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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

O BOLSO-PETISMO, CLARO, TEME ENFRENTAR OPOSITOR SEM FOLHA CORRIDA NA PF

Considero Sergio Moro um herói. Imperfeito ou não, em sua atuação como juiz na Lava Jato, o paranaense foi o único brasileiro vivo, capaz e corajoso o suficiente para trancafiar alguns dos mais poderosos políticos e empresários corruptos deste pobre País.

 

Muitos o consideram um péssimo ex-magistrado e condenam veementemente seus métodos de julgador. Outros, ainda, o acusam de tentar destruir a política e de ter atirado o Brasil em uma recessão, após a derrocada das maiores empreiteiras da nação.

 

Pessoalmente, não possuo conhecimento jurídico o suficiente para cravar A ou B na questão, mas considero uma baita inversão de valores acusá-lo de atentar contra a política e a economia. Ora, ele atentou contra a criminalidade incrustada nestes universos interligados.

 

Acredito ter sido uma péssima escolha sua decisão de participar do governo. Porém, creio que tenha sido genuinamente bem intencionada e sem propósitos políticos. Penso que Moro mirava muito mais o STF, como futuro, do que a Presidência da República.

 

Na minha opinião, o ex-juiz demorou muito para sair da enrascada em que se meteu. Os exemplos de péssimo comportamento ético, além de atos e palavras preconceituosas e homicidas, proferidas por Bolsonaro e boa parte de seus colegas ministros, eram gritantes.

 

Para mim, isso manchou sua imagem e, de certa forma, o tornou, digamos, um político comum, e não mais um herói acima do bem e do mal. Aliás, para quem já não cultiva mitos e messias, isso não deixa de ser um ganho, pois desnuda uma pretensa superioridade moral.

 

A filiação de Sergio Moro ao Podemos e os consequentes movimentos políticos dão a entender que, ao menos por ora, a disputa da Presidência, em 2022, está no radar do ‘marreco’. Se irá se sustentar e se será viável, só os próximos meses poderão dizer.

 

Mas é fato que tal possibilidade mexeu um pouco com o modorrento e desanimador, ou melhor, desalentador cenário eleitoral, onde um ex-presidiario e um homicida, ambos autocratas, despontam como francos favoritos a continuar a destruição sistemática do Brasil.

 

Moro surge forte nas pesquisas; possui baixa rejeição, se comparada com a do meliante de São Bernardo e do patriarca do clã das rachadinhas; é visto como alguém de centro ou centro-esquerda e carrega a inexorável marca da honestidade sincera e comprovada.

 

Não me enche os olhos a possibilidade de Sergio Moro ser o próximo presidente da República. Primeiro, acho muito difícil que vença. Segundo, não o vejo como alguém capaz – e capacitado – para nos tirar do atoleiro em que o devoto da cloroquina nos enfiou.

 

Por óbvio, se o cenário não se alterar e nenhum outro nome melhor (ou menos pior) surgir e for viável, serei Moro Futebol Clube com fervor. Aliás, sem fervor! Prefiro deixar este belo sentimento para, como dizem pé tralhas e bolsominions, ‘destilar meu ódio’.

 

Contudo, ainda que a possibilidade seja muito pequena, aqui e ali, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e Lula da Silva, o chefe da quadrilha do petrolão (segundo o MPF), ensaiam, vez ou outra, um discurso de abandono da disputa. Difícil! Muito difícil, mas não impossível.

 

Por fim, não deixa de ser cômica a verossimilhança – mais uma! – entre fanáticos extremistas do lulopetismo e do bolsonarismo. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, também conhecida por Coxa e Amante, nas planilhas de propina da Odebrecht, chamou Moro de ‘agente da CIA’.

 

Por sua vez, para não deixar barato e responder na mesma faixa intelectual, Ricardo Salles, o ex-ministro incendiário, enrolado com contrabando de madeira ilegal na Amazônia, um bolsonarista-raiz, disse que o Sergio Moro é, claro! comunista, hehe. Super original, não?

 

A mistificação e burrice de ambos não são novas e fazem parte do DNA dessa gente pequena. Porém, reforça que os dois lados da brutalidade acusaram o golpe, e talvez não sejam tão fortes assim. Como diria Tino Marcos a Galvão Bueno: ‘sentiu’. Ou melhor, sentiram.

(Ricardo Kertzman /IstoÉ)

Quinta-feira, 25 de novembro 2021 às 16:46

 

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

LUCIANO HANG CRITICA BOLSONARO E PODE APOIAR MORO

 

   Empresário Luciano Hang e ex- Juis Sergio Moro

O empresário Luciano Hang confirmou que está cogitando uma candidatura em 2022.

Em entrevista ao site da Jovem Pan, o dono das lojas Havan e até então apoiador do governo Bolsonaro, afirmou que decidirá até abril.

 

"Vejo tantos candidatos ruins que penso como essas pessoas se candidatam. Nunca tocaram uma birosca, uma máquina de fazer suco de cana, um carrinho de pipoca e são candidatos a presidente, senadores, governadores. Por isso que o nosso país está do jeito que está, são candidatos ruins que não acreditam no capitalismo, no trabalho, na meritocracia como forma de crescimento, e eu fico triste. Pensando nisso, às vezes me dá a vontade de me candidatar e colocar meu nome à disposição dos catarinenses ou dos brasileiros", afirmou.

 

Ele aproveitou para negar ser chapa-branca e criticou a atuação de Bolsonaro junto ao Congresso. "O presidente não é o salvador da pátria. Ele pode ter todos os interesses possíveis para querer mudar o país, colocou um grupo de ministros fantásticos, mas não foi muito bem com o Congresso", disse ele.

 

Diante do quadro atual, ele não descartou, inclusive, apoiar Sergio Moro.

 

"Moro fez um grande trabalho no Brasil. Sem a operação Lava Jato, talvez o PT estivesse no poder até hoje. A Lava Jato mostrou as entranhas do poder, das estatais brasileiras, o quanto nós somos roubados diariamente. Sobre o candidato que vou escolher o ano que vem, ainda está cedo. Se antecipou muito as eleições no país, devíamos ter trabalhado e, a partir do segundo trimestre de 2022, falar em eleições. Podíamos ter trabalhado as reformas que mais precisávamos. Como fiz em 2018, lá na frente vou escolher o candidato para apoiar", apontou.

*iG Último Segundo

Quarta-feira, 24 de novembro 2021 às 8:49


 

domingo, 21 de novembro de 2021

FILHO ACIONA GABINETE DO ÓDIO PARA TENTAR ABATER SÉRGIO MORO

Filho 03 do presidente Jair Bolsonaro e responsável pelas redes sociais do pai, o vereador carioca Carlos Bolsonaro acionou o Gabinete do Ódio para tentar abater a candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) à Presidência da República “antes que seja tarde demais “.

 

A missão dada por Carluxo ao Gabinete do Ódio é criar uma rede de disseminação de fake news para desconstruir o discurso de Moro de que ele é o candidato de centro-direita que retomará o combate à corrupção abandonado por Bolsonaro, que se associou ao Centrão, o grupo de partidos mais fisiológicos do Congresso.

 

O ataque direcionado a Moro neste momento está baseado em pesquisas internas do Palácio do Planalto apontando que o ex-juiz e ex-ministro da Justiça já começou a tirar votos de Bolsonaro. A migração de apoio está se dando entre eleitores que estão insatisfeitos com o governo, mas não querem ver o PT de volta ao poder.

 

Carluxo e auxiliares acreditam que é possível desconstruir Moro antes que ele ganhe musculatura para tirar Bolsonaro do segundo turno das eleições de 2022.

 

O ex-juiz está se articulando com parte dos militares que apoiaram o presidente em 2018, com integrantes do mercado financeiro e empresários reacionários, que não querem a reeleição de Bolsonaro nem a volta de Lula.

 

Ao priorizar os ataques a Moro neste momento, o Gabinete do Ódio não vai, porém, se descuidar de Lula, que tem fortes chances de vencer as eleições no primeiro turno se mantidas as atuais tendências das pesquisas de intenção de votos. Nos bastidores, Carluxo admite que boa parte dos votos do petista estão consolidados. E esses eleitores não votam, de jeito nenhum, nem em Bolsonaro nem em Moro.

 

Resta saber se o Gabinete do Ódio terá força para levar sua campanha de difamação adiante, pois, ao contrário de 2018, os adversários de Bolsonaro aprenderam a lidar com as redes sociais. O presidente não estará mais sozinho nessa seara. É importante ressaltar, ainda, que o presidente vem perdendo terreno nas redes e as menções negativas em relação a ele vêm batendo recordes.

*Correio Braziliense

Domingo, 21 de novembro 2021 às 11:41