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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

Ja temos 2 membro, seja o terceiro do

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

ASSINATURA DOS CONTRATOS DO 4G SERÁ NA SEXTA, DIZ ANATEL

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) confirmou nesta terça-feira, 02, que os contratos do 4G na faixa de 700 MHz serão assinados na próxima sexta-feira, 05, na sede do órgão em Brasília. Na última quinta-feira, 27, o presidente da Anatel, João Rezende, afirmou que os Termos de Autorização para Uso de Radiofrequência serão firmados independentemente do questionamento das empresas sobre parte do valor das outorgas estipuladas em R$ 5,1 bilhões. Claro, TIM, Vivo e Algar Telecom questionam cerca de R$ 200 milhões do total cobrado pelo governo.

O leilão realizado no dia 30 de setembro não conseguiu vender todos os lotes ofertados na frequência que complementará o serviço de 4G, que já é ofertado na frequência de 2,5 GHz em mais de 200 municípios brasileiros. Na ocasião, a Oi desistiu da disputa, o que derrubou em cerca de R$ 3 bilhões a arrecadação esperada pelo governo com o certame. Agora, as companhias vencedoras ainda ameaçam ir à Justiça para questionar R$ 200 milhões que elas não haviam computado no preço das licenças.

Mas a Anatel afirma que os valores questionados referem-se a créditos tributários que as empresas terão na nova frequência e mantém a cobrança. Segundo João Rezende, as companhias que porventura não assinarem os contratos receberão penalidades e terão suas garantias de participação no leilão executadas. Os valores dessas garantias, inclusive, são maiores do que as quantias questionadas pelas empresas.

Apesar das queixas, o governo ainda aposta que todas as empresas pagarão à vista o valor das outorgas porque os juros do parcelamento formatado pela Anatel são mais altos que as taxas de mercado. A Telefônica Vivo já anunciou que irá pagar a sua parte à vista. Mas as outras empresas ainda não se manifestaram sobre o assunto. O pagamento de pelo menos 10% do valor da licença precisa ser feito antes da assinatura dos contratos. (AE)

Postado pela Redação


Terça-feira, 2 de dezembro, 2014. 

SENADO TEM PROJETO QUE ESTABELECE BANDA LARGA MAIS BARATA


Está pronto para ser votado no plenário do Senado, mas ainda sem data prevista, o projeto (PRS15/2014) que estabelece teto de 10% para a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) relativo ao acesso à internet em banda larga. O texto, que obriga as operadoras a assegurarem velocidade nominal igual ou superior a cinco megabites por segundo (Mbps) a um preço mensal inferior a R$ 40, foi aprovado nesta terça-feira (2) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A expectativa da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) – autora do projeto, é de que a implantação da medida resulte no aumento de até dois milhões de assinaturas de banda larga fixa – um adicional equivalente a 9,5% em relação aos números atuais.
Ainda segundo a senadora, o projeto corrige uma distorção: a diferença de alíquotas de ICMS que incide sobre a banda larga em cada estado tem estabelecido vantagens competitivas e benefícios exclusivos para empresas e cidadãos de algumas unidades federativas, em detrimento de outras.

O relator da matéria, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), minimizou os impactos da medida para os estados. “A iniciativa parte da premissa, que julgamos acertada, de que a desoneração tributária de determinados setores da atividade econômica não traz necessariamente perda de arrecadação para os estados, embora alguma redução possa ser observada no início da aplicação da medida”, destacou.

Ele disse ainda que ao estimular os agentes econômicos a praticar preços menores, o mercado consumidor é ampliado e a médio e longo prazos haverá um incremento significativo nas receitas do ICMS.


(Karine Melo/ABr)

Terça-feira, 2 de dezembro, 2014. 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

LEI GERAL DAS ANTENAS AVANÇA E ESTÁ PRONTA PARA VOTAÇÃO NO PLENÁRIO DO SENADO


O plenário do Senado deve votar nos próximos dias em regime de urgência o projeto que institui a Lei Geral das Antenas. O substitutivo do senador Walter Pinheiro (PT-BA) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 293/2012 foi aprovado nesta terça-feira (11) pela Comissão Ciência e Tecnologia (CCT) da Casa.

A proposta trata da unificação de regras para instalação das torres, reivindicação antiga das empresas do setor que insistem que, sem a norma, não têm como melhorar a qualidade do serviço prestado. A partir da aprovação da norma, as empresas prometem resolver os problemas multiplicando o número de antenas, já que a proposta deve acabar com a fragmentação da legislação e com o que elas consideram excesso de burocracia.

Entre as novidades para acelerar o processo de liberação de autorizações, o texto determina prazo máximo de 60 dias para deliberação sobre pedido de instalação de antenas. Em caso de descumprimento do prazo, a permissão passa a ser automática. Caso seja necessária consulta ou audiência pública, o prazo pode ser ampliado por mais de 15 dias e as antenas de pequeno porte ficam dispensadas de licenças.

Outro ponto considerado importante na Lei Geral das Antenas é o que torna obrigatório o compartilhamento da capacidade excedente da infraestrutura de suporte, exceto quando houver justificado motivo técnico. O texto estabelece que novas antenas sejam planejadas para permitir seu compartilhamento pelo maior número possível de prestadoras.

Conforme o substitutivo, o compartilhamento de infraestrutura “será realizado de forma isonômica, não discriminatória e a preços e condições justos e razoáveis, tendo como referência o modelo de custos setorial”.

O texto sugere que os recursos vindos do compartilhamento de infraestrutura sejam aplicados na ampliação e modernização dos serviços, “bem como no mapeamento e georreferenciamento das redes, a fim de garantir ao poder público a devida informação acerca de sua localização, dimensão e capacidade disponível”.

Durante a discussão da proposta representantes da sociedade civil demostraram muita preocupação quanto a possíveis riscos pela exposição humana aos campos eletromagnéticos gerados pelas antenas. Por isso a proposta prevê que a instalação desses transmissores obedeça a limites de exposição definidos na legislação e em regulamentos específicos.

A fiscalização do cumprimento desses limites ficara sob responsabilidade da Anatel, mas órgãos estaduais, distritais ou municipais terão a obrigação de informar ao órgão regulador federal sobre indícios de irregularidades.

Ainda de acordo com a proposta, a Anatel também terá que avaliar as estações transmissoras e emitir relatório que será publicado na Internet. O texto garante que as estações que estiverem de acordo com as exigências legais “não poderão ter sua instalação impedida por razões relativas à exposição humana a radiação não ionizante”.

Ações de esclarecimento promovidas pelas operadoras e pelos governos federal, estaduais e municipais devem informar a população sobre os limites legais de exposição humana aos campos eletromagnéticos. Se aprovado no plenário do Senado, a matéria segue para sanção presidencial.

Karine Melo


Terça-feira, 11 de outubro, 2014.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PRIMEIRO GALAXY COM LATERAL DE METAL, ALPHA É LANÇADO NO BRASIL


Aparelho faz parte da linha de smartphones mais sofisticado da Samsung e custa R$ 2.199
O Galaxy Alpha, primeiro smartphone da Samsung a usar metal em sua armação, chega ao Brasil nesta semana. O aparelho integra a linha de smartphones premium da Samsung e tem preço sugerido de R$ 2.199.

O maior diferencial do Alpha para os outros aparelhos da Samsung está na lateral. Em vez do material plástico usado nos outros aparelhos, o Alpha traz uma elegante moldura de metal. Ultrafino, o aparelho tem apenas 6,7 milímetros de espessura e pesa 115 gramas.
(IG)


Quarta-feira, 29 de outubro, 2014. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O SEGUNDO TURNO É DOMINGO, MAS O BRASIL JÁ PERDEU


“Perdemos a oportunidade de elevar o nível do debate eleitoral, de realizar um debate programático. Perdemos a paciência, a tolerância e o respeito. Perdemos conhecidos, amigos e familiares. Nós nos perdemos”

Dê Aécio ou dê Dilma, já perdemos. Tucanos e petistas perderam. Aqueles que votam nulo perderam. Aqueles que não votam perderam. Aqueles que escolheram seu voto de forma crítica, porém convicta, também perderam. Todos perderam. Perdemos. A sociedade brasileira foi quem perdeu nessas eleições, antes mesmo dos resultados do segundo turno serem anunciados.

As redes sociais se tornaram verdadeiros campos de batalha. Quem não se descabelou ou morreu de nervoso ao entrar no Facebook nesse período eleitoral que atire a primeira pedra! Quantos amigos flagrei entoando o mantra “não vou comentar, não vou comentar, não vou comentar!”. Tarde demais, já haviam comentado. E eu já havia comentado, e todos já haviam comentado.

Como se não bastasse o baixo nível do debate dos nossos candidatos, tão criticado pela população, conseguimos ser mais simplistas ainda na desqualificação e desconstrução uns dos outros: “Quem vota no Aécio é manipulado pela grande mídia e quer ver pobre se foder. Quem vota na Dilma tá ganhando Bolsa Família e é corrupto. Quem vota no PT é petralha. Quem vota no PSDB é tucanalha ou reaça ou os dois”.

Expressar a própria opinião virou sinônimo de ser julgado. Abrir seu voto e dizer quem é seu candidato virou um ato de coragem. De repente, ficou mais fácil ganhar na Mega Sena do que encontrar pessoas dispostas a discutir de forma respeitosa. Duvido que exista alguém que tenha declarado seu voto e não tenha recebido comentários como “Afff, como assim?”, “Você tá zuando, né?”, “Coitada, desandou!”, “Nossa, perdi minhas esperanças agora!”.

Os planos de governo, propostas, compromissos, base aliada, apoiadores e tudo o mais que interessa para melhorar a vida dos cidadãos foram esquecidos, deixados de lado, como sequer existissem. Afinal, para que saber o que propõe o Aécio e quem é sua base aliada se o que me interessa é tirar o PT do poder? Ou para que conhecer os compromissos da Dilma se o Aécio é um cheirador e eu não sou coxinha para votar nele?

Ah, perdemos, e como perdemos! Dos comentários foram surgindo os discursos de ódio cada vez mais inflamados. Xingamentos, tons violentos, ofensas e baixarias. Argumentos embasados e civilizados sumiram, entraram em extinção. A violência é evidente e nos deparamos com um país dividido, tristemente rasgado. Os valores democráticos foram colocados em xeque. Política virou futebol, religião. Com direito a briga de torcidas organizadas.

Ver crescer o ódio dentro de uma mesma nação me tira um pouco o orgulho de ser brasileira. E o que mais dói nisso tudo é ver que, até aqui, essas torcidas só apareceram a cada quatro anos, como em uma Copa do Mundo. E depois de domingo, como abóbora, tudo volta a ser como era antes. Teremos salvado (ou condenado) o país do comunismo ou do neoliberalismo e as redes sociais seguirão insuportáveis por mais alguns dias (e realmente espero que seja só por mais alguns dias, e que essa tensão não perdure). Mas a missão será dada como cumprida pela maioria da população, que orgulhosa pensa que seu dever acaba ali nas urnas.

Do debate desqualificado seguiremos com a participação cidadã enfraquecida.  Muitas pessoas só irão discutir política novamente daqui quatro anos. Serão poucos os que continuarão acompanhando, criticando e cobrando aquele que for eleito, sendo seu candidato ou não, na luta por um Brasil melhor.

A festa terá acabado, a luz se apagado e o povo sumido. Perdemos (e muito), José!

POR: NICOLE VERILLO


Sexta-feira, 24 de outubro, 2014. 

domingo, 12 de outubro de 2014

AÉCIO ABRE 17 PONTOS DE VANTAGEM SOBRE DILMA


Primeiro levantamento após divulgação de áudios da Petrobras mostra maior diferença entre presidenciáveis e as pesquisas já divulgadas. Rejeição de presidente é de 46,3%. Tucano tem 29,2%.

Primeira pesquisa Istoé/Sensus realizada depois do primeiro turno da sucessão presidencial mostra o candidato Aécio Neves (PSDB) com 58,8% dos votos válidos e a petista Dilma Rousseff com 41,2%. Uma diferença de 17,6 pontos percentuais. O levantamento feito entre a quarta-feira, 7, e ontem, é o primeiro a captar parte dos efeitos provocados pelas revelações feitas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sobre o detalhamento do esquema de corrupção na estatal. “Além do crescimento da candidatura de Aécio Neves, observa-se um forte aumento na rejeição da presidente Dilma Rousseff”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Segundo a pesquisa, o índice de eleitores que afirmam não votar em Dilma de forma alguma é de 46,3%. A rejeição de Aécio Neves é de 29,2%. “O tamanho da rejeição à candidatura de Dilma, torna praticamente impossível a reeleição da presidente”, diz Guedes. A pesquisa também capta, segundo o diretor do Sensus, os apoios políticos que Aécio recebeu durante a semana, entre eles o do PSB, PV e PPS.

Migração

As duas mil entrevistas feitas em 24 Estados e 136 municípios mostram que houve uma migração do eleitorado à candidatura tucana mais rápida do que as manifestações oficiais dos líderes políticos. No levantamento sobre o total dos votos, Aécio soma 52,4%, Dilma 36,7% e os indecisos, brancos e nulos são 11%, tudo com margem de erro de 2,2% e índice de confiança de 95%. Nos votos espontâneos, quando nenhum nome é apresentado ao eleitor, Aécio soma 52,1%, Dilma fica 35,4% e os indecisos são 12,6%. “A análise de todos esses dados permite afirmar que onda a favor de Aécio detectada nas duas semanas que antecederam o primeiro turno continua muito forte”, diz Guedes. O tucano, segundo a pesquisa Istoé/Sensus, vence em todas as regiões do País, menos no Nordeste. No PSDB, a espectativa é a de que a diferença a favor de Dilma no Nordeste caia nas próximas pesquisas, principalmente em Pernambuco, na Bahia e no Ceará. Em Pernambuco devido o engajamento da família de Eduardo Campos na campanha, oficializado ontem. Na Bahia em função da presença mais forte do prefeito de Salvador, ACM Neto, no palanque tucano. E, no Ceará, com a participação do senador eleito Tasso Jereissati.

Além da vantagem regional, Aécio, de acordo com o levantamento, supera Dilma em todas as categorias socioeconômicas, o que, segudo a análise de Guedes, indica que a estratégia petista de apostar na divisão do País entre pobres e ricos não tem dado resultado.

(Com informações do site Terra)

Domingo, 12 de outubro, 2014.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CUSTO ADICIONAL DE LIMPEZA DA FAIXA DO 4G PODE LEVAR OPERADORAS À JUSTIÇA


A disputa entre radiodifusores e operadoras de telecomunicações sobre os custos adicionais da limpeza da faixa de 700 Mhz que será usada no serviço de Internet móvel de quarta geração (4G) poderá seguir para o Judiciário após o leilão da frequência, disseram fontes e advogados dos dois setores.

Três das quatro principais operadoras do país (Vivo, TIM e Claro) questionaram na terça-feira pontos do edital na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), entre eles o fato de o órgão não ter fixado um teto para a indenização que as empresas terão de pagar ao setor de radiodifusão analógica, que atualmente ocupa a faixa de 700 MHz.

As operadoras alegam que a ausência de limite nas indenizações cria incerteza em relação ao montante a ser efetivamente investido pelas empresas no leilão. Por outro lado, o setor de radiodifusão afirma que são altos os custos de desocupação da faixa e dos investimentos necessários para evitar interferências do serviço 4G com a TV digital.

Além do preço mínimo total das seis licenças no leilão, de 7,7 bilhões de reais, o edital prevê desembolso de 3,6 bilhões de reais em custos da "limpeza" da faixa de 700 MHz, atualmente ocupada pela radiodifusão analógica.

Caso os 3,6 bilhões de reais das operadoras não sejam suficientes para a execução integral da limpeza, o edital prevê que as vencedoras aportem recursos adicionais. A necessidade desses aportes será avaliada por um grupo formado por representantes das operadoras e de entidades representativas dos radiodifusores.

A impugnação do leilão pedida pelas operadoras não tem poder de cancelar o certame, mas sugere mudanças, disse Silvia Melchior, sócia do Melchior Micheletti e Amendoeira Advogados. A previsão é que as operadoras entrem com ações judiciais caso a Anatel não acate as alterações sugeridas, cenário que está se desenhando como mais provável, disse.

"As empresas estão estudando recorrer ao Judiciário, aguardando somente uma resposta da Anatel", disse Silvia, que faz assessoria jurídica a companhias do setor.

Ela lembrou que em 2012 o leilão da faixa de 2,5 GHz do 4G também foi alvo de ações judiciais, que até hoje não foram julgadas. Na época, as disputas também envolviam pagamento de indenização, naquele caso ao setor de TV por assinatura via radiofrequência que ocupava a faixa de 2,5 GHz, disse Silvia.

Nesse cenário, a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou na terça-feira que iniciou monitoramento de eventuais ações judiciais referentes ao leilão de 4G. O objetivo é garantir a realização do certame, marcado para 30 de setembro.

 (Reuters)


Sexta-feira, 5 de agosto,2014

terça-feira, 5 de agosto de 2014

TELEFÓNICA BRASIL OFERECE 6700 MILHÕES PELA EMPRESA DE BANDA LARGA DA VIVENDI

Enquanto a Oi anda às voltas com a fusão com a PT, a Telefónica vai às compras. A empresa liderada por César Alierta anunciou nesta terça-feira uma oferta de 20.100 milhões de reais (cerca de 6700 milhões de euros) pela aquisição da GVT, empresa de cabo e banda larga da Vivendi. Em cima da mesa está uma oferta em dinheiro e acções: cerca de 12 mil milhões de reais e uma participação em torno de 12% do capital da nova empresa que resultar da fusão entre a Telefónica Brasil e a Global Village Telecom (GVT).

Isto se a Vivendi aceitar o negócio e vender a sua operadora de televisão por cabo, que tem oferta de banda larga, mas não tem serviço de telecomunicações móveis e que, na junção com a Telefónica Brasil (dona da Vivo), passaria a estar apta a oferecer serviços convergentes, ou seja, pacotes de serviços que incluem televisão, internet e comunicações fixas e móveis.

Se a operação for para a frente dará origem ao maior operador de banda larga do mercado brasileiro, com mais de sete milhões de clientes e 30% do mercado, à frente da Telmex. A nova empresa teria 1,5 milhões de clientes de TV paga, com uma quota de 7,84% do mercado, depois da Telmex e da Sky, de acordo com uma nota de research divulgada nesta terça-feira pelo Millennium Investment Banking.

Segundo a versão electrónica do jornal Folha de São Paulo, a oferta da Telefónica surge depois de o presidente da empresa francesa, Vincent Bollore, ter afirmado que o grupo, apesar de estar a focar-se na área de média, gostaria de manter o seu último activo do sector das telecomunicações. Em comunicado, a empresa veio dizer que nenhuma das suas unidades está à venda, mas que irá analisar a oferta espanhola na próxima reunião do conselho de administração.

Numa espécie de dois em um, a Telefónica procura ainda com esta operação resolver uma questão pendente com as autoridades brasileiras. Em causa está a sua posição de 8,3% na Telecom Italia (TI), que também é dona da operadora móvel TIM. A presença da Telefónica no capital da Telecom Itália nunca foi bem aceite pela Conselho Administrativo de Defesa Económica (CADE), tendo em conta que a Telefónica controla a Vivo, que concorre directamente com a TIM.

Agora a Telefónica admite que as acções da TI podem ser usadas como parte do pagamento pela compra da GVT. No comunicado enviado ao regulador da bolsa espanhol, a Telefónica explica que, “na hipótese de a Vivendi estar interessada na aquisição de uma participação estável na Telecom Itália”, poderia “oferecer-lhe a compra” da posição de 8,3% do capital e votos da Telecom Itália, directamente ou através de instrumentos convertíveis em acções. A oferta é válida até 3 de Setembro.

O site do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba (onde está sedeada a GVT, que tem presença em 160 cidades), destaca “a ironia” por detrás desta oferta da Telefónica. O jornal recorda que, em 2009, a GVT foi pretexto para uma troca de acusações entre espanhóis e franceses quando os segundos conseguiram levar a melhor na disputa pelo controlo da operadora de cabo recorrendo à compra de acções e opções através de um fundo anónimo. O fundo foi multado pelo regulador da bolsa brasileiro em cerca de dez milhões de reais (aproximadamente três milhões de euros ao câmbio actual), mas a Vivendi ganhou a batalha.

A aquisição da GVT faz todo o sentido para a TIM, para se tornar num operador convergente, com serviços de televisão e comunicações fixas. No mês passado o presidente executivo da TI, Marco Patuano, tinha dito que a fusão entre estas empresas não está na agenda, embora não possa ser descartada. Para a Telefónica, que tem de desfazer-se da sua posição (indirecta) na TIM, faz todo o sentido antecipar-se a um negócio que deixará a sua concorrente directa mais forte.

ANA BRITO


Terça-feira, 5 de agosto, 2014.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

DISPOSITIVOS USB TÊM FALHA DE SEGURANÇA GRAVE QUE PODE NÃO SER CORRIGIDA




O padrão USB, usado em pen drives, HDs externos e muitos outros equipamentos de armazenamento ou periféricos, pode estar com os dias contados. Uma pesquisa desenvolvida por dois especialistas em segurança alemães revelou que esses dispositivos podem ser infectados em uma camada invisível, incapaz de ser detectada por antivírus. A ameaça afeta todos os aparelhos do tipo e, o pior, não há solução técnica para o problema.
Os especialistas criaram um software chamado BadUSB, capaz de ser instalado no firmware do USB. Essa camada é responsável pelas funções básicas do dispositivo e não pode ser escaneada por qualquer programa de segurança existente no mercado. Portanto, mesmo que um pen drive infectado seja completamente formatado, ele ainda levará riscos ao computador conectado.

“Você pode dar um pen drive infectado ao departamento de TI e eles vão escanear, apagar alguns arquivos e dá-lo de volta dizendo que está ‘limpo’”, revela o pesquisador Karsten Nohl. Ele, juntamente com seu colega Jakob Lell, são os criadores do software BadUSB. A única maneira de encontrar o problema, explica, é realizar uma trabalhosa engenharia reversa no firmware. “O processo de limpeza sequer toca nos arquivos maliciosos”, completa Nohl.

A vulnerabilidade permite que códigos maliciosos modifiquem arquivos do computador, redirecionem o tráfego de Internet e até tomem conta da máquina por completo, especialmente se for instalado por meio de um teclado USB infectado. Assim, um hacker poderia executar quaisquer comandos remotamente, sem ser descoberto.

O grande entrave para solução do problema é que o firmware está na base de como os dispositivos USB são construídos. Segundo os pesquisadores, os problemas simplesmente não podem ser corrigidos, pois envolvem a própria concepção da tecnologia. Sempre que um dispositivo do gênero é conectado a um computador infectado, o firmware pode ser reprogramado pelo malware no PC sem ser detectado. Da mesma forma, qualquer dispositivo USB com o malware pode silenciosamente infectar o computador do usuário. Ou seja, a ameaça opera de ambos os lados.



Mudança de comportamento
Já que não há solução técnica, Nohl e Lell sugerem que a única maneira de garantir que um computador não será afetado por um malware de firmware USB é mudar completamente a forma com que se usa esse tipo de dispositivo, nunca mais conectando-o a máquinas não confiáveis.

“Você não pode mais confiar em um pen drive apenas porque não há vírus. É preciso considerar que ele esteja infectado e jogá-lo fora assim que ele tocar em um computador suspeito. O problema é que isso é incompatível com a forma como usamos dispositivos USB agora”, confessa, Nohl.

Ainda não há histórico desse tipo de ameaça, a não ser pelo software conceitual criado pelos especialistas alemães. A revista Wired, porém, destaca que há indícios de que a agência americana de segurança, NSA, já pode ter usado do método para fins de espionagem no passado, de acordo com documentos vazados pelo ex-analista Edward Snowden.
Via Wired

Sexta-feira, 1º de agosto, 2014.


sábado, 26 de julho de 2014

PLANO PILOTO TEM ACESSO LIVRE A INTERNET VÁRIOS PONTOS DA REGIÃO CENTRAL DO PLANO PILOTO, NA CAPITAL, JÁ TÊM WIFI


Com 30 dias de funcionamento, a internet pública do DF, Sinal Livre, atingiu a marca de 50 mil acessos e 23 mil usuários cadastrados, segundo informou a Agência Brasília, do governo local. A ferramenta possibilitou aos usuários mais de sete milhões de cliques, seja para postagens em redes sociais ou busca de notícias em sites.

O GDF instalou o Sinal Livre na Rodoviária do Plano Piloto, Estádio Nacional Mané Garrincha, Centro de Convenção Ulysses Guimarães e Planetário de Brasília, Torre de Televisão, Setor Hoteleiro Sul e parte do Parque da Cidade. Segundo análise da Secretara de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, atualmente, o ponto mais acessado pela população é a Rodoviária.

Para se conectar, o cidadão precisa estar munido de um dispositivo pessoal de conexão (celular smartphone, notebook ou tablet). Nos pontos de acesso à internet pública, ele visualizará na lista de redes disponíveis o ícone: GDF Sin@l Livre. Clicando nele, o usuário será encaminhado para uma página de cadastro rápido. Ele receberá um nome de usuário e senha para conexão.

O cadastramento será exigido apenas no primeiro acesso, e o password poderá ser memorizado no aparelho para que, nas conexões seguintes, o aparelho do usuário identifique a rede automaticamente. Uma vez cadastrado, o usuário poderá se conectar em qualquer ponto com acesso ao Wi-Fi público.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS – Nesta fase inicial, o Sinal Livre oferece ao usuário uma conexão inicial sem fio com a velocidade mínima de 256 Kbps e capacidade para até 15 mil usuários simultâneos. Com a expansão do sistema, tanto a velocidade de acesso quanto o número de usuários simultâneos serão ampliados.

O sistema é gerenciado por um Datacenter do GDF, capaz de mapear o fluxo da navegação e gerenciar as conexões de forma a garantir a qualidade do acesso. A tecnologia empregada é a Wi-Mesh, que permite a construção de uma rede com vários nós/roteadores, o que reduz o custo e o tempo de implantação.

Ao considerar os aspectos tecnológicos, essa ferramenta é uma das mais modernas do mundo, em termos de configurações de equipamentos, softwares e funcionalidades. Exemplo disso é o controle do acesso que impede a navegação em sites com conteúdo malicioso e pornográfico, por exemplo.


Sábado, 26 de julho,2014.

domingo, 20 de julho de 2014

O PODER DAS REDES SOCIAIS


O poder e alcance das redes sociais prometem movimentar a corrida eleitoral deste ano. O grande uso das mídias digitais pelos eleitores deve ser um componente importante e problemático. Relevantes fontes de informação, interatividade, elas permitem o amplo debate de ideias e de projetos, além da exposição irrestrita de opiniões. A democratização da informação é inquestionável.
Mas, apesar dos grandes avanços conquistados com a definição de regras, direitos e deveres do ambiente virtual por meio do Marco Civil da Internet, a preocupação com o nível do debate online é latente. Qualquer manifestação de opinião ou suposto post informativo publicados na rede com intenções eleitoreiras podem obter alcance inimaginável e repercussão imensurável, destruindo reputações, manchando carreiras e prejudicando campanhas.
Já tivemos exemplos das consequências trágicas que um vídeo ou nota viralizados podem provocar. A dona de casa do Guarujá que, ao ser confundida com uma criminosa, foi linchada, por exemplo, é um triste episódio que começou com uma informação equivocada divulgada pela internet. O cidadão tem de estar ciente de sua responsabilidade ao postar ou replicar qualquer tipo de informação nas redes sociais. Curtir ou compartilhar um conteúdo está a um simples clique, mas é preciso refletir sobre as suas consequências.
Infelizmente, alguns veem a internet como uma “terra sem lei”, onde a barreira do monitor encoraja as pessoas a postarem informações mentirosas e ofensivas, por não checar a veracidade, ou por má fé mesmo.
A corrida pelo poder já usa artifícios muitas vezes escusos de fofocas pessoais a acusações levianas. No entanto, com o amplo acesso à internet pela população e o grande uso das redes sociais, o poder de destruição aumentou.
As redes de contatos permitem que o jogo político seja ainda mais ácido, dependendo das estratégias e intenções dos candidatos e partidos. As notícias de que estão sendo contratadas equipes especializadas em direito e tecnologia da informação para monitorar a internet durante as campanhas estão a todo vapor. Os candidatos tentam se blindar, monitorando as redes sociais. Mais uma prova da relevância do mundo online, nenhum candidato está disposto a negligenciá-lo.
A disputa promete ser intensa nas urnas e na internet. É preciso ter sempre em mente que o candidato pode ser punido por não cumprir a legislação eleitoral, mas também o cidadão pode ser responsabilizado civil e criminalmente pelo conteúdo que produz nas redes sociais. A fiscalização e investigação podem até encontrar obstáculos, mas tem crescido o número de questões digitais levadas ao Judiciário. Eleições limpas em qualquer ambiente, real ou virtual, deve ser um pré-requisito por todos os que prezam pela democracia.
Henrique Tibúrcio é presidente da OAB-GO
Domingo, 20 de julho, 2014


terça-feira, 8 de julho de 2014

CONHEÇA AS NOVAS REGRAS PARA SERVIÇOS TELEFONIA, INTERNET E TV POR ASSINATURA

Começa a vigorar hoje (8) o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC), com novas regras a serem seguidas pelas empresas de telefonia, internet e TV por assinatura. Entre os benefícios previstos para os consumidores estão facilidades para o cancelamento imediato de serviços, sem necessidade de falar com atendentes.

O bloqueio das contas será automático, com prazo máximo de dois dias para conclusão, podendo ser feito por meio de ligação telefônica, pela internet ou pelos terminais. Com o RGC, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) busca diminuir o número de reclamações feitas por consumidores à sua central de atendimento.

Além de ter a atribuição de cancelar as contas, caso seja a vontade dos clientes, as lojas associadas às operadoras terão também de fazer registro de reclamações, bem como atender a clientes que buscam resolver problemas em suas contas. O retorno sobre reclamações relativas a cobranças terá de ser feito, no máximo, em 30 dias. Se a empresa não cumprir o prazo, terá de corrigir automaticamente o valor da fatura. Se ela já tiver sido paga, a operadora terá de devolver o valor em dobro.

Outra vantagem, do ponto de vista do consumidor, é que as empresas operadoras terão a obrigação de retornar as ligações, caso elas caiam. As novas regras fixam ainda validade mínima de 30 dias para os créditos das contas pré-pagas. Caberá às empresas informar aos clientes pré-pagos a data de expiração dos créditos e, aos pós-pagos, que os serviços de mensagem (SMS) e internet móvel estão próximos de atingir os limites previstos no plano contratado.

No caso dos pós-pagos, as novas regras preveem também faturas mais detalhadas, de forma a dar mais clareza e transparência ao serviço. O regulamento prevê que os pacotes de serviços conjuntos (combos) estejam agrupados no mesmo contrato.

Ofertas e planos de vendas terão de ser disponibilizados nos sites das operadoras. Com isso, a Anatel tenta evitar que planos iguais sejam comercializados com valores diferenciados, prejudicando alguns clientes – prática relatada em queixas reportadas à Anatel. Além disso, os contratos com fidelização terão validade máxima de 12 meses

A Oi informou já estar implementando as mudanças exigidas pelo novo regulamento, apesar de considerar alguns prazos “incompatíveis com a complexidade das alterações necessárias”. A Telefônica Vivo confirmou que está implantando e trabalhando para cumprir as obrigações do novo RGC, com cerca de 200 pessoas “engajadas para adaptar os sistemas de atendimento ao cliente às novas regras em um prazo extremamente curto”.

A Claro, igualmente, informou que está implementando as disposições do RGC, para “cumprir o grande volume de determinações previstas”. Já a TIM disse que “trabalha para se adequar” ao regulamento nos prazos apresentados. Para a Tim, “mudanças que reforcem os direitos dos consumidores e contribuam para a melhoria da relação entre clientes e empresas são sempre benéficas”.

A GVT informou que está “trabalhando intensamente” para cumprir, até hoje (8) as regras previstas. Segundo a empresa, devido ao grande número de mudanças exigidas e ao curto prazo concedido para sua implementação, “estão sendo feitas várias adequações em todos os sistemas e rotinas de relacionamento com o cliente”. (Agência Brasil)

Terça-feira, 8 de julho, 2014


quarta-feira, 2 de julho de 2014

FRAUDE DE BOLETOS INVESTIGADA POR FBI E PF PODE TER DESVIADO R$ 8,75 BILHÕES


RSA identificou golpe virtual que altera boletos bancários de 34 bancos.
Com isso, consumidor pensa pagar conta, mas envia dinheiro a criminosos.

Um golpe cibernético destinado a modificar boletos bancários para desviar os pagamentos de contas pode ter capturado quantias equivalentes a US$ 3,75 bilhões (R$ 8,75 bilhões) desde 2012, quando foi identificado pela primeira vez, segundo a RSA Research, divisão de cibersegurança da multinacional EMC, que descobriu a fraude e a descreveu em seu blog nesta quarta-feira (2).

Segundo a RSA, 34 bancos em mais de um país foram afetados pelo golpe, que é investigado pelo FBI e pela Polícia Federal. Apesar de afirmar que a investigação do golpe envolveu três continentes, a RSA deixa claro que o golpe tem o Brasil como alvo principal pela dependência dos boletos. O caso foi publicado nesta quarta pelos jornais "Folha de S.Paulo" e "New York Times".

Entenda o golpe

O ataque começa quando o internauta abre anexos de e-mails e mensagens em rede sociais infectados, que instalam no computador o malware, chamado de “Bolware”. As mensagens são spam e “phishing” (páginas ou e-mails falsos criados para se parecem com o de bancos e enganar os consumidores).

Esse malware compromete os navegadores utilizados para navegar na web. A partir daí, os boletos emitidos por lojas são interceptados pelo Bolware, que modifica as trilhas no código de barras que identificam a conta de quem vai receber o pagamento. O objetivo é fazer o dinheiro ir para a conta dos criminosos.

19 variações

Para escapar dos esforços de segurança dos bancos, a chamada “Gang do Bolware” criou 19 variações desse malware. Os criminosos conseguiram infectar 192 mil computadores. Segundo a RSA, o ataque comprometeu 495.753 transações utilizando boletos e envolveu 8,095 números falsos de identificação de boletos. Baseado nesses números, a RSA estima que o total desviado pelo golpe é de US$ 3,75 bilhões.

“Enquanto os fraudadores por trás da operação podem ter tido a possibilidade de sacar o dinheiro desses boletos modificados, não é conhecido exatamente quanto desses boletos foram realmente pagos pelas vítimas e se todos esses fundos foram direcionados com sucesso para as contas bancárias controladas pelos fraudadores”, escreveu Eli Marcus, do time de fraudes da RSA.

Segundo a RSA, boletos emitidos pelo governo, como o pagamento de taxas e contas, não foram detectados como sendo fraudulentos. Aplicações móveis de boleto e pagamentos via boletos eletrônicos (Débito Direto Autorizado) também não apresentaram ter sido infectados pelo malware

Quarta-feira, 02 de julho, 2014



segunda-feira, 23 de junho de 2014

COMEÇAM A VALER HOJE AS NOVAS REGRAS PARA O USO DA INTERNET NO BRASIL, NA LEI CONHECIDA COMO 'MARCO CIVIL DA INTERNET'




Informações do Portal EBC

Começam a valer segunda-feira (23/6) as novas regras para o uso da internet no Brasil. A Lei 12.965/14, conhecida como Marco Civil da Internet, é uma espécie de constituição do setor, que estabelece os direitos e deveres de usuários e de provedores de internet no país. Após aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado, a lei foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada no dia 24 de abril, com prazo de 60 dias para entrada em vigor.

Vários pontos da lei vão precisar de regulamentação. Em entrevista logo após a sanção da lei, a presidenta disse que tudo será discutido com a sociedade.

Para os usuários, uma das principais novidades será a neutralidade de rede, ou seja, a garantia de que o tráfego terá a mesma qualidade e velocidade, independentemente do tipo de navegação. O usuário não poderá ter sua velocidade reduzida de acordo com o uso e as empresas não podem, por exemplo, diminuir a velocidade de conexão para dificultar o uso de produtos de empresas concorrentes.

Outro direito dos usuários é relacionado à privacidade. Segundo a nova lei, informações pessoais e registros de acesso só poderão ser vendidos se o usuário autorizar expressamente a operação comercial. Atualmente, os dados são coletados e vendidos pelas empresas, que têm acesso a detalhes sobres as preferências e opções dos internautas.

Outra mudança: atualmente, as redes sociais podem tirar do ar fotos ou vídeos que usem imagens de obras protegidas por direito autoral ou que contrariam regras das empresas. Com o marco civil, as empresas não podem retirar conteúdo sem determinação judicial, a não ser em casos de nudez ou de atos sexuais de caráter privado. O provedor não pode ser responsabilizado por conteúdo ofensivo postado em seu serviço pelos usuários. O objetivo é garantir a liberdade de expressão dos usuários e impedir a censura.

O Marco Civil também determina que os registros de conexão dos usuários sejam guardados pelos provedores durante um ano, sob total sigilo e em ambiente seguro. A lei também garante a não suspensão da conexão à internet, salvo por débito, e a manutenção da qualidade contratada da conexão à internet.

“O Brasil saiu na frente de vários países dando exemplo de como regulamentar essas decisões de maneira equilibrada entre os vários interesses e potos de vista sobre essa questão”, diz Nejm, diretor da SaferNet Brasil, organização não governamental (ONG) que atua na pesquisa e prevenção de crimes da internet.

Apesar de destacar todos os pontos positivos da norma, Nejm ressalta que o grande desafio, a partir de agora, fazer com que lei não fique só no papel. “Ainda tem uma lacuna importante na estrutura das policias especializadas, a carência de infraestrutura é grande”, destaca.

Hoje, segundo levantamento da SaferNet, só o Distrito Federal e os estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco e Mato Grosso do Sul tem delegacias especializadas. “Na Polícia Federal, a estrutura também é precária para a demanda. Falta estrutura para oferecer ao cidadão um atendimento adequado”, diz Nejm. A morosidade da Justiça também preocupa já que, segundo a ONG, com exceção de casos de nudez,  julgamentos de processos por calúnia e difamação, por exemplo, pode demorar anos.

“Em um dia de exposição, o dano é imensurável e o tempo de resposta na Justiça não é tão rápido. O dano sempre é maior que a reparação”, acrescentou.

Para reduzir o número de crimes na internet, a SaferNet Brasil aposta na prevenção. A novidade neste sentido é que o Artigo 26 do Marco Civil, de forma inédita no Brasil, estabelece que é dever do Estado promover a educação para o uso seguro e responsável da internet em todos os níveis de ensino.

”Para nós, isso é muito importante. Mais que a questão de segurança, queremos discutir a cidadania digital: ética, direitos humanos, respeito por direitos e deveres, e não falar só sobre perigos na internet”, concluiu. A ONG  preparou vasto material sobre o assunto que pode ser acessado gratuitamente e usado por escolas.


Segunda-feira, 23 de junho, 2014..


quarta-feira, 18 de junho de 2014

ANATEL APROVA NORMA PARA REDUZIR PREÇOS DE LIGAÇÕES ENTRE OPERADORAS DE CELULAR


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou quarta-feira (18/6) uma proposta para reduzir os valores das ligações de celulares entre operadoras diferentes. Até 2019, o Valor de Remuneração de Uso de Rede da telefonia móvel (VU-M) deverá ser reduzido em mais de 90%, passando dos atuais R$ 0,23 para R$ 0,02 . O VU-M é o valor que as operadoras de celular pagam para usar a rede de outras empresas.

“Esta redução de preços de interconexão deverá se refletir nos preços dos serviços de telefonia ofertados pelas empresas ao consumidor, pois haverá aumento da competição no setor”, diz a agência. De acordo com a norma aprovada hoje, os valores dessas tarifas estarão referenciados aos custos e serão reduzidos gradativamente até o nível de custo eficiente de longo prazo

Com a medida, a Anatel espera que os preços das ligações entre operadoras diferentes fiquem mais próximos dos preços cobrados para chamadas entre usuários da mesma empresa. Assim, o consumidor não precisará de vários aparelhos celulares ou vários chips em um mesmo celular para realizar chamadas para outras operadoras.

As reduções nos valores de interconexão também deverão impactar o preço das chamadas fixo-móvel, que deverão ter uma redução substancial, segundo a Agência.

Para aprovar a norma, o conselho diretor da Anatel analisou os impactos das reduções de VU-M já implementadas em 2012 e 2013, que não geraram resultados negativos para o setor nem redução de investimentos ou lucros das empresas.

Agência Brasil

Quarta-feira, 18 de junho, 2014.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

REDES SOCIAIS ENCOSTAM EM JORNAIS ONLINE COMO PRINCIPAL FONTE DE INFORMAÇÃO


Que as pessoas têm a Internet como fonte de informação fundamental e de forma crescente, parece óbvio. Menos evidente, no entanto, é o movimento medido pelo Reuters Institute em seu ‘Digital News Report 2014’, divulgado nesta semana: as redes sociais, em particular o Facebook, vão se tornando a grande plataforma para o consumo de notícias.
No Brasil esse movimento é o mais notável entre os 10 países pesquisados. Por aqui, o Facebook não só é a rede mais usada – por 80% dos entrevistados – como é a principal fonte de notícias para 67%, seguida pelo YouTube (33%); G+ (14%) e Twitter (13%).
Particularmente, quando perguntados sobre como se informaram na semana passada, 54% dos brasileiros entrevistados indicaram “redes sociais”, contra 55% que buscaram “veículos tradicionais”, como os sites de jornais. É o maior percentual entre os 10 países, com a Itália em segundo (51%).
Curiosamente, Brasil e Itália são os dois pesquisados onde o acesso à Internet é menor. A penetração no Brasil foi indicada em 46% (Brasil Urbano, segundo o estudo) e, na Itália, 58%. Nos demais – EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca, Finlândia, Espanha e Japão – a penetração é acima de 80%.
O mesmo estudo (www.digitalnewsreport.org) coloca os brasileiros como os mais interessados em notícias (87%) e aqueles que têm a Internet como a principal fonte de informações – 37% , ao lado da Finlândia. Entre quem tem 18 a 24 anos, não importa o país: 49% acessam informações prioritariamente online.
O Brasil também aparece como o país pesquisado onde os internautas mais compartilham notícias em redes sociais ou por e-mail – 54% dos entrevistados; seguido da Itália, 44%; Espanha, 40%; EUA, 35%; e Finlândia, 24%.
Finalmente, o Brasil aparece ainda como o país onde mais se aceita pagar pelas notícias – 22% dos entrevistados pagaram pelo menos por um artigo ou mantinham assinaturas digitais em 2013, contra uma média de 11% quando agregados os 10 países avaliados.

Reuters
Sexta-feira, 13 de junho, 2014.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

APPLE PODE ANUNCIAR VERSÃO MAIS BARATA DO IPHONE 5S




A Apple pode anunciar versões mais baratas do iPhone 5S e do iMac, de acordo com informações do site especializado AppleInsider. A redução dos preços pode ser anunciada na próxima segunda-feira, 02, quando começa o evento de desenvolvedores da empresa, o Worldwide Developers Conference (WWDC).

A previsão é do analista Ming-Chi Kuo, do instituto KGI. Ele prevê que os custos de produção do iMac podem ser menores por conta de uma melhora na produção de componentes do computador. Com a redução, o iMac teria preços mais competitivos em relação a outras grandes fabricantes, como Lenovo e HP.

Em relação ao iPhone 5S, o analista afirma que a economia viria de uma diminuição do estoque do modelo e o lançamento de uma versão com menos espaço de armazenamento, de 8GB. Atualmente, a Apple vende o smartphone com as opções de 16 GB, 32 GB e 64 GB.

Para o WWDC, é esperado o lançamento de novos sistemas operacionais para os dispositivos móveis e notebooks, o iOS 8 e o OS X 10.10. Também há rumores de um novo hardware, que poderia ser um smart watch, uma nova Apple TV - aparelho que reproduz vídeos dos dispositivos móveis para uma Smart TV - ou uma versão do MacBook Air com tela de retina, opção mais provável. Outra possível novidade é um sistema que transformaria o iPhone em um controle remoto para gerenciar iluminação, alarme e eletrodomésticos da casa.

Terra

Quinta-feira, 29 de maio, 2014.