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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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quarta-feira, 3 de junho de 2020

GOVERNO INSERE 2 MILHÕES DE ANÚNCIOS EM SITES DE FAKE NEWS E PORNOGRÁFICOS



Relatório produzido a pedido da CPMI das Fake News identificou 2,065 milhões de anúncios pagos com verba da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) em sites, aplicativos de telefone celular e canais de Youtubers que veiculam conteúdo considerado inadequado. Entre eles estão sites que divulgam notícias falsas, oferecem investimentos ilegais e até aplicativos com conteúdo pornográfico.

O relatório, elaborado por consultores legislativos, foi divulgado nesta terça-feira pela CPMI. Seus dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso a Informação (LAI).

O relatório diz que, apesar de ter solicitado informações do período entre janeiro e novembro de 2019, a Secom só forneceu dados referentes a 38 dias, entre 6 de junho e 13 de julho do ano passado.

Mesmo assim, segundo o relatório, foi possível identificar que parte dos anúncios pagos pela Secom foi parar em canais com conteúdo inadequado.

A verba utilizada neste período era para a campanha sobre a Reforma da Previdência e se refere a recursos distribuídos na internet por meio da plataforma Adwords e Adsense do Google. Essa publicidade é direcionada de forma automática aos sites pelas plataformas, mas é possível ao anunciante bloquear tanto sites específicos quanto categorias de assuntos.

No total, os consultores da CPMI idenficaram 843 canais considerados inadequados que veicularam um total de 2.065.479 anúncios. Entre esses canais estão 47 sites que divulgam notícias falsas, 741 canais do Youtube que foram removidos pela plataforma por descumprimento de regras, 12 sites com notícias sobre jogos de azar, sete que fazem ofertas de investimentos ilegais e quatro com conteúdo pornográfico.

A classificação do que é um site que divulga notícias falsas foi feita pela própria equipe que elaborou o relatório. Entre os sites colocados nesta categoria estão o “Jornal da Cidade Online”, “Jornal 21 Brasil”, “Terça Livre”, “Folha do Brasil”, “Diário do Centro do Mundo” e “Revista Fórum”. O “Jornal da Cidade Online” é o mesmo que, segundo o perfil Sleeping Giants Brasil, recebeu verba publicitária do Banco do Brasil.

Ao todo, os 47 sites que divulgam notícias falsas identificados pelo relatório receberam 653.378 anúncios. Os sites com conteúdo pornográfico receberam 27 anúncios.

O documento aponta ainda a necessidade de questionar a Secom sobre o total de anúncios veiculados ao longo de todo o ano de 2019 em relação ao site Terça Livre, do blogueiro Allan dos Santos. O relatório afirma que, durante oitiva na CPMI, o blogueiro afirmou que não recebia dinheiro público, mas os dados da Secom mostraram que seu canal no YouTube recebeu 1.447 anúncios.

“Necessário, portanto, formular questionamento àquela secretaria para quantificar exatamente o montante pago ao canal em todo o período de vigência do contrato com o Google Adsense, tendo em vista que tivemos acesso apenas aos dados parciais”, diz um trecho do relatório.

Allan dos Santos é um dos investigados no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e que investiga uma suposta rede de divulgação de notícias falsas e ataques contra ministros da Corte. No domingo, reportagem do GLOBO revelou que, além de receber por anúncios pagos pela Secom, o blogueiro recebeu por anúncios pago pela Petrobras e Eletrobras.

Foram identificados ainda cinco canais que fazem promoção pessoal de autoridades como o presidente Jair Bolsonaro e que receberam anúncios pagos pela Secom. Entre os canais identificados pelo documento estão canais no YouTube como o “Bolsonaro TV” e o canal pessoal do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), além do site do senador.

O relatório aponta que a destinação de verba pública para a promoção pessoal de autoridades pode ser interpretada como violação à Constituição Federal.

“A veiculação de anúncios, pela Secom, em canais desse tipo pode gerar questionamento com base no § 1º do art. 37 da Constituição, pois abre a possibilidade de se interpretar tal fato como utilização da publicidade oficial para promoção pessoal, conduta vedada pela Carta Magna”, diz um trecho do documento.

O documento critica a forma como a Secom utilizou suas verbas e aponta para o potencial prejuízo à imagem do governo.

“Além disso, fica claro que a utilização do programa Google Adsense pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República gerou várias incorreções na condução da política de publicidade oficial da Presidência da República”, diz um trecho.

“Como pudemos observar, houve descontrole do target (alvo) das ações publicitárias, o que redundou em desperdício de recursos públicos. Adicionalmente, o dinheiro da publicidade oficial terminou por ser empregado em diversos canais com conteúdo inadequado, fazendo com que a imagem do Governo Federal fosse veiculada em canais de baixa qualidade e associada a conteúdos falsos, criminosos, de cunho sexual ou referentes a promoção pessoal do Presidente da República”, diz outro trecho do relatório.

*O Globo

Quarta-feira, 03 de junho, 2020 ás 10:00



segunda-feira, 1 de junho de 2020

EX-MINISTRO MOSTROU-SE INDESTRUTÍVEL E EXIBIU A VERDADE


Desde o início do governo caudilho, o editor Carlos Newton já vinha nos alertando, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, estava desconfortável e insatisfeito dentro do governo.

Muitos de nós, comentaristas já antigos deste democrático blog, contrariávamos o editor Carlos Newton dizendo que não era bem assim, que ele estava sendo precipitado etc…

Partíamos do princípio de que Sérgio precisou deixar para trás, de forma definitiva, uma belíssima carreira na magistratura, construída com esforços imensos. E o fez acreditando num projeto  para tornar o Brasil muito melhor, principalmente no campo da segurança pública e no combate à corrupção.

Lembro bem de que o comentarista Francisco Bendl era um dos que pensavam como eu. Ou seja, que Moro se entenderia com o presidente, superando algumas pequenas diferenças, e no fim tudo daria certo.

Os meses de governo foram se passando e o ministro Moro foi recebendo de Bolsonaro traições, grosserias, situações vexatórias, piadinhas…

O presidente se posicionava e mandava votar contra as sugestões do ministro da Justiça, aprontando poucas e boas, conforme alguns episódios que estão citados no artigo do editor Carlos Newton de sábado (30/05).

Até que chegou o momento onde Bozo começou a exigir que esse seu subordinado cruzasse as fronteiras da ética, da legalidade e da moralidade, para passar a ser um mero despachante das ordens presidenciais.

O ministro não aceita o assédio do presidente e pede para sair, de forma brilhante, e sem quaisquer manchas vindas do caudilhismo imundo.

Moro mostrou-se indestrutível, e agora está colaborando firmemente para que o país conheça muitos dos crimes e artimanhas imorais desse presidente, e também da verdadeira quadrilha criminosa que o cerca.

Muita água vai rolar, mas o Brasil tornar-se-á imensamente mais limpo. Só que para isso é fundamental retirar a cobra do poder, pelos meios constitucionais, e apurar toda essa trama criminosa, cujos indícios aparecem por todos os lados.

*Tribuna da internet

Segunda-feira, 1º de junho, 2020 ás 17:00


domingo, 31 de maio de 2020

PLANALTO ABRE LICITAÇÃO EM BUSCA DE FORNECEDOR DE INTERNET PARA AVIÕES PRESIDENCIAIS POR R$ 3,5 MILHÕES



O governo publicou um edital para contratação de uma empresa para fornecer serviços de conectividade nos aviões que transportam o presidente em viagens pelo país e pelo mundo.

O governo busca um fornecedor de banda larga e serviços de telefonia para a aeronave Embraer 190 PR, em viagens nacionais, e no Airbus A319CJ, para internacionais. O principal meio de transporte do presidente é o Airbus, e duas aeronaves Embraer 190 são consideradas reservas, nos casos de indisponibilidade da primeira.

Pelo valor anual estimado de R$ 3,5 milhões, a empresa vencedora deverá oferecer serviço de comunicação via satélite para transmissão de voz e dados, como descreve o edital. O documento afirma que o presidente será o principal usuário do serviço. Caso a tripulação tenha necessidade de acesso a informações essenciais à navegação aérea, também poderá utilizá-lo.

O principal objetivo esperado com a contratação, tal como descrito pelo edital, é “manter o Presidente da República conectado ao centro de governo”. O contrato atual, assinado em 2018 com a empresa Transat, tem o valor anual de R$ 2,7 milhões. Segundo o governo federal, a proposta apresentada pela Transat para continuar operando o serviço de conectividade nos aviões do presidente foi de R$ 7 milhões.

Como as partes não chegaram a um acordo, o governo Bolsonaro decidiu abrir o edital com base em propostas preliminares que recebeu, chegando ao valor de R$ 3,5 milhões. Entre junho de 2018 e fevereiro de 2020, a média mensal de consumo de dados nesses aviões foi de 9.100 megabytes, ou 9,1 gigabytes.

Por isso, o edital estabelece a contratação de 10.000 megabytes (ou 10 gigabytes) por mês, que responde pela maior parte do valor do contrato. O edital também prevê 60 minutos de ligações para telefones fixos e mais 60 minutos para telefones móveis por mês. A abertura do pregão está marcada para 9 de junho, às 9h30.

*Folha

Domingo, 31 de maio, 2020 ás 00:05