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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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terça-feira, 31 de outubro de 2017

TSE, MINISTÉRIO DA DEFESA E ABIN TRAÇAM AÇÕES CONTRA 'FAKE NEWS'




O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prepara uma força-tarefa para combater a disseminação de “fake news” nas disputas do próximo ano. A proliferação de notícias falsas e a atuação de robôs na internet também estão em discussão no Exército, na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e na Polícia Federal. O objetivo é evitar o impacto negativo de mentiras nas eleições, a exemplo do que ocorreu nas campanhas americanas e francesas, de Hillary Clinton e Emmanuel Macron.

O tema é visto com preocupação por integrantes do governo e TSE. Funcionários do tribunal já se reuniram com representantes do Google e Facebook para elaborar estratégias.

O Ministério da Defesa vai auxiliar a corte no combate aos crimes eleitorais cometidos por organizações e também relativos ao ciberespaço. “É da maior importância essa questão dos crimes cibernéticos relativos a eleição e resultados eleitorais”, afirmou o ministro Raul Jungmann.

“Nosso papel, por meio do Centro de Defesa Cibernética do Exército, com o apoio da PF, da Abin e de outros órgãos, é apoiar o TSE, porque o tribunal não tem pessoal para cuidar de tudo isso”, disse Jungmann.

Embora em menor escala, em 2014 a corrida eleitoral já havia sido influenciada pelas notícias falsas. Boatos sobre o fim do programa Bolsa Família atingiram a então presidente Dilma Rousseff, levando centenas de beneficiários a agências da Caixa Econômica Federal. Na época, a PF concluiu que o boato “foi espontâneo”, “não havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou um grupo os tenha causado”.

De lá para cá, o uso de redes sociais e aplicativos se intensificou no País, o que potencializa o surgimento de novos casos, na avaliação de integrantes do TSE ouvidos pela reportagem. Para um ministro, a corte está “navegando em um mar sem bússola” na tentativa de encontrar instrumentos para frear a disseminação das fake news.

A reforma política aprovada pelo Congresso Nacional impôs ao TSE a missão de regulamentar uma série de questões relacionadas à propaganda eleitoral, como a veiculação de conteúdos eleitorais na internet e o uso de ferramentas digitais. A legislação permite que, a pedido do candidato, partido ou coligação, a Justiça Eleitoral determine a suspensão do acesso a conteúdos que violem disposições legais. Também barra a veiculação de conteúdos de cunho eleitoral por perfis falsos.

“A linha entre o combate às ‘fake news’ e um eventual cerceamento da liberdade de expressão é muito tênue. Há notícias dadas que são obviamente falsas e outras que estão numa área cinzenta. Por isso que acredito muito mais no trabalho da sociedade para combater essas fake news, em parceira com a imprensa. A gente combate essa guerra de informação com mais informação e não só com leis”, disse Pablo Cerdeira, coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio.

GOOGLE E FACEBOOK

Em reunião na quinta-feira passada, 26, técnicos do TSE ouviram de representantes do Google e Facebook o compromisso de cumprir decisões judiciais contra conteúdos ofensivos. As duas empresas também ficaram de apresentar um sistema que permita que as propagandas na internet informem os responsáveis pela contratação do serviço e o valor pago. Procurado, o Google informou que não se manifestaria. O Facebook não respondeu até a publicação desta reportagem.

Até o fim de novembro, o TSE deverá divulgar um texto-base com as propostas. A corte pretende realizar audiências públicas, antes de concluir a redação final da resolução, que será fechada até março. O vice-presidente do TSE, ministro Luiz Fux, coordena os trabalhos. (AE)

Terça-feira, 31 de outubro, 2017 ás 16hs30

domingo, 29 de outubro de 2017

GOVERNADORES ASSINAM TERMO DE COOPERAÇÃO PARA PLANEJAR AÇÕES PREVENTIVAS A INCÊNDIOS




O governador Marconi Perillo (PSDB) sobrevoou de helicóptero neste sábado (28/10) o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros para avaliar a extensão dos dados causados pelos focos de incêndio que atingem a reserva desde o último dia 10. Acompanhado do governador Rodrigo Rollemberg (DF) e do secretário Vilmar Rocha (Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente), Marconi sobrevoou o parque e esteve na base das operações de combate ao fogo, a 30 minutos de voo do Aeroporto de Alto de Paraíso.

“A união de todos — dos governos de Goiás e do Distrito Federal, da prefeitura de Alto Paraíso, dos nossos Corpos de Bombeiros, dos empresários e da comunidade — ao ICMBio e ao governo federal está vencendo o incêndio, um problema ambiental que afeta e preocupa muito a todos nós”, disse Marconi. O governador chegou ao município por volta das 11 horas e, antes de fazer o sobrevoo, ouviu uma explanação dos comandos dos Corpos de Bombeiros e do ICMBio sobre a situação dos focos de incêndio.

O chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Fernando Tatagiba, afirmou que as equipes consideram os incêndios sob controle, com previsão de que em breve estejam extintos. Essa expectativa foi reforçada com a chegada, durante o sobrevoo, das primeiras chuvas à Chapada dos Veadeiros.

“A boa notícia vem do céu, hoje, e da colaboração de todos desde o dia 10, quando começaram os incêndios”, disse Marconi. “Apesar de o parque ser nacional, estamos acompanhando a situação desde o começo do fogo. Mesmo durante a missão comercial (à Espanha, entre os dias 20 e 24), me inteirei sempre sobre as ações. Todos colaboraram e isso fez toda a diferença”, disse o governador.

Na reunião com os grupos de combate ao fogo, Marconi anunciou a assinatura de convênio entre e os governos de Goiás e do DF com termo o ICMBio para planejar ações preventivas a incêndios. O governador disse que até o final do primeiro semestre do ano que vem será entregue a obra da unidade própria do Corpo de Bombeiros de Alto Paraíso. As obras estão em fase final de licitação.

Domingo, 29 de outubro, 2017 ás 00hs05

sábado, 28 de outubro de 2017

MINISTRA PEDUZZI VÊ RESISTÊNCIA À REFORMA TRABALHISTA, MAS DEFENDE SUA APLICAÇÃO




A implementação da nova legislação trabalhista pela Justiça do Trabalho tem sido objeto de resistência de parte dos magistrados da primeira instância, reconheceu nesta sexta-feira, 27, a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi. “Observamos que há uma tendência de repúdio à adoção da reforma trabalhista”, declarou a ministra a jornalistas, após participar de almoço realizado pelo Instituto de Advogados de São Paulo (Iasp).

Juízes de primeira instância, explicou a magistrada, têm manifestado maior resistência. Ainda assim, Maria Cristina frisou que não está definido o entendimento no TST. “Obviamente, há uma divergência de entendimentos entre ministros, mas vale ressaltar que, no momento, não há uma posição adotada sobre a constitucionalidade da lei, seja em seus dispositivos ou em sua plenitude”, afirmou.

Chegado dia 11 de novembro, a ministra defende que a nova legislação seja adotada pela Justiça e explicou que o Estado democrático de direito está submetido à lei, inclusive o Poder Judiciário. “O Judiciário tem um papel bem definido, que é fazer cumprir as leis. Se a reforma foi aprovada pelo Poder Legislativo, sancionada pelo presidente da República, concluo que devo cumprir.”

A resistência de juízes de instâncias inferiores, avalia a ministra do TST, estaria calcada, entre outros motivos, no ativismo judicial. “Não me parece adequado um juiz proclamar, abstratamente, inconstitucionalidades. Não cabe a um juiz tratar sobre questões além do direito, como questões econômicas e políticas, deixando de aplicar a lei e transformando sua decisão numa incerteza jurídica”, explicou.

Sábado, 28 de outubro, 2017 ás 00hs05