Especialistas de segurança da
Kaspersky Lab, disseram terça-feira, (11/02)
a descoberta do “The Mask”, também conhecida como “Careto”, uma das maiores
redes de espionagem cibernética já exposta. Atuando desde 2007 e lançado por
criminosos espanhóis, o esquema utiliza malwares de alta complexidade como
rootkits e bootkits capazes de infectar até mesmo dispositivos com Mac OS X,
Linux e iOS.
Com pelo menos 380 vítimas em 31 países, incluindo o Brasil, a “The Mask” tinha
como alvo as instituições governamentais e empresas nacionais de gás e
petróleo, Executivos e personalidades de alto nível também teriam sido
atingidos em nações do Oriente Médio, Américas, Europa e África.
De acordo com a firma de segurança, os objetivos dos criminosos eram a obtenção
de informações bastante sigilosas, desde documentos de escritórios até chaves
criptográficas para acesso a dados confidenciais, a “The Mask” teria tido
acesso até mesmo a configurações de “VPNs” e arquivos que dão acesso remoto a
máquinas reservadas e acessadas por poucas pessoas das organizações.
A Kaspersky aponta também para a sofisticação da operação, que não concorda com
o modo de atuação de muitos cibercriminosos, havia, uma preocupação com apagar
os rastros de infecção a partir de regras de acesso, em vez da simples exclusão
de arquivos de log, todos esses aspectos colocam a “The Mask” como uma das
redes de espionagem mais avançada existente, na visão da companhia de segurança
digital.
São justamente esses detalhes que levam a Kaspersky a afirmar, também, que a
“The Mask” pode se tratar de uma operação lançada por algum país, o alto grau
de profissionalismo dos criminosos virtuais, além da maneira sofisticada com a
qual o malware se comporta, são indícios de que se trata de mais do que uma
simples invasão para roubo de dados em busca de dinheiro pela venda.
O método de infecção, porém, não poderia ser mais simples que existe. Além de
explorar falhas no Adobe Flash Player, os criminosos liberavam links falsos
para sites maliciosos, que muitas vezes chegavam a simular páginas de jornais
ou até mesmo do YouTube, infectando o visitante e passando a controlar o fluxo
de informações a partir do computador.
O esquema criminoso foi observado pela primeira vez em 2013, quando a Kaspersky
observou uma tentativa de explorar uma vulnerabilidade que já havia sido
corrigida pela companhia em seus produtos, o trabalho do malware em evitar sua
própria detecção chamou a atenção dos especialistas que, então, iniciaram as
pesquisas para descobrir a extensão da prática e quantos computadores estariam
infectados por ela.
O resultado disso tudo foram mais de 1.000 IPs comprometidos, além do Brasil, a
“The Mask” esteve presente em organizações da Alemanha, Bolívia, China, Cuba,
Egito, Espanha, Estados Unidos, França, México, Noruega, Reino Unido, Suíça,
África do Sul e Venezuela, entre outros paises.
Terça-feira, 11 de fevereiro, 2014.