Mensagem
"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
domingo, 30 de dezembro de 2018
Apoiadores chegam a Brasília para posse de Bolsonaro
Camisetas
verde-amarelas estão espalhadas por Brasília, mas não para incentivar a seleção
de futebol, e sim para a cerimônia de posse de Jair Bolsonaro, que assumirá o
comando do país no próximo 1º de janeiro.
Desde
este domingo, dezenas de brasileiros, a maioria brancos e de classe alta, reúnem-se
em torno da Esplanada dos Ministérios, onde acontecia o ensaio geral para a
posse do novo presidente. Mas uma forte operação de segurança os manteve
distantes do cortejo que simulava o trajeto do futuro presidente.
“Estamos
um pouco tristes, mas vai ser bem melhor ver a cerimônia de verdade daqui a
dois dias”, diz Silvia Capital, 49, moradora de Brasília, que irá hospedar
parentes do Rio de Janeiro em sua casa.
Ao
seu lado, um vendedor não tem do que reclamar: em apenas uma hora e meia,
vendeu 25 faixas presidenciais amarelas e verdes com o rosto de Bolsonaro, a 10
reais cada.
Os
Dragões da Independência, regimento de cavalaria que integra a guarda
presidencial, passam perto dos curiosos, que aplaudem: “Brasil! Brasil!”,
gritam. Assim como o presidente eleito, capitão reformado do Exército, eles
mostram fascínio pelo mundo militar, e a maioria acha que os anos de ditadura
foram bons para o país.
Alguns
puxam pelo braço soldados que vigiam o ensaio, para tirar uma selfie. Outros,
fazem transmissões ao vivo da cavalaria pelo Facebook.
A
cerimônia será marcada por um esquema de segurança rigoroso e sem precedentes,
que inclui um sistema antimísseis e a proibição de guarda-chuvas, mochilas e
carrinhos de bebê.
–
‘Um momento histórico’ –
Daniel
Dias Santos, 52, não se intimida com o tamanho da operação. Para chegar a
Brasília, viajou por cinco dias de moto desde o Paraná. “Sempre tive vontade de
conhecer Brasília e surgiu esta oportunidade com a posse de Bolsonaro, que é
uma pessoa muito honesta, uma pessoa de bem”, diz o operador de máquinas
agrícolas.
Com
o rosto do futuro presidente estampado em sua camiseta, ele defende a
flexibilização da posse de armas, uma das promessas de campanha de Bolsonaro.
“Se o bandido está armado, por que a pessoa de bem não pode estar? ”,
questiona. “Não possuo arma, mas se ficar mais fácil, irei adquirir uma, com certeza.
”
–
‘Brasil limpo’ –
A
professora Maria do Carmo, 62, viajou do interior de São Paulo para ver de
perto seu herói. “Não quero perder nada! Nunca fui tiete de ninguém, nem de
cantor, nem de político. Mas sou Bolsonaro. ”
Maria
comprou a passagem mesmo antes da vitória eleitoral, porque estava certa de que
Bolsonaro ganharia nas urnas. “É impressionante como esse homem conseguiu mudar
meu pensamento. Porque ele quer um país limpo, e é um país como esse que eu
quero para meus netos. ”
A
professora diz que perdoa os comentários de cunho machista, racista e homofônico
feitos por Bolsonaro ao longo de sua carreira como deputado. “Ele não é homo
fóbico, mas ele não quer, e eu também não quero, ver dois homens ou duas
mulheres se beijando na rua. Tudo tem lugar certo, até para casal hetero”,
opina.
O
advogado Luiz Fernando Barth, 48, que viajou com a mulher e os dois filhos
adolescentes do município de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, espera que
Bolsonaro “livre o país do câncer da corrupção”.
Vestindo
uma camiseta de “Mulher Maravilha” com a inscrição “Bolso Linda”, a carioca
Leticia Spinelli, 43, adverte: “Ele não é santo, não sou fã de nenhum político.
Da mesma forma que fui para a rua apoiá-lo, se ele não fizer um bom governo,
vou lutar para ele sair. Porque o brasileiro merece um governo decente. ” (AFP)
Domingo,
30 de dezembro, 2018 ás 20:30
Caiado terá agenda movimentada antes e depois da virada.
Confira
os últimos compromissos do senador antes da cerimônia que o tornará novo
governador do Estado
A
agenda do governador eleito, Ronaldo Caiado (Dem) estará ainda mais movimentada
nos próximos dias. Na reta final do ano, o democrata irá participar de uma
missa de ação de graças que ocorrerá na segunda-feira, 31, na Catedral
Metropolitana, no Centro. A celebração religiosa está marcada para às 19 horas.
Segundo
informações obtidas pela reportagem, Caiado pretende comemorar a virada do ano
na casa de familiares e estará acompanhado de um grupo seleto. No dia 1, o primeiro
evento oficial de Ronaldo Caiado ocorrerá no Plenário Getulino Artiaga da
Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), localizada no Setor Oeste. A
cerimônia de posse está marcada para às 9 horas.
Em
seguida, ele seguirá para o Palácio das Esmeraldas, na Praça Cívica, para a
cerimônia de transmissão do cargo. A solenidade está marcada para às 11 horas.
No
dia seguinte, 2, o democrata participará da posse dos secretariados que
ocorrerá no Centro Cultural Oscar Niemeyer, às 10 horas.
(Jornal Opção)
Domingo,
30 de dezembro, 2018 ás 00:05
sábado, 29 de dezembro de 2018
Bolsonaro agradece receptividade em Brasília
Aos
gritos de “mito”, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) foi recepcionado
por um grupo de apoiadores motociclistas ao chegar, por volta de 17h20 deste
sábado, na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da
República, em Brasília.
O
presidente eleito chegou a sair do carro para cumprimentar o grupo e disse:
“Valeu, pessoal. Obrigado pela força aí”, em meio à confusão de motociclistas
que tentavam alcançá-lo. Um dos apoiadores chegou a entregar uma camiseta do
grupo para um assessor de Bolsonaro.
O
“Cruzada 17” reúne cerca de 150 motociclistas de 12 Estados. Nesta tarde,
segundo seus líderes, 70 já tinham chegado à Brasília para acompanhar a posse
do presidente, marcada para a próxima terça-feira, 1º. Na Granja, estavam
reunidos cerca de 40 motociclistas.
Alguns
carros passaram buzinando em sinal de apoio aos motociclistas, que traziam as
faixas “Ele sim”, “missão cumprida” e “Cruzada 17”. Em determinado momento, uma
pessoa gritou “Ele não” de um carro que passava em frente à Granja, ao que eles
responderam “tarde demais” e “Ele sim”.
Na
saída da base aérea de Brasília, o presidente também se deparou com um outdoor
em sua homenagem, com o slogan da campanha: “Brasil acima de tudo e Deus acima
de todos”, acompanhado de uma foto sua e da bandeira do Brasil. No Twitter,
publicou um vídeo da propaganda e agradeceu “a receptividade de sempre” dos
“amigos de Brasília e do Brasil”.
O
presidente eleito estava no Rio, onde passou o Natal, na ilha de Marambaia, e
se encontrou ontem com o presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, para selar
“política de grande parceria”. O líder israelense fica no País para a posse.
(Estadão
Conteúdo)
Sábado,
29 de dezembro, 2018 ás 18:00
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
Michel Temer terá três denúncias remetidas para a primeira instância
Três
denúncias contra o ainda presidente Michel Temer serão enviadas à primeira
instância da Justiça assim que seu mandato terminar, daqui cinco dias.
Temer
só não perderá o foro especial se o governo Bolsonaro o acomodar em um
ministério, cenário considerado improvável. Mesmo assim, a blindagem não é
segura porque o novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) restringe o
foro a crimes praticados no exercício do cargo vigente e em razão dele.
Na
primeira instância, caberá aos novos procuradores analisar as três denúncias já
apresentadas. Eles podem, em tese, ratificar, aditar ou até desistir de levar
adiante as acusações.
O
trâmite na primeira instância não começa automaticamente. Pode demorar dias ou
semanas. É preciso um despacho dos relatores dos inquéritos no STF enviando-os
para a vara federal competente.
Denúncias
Duas
dessas denúncias foram apresentadas em 2017 pelo ex-procurador-geral Rodrigo
Janot após a delação da JBS. A primeira, referente ao episódio da mala de
dinheiro entregue ao ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), acusa Temer de
corrupção passiva. Para a PGR, o presidente era o destinatário dos R$ 500 mil
apreendidos com Loures.
A
segunda, conhecida como quadrilhão do MDB, acusa o presidente de chefiar uma
organização criminosa e de tentar obstruir a Justiça comprando o silêncio do
ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ).
Essas
duas denúncias foram suspensas pela Câmara. A maioria dos deputados votou para
que Temer não fosse processado criminalmente no STF durante o seu mandato. O
relator delas é o ministro Edson Fachin.
A
terceira denúncia foi apresentada ao Supremo neste mês pela procuradora-geral
da República, Raquel Dodge. Ela acusa Temer de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, conforme o que foi apurado no inquérito dos portos.
O
inquérito foi aberto para investigar a edição de um decreto, de maio de 2017,
que teria beneficiado empresas do setor portuário. Segundo Dodge, o esquema
movimentou R$ 32,6 milhões entre 2016 e 2017, e Temer recebeu propina por meio
de intermediários.
Como
essa denúncia foi apresentada a 12 dias do final do mandato de Temer, não houve
tempo hábil para a Câmara votar pela conveniência ou não de seu prosseguimento.
O relator no Supremo é o ministro Luís Roberto Barroso.
Fachin
e Barroso precisarão dar decisões que remetam essas três denúncias contra Temer
para o primeiro grau. A PGR pleiteia o envio desses casos para a Justiça
Federal em Brasília.
No
caso da denúncia mais recente, um eventual pedido da defesa para arquivá-la
desde já, por exemplo, ainda poderia atrasar a remessa para o primeiro grau,
pois obrigaria o relator a julgá-lo antes.
Além
desses casos, há mais um inquérito finalizado que baixará para a primeira
instância e que, segundo procuradores, já está em condições de gerar uma quarta
denúncia contra Temer.
Trata-se
do inquérito do jantar no Jaburu, no qual a PGR apontou que o emedebista
praticou corrupção junto com dois ministros, Moreira Franco (Minas e Energia) e
Eliseu Padilha (Casa Civil), ao pedir e receber dinheiro ilícito da Odebrecht
em 2014.
Como
os fatos são anteriores ao mandato, a PGR entendeu que não poderia denunciar o
presidente —medida que ficará a critério de um procurador na primeira
instância.
Nesse
caso, há uma discussão sobre o destino da investigação. O relator, Fachin,
desmembrou-a e já enviou a parte relativa a Moreira Franco e Padilha para a
Justiça Eleitoral. Dodge recorreu pedindo que fosse para a Justiça Federal
comum.
A
punição é maior na esfera criminal do que na eleitoral. Quando Temer perder o
foro, a parte relativa a ele deverá seguir para a vara onde estiverem seus
aliados.
(Com informações da FolhaPress)
Sexta-feira,
28 de dezembro, 2018 ás 8:00
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
Juros do cartão de crédito e do cheque especial sobem em novembro
Os
consumidores que caíram no rotativo do cartão de crédito ou usaram cheque
especial pagaram juros mais caros em novembro, de acordo com dados do Banco
Central (BC), divulgados quinta-feira (27/12).
A
taxa de juros do cheque especial subiu 5,3 pontos percentuais, em relação a
outubro, ao chegar em 305,7% ao ano, em novembro. As regras do cheque especial
mudaram em julho. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os
clientes que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos
passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a
do cheque especial definida pela instituição financeira.
A
taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 4,1 pontos percentuais em
relação ao outubro, chegando a 279,8% ao ano, no mês passado.
A
taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e
inadimplentes. No caso do consumidor adimplente, que paga pelo menos o valor
mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 255,6% ao ano em novembro,
com aumento de 2,4 pontos percentuais em relação a outubro.
Já
a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo
da fatura (rotativo não regular) subiu 5,7 pontos percentuais, indo para 296,8%
ao ano.
O
rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor
integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo,
as instituições financeiras parcelam a dívida.
Em
abril, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que clientes inadimplentes
no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos
consumidores regulares. Essa regra entrou em vigor em junho deste ano.
Mesmo
assim, a taxa final cobrada de adimplentes e inadimplentes não será igual
porque os bancos podem acrescentar à cobrança os juros pelo atraso e multa.
Modalidades caras
As
taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as
modalidades oferecidas pelos bancos. A do crédito pessoal, por exemplo, é mais
baixa: 122,9% ao ano em novembro, com redução de 3,1 pontos percentuais na
comparação com o mês anterior. A taxa do crédito consignado (com desconto em
folha de pagamento) chegou a 24,3% ao ano, estável em relação a outubro.
A
taxa média de juros para as famílias caiu 0,3 ponto percentual para 51,6% ao
ano. A taxa média das empresas caiu 0,1 ponto percentual, atingindo 20,3% ao
ano.
Inadimplência
A
inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas
físicas, chegou a 4,8%, com redução de 0,1 ponto percentual. No caso das
pessoas jurídicas, houve recuo de 0,1 ponto percentual para 3%. Os dados são do
crédito livre em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado
no mercado.
No
caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo,
destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura)
os juros para as pessoas físicas subiram 0,1 poto percentual para 7,7% ao ano.
A taxa cobrada das empresas caiu 0,5 ponto percentual para 9,2% ao ano. A
inadimplência tanto das pessoas físicas quanto das empresas caiu 0,1 ponto
percentual para 1,6% e 2%, respectivamente.
Saldo dos empréstimos
Em
novembro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$
3,202 trilhões, com aumento de 1,1% no mês e de 3,6% no ano. Em 12 meses, a
expansão chegou a 4,4%. Para este ano, segundo previsão divulgada em setembro,
o BC projeta crescimento do crédito em 4%.
Esse
estoque do crédito corresponde a 46,8% de tudo o que o país produz – Produto
Interno Bruto (PIB) – com aumento de 0,2 ponto percentual em relação a outubro.
Em 12 meses, houve recuo de 0,2 ponto percentual.
Projeções para 2019
Para
próximo ano, o BC espera por uma expansão maior do saldo do crédito, em 6%. No
segmento de pessoas físicas, a estimativa é de alta de 7% no estoque de
empréstimos, “em linha com a aceleração do consumo das famílias”, segundo o
Relatório de Inflação, divulgado no último dia 20. Para pessoas jurídicas, a
projeção é de expansão de 5%, “influenciada, entre outros fatores, pela
continuidade do processo de captação de recursos por parte das empresas nos
mercados externo e de capitais, em substituição aos recursos do SFN [Sistema
Financeiro Nacional]”.
A
carteira de crédito livre deve crescer 10,5% e os empréstimos do segmento
direcionado, 1%. (ABr)
Quinta-feira,
27 de dezembro, 2018 ás 12:30
Bolsonaro pede apoio para garantir a vida de agentes de segurança pública
Às
vésperas de assumir a Presidência da República, Jair Bolsonaro pediu o apoio de
parlamentares para avançar em políticas destinadas a garantir a vida de agentes
de segurança pública no exercício de suas funções. Em sua conta no Twitter, o
presidente eleito fez um alerta sobre o impacto da segurança desses
profissionais em outros setores
“É
preciso o envolvimento dos congressistas para que avancemos nesta pauta e
possamos resgatar a economia e tudo que cerca o bem-estar do cidadão e do
turista em solo brasileiro”, disse Bolsonaro. “Economia, turismo, segurança e
muitos outros temas estão diretamente ligados”, acrescentou.
Segundo
o presidente, a falta de segurança jurídica para as forças de segurança pública
coloca o país como um dos que mais assassinam pessoas que desempenham a função e,
junto com essa violência brutal, somam-se quase 70 mil homicídios por ano.
Bolsonaro
deve retornar quinta-feira (27/12) para o Rio de Janeiro, depois de passar o
feriado do Natal na Restinga da Marambaia, região litorânea do estado. A
expectativa é que o presidente eleito e sua família desembarquem em Brasília sábado
(29/12) para se preparar para as cerimônias de posse. (ABr)
Quinta-feira,
27 de dezembro, 2018 ás 09:00
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Dívida Pública Federal sobe 1,69% e ultrapassa R$ 3,8 trilhões
O
elevado volume de emissões de títulos fez a Dívida Pública Federal (DPF)
ultrapassar a barreira de R$ 3,8 trilhões. Segundo o Tesouro Nacional, o
indicador fechou o mês passado em R$ 3,827 trilhões, com alta de 1,69% em
relação a outubro.
A
Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi), em circulação no
mercado nacional, subiu 1,59%, passando de R$ 3,622 trilhões para R$ 3,679
trilhões. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 34,49 bilhões a mais do que
resgatou, principalmente em títulos prefixados e em títulos corrigidos pela
taxa Selic (juros básicos da economia). O estoque também subiu por causa da
apropriação de juros, que somou R$ 23,20 bilhões.
A
apropriação de juros representa o reconhecimento gradual das taxas que corrigem
os juros da dívida pública. As taxas são incorporadas mês a mês ao estoque da
dívida, conforme o indexador de cada papel.
A
forte alta do dólar no último mês fez a Dívida Pública Externa subir 4,27% em
novembro. O estoque passou de R$ 140,95 bilhões para R$ 146,96 bilhões,
motivado principalmente pela valorização de 3,92% da moeda norte-americana
ocorrida no mês passado.
Apesar
da alta em novembro, a DPF está próxima do limite inferior das previsões do
Tesouro. De acordo com o Plano Anual de Financiamento, divulgado no início do
ano, a tendência é que o estoque da DPF encerre o ano entre R$ 3,78 trilhões e
R$ 3,98 trilhões.
Por
meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos
para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com
alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos
prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio. (ABr)
Quarta-feira, 26 de dezembro, 2018 ás 15:00
Prazo de saque do abono salarial 2016 termina nesta semana
O
prazo para o saque do Abono Salarial ano-base 2016 termina na próxima
sexta-feira (28/12). Cerca de 7,5% dos trabalhadores com direito ao recurso
ainda não sacaram o dinheiro. O valor ainda disponível de R$ 1,3 bilhão para
1,8 milhão de trabalhadores. Inicialmente, o prazo limite era 29 de junho, mas
a prorrogação foi autorizada em julho por resolução do Conselho Deliberativo do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
Até
o momento, já foram pagos R$ 16,7 bilhões para 22,7 mil trabalhadores. A região
com maior percentual de beneficiários a receber o Abono 2016 é a Centro-Oeste,
onde 11,63% das pessoas com direito ao recurso ainda não foram ao banco receber
o benefício.
O
estado com mais trabalhadores que ainda não retiraram o dinheiro é São Paulo.
São 410,5 mil pessoas, ou 6,95% do total de beneficiários. O valor ainda
disponível para esses trabalhadores é mais de R$ 297 milhões.
Já
o Distrito Federal é a Unidade da Federação (UF) com maior número proporcional
de beneficiários com direito ao saque que ainda não retiraram o valor. Na
capital federal, 29,33% estão nessa situação. São 148,5 mil trabalhadores com
R$ 110 milhões para retirar.
Tem
direito ao abono salarial ano-base 2016 quem estava inscrito nos programas de
Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep)
há, pelo menos, cinco anos, trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em
2016 com remuneração mensal média de até dois salários mínimos e teve seus
dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS).
A
quantia a que cada trabalhador tem direito depende do tempo em que ele
trabalhou formalmente em 2016. Quem esteve empregado o ano todo recebe o valor
cheio, que equivale a um salário mínimo (R$ 954). Quem trabalhou por apenas 30
dias recebe o valor mínimo, que é 1/12, e assim sucessivamente.
Trabalhadores
da iniciativa privada devem procurar a Caixa Econômica Federal. A consulta pode
ser feita pessoalmente, pela internet ou pelo telefone 0800-726 02 07. Para
servidores públicos, a referência é o Banco do Brasil, que também fornece
informações pessoalmente, pela internet ou pelo telefone 0800-729 00 01. (ABr)
Quarta-feira,
26 de dezembro, 2018 ás 9:30
domingo, 23 de dezembro de 2018
Novo secretário reúne-se com superintendentes para discutir situação da Saúde em Goiás
Escolhido
para comandar a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o médico
Ismael Alexandrino reuniu-se, na manhã de sexta-feira (21/12), com o atual
secretário, Leonardo Vilela, e com todos os superintendentes e gerentes da
pasta para receber balanços do trabalho desenvolvido nos últimos anos.
Na
sede da secretaria, em Goiânia, foram apresentados dados sobre o orçamento,
investimentos e gastos de cada setor, bem como com as dez organizações sociais
que gerem 20 unidades estaduais de Saúde. Os técnicos detalharam também
projetos e programas, como de combate às drogas, de saúde da família e
transplantes de órgãos.
“Foi
um encontro muito produtivo. Deu para ter uma visão geral da secretaria do
ponto de vista da gestão atual, das dificuldades que enfrentaram, das
possibilidades de avanço, e também para conhecer os servidores. Deu para
perceber um pouco mais a realidade do cenário inicial que vamos encontrar”,
explicou o próximo secretário.
Desde
que foi indicado pelo governador eleito Ronaldo Caiado (Democratas), Ismael
Alexandrino tem se aprofundado na estrutura administrativa da secretaria e na
situação financeira que enfrentará a partir do ano que vem.
Atualmente,
há uma dívida na ordem de R$ 260 milhões com as organizações sociais, além de
passivo com fornecedores e prestadores de serviço. A expectativa é que a
quitação de tais débitos ocorra ainda neste ano, como parte de compromisso
firmado pela gestão José Eliton (PSDB).
“Foi
possível ter uma percepção que teremos um desafio muito grande para equalizar
as contas. Além de um financiamento que nem completa o duodécimo, apesar de que
há a promessa de completá-lo, mas, para além disso, devem nos ser repassadas
dívidas e precisaremos investir nas unidades que estão em conclusão, que
precisarão ser custeadas”, destacou.
O
atual governo deixará pelo menos três hospitais regionais (Uruaçu, Águas Lindas
de Goiás e Santo Antônio de Goiás) e seis Unidades de Saúde Especializadas, as
USEs, (Formosa, Cidade de Goiás, São Luís dos Montes Belos, Quirinópolis, Posse
e Goianésia) não concluídos ou sem funcionar.
“Há
uma previsão de R$ 200 milhões somente em custeio para o ano que vem, assim que
as unidades forem sendo entregues. Não serão todas que serão concluídas em
2019, mas certamente durante a próxima gestão concluiremos todas”, asseverou.
Justiça e Saúde
Durante
a reunião, a procuradora Marcella Parpinelli Moliterno levantou uma questão que
será central para a próxima gestão da SES-GO: a chamada judicialização da
Saúde. Segundo dados da própria secretaria, foram gastos, somente em 2018,
cerca de R$ 100 milhões com fornecimento de medicamentos por determinações
judiciais.
“Além
de entendermos que precisamos ampliar o diálogo com os órgãos de controle,
sobretudo com o Ministério Público, pudemos perceber claramente como isso
impacta no orçamento da secretaria”, reconheceu o próximo secretário.
Alexandrino
alertou que tais determinações da Justiça podem, em alguns casos, afrontar os
princípios da economicidade (artigo 71 da Constituição Federal) da
impessoalidade (artigo 37) e um dos princípios do Sistema Único de Saúde, que é
o da equidade.
“Não
dá para excluir esse problema, precisamos encará-lo de frente, dialogar com a
Defensoria e o Ministério Público e buscar medidas cabíveis que deem
sustentabilidade ao SUS, cujo financiamento não é fácil por si só. Se não
houver entendimento entre todas as partes envolvidas, certamente fica mais
difícil de ser gerido, mais oneroso, e a médio e longo prazo vai prejudicar
ainda mais a população”, acrescentou.
Vagas
Outro
ponto debatido pelo futuro titular da SES-GO foi a questão da regulação das
vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Estado. Motivo de desavença
entre o atual governo e a Prefeitura de Goiânia, o tema será tratado de forma
“profícua e colaborativa” pela nova gestão estadual.
“Quando
há disputa de forças, certamente quem sai perdendo e quem mais sofre é a
população. Então nossa intenção é manter diálogo com todas as secretarias
municipais. No que depender de mim, a secretária Fátima [Mrué, de Goiânia] terá
um grande parceiro e espero encontrar nela guarita para fazer uma grande
gestão”, disse.
No
começo da semana, Ismael Alexandrino reuniu-se com a titular da Secretaria
Municipal de Saúde da capital e discutiu longamente a questão da regulação. O
encontro serviu para estreitar o relacionamento entre Estado e município e
indica que haverá uma mudança nas tratativas sobre a questão.
(COM
o Jornal Opção online)
Domingo,
23 de dezembro, 2018 ás 00:05
sábado, 22 de dezembro de 2018
Bolsonaro promete alavancar o Brasil e reafirma compromissos de campanha
O
presidente eleito, Jair Bolsonaro, reafirmou pelo Twitter sábado (22/12), o
compromisso feito durante a campanha eleitoral de reduzir o Estado. Segundo
ele, as convergências ministeriais darão o tom de desenvolvimento do país, que
foi pautada pela população. “Reduzir o Estado, desenvolvimento sem entraves de
ONGs, acordos comerciais bilaterais já em andamento e mudar a atual pífia linha
educacional. Vamos alavancar o Brasil! ”, disse.
Pela
mesma rede social, Bolsonaro negou que um general que trabalha no gabinete de
seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), integrará seu governo. Pelo
Twitter, usando a hastag fake news, ele disse que “nenhum general trabalha no
gabinete do deputado”.
Segundo
o jornal O Globo, a Secretaria de Comunicação (Secom), órgão que será inserido
na Secretaria de Governo, comandada pelo general Carlos Alberto dos Santos
Cruz, será ocupada por Floriano Barbosa, atualmente assessor no gabinete do
deputado federal Eduardo Bolsonaro. Floriano não é militar.
Bolsonaro
deve seguir sábado (22/12) para a Base Naval da Ilha de Marambaia, onde deverá
passar o Natal. O presidente eleito deve retornar à sua casa, na Barra da
Tijuca, no dia 27 de dezembro, e seguir para a Brasília no dia 29, onde deverá
ficar até a posse, em 1º de janeiro. (Agência Brasil)
Sábado,
22 de dezembro, 2018 ás 10:20
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
SUS vai ofertar dois novos medicamentos para doenças raras
O
Sistema Único de Saúde (SUS) passa a ofertar, em até 180 dias, os medicamentos
alfaelosulfas e e galsulfase para o tratamento de pacientes com
mucopolissacaridose tipos IV e VI, respectivamente. A portaria que incorpora os
insumos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) foi publicada quinta-feira
(20/12) no Diário Oficial da União.
Por
meio de nota, o Ministério da Saúde informou que a mucopolissacaridose consiste
em um distúrbio genético que afeta a produção de enzimas, substâncias
fundamentais para diversos processos químicos em nosso organismo. A doença não
tem cura, mas um tratamento adequado, segundo a pasta, é capaz de reduzir
complicações e sintomas, além de impedir o agravamento do quadro.
A
expectativa do governo é que o medicamento alfaelosulfase possa atender a 153
pacientes de todo o país diagnosticados com o tipo IV de mucopolissacaridose.
Já o galsulfase deve ser utilizado por 183 pacientes com o tipo VI da doença,
que apresenta ainda outros quatro estágios. Em junho, o ministério incorporou
os medicamentos laronidase e idursulfase alfa para o tratamento de
mucopolissacaridose tipos I e II.
Doenças raras
De
acordo com a pasta, as doenças raras são caracterizadas por uma ampla
diversidade de sinais e sintomas que variam não só de doença para doença, mas
também de pessoa para pessoa. Manifestações relativamente frequentes podem
simular doenças comuns, dificultando o diagnóstico, causando elevado sofrimento
clínico e psicossocial aos afetados e suas famílias.
Considera-se
doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou
seja, 1,3 pessoa para cada 2 mil indivíduos. O número exato de doenças raras
não é conhecido. Estima-se que existam entre 6 mil a 8 mil tipos de doenças
raras em todo o mundo. 80% delas decorrem de fatores genéticos e as demais
advêm de causas ambientais, infecciosas e imunológicas, entre outras.
“Muito
embora sejam individualmente raras, como um grupo elas acometem um percentual
significativo da população, o que resulta em um problema de saúde relevante”,
destacou o ministério. (ABr)
Sexta-feira,
21 de dezembro, 2018 ás 18:00
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Brasil cria 58,7 mil empregos formais em novembro
Beneficiada
pelo comércio e pelos serviços, a criação de empregos com carteira assinada
atingiu, em novembro, o maior nível para o mês em oito anos. Segundo dados
divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do
Ministério do Trabalho, 58.664 postos formais de trabalho foram criados no
último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
A
última vez em que a criação de empregos tinha superado esse nível tinha sido em
novembro de 2010, quando as admissões tinham superado as dispensas em 138.247.
A criação de empregos totaliza 858.415 de janeiro a novembro e 517.733 nos
últimos 12 meses.
Na
divisão por ramos de atividade, apenas dois dos oito setores pesquisados criaram
empregos formais em novembro. O campeão foi o comércio, com a abertura de
88.587 postos, seguido pelo setor de serviços (34.319 postos). Os seis demais
setores fecharam vagas no mês passado.
O
nível de emprego caiu na indústria de transformação (-24.287 postos), na
agropecuária (-23.692 postos), na construção civil (-13.854 postos), na
administração pública (-1.122 postos), na indústria extrativa mineral (-744
postos) e nos serviços industriais de utilidade pública, categoria que engloba
energia e saneamento (-543 postos).
Tradicionalmente,
a geração de emprego no comércio e nos serviços é normal nos últimos meses do
ano, por causa das vendas de Natal e da movimentação para as festas de fim de
ano. A indústria demite por ter terminado a produção das mercadorias a serem
comercializadas no período natalino, enquanto a agricultura está em um período
de plantio da maioria das safras.
Destaques
No
comércio, o ramo varejista foi o grande destaque, com a abertura de 82.747
pontos formais, seguido pelo ramo atacadista, com 13.168 vagas. Nos serviços, a
criação de empregos foi impulsionada por serviços de alojamento, alimentação,
reparação, manutenção e redação (13.895 postos); comércio e administração de
imóveis, valores mobiliários e serviço técnico (12.447 postos) e serviços
médicos, odontológicos e veterinários (8.278 postos).
Na
indústria de transformação, que liderou o fechamento de vagas em novembro, as
maiores quedas no nível de emprego ocorreram na indústria de produtos
alimentícios e de bebidas (-6.511 postos); na indústria química de produtos
farmacêuticos, veterinários e perfumaria (-5.318 postos) e na indústria têxtil
e de vestuário (-5.036 postos).
Regiões
Três
das cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em
novembro. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 35.069 postos, seguido
pelo Sul (24.763 vagas) e pelo Nordeste (7.031 vagas). Influenciado pela
entressafra, o Centro-Oeste fechou 7.537 postos. O Norte registrou 932 vagas a
menos no mês passado.
Na
divisão por estados, 19 unidades da Federação geraram empregos e oito demitiram
mais do que contrataram. As maiores variações positivas no saldo de emprego ocorreram
em São Paulo (abertura de 17.754 postos), no Rio de Janeiro (13,7 mil), no Rio
Grande do Sul (10.121) e em Santa Catarina (9.192). Os estados que lideraram o
fechamento de vagas formais foram Goiás (-6.160 postos), Mato Grosso (-3.427) e
Tocantins (-1.135). (ABr)
Quinta-feira,
20 de dezembro, 2018 ás 18:30
Ricardo Salles indica o procurador Eduardo Bim para presidência do Ibama
O
futuro ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, confirmou quinta-feira (20/12)
o nome do advogado Eduardo Fortunato Bim para a presidência do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Integrante da Advocacia-Geral da União (AGU), Bim é procurador federal no
instituto há cinco anos.
Mestre
em direito e especialista em direito ambiental, Eduardo Bim é autor de livros
como Licenciamento Ambiental, que trata de pontos polêmicos em torno do tema
destacando soluções jurídicas para o assunto.
Em
várias ocasiões, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, destacou sua preocupação
em torno das concessões de licenças ambientais e também da aplicação de multas
– que ele chamou, por mais de uma vez, de “indústria da multa”. Salles defende
a desburocratização de processos que esbarram em restrições ambientais e afetam
setores da economia.
A
presidência do Ibama é o primeiro anúncio de Salles que foi o último ministro
confirmado para o primeiro escalão de Bolsonaro.
O
novo ministro do Meio Ambiente também informou que a integração do Ibama com o
Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que chegou a ser analisada
pela equipe de transição do governo, está descartada neste momento.
Salles
aproveitou para afirmar que o Ibama continuará responsável pelo licenciamento
ambiental e pela fiscalização ambiental. O futuro ministro decidiu que uma de
suas primeiras ações será suspender o decreto que permite a conversão de multas
em prestação de serviços ambientais por ONGs.
Ainda
de acordo com ele, o decreto será suspenso por 90 dias para ganhar novas
atribuições. Hoje as ONGs são as principais prestadoras desse serviço de
conversão de multas. Salles quer incluir a possibilidade de os proprietários de
terra que cometeram a infração possam prestar o serviço ambiental e que
empresas privadas também sejam aptas à prestação do serviço.
Condenado
Ricardo
Salles foi condenado nesta quarta (19) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo
por improbidade administrativa, em uma ação movida pelo Ministério Público em
2017, quando ele ocupava o cargo de secretário estadual de Meio Ambiente de São
Paulo durante o governo Geraldo Alckmin.
O
juiz Fausto José Martins Seabra condenou Salles à suspensão dos direitos
políticos por três anos e o pagamento de uma multa equivalente a dez vezes o
salário de cerca de R$20 mil que recebia quando secretário. Com a decisão, ele
também fica proibido de ser contratado pelo Poder Público.
A
ação acusa Salles de cometer fraude na elaboração do plano de manejo da Área de
Proteção Ambiental Várzea do Rio Tietê, com propósito de beneficiar empresas de
mineração e filiadas à Fiesp (Federação da Indústria do estado de São
Paulo). Inquérito civil apurou
irregularidades como a modificação de mapas, alteração da minuta do decreto do
plano de manejo e perseguição a funcionários da Fundação Florestal.
(DP)
Quinta-feira,
20 de dezembro, 2018 ás 17:30
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Governo de SP quer criminalizar dívida de ICMS de 16 mil empresários
O
governo de São Paulo pretende criminalizar o não pagamento de ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) por empresários, com base em
decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A
corte considerou, em agosto passado, que o recolhimento do imposto é
obrigatório e o descumprimento da lei terá sérias consequências, ao julgar e
condenar dois empresários de Santa Catarina porque não recolheram o ICMS,
embora tenham declarado a quitação do débito. A corte acabou abrindo um
precedente para as empresas que estão devendo o pagamento do imposto.
Em
tese, 166.088 empresários paulistas correrão o risco de serem condenados caso o
governo confirme a decisão. Juntos, eles devem R$ 89 bilhões.
O
governo paulista, no entanto, pretende ir atrás apenas dos chamados devedores
contumazes, cujo número é bem menor: 16 mil, que são responsáveis por uma dívida
calculada em R$ 34 bilhões.
Os
setores têxtil, de metalurgia e de máquinas e equipamentos estão entre os
maiores devedores em São Paulo.
“Não
dá para colocar todos os devedores na mesma cesta”, afirma Ana Lúcia Pires,
subprocuradora-geral do contencioso tributário fiscal. “O alvo não será o
contribuinte que foi atingido pela crise econômica, mas o que efetivamente se
financia à custa do Estado.”
A
legislação paulista considera devedor contumaz aquele com débitos durante seis
períodos de apuração, de forma consecutiva ou não, em um prazo de 12 meses.
A
Procuradoria, em parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda, pretende fazer
uma verificação minuciosa e encaminhar os casos recorrentes ao Ministério
Público Estadual.
Na
avaliação do governo, o devedor contumaz chegou a essa situação
deliberadamente, no intuito de utilizar o valor devido como capital de giro.
Como
pelo entendimento anterior não havia punição criminal, deixava para resolver a
situação fiscal lá na frente, muitas vezes recorrendo a programas de
parcelamento da dívida.
A
criminalização, no entendimento do governo, acaba com esse tipo de estratégia,
à medida que essa situação passa a ser equivalente à do contribuinte que
recorre a fraude para sonegar imposto.
Como
crime, a pena por apropriação indébita tributária é de seis meses a dois anos
de detenção. Em regra, é cumprida no regime aberto.
Se
for réu primário, acaba tendo de pagar uma multa ou fazer serviços
comunitários. “Mas fica com uma espada sobre a cabeça”, afirma o criminalista
Ricardo Sayeg. Havendo reincidência, pode responder em regime semiaberto.
(Com
informações da FolhaPress)
Quarta-feira,
19 de dezembro, 2018 ás 10:00
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Mais da metade dos brasileiros não concluem o ensino médio até os 19 anos
Dos
3,2 milhões de brasileiros com 19 anos, 2 milhões concluíram o ensino médio, o
que representa 63,5% do total, segundo levantamento do movimento Todos Pela
Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2012 a 2018
(Pnad-C) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total
que não concluiu o ensino médio, 62% não estão mais na escola e, desses jovens,
55% pararam de estudar no ensino fundamental.
Para
o diretor de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, Olavo Nogueira
Filho, o desafio não é só garantir a permanência dos jovens no ensino médio,
mas levar para a escola os que abandonaram as salas de aula. “Os indicadores
mostram que temos graves problemas no ensino médio e não estamos conseguindo
revertê-los. Porém, o desafio maior refere-se à educação básica. Precisamos
reverter a trajetória de insucesso na educação básica”, afirmou.
Entre
2012 e 2018, conforme o levantamento, houve um crescimento de 11,8 pontos
percentuais na taxa de conclusão do ensino médio até os 19 anos. Segundo
Nogueira Filho, a avaliação dos dados por estado mostra que é possível melhorar
o atendimento aos jovens no ensino médio. Em Pernambuco, por exemplo, a taxa
dos que concluem o ensino médio até os 19 anos (67,6%) é maior do que a média
nacional. “Isso mostra que é possível fazer melhor”, disse. A responsabilidade
pela educação básica é dos estados e municípios. A União participa com o
financiamento.
Ensino fundamental
No
ensino fundamental, conforme o levantamento, as taxas de conclusão
mantiveram-se estáveis no período. Essa etapa teve uma queda no número absoluto
de concluintes devido à redução da população de 16 anos no país. Em 2018, foram
212.281 concluintes a menos do que em 2017, que por sua vez teve menos
concluintes que o ano anterior, com uma redução de 64.058.
Qualidade
Segundo
a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, os números refletem
“um patamar baixo de qualidade da educação básica” no país. “Embora o país
tenha o mérito de ter avançado na oferta do acesso à escola, temos falhado em
garantir qualidade do ensino para todos e com isso vamos perdendo nossas
crianças e jovens pelo caminho, configurando um grave cenário de exclusão
escolar”, argumentou.
O
movimento defende a adoção de uma estratégia nacional e uma atuação integrada
da União, dos estados e dos municípios, na educação básica – que inclui
educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. “Os indicadores
demonstram que os desafios para nossos jovens concluírem a educação básica na
idade certa são complexos e exigem atuação sistêmica, ou seja, com políticas
públicas em várias frentes ao mesmo tempo e de forma integrada. Temos
diagnósticos, temos evidências sobre quais os melhores caminhos, temos redes
que estão avançando. Está na hora de priorizar as medidas que realmente podem
fazer o país avançar na qualidade da educação básica”, afirmou Priscila Cruz.
O
levantamento evidenciou a desigualdade no ensino. Adolescentes negros e
moradores das áreas rurais têm taxas de conclusão mais baixas do que as dos
brancos e de regiões urbanas em todas as etapas da educação básica. No ensino
fundamental, a diferença entre negros e brancos é de 10,4 pontos percentuais e
entre jovens de áreas rurais e urbanas, 12 pontos percentuais. No ensino médio,
a distância se amplia para 19,8 pontos percentuais e 19 pontos percentuais,
respectivamente.
A
avaliação do Todos pela Educação é que o baixo índice de conclusão da educação
básica na idade certa está relacionado à taxa de insucesso escolar, ou seja, a
combinação da reprovação com o abandono. O levantamento mostra que, a partir do
3º ano do ensino fundamental, o final do ciclo de alfabetização, a taxa de
insucesso escolar começa a se intensificar: em 2017, 10,5% dos alunos não
passaram de ano. Já no 6º ano, esse índice salta para 15,5%. No 1º ano do
ensino médio, de cada 100 alunos, 23 são reprovados. (ABr)
Terça-feira,
18 de dezembro, 2018 ás 07:30
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
Temer inaugura primeira etapa do Satélite Geoestacionário de Defesa
O
presidente Michel Temer inaugurou segunda-feira (17/12) a primeira etapa de
Centro de Operações Espaciais Principal, que permitirá operacionalizar e
monitorar o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, na
Base Aérea de Brasília.
Além
de promover segurança nas comunicações estratégicas do Estado brasileiro, o
projeto tem como objetivo fornecer internet em banda larga para escolas
públicas, unidades de saúde, postos de fronteira, áreas indígenas e quilombolas
no âmbito do Programa Internet para Todos.
A
primeira etapa do projeto, a operacional, possibilitará a migração dos
equipamentos satelitais já em operação. A etapa seguinte, a de implantação das
áreas administrativas, está prevista para ser inaugurada em meados de 2019.
O
Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, parceria dos
ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e da Defesa, já
recebeu R$ 3 bilhões em investimentos.
Em
seu discurso, Temer disse que seu governo está modernizando o Brasil e que
trouxe o país para o século 21. “Hoje eu fixo, em definitivo, a ideia de que
nosso país já está no século 21. Saímos do século 20, foi para o 21. Saiu do
analógico e foi para o digital”, afirmou.
“Mas
o momento culminante, o ápice desta modernização, o momento em que eu posso
dizer em alto e bom som, o momento em que eu posso alardear, e aí eu quero
sugerir que nós todos possamos alardear o que está sendo feito pelo Ministério
de Ciência, Tecnologia e Inovações, pela Embratel, pelo Ministério da Defesa,
pelas Forças Armadas, é esta espécie de inauguração de placa que nós colocamos
aqui do satélite geoestacionário que leva banda larga para todo o país, para
todas as escolas”, disse.
Ao
final da cerimônia, Temer retificou a informação de que a empresa responsável é
a Telebrás e não a Embratel, como havia mencionado em seu discurso.
Temer
também afirmou que seu governo está deixando para o próximo “um número
infindável de editais para concessões e privatizações”.
“Aqui
no Brasil se tem uma mania que é chegando um novo governo você destrói os
programas anteriores para colocar outros programas no seu lugar. Os projetos
que foram êxitos devem continuar”, disse Temer. (ABr)
Segunda-feira,
17 de dezembro, 2018 ás 12:00
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
País terá que discutir valorização do professor, diz secretária do MEC
O
Brasil terá que discutir valorização da carreira dos professores, segundo a
secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Kátia Smole.
“Precisa ser bom ser professor em todos os sentidos”, afirmou a secretária a
jornalistas após a apresentação da Base Nacional Comum da Formação de
Professores da Educação Básica.
A
Base Nacional Comum será entregue sexta-feira (14/12) ao Conselho Nacional de
Educação (CNE), onde será analisada. Ela vai orientar a formação de professores
em licenciaturas e cursos de pedagogia em todas as faculdades, universidades e
instituições públicas e particulares de ensino do país.
A
proposta define ainda dez competências gerais que serão trabalhadas nos cursos
de pedagogia e em licenciaturas. Elas são semelhantes às competências previstas
nas bases nacionais comuns curriculares (BNCC), já aprovadas, que preveem o que
deve ser ensinado nas escolas.
O
documento traz também uma sugestão de progressão de carreira. “Essa [a
valorização docente] é uma discussão que o Brasil vai ter que fazer. A gente
está começando a trazer isso pelo viés da formação e nós esperamos que seja uma
valorização, inclusive social, que seja discutida ao longo dos próximos anos”,
diz Kátia.
De
acordo com o texto, os professores irão progredir de acordo com o
desenvolvimento de determinadas competências e habilidades. Haverá quatro
níveis de proficiência: inicial, para o formado na graduação; probatório, para
os novatos; altamente eficiente, para quem está em nível avançado na carreira e
deverá demonstrar habilidades complexas; e o líder, que estará no nível mais
alto e terá responsabilidades e compromissos mais amplos.
Indução de políticas
A
proposta para plano de carreira deverá, segundo o MEC, ser discutida ainda com
as entidades representativas dos estados e municípios. Apesar de a maior parte
dos professores da educação básica estar vinculado a estados e municípios,
Kátia diz que o MEC pode “induzir políticas” para a valorização dos
professores.
Perguntada
sobre a continuidade dessa discussão no governo de Jair Bolsonaro, Kátia diz
que não pode responder pela próxima gestão do MEC. “A equipe de transição está
no MEC e estamos compartilhando com eles todas as políticas que estão em
desenvolvimento e as que estamos deixando para discussão. Indicamos que
entregamos a Base para a formação de professores ao CNE. A responsabilidade
passa a ser do CNE”, diz.
A
Base Nacional Comum também define as competências que devem ser aprendidas por
todos os professores do Brasil. Além das dez competências gerais, o documento
aponta quatro competências específicas que deverão ser desenvolvidas em cada
uma das seguintes três dimensões: conhecimento profissional, prática
profissional e engajamento profissional. (ABr)
Sexta-feira,
14 de dezembro, 2018 ás 00:05
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