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segunda-feira, 23 de junho de 2014

COMEÇAM A VALER HOJE AS NOVAS REGRAS PARA O USO DA INTERNET NO BRASIL, NA LEI CONHECIDA COMO 'MARCO CIVIL DA INTERNET'




Informações do Portal EBC

Começam a valer segunda-feira (23/6) as novas regras para o uso da internet no Brasil. A Lei 12.965/14, conhecida como Marco Civil da Internet, é uma espécie de constituição do setor, que estabelece os direitos e deveres de usuários e de provedores de internet no país. Após aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado, a lei foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada no dia 24 de abril, com prazo de 60 dias para entrada em vigor.

Vários pontos da lei vão precisar de regulamentação. Em entrevista logo após a sanção da lei, a presidenta disse que tudo será discutido com a sociedade.

Para os usuários, uma das principais novidades será a neutralidade de rede, ou seja, a garantia de que o tráfego terá a mesma qualidade e velocidade, independentemente do tipo de navegação. O usuário não poderá ter sua velocidade reduzida de acordo com o uso e as empresas não podem, por exemplo, diminuir a velocidade de conexão para dificultar o uso de produtos de empresas concorrentes.

Outro direito dos usuários é relacionado à privacidade. Segundo a nova lei, informações pessoais e registros de acesso só poderão ser vendidos se o usuário autorizar expressamente a operação comercial. Atualmente, os dados são coletados e vendidos pelas empresas, que têm acesso a detalhes sobres as preferências e opções dos internautas.

Outra mudança: atualmente, as redes sociais podem tirar do ar fotos ou vídeos que usem imagens de obras protegidas por direito autoral ou que contrariam regras das empresas. Com o marco civil, as empresas não podem retirar conteúdo sem determinação judicial, a não ser em casos de nudez ou de atos sexuais de caráter privado. O provedor não pode ser responsabilizado por conteúdo ofensivo postado em seu serviço pelos usuários. O objetivo é garantir a liberdade de expressão dos usuários e impedir a censura.

O Marco Civil também determina que os registros de conexão dos usuários sejam guardados pelos provedores durante um ano, sob total sigilo e em ambiente seguro. A lei também garante a não suspensão da conexão à internet, salvo por débito, e a manutenção da qualidade contratada da conexão à internet.

“O Brasil saiu na frente de vários países dando exemplo de como regulamentar essas decisões de maneira equilibrada entre os vários interesses e potos de vista sobre essa questão”, diz Nejm, diretor da SaferNet Brasil, organização não governamental (ONG) que atua na pesquisa e prevenção de crimes da internet.

Apesar de destacar todos os pontos positivos da norma, Nejm ressalta que o grande desafio, a partir de agora, fazer com que lei não fique só no papel. “Ainda tem uma lacuna importante na estrutura das policias especializadas, a carência de infraestrutura é grande”, destaca.

Hoje, segundo levantamento da SaferNet, só o Distrito Federal e os estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco e Mato Grosso do Sul tem delegacias especializadas. “Na Polícia Federal, a estrutura também é precária para a demanda. Falta estrutura para oferecer ao cidadão um atendimento adequado”, diz Nejm. A morosidade da Justiça também preocupa já que, segundo a ONG, com exceção de casos de nudez,  julgamentos de processos por calúnia e difamação, por exemplo, pode demorar anos.

“Em um dia de exposição, o dano é imensurável e o tempo de resposta na Justiça não é tão rápido. O dano sempre é maior que a reparação”, acrescentou.

Para reduzir o número de crimes na internet, a SaferNet Brasil aposta na prevenção. A novidade neste sentido é que o Artigo 26 do Marco Civil, de forma inédita no Brasil, estabelece que é dever do Estado promover a educação para o uso seguro e responsável da internet em todos os níveis de ensino.

”Para nós, isso é muito importante. Mais que a questão de segurança, queremos discutir a cidadania digital: ética, direitos humanos, respeito por direitos e deveres, e não falar só sobre perigos na internet”, concluiu. A ONG  preparou vasto material sobre o assunto que pode ser acessado gratuitamente e usado por escolas.


Segunda-feira, 23 de junho, 2014..


quarta-feira, 18 de junho de 2014

ANATEL APROVA NORMA PARA REDUZIR PREÇOS DE LIGAÇÕES ENTRE OPERADORAS DE CELULAR


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou quarta-feira (18/6) uma proposta para reduzir os valores das ligações de celulares entre operadoras diferentes. Até 2019, o Valor de Remuneração de Uso de Rede da telefonia móvel (VU-M) deverá ser reduzido em mais de 90%, passando dos atuais R$ 0,23 para R$ 0,02 . O VU-M é o valor que as operadoras de celular pagam para usar a rede de outras empresas.

“Esta redução de preços de interconexão deverá se refletir nos preços dos serviços de telefonia ofertados pelas empresas ao consumidor, pois haverá aumento da competição no setor”, diz a agência. De acordo com a norma aprovada hoje, os valores dessas tarifas estarão referenciados aos custos e serão reduzidos gradativamente até o nível de custo eficiente de longo prazo

Com a medida, a Anatel espera que os preços das ligações entre operadoras diferentes fiquem mais próximos dos preços cobrados para chamadas entre usuários da mesma empresa. Assim, o consumidor não precisará de vários aparelhos celulares ou vários chips em um mesmo celular para realizar chamadas para outras operadoras.

As reduções nos valores de interconexão também deverão impactar o preço das chamadas fixo-móvel, que deverão ter uma redução substancial, segundo a Agência.

Para aprovar a norma, o conselho diretor da Anatel analisou os impactos das reduções de VU-M já implementadas em 2012 e 2013, que não geraram resultados negativos para o setor nem redução de investimentos ou lucros das empresas.

Agência Brasil

Quarta-feira, 18 de junho, 2014.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

REDES SOCIAIS ENCOSTAM EM JORNAIS ONLINE COMO PRINCIPAL FONTE DE INFORMAÇÃO


Que as pessoas têm a Internet como fonte de informação fundamental e de forma crescente, parece óbvio. Menos evidente, no entanto, é o movimento medido pelo Reuters Institute em seu ‘Digital News Report 2014’, divulgado nesta semana: as redes sociais, em particular o Facebook, vão se tornando a grande plataforma para o consumo de notícias.
No Brasil esse movimento é o mais notável entre os 10 países pesquisados. Por aqui, o Facebook não só é a rede mais usada – por 80% dos entrevistados – como é a principal fonte de notícias para 67%, seguida pelo YouTube (33%); G+ (14%) e Twitter (13%).
Particularmente, quando perguntados sobre como se informaram na semana passada, 54% dos brasileiros entrevistados indicaram “redes sociais”, contra 55% que buscaram “veículos tradicionais”, como os sites de jornais. É o maior percentual entre os 10 países, com a Itália em segundo (51%).
Curiosamente, Brasil e Itália são os dois pesquisados onde o acesso à Internet é menor. A penetração no Brasil foi indicada em 46% (Brasil Urbano, segundo o estudo) e, na Itália, 58%. Nos demais – EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca, Finlândia, Espanha e Japão – a penetração é acima de 80%.
O mesmo estudo (www.digitalnewsreport.org) coloca os brasileiros como os mais interessados em notícias (87%) e aqueles que têm a Internet como a principal fonte de informações – 37% , ao lado da Finlândia. Entre quem tem 18 a 24 anos, não importa o país: 49% acessam informações prioritariamente online.
O Brasil também aparece como o país pesquisado onde os internautas mais compartilham notícias em redes sociais ou por e-mail – 54% dos entrevistados; seguido da Itália, 44%; Espanha, 40%; EUA, 35%; e Finlândia, 24%.
Finalmente, o Brasil aparece ainda como o país onde mais se aceita pagar pelas notícias – 22% dos entrevistados pagaram pelo menos por um artigo ou mantinham assinaturas digitais em 2013, contra uma média de 11% quando agregados os 10 países avaliados.

Reuters
Sexta-feira, 13 de junho, 2014.