2018 em R$ 3,75. Para o fim do próximo ano, a expectativa é de que a moeda norte-americana seja cotada a R$ 3,80 — mesmo valor estimado na última projeção divulgada pelo Banco Central. (ABr)


Segunda-feira, 22 de outubro, 2018 ás 12:00

domingo, 21 de outubro de 2018

Reservatório da Chesf terá maior usina flutuante de energia solar das Américas


A estatal de energia Chesf está construindo em Sobradinho, na Bahia, a maior usina solar flutuante das Américas em reservatório de hidrelétricas. A obra vai gerar energia a partir de uma potência de 1 MW (megawatts) e deverá ficar pronta já em dezembro.

A construção da usina solar flutuante integra um contrato de Pesquisa e Desenvolvimento firmado pela estatal Chesf, a estatal Cia Hidrelétrica do São Francisco, que é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Esse tipo de tecnologia de geração solar flutuante deverá ser bastante utilizada no Brasil principalmente em hidroelétricas que enfrentam problemas de redução dos níveis de água.
Só no rio São Francisco há uma enorme ociosidade de infraestrutura de linhas de transmissão e subestações que não estão sendo utilizadas por falta d’água.

A aplicação da tecnologia em larga em escala, nas hidroelétricas brasileiras, vai gerar energia limpa, renovável, mais barata e criará milhares de empregos qualificados em diversas regiões do Brasil. (DP)


Domingo, 21 de outubro, 2018 ás 17:00

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

CNM diz que municípios não podem pagar novo piso dos agentes de saúde


A Confederação Nacional de Municípios (CNM) fez um alerta sobre o risco do enfraquecimento da Estratégia Saúde da Família após o Congresso Nacional retornar com o reajuste do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, que havia sido vetado pelo presidente Michel Temer. De acordo com a entidade, os municípios não têm recursos para bancar o aumento.

Quarta-feira (17/10), o Congresso Nacional derrubou o veto ao reajuste, previsto no projeto de conversão oriundo da Medida Provisória (MP) 827/2018, aprovado em julho. No veto, o presidente Michel Temer justificou que o reajuste criava despesas obrigatórias sem estimativa de impacto orçamentário.

O piso atual de R$ 1.014 passará a ser de R$ 1.250 em 2019 (reajuste de 23,27%); de R$ 1.400 em 2020 (+12%); e de R$ 1.550 em 2021 (+10,71%). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, de junho 2014, data do último reajuste, até setembro de 2018, é de 25,46%. A partir de 2022, o reajuste será anual.

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, reconhece a importância do trabalho dos agentes de saúde e de endemias, mas disse que os municípios não têm recursos para arcar com o reajuste concedido. Segundo ele, o impacto financeiro será de R$ 9 bilhões para União e municípios, em reajuste e encargos.

“A grande maioria dos municípios está com limite de pessoal estourado, vários já atingiram 80% do orçamento com investimento em pessoal. Os gestores vão acabar diminuindo o número de pessoas na equipe [de Saúde da Família] e têm municípios que podem acabar com o programa”, argumentou. “Corre o risco de isso acontecer, sim”.

Federalização

Com a dificuldade de financiamento do programa, Aroldi propõe a federalização total do Saúde da Família, deixando a gestão local apenas como a executora das ações. “A União, ao longo dos anos, se afastou dos serviços prestados à população e, através desses programas, transferiu a responsabilidade para os municípios. Ela subfinancia esses programas e, ao longo dos últimos dez anos, acabou diminuindo o percentual de investimento em pessoal e nós, nos municípios, aumentamos consideravelmente. Isso tem machucado muito a gestão municipal”, afirmou.

O governo federal cobre 95% do pagamento do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de endemias, até um número máximo de agentes definido para cada município. Segundo Aroldi, hoje o país conta com 43 mil equipes de Saúde da Família com 244 mil agentes de saúde. “Também estamos preocupados com a desassistência que a população vai ter se tivermos que diminuir o número de agentes”, disse.

Previsão de impacto

De acordo com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, se o número de agentes de saúde continuar o mesmo, o impacto fiscal do novo piso salarial será da ordem de R$ 1 bilhão em 2019, R$ 1,6 bilhão em 2020, e R$ 2,2 bilhões em 2021. A pasta não esclareceu, entretanto, como esse valor será encaixado no orçamento do próximo ano.

Em mensagem nas redes sociais, a presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (Conacs), Ilda Angélica dos Santos Correia, disse que a derrubada do veto traz dignidade para a categoria, ao garantir o reajuste do piso salarial dos agentes. “Aos prefeitos que vieram aqui dizer ‘sim’ ao veto e ‘não’ ao reajuste, quero pedir que venham para o nosso lado para que possamos dar condições dignas de saúde para o nosso povo”, disse.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde e aguarda o retorno da assessoria.

Revisão do programa

A Estratégia Saúde da Família é o modelo prioritário de atendimento na atenção básica de saúde do Sistema Único de Saúde e é composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. Entretanto, no ano passado, o Ministério da Saúde editou uma portaria de revisão da Política Nacional de Atenção Básica, possibilitando que o governo federal financie outras equipes de atenção básica, de acordo com características e necessidades locais, desde que tenham, ao menos, médico, enfermeiro e técnico de enfermagem.

Mesmo sem a obrigatoriedade de essas equipes terem agentes comunitários de saúde, para não haver prejuízo à população que mais precisa, as áreas de risco e vulnerabilidade não sofreram com a mudança da política. Nesses locais, o número de agentes comunitários deve ser suficiente para cobrir 100% da população, sendo um agente para cada 750 pessoas, considerando critérios epidemiológicos e socioeconômicos. Os agentes comunitários de endemia também podem compor as equipes com os de saúde, integrando as ações de vigilância em saúde com atenção básica. (ABr)


Quinta-feira, 18 de outubro, 2018 ás 18:00

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Atividade econômica registra crescimento de 0,47% em agosto, aponta BC


O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou expansão de 0,47%, em agosto, em relação a julho deste ano, segundo dados divulgados nesta quarta (17) pelo Banco Central (BC).

De acordo com dados revisados, a economia também cresceu em julho (0,65%) e em junho (3,45%).Na comparação com agosto de 2017, o crescimento chegou a 2,5% (sem ajuste para o período). Em 12 meses encerrados em agosto, o indicador cresceu 1,5%. No ano, houve crescimento de 1,28%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (ABr)


Quarta-feira, 17 de outubro, 2018 ás 10:00

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra o HPV


O objetivo da campanha é reforçar a importância de tomar as duas doses da vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano). A segunda dose deve ser tomada 6 meses após a primeira. A vacina é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Os jovens nesta faixa etária que ainda não tomaram a primeira dose devem se dirigir a uma unidade básica de saúde e tomar a vacina.

A vacina apresenta 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal (duas doses) e confere proteção contra os quatro subtipos mais frequentes do vírus HPV (6, 11, 16 e 18). É importante destacar que a transmissão do HPV ocorre por contato direto com a pele ou mucosa infectada, não necessariamente apenas por relações sexuais. Também pode ser transmitido da mãe para o filho durante o parto. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais 40 podem infectar a região genital e provocar cânceres, como de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe, e outros podem causar verrugas genitais.

Os HPVs são causadores de casos de câncer em várias regiões do corpo de mulheres e homens. Eles são responsáveis por quase 100% dos casos de câncer de colo do útero, doença que todo ano no Brasil atinge mais de 16 mil mulheres, levando 5 mil a óbito. Também são responsáveis por 91% dos casos de câncer anal, 75% dos casos de câncer de vagina, 72% dos casos de câncer de orofaringe, 69% dos casos de câncer de vulva e 63% dos casos de câncer de pênis, além dos tipos 6 e 11 estarem associados a até 90% dos casos de verrugas genitais.

Estima-se que em 3% a 10% dos casos, especialmente entre as pessoas com um sistema imune comprometido (por exemplo, aquelas que vivem com HIV/Aids), o vírus pode persistir, levando a graves problemas de saúde.

Destaca-se que o Programa Nacional de Imunizações também oferta a vacina para homens e mulheres de 9 a 26 anos vivendo com HIV/Aids. Ainda, a vacina está disponível para transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos entre 9 e 26 anos de idade.

Saiba mais em saude.gov.br/vacinahpv


Terça-feira, 16 de outubro, 2018 ás 18:00

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Apenas 3,3% dos estudantes brasileiros querem ser professores


“Meu sonho mesmo é dar aula para o ensino médio, pode ser em escola estadual, municipal ou particular”, diz Lucas dos Anjos Castro, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Botelho Reis, em Leopoldina, Minas Gerais. “Eu me vejo como professor, igual aos meus, na correria, rodando para lá e para cá, entrando em uma sala e outra. É o que eu gosto”.

O sonho com a carreira docente, como o de Castro, é cada vez mais raro. De acordo com levantamento feito pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), com base nos dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2015, apenas 3,3% dos estudantes brasileiros de 15 anos querem ser professores. Quando se trata daqueles que querem ser professores em escolas, na educação básica, esse percentual cai para 2,4%.

“Quando eu contei para a minha mãe, ela me disse: ‘você pode ganhar mal, como será o seu futuro? ’ Eu falei que queria e que se eu não trabalhar no que quero, não vou ser feliz”, diz Castro.

Um dos professores que influenciou a decisão do estudante foi João Paulo de Araújo que, além de lecionar história na Escola Estadual Professor Botelho Reis, trabalha também na Escola Estadual Doutor Pompilio Guimarães e no Colégio Equipe, que é particular. “Acho que no primeiro momento, os alunos não escolhem porque a própria família recrimina, a sociedade julga muito. Eu tenho buscado ser um professor melhor, que inspire, que mostre que a profissão é tão boa quanto qualquer outra, que tem desafio como qualquer outra”.

Araújo foi um dos vencedores do prêmio Educador Nota 10, em 2013. “É a forma que posso retribuir tudo que educação fez por mim. Venho de família humilde. Meu pai é ex-presidiário e minha mãe era doméstica. A oportunidade que eu tive foi graças à educação”.
O estudo elaborado pelo Iede mostra que a carreira docente não atrai os alunos que têm um melhor desempenho no Pisa. A avaliação internacional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é aplicada a estudantes de 15 anos que fazem provas de leitura, matemática e ciências. Entre os 70 países e regiões avaliados, o Brasil ficou na 63ª posição em ciências, 59ª em leitura e 65ª em matemática. Os estudantes que disseram que pretendem ser professores obtiveram 18,6 pontos a menos da média do país em matemática, 20,1 pontos a menos em ciências e 18,5 a menos em leitura.

Dentre os países participantes do Pisa, a Alemanha é o que apresenta a maior diferença entre a nota dos alunos que esperam ser professores e a média geral do país. Aqueles que querem seguir a carreira docente obtiveram 42,9 pontos a mais em matemática, 52,5 em ciências e 59,1 em leitura.

Os países com os maiores percentuais de estudantes que querem ser professores são Argélia, onde 21,7% dos estudantes querem ser professores, e Kosovo, onde esse percentual chega a 18,3%. Nesses países, no entanto, o desempenho desses alunos não é bom, "mas é muito similar ao desempenho geral dos estudantes do país, que é baixo", diz o estudo. Coreia e a Irlanda estão também entre os países com os maiores percentuais, respectivamente 13,8 e 12,6%. Ao contrário da Argélia e Kosovo, o desempenho dos alunos é bom, chegando, na Coreia, a ser superior à média nacional.

“O que o dado brasileiro revela é o fato que a ocupação de professor está com problemas de atratividade. As pessoas que têm notas mais altas escolhem outras profissões”, diz o professor de economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Fábio Waltenberg, um dos autores do estudo ser ou não ser professor da Educação Básica? Salário esperado e outros fatores na escolha ocupacional de concluintes de licenciaturas. Segundo Waltenberg, o salário é um dos entraves para a escolha da profissão.
Professores de escolas públicas ganham, em média, 74,8% do que ganham profissionais assalariados de outras áreas, ou seja, cerca de 25% a menos, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Essa porcentagem subiu desde 2012, quando era 65,2%.

Por lei, pelo Plano Nacional de Educação, esse salário deve ser equivalente ao de outros profissionais com formação equivalente até 2020.

De acordo com o diretor do Iede, Ernesto Martins Faria, três aspectos contribuem para a atratividade da profissão. “Planos de carreira para professores e educadores, ações específicas de valorização, que geram estímulo e permanência, e coesão escolar. O funcionamento da escola tem a ver com visão consistente, semelhante de gestor, coordenador pedagógico e educadores”, diz.

Segundo ele, o fato de os professores serem muitos e estarem ligados a estados e municípios, muitas vezes com orçamentos restritos, dificulta sobretudo a existência de planos de carreira atrativos. “Estamos falando da carreira de 2 milhões de professores, [não apenas o Brasil], o mundo sofre para oferecer uma carreira atrativa”.

Apesar das dificuldades, a estudante de licenciatura em ciências sociais Aniely Silva, 20 anos, não desiste do sonho de ser, assim como Castro, professora de ensino médio. Ela conta que a vontade ficou mais forte após participar das ocupações de escolas em São Paulo. 

“Durante as ocupações das escolas, percebi o quanto de informação não chega para nós, que somos de periferia e de escola pública. Queria conseguir levar informação para as pessoas. Quando a informação chega como conhecimento, muda a realidade das pessoas, como mudou a minha”.

Aniely arremata: “Não escolhi a profissão pelo salário e não me desmotiva. Quero estudar muito para ser muito boa no que eu faço e lutar para melhorar a educação, por mais investimento e valorização dos professores”. (ABr)


Segunda-feira 15 de outubro, 2018 ás 11:00

domingo, 14 de outubro de 2018

Leite é produto que acumula maior alta no preço neste ano


O litro do leite longa vida está mais em conta para o consumidor, porém o produto é o que mais subiu no ano, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

A alta acumulada é de 37,04% em São Paulo. A inflação oficial acumulada no ano é de 3,34%, no índice do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entretanto, em setembro, a queda do leite foi de 6,81%.

Segundo o economista da Apas (Associação Paulista de Supermercados), Thiago Berta, a queda nos preços se deve ao aumento da produção, tradicionalmente maior no segundo semestre, principalmente na região Sul.

De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), é esperado que o preço do produto caia ainda mais nos próximos meses, porque deve aumentar a captação do produto nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Berta avalia que, apesar da queda, a pressão do leite no acumulado do ano ainda é grande por conta de eventos atípicos no primeiro semestre, como a paralisação dos caminhoneiros, no fim de maio.

“Com a greve, houve descarte de mais de 600 milhões de litros de leite, praticamente zerando o estoque. Além disso, houve seca e entressafra complicadas”, explica. (FolhaPress)


Domingo, 14 de outubro, 2018 ás 17:00

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

BNDES eleva financiamento a projetos de saneamento básico


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou quinta-feira (11/10) aumento de sua participação no financiamento a projetos de saneamento básico dos atuais 80% para até 95% do valor total do projeto. A medida se aplica a empréstimos no âmbito da linha BNDES Finem Saneamento Ambiental.

Segundo informou a instituição, por meio de sua assessoria de imprensa, a participação de até 95% no total do projeto, limitado a 100% dos itens financiáveis, estende-se tanto ao apoio indireto automático, que abrange financiamentos até R$ 150 milhões, até apoio direto e indireto não automático, acima de R$ 10 milhões.

Contribuíram para a mudança da política operacional do BNDES o alto volume de investimentos necessários para universalizar os serviços; a limitação para repassar gastos com investimentos para tarifa; e a escassez de oferta de fontes de recursos de longo prazo compatíveis com as características do setor.

O BNDES lembrou que já operava com esse nível de 95% no âmbito do Programa Avançar Cidades Saneamento, do Ministério das Cidades. A partir de agora, interessados dos setores público e privado também poderão obter financiamento de até 95% dos projetos. O BNDES acredita que a mudança deverá gerar expansão significativa da carteira, com entrada de cerca de R$ 2 bilhões em novas operações.

Operações

Até o fim do mês passado, foram contratados onze financiamentos pela Linha BNDES Finem Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos, no montante total de R$ 952 milhões. Vinte outras operações – que somam R$ 1,68 bilhões – se encontram em tramitação. Os resultados contrastam com os dados de 2017, quando foram contratadas apenas duas operações.

Dados do Instituto Trata Brasil e do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS) de 2017 mostram que a situação no Brasil nesse setor ainda é preocupante. O índice de atendimento de água no país, por exemplo, é de 83,3%, ou seja, ainda há mais de 35 milhões de indivíduos sem acesso a esse serviço.

Em termos de esgotamento sanitário, a situação é ainda pior: o índice de atendimento de coleta de esgoto atinge apenas 51,92% da população. O mesmo acontece em termos de tratamento de esgoto: do total gerado, apenas 44,92% são tratados. (ABr)


Quinta-feira, 11 de outubro, 2018 ás 19:00

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Mutirão para recuperar perdas com planos econômicos começa dia 22


Entre os dias 22 de outubro e 17 de dezembro a Advocacia-Geral da União (AGU) e instituições financeiras farão um mutirão em São Paulo para facilitar e agilizar os pagamentos aos poupadores que tiveram perdas relativas aos planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor 2 (1991). O calendário inicial foi definido ontem (9) entre as partes que celebraram o acordo, em reunião na AGU, em Brasília.

O acordo é relativo à correção de aplicações na poupança durante a entrada em vigor dos planos econômicos e vale para quem ingressou com ações coletivas e individuais na Justiça e também seus herdeiros. Ao todo, a compensação deve injetar R$ 12 bilhões na economia e beneficiar cerca de 3 milhões de pessoas.

O primeiro mutirão será realizado no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), central de São Paulo, unidade da federação que concentra a maior parte dos poupadores que serão reparados. De acordo com a AGU, outras cidades deverão receber os mutirões a partir de novembro. O calendário ainda será divulgado.

Os representantes das instituições financeiras se comprometeram a disponibilizar funcionários para o mutirão, que ficarão responsáveis por conferir a documentação apresentada pelo poupador para solicitar o pagamento. A ideia é fazer audiências a cada 20 minutos para viabilizar o pagamento aos poupadores que comprovarem o direito à reparação.

Em março deste ano, o Supremo Tribunal Federal validou o acordo firmado entre Federação Brasileira de Bancos (Febraban), AGU, Banco Central, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e Frente Brasileira Pelos Poupadores (Febrapo) sobre os planos econômicos.

A adesão ao acordo é voluntária e também poderá ser feita pelo site. Após o cadastro, que deve feito pelos próprios poupadores ou seus representantes legais (advogados, defensores públicos ou herdeiros), cada banco terá até 60 dias para analisar e validar a documentação. Em caso de negativa do banco, o interessado pode recorrer. De acordo com a AGU, com o mutirão, o prazo pode cair para até 15 dias.

Os poupadores têm até o dia 1º de março de 2020 para aderir ao acordo, que equivale a dois anos após a homologação pelo STF.
(ABr)


Terça-feira, 09 de outubro, 2018 ás 10:30

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Indicadores sobre mercado de trabalho apresentam piora de agosto para setembro


Os dois indicadores sobre mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram piora de agosto para setembro deste ano. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) – que busca antecipar tendências do mercado para os próximos meses, com base em entrevistas com consumidores e com empresas da indústria e dos serviços – recuou 3,3 pontos.

Com o resultado, o indicador atingiu 91 pontos em uma escala de 0 a 200 pontos – menor nível desde dezembro de 2016 (90 pontos).

Segundo o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho, a queda no Iaemp reflete uma incerteza dos empresários e dos consumidores em relação ao crescimento da atividade econômica futura do país.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) – que mostra a percepção dos consumidores sobre a taxa de desemprego atual – aumentou 1,3 ponto em setembro e chegou a 97,3 pontos. A escala também vai de 0 a 200 pontos, mas, diferentemente do Iaemp, no ICD, quanto maior a pontuação pior é o resultado.

Esse foi o maior nível do indicador desde dezembro do ano passado (100,3 pontos). Para Barbosa Filho, o resultado sinaliza que os trabalhadores têm enfrentado dificuldade no mercado de trabalho, apesar da lenta redução observada na taxa de desemprego. (ABr)


Terça-feira, 09 de outubro, 2018 ás 10:00

sábado, 6 de outubro de 2018

Orçamento de 2019 prevê redução de R$ 23 bilhões nos subsídios


Uma das poucas margens de gastos em que o próximo governo poderá fazer cortes em 2019 está se reduzindo. O Orçamento do próximo ano prevê R$ 69,8 bilhões em subsídios, valor cerca de R$ 23 bilhões inferior ao previsto para 2018.

Os valores constam de estimativa enviada pela equipe econômica ao Congresso como complemento do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2019. Originalmente, o orçamento deste ano previa R$ 83,38 bilhões, mas o valor foi acrescido em R$ 9,5 bilhões por causa do subsídio ao preço do diesel que entrou em vigor após a greve dos caminhoneiros, totalizando R$ 92,88 bilhões.

Em subsídios explícitos, que consomem recursos diretos do Orçamento, o governo prevê gastar R$ 37,78 bilhões no próximo ano. A maior parte do total (R$ 13,75 bilhões) corresponde ao Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS), fundo criado na década de 1960 para garantir a amortização da dívida de financiamentos habitacionais e que também assume os direitos e as obrigações do Seguro Habitacional.

Em segundo lugar entre os subsídios explícitos, está a subvenção à energia elétrica para a população de baixa renda, que consumirá R$ 4,58 bilhões. Em terceiro, vem o Minha Casa, Minha Vida, principal programa habitacional do governo federal, com dotação de R$ 3,47 bilhões. Sem financiar novos projetos desde 2016, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), gastará R$ 3,36 bilhões.

Os subsídios implícitos, em que o Tesouro emite títulos da dívida pública para cobrir os juros mais baixos cobrados dos mutuários e a taxa Selic (juros básicos da economia), somarão R$ 32,02 bilhões em 2019. Os maiores montantes serão destinados aos Fundos Constitucionais do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste (R$ 10,31 bilhões), ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (R$ 7,81 bilhões) e ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (R$ 4,79 bilhões).

Gastos tributários

O Orçamento do próximo ano também prevê redução dos gastos tributários, quando o governo abre mão de tributos para estimular determinados setores da economia. Em 2019, a equipe econômica estima que deixará de arrecadar R$ 306,398 bilhões por causa dos incentivos fiscais. Os setores mais beneficiados serão comércio e serviços (R$ 86,93 bilhões), trabalho (R$ 42,28 bilhões) e saúde (R$ 41,32 bilhões).

O valor representa aumento de R$ 22,95 bilhões em relação aos R$ 283,446 bilhões de gastos tributários previstos para este ano. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019 dá a opção para que o próximo governante encaminhe para o Congresso Nacional, até o fim do próximo ano, um plano para reduzir, nos próximos 10 anos, os gastos tributários de 4% para 2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país).

O Palácio do Planalto, no entanto, vetou o artigo que obrigava o envio do plano até 31 de março de 2019. (ABr)


Sábado, 06 de outubro, 2018 ás 18:00

Petrobras volta a vender gasolina mais barata que cotação do exterior


No primeiro mês após revisão em sua política de reajustes dos combustíveis, a Petrobras mexeu no preço da gasolina apenas quatro vezes, média de um ajuste por semana. Para especialistas, a empresa voltou a praticar valores abaixo do custo de importação.

Foi o maior período de estabilidade desde que a companhia autorizou reajustes diários, em julho de 2017, como resultado da adoção, em 6 de setembro, de instrumentos para suavizar o repasse da volatilidade externa ao consumidor.

De julho de 2017 a agosto de 2018, a empresa fez em média quase 18 reajustes por mês.
A revisão na política de reajustes foi anunciada após escalada nos preços dos combustíveis que culminou na paralisação dos caminhoneiros contra a alta do diesel em maio.

Agora, a Petrobras admite passar períodos com os preços descolados das cotações internacionais. Para evitar prejuízos, disse em setembro, pode adotar mecanismos de proteção financeira, como operações de compra e venda de títulos no mercado futuro.

Durante os últimos 30 dias, foram duas altas –que levaram o preço da gasolina nas refinarias ao recorde desde a adoção dos reajustes mensais, de R$ 2,2514 por litro– e duas reduções. No período, a gasolina vendida pela estatal teve alta de 0,4%.

Cálculos feitos por especialistas mostram que a Petrobras está vendendo o combustível com preço abaixo da chamada paridade de importação, conceito que inclui os custos de aquisição no exterior e transporte para o Brasil.

7,5% abaixo do importado

Segundo Walter Vitto, da Tendências Consultoria, o preço médio praticado pela estatal no período, de R$ 2,23 por litro, ficou 7,5% abaixo dos R$ 2,40 por litro que custariam o produto importado.

De acordo com projeções do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), o preço interno esteve acima da paridade de importação por apenas quatro dias entre 6 de setembro e 1º de outubro –mais recente dado disponível da consultoria.

“Podemos dizer que reduziu efetivamente a volatilidade para o consumidor”, comentou Vitto. “Mas, em termos de ganhos e perdas [para a Petrobras], precisamos esperar um pouco mais. Um mês é um prazo muito curto para avaliar uma política.”
A possibilidade de praticar preços abaixo do mercado internacional era rechaçada pelo ex-presidente da estatal Pedro Parente, que pediu demissão em meio à pressão contra a empresa gerada pela paralisação dos caminhoneiros.

Ele foi substituído pelo diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, defensor da mesma política de preços.

A gestão atual nega que tenha havido mudança nessa política e diz que os mecanismos de proteção financeira compensam eventuais perdas com a estabilidade dos preços.

A Petrobras não quis comentar a evolução dos preços no último mês.

A mudança nos reajustes foi adotada depois de escalada que levou o preço da gasolina nas bombas aos maiores níveis em mais de dez anos.

Na última semana, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro da gasolina era vendido nos postos a R$ 4,69, em média, no país. Nesta sexta (5), a proposta da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) para obrigar produtores e importadores de gasolina a abrir suas fórmulas de preços sofreu revés do próprio governo.

Com apoio do Ministério do Planejamento, o presidente Temer vetou dois artigos que tratavam sobre o tema na medida provisória 838, da subvenção ao preço do diesel.

A ANP abriu tomada de contribuições para analisar a viabilidade de obrigar as empresas a abrir suas fórmulas de preços por ponto de entrega.

A agência argumenta que a transparência é necessária em um mercado monopolista.

Em despacho no Diário Oficial, Temer diz que a abertura das fórmulas contraria os conceitos de livre iniciativa e livre concorrência previstos na Constituição. 

(FolhaPress)


Sábado, 06 de outubro, 2018 ás 10:00

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Poupança tem melhor captação da história para meses de setembro

Pelo sétimo mês seguido, a caderneta de poupança continuou a atrair o interesse dos brasileiros. Em setembro, a captação líquida – depósitos menos retiradas – somou R$ 8,54 bilhões, informou quinta-feira (4/10) o Banco Central. O resultado é o melhor para meses de setembro desde o início da série histórica, em 1995.

No acumulado do ano, a poupança continua registrando desempenho positivo. De janeiro a setembro, a caderneta teve captação líquida de R$ 25,5 bilhões. Esse foi o melhor resultado para o período desde 2013, quando a aplicação tinha registrado captações líquidas de R$ 48,95 bilhões nos nove primeiros meses do ano.

Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrirem dívidas, num cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões.

A poupança voltou a atrair recursos mesmo com os juros em níveis baixos. Isso porque o investimento garantiu novamente rendimentos um pouco acima da inflação. Nos 12 meses terminados em setembro, a poupança rendeu 4,5%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)-15, que funciona como uma prévia da inflação oficial, acumula 4,28% no mesmo período. Amanhã (5), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA cheio de setembro. (ABr)


Quinta-feira, 04 de outubro, 2018 ás 18:00