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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

VAMOS DAR UMA CHANCE PARA OS HOMENS COMUNS?


O filme “O Amor é Cego”, estrelado por Gwyneth Paltrow e Jack Black, nos leva a repensar nossas próprias relações amorosas. Se tivéssemos que escolher entre um homem bonitão, desejado, mas vazio, e outro que está bem fora do seu padrão de beleza, mas que cuida de você e lhe entende, qual seria sua decisão?

O primeiro perfil é o chamado garanhão, alvo de cobiça das mulheres e que sai cada dia com uma. Já o outro não tem tantos atrativos físicos, mas está super disposto a construir uma vida feliz e sólida ao lado de uma grande mulher e mais, sabe como fazer isso. Só precisa de uma chance, precisa que a mulher o enxergue “com outros olhos”.

“Os garanhões fazem mais sucesso porque a mulher segue um padrão de beleza na sociedade onde o homem bonitão é, sem dúvida, mais atraente. E parece que quanto mais pretendentes cobiçam o mesmo homem, mais agregam valor a ele”, comenta Mariana Yamada, gerente geral da agência de relacionamentos Lunch 42.

Felipe Padilha Cupertino, um dos idealizadores do site Speed Dating Brasil, acredita que a beleza é importante sim, mas que ela é bastante inferior a outros atributos como respeito, atenção, responsabilidade, comunicação, simpatia e até posição sócio-econômica. Para ele, as mulheres estão mais preocupadas com o interior de seus potenciais parceiros, já que buscam alguém responsável o bastante para confiar e compartilhar suas vidas.

“Sendo pragmático e analisando friamente os resultados dos eventos da Speed Dating Brasil, posso dizer que se um rapaz ‘boa pinta’ e, ao mesmo tempo, simpático, respeitoso e com postura certamente estará entre os participantes que mais receberão ‘sim’ das mulheres. Do mesmo modo, se o rapaz é ‘boa pinta’, mas é mal-educado, antipático e arrogante, terá resultados piores que os homens ‘comuns’”.

Mariana defende que as mulheres estão se tornando cada vez mais exigentes, porque estão se cuidando mais. Por isso, querem alguém compatível com elas. Mas alerta: “Essa história de lutar para conseguir o garanhão tem mais a ver com um processo de autoafirmação da própria mulher, soa como um troféu. Todas as pessoas têm defeitos e qualidades e a relação implica nesse descobrimento de ambos, além da forma de lidar com tudo isso.”

Para ajudar os rapazes ditos comuns, Felipe diz que eles precisam ser repaginados. “Em nossos eventos, muitos homens com esse perfil têm papos interessantes com as mulheres, mas perdem pelo fato de se vestirem ou se portarem de forma inadequada”. Ao mesmo tempo, tentando abrir os olhos das mulheres, Mariana diz: “A questão também é saber se essas pretendentes não estão buscando cegamente alguém que não é compatível com elas mesmas. Quando de fato há um interesse genuíno em se relacionar, os clichês de beleza já não fazem tanto sentido assim.”
 
Sexta – feira, 18/11/2011 – 12:05h

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

GOVERNO LANÇA O PLANO NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA


A modelo Vanessa Vidal, surda desde o nascimento, conquistou carreira internacional, se formou em duas faculdades e lançou um livro sobre superação e luta contra o preconceito. 

Dados do Censo Demográfico do IBGE de 2010 apontam que 23,91% da população possuem algum tipo de deficiência, totalizando 45 milhões de brasileiros. Para elas, o governo federal lançou Quinta -Feira (17/11) o Viver Sem Limite, que reúne uma série de ações nas áreas de educação, saúde, acessibilidade e inclusão social com o objetivo de promover a autonomia e o acesso aos serviços públicos das pessoas com deficiência.

A jovem cearense Vanessa Vidal, que fez questão de viajar a Brasília para o lançamento do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, é uma dessas pessoas que lutam para que todos tenham oportunidade iguais. Entretanto, a surdez que a acompanha desde o nascimento nunca foi encarada como barreira para atingir seus objetivos. Aos 13 anos, Vanessa decidiu que seguiria a carreira de modelo e, em 2008, foi eleita Miss Ceará e segundo lugar no concurso Miss Brasil. Desde então, uma série de conquistas, dois cursos superiores e uma carreira internacional foram trilhados por ela.

Na solenidade no Palácio do Planalto, o objetivo de Vanessa era entregar à presidenta Dilma Rousseff um exemplar de seu livro recém-lançado “A verdadeira beleza”, um meio de dizer ao mundo que a deficiência não é impeditivo para o pleno desenvolvimento social e profissional. A barreira, em sua visão, é o preconceito que as pessoas com deficiência têm que enfrentar diariamente para estudar, trabalhar e ter condições de igualdade na sociedade.

Nesse sentido, o Viver sem Limite é uma vitória de toda a sociedade brasileira, garante Vanessa, ao defender que, apesar dos avanços já alcançados, ainda há um caminho longo a ser trilhado, como a expansão da linguagem de libras e interação da sociedade “com esse outro idioma”.

Antes, pessoas com deficiência eram subestimadas. Agora é preciso que nós estejamos felizes, porque temos o direito de estar inseridos em todos os espaços da sociedade e de mostrar toda nossa potencialidade, quebrando a barreira do preconceito. É uma vitória saber que um dos objetivos do Plano é expandir o acesso a linguagem de libras”, frisou.

Após sofrer paralisia cerebral, Adinilson Marins se formou em Direito e pretende trabalhar na área de Direitos Humanos.
Para o bacharel em Direito de Patos de Minas, Adinilson Marins, a lesão cerebral que sofreu em decorrência da falta de oxigenação no parto também não foi impeditivo para seu crescimento. Com o incentivo da família e apoio da Apae, Adinilson frequentou a escola regular, “ainda que, na época, despreparada para receber alunos com deficiências”, e conseguiu, no ano passado, superar dificuldades e concluir o curso superior em Direito. Os planos agora são passar “o mais rápido possível” no exame da Ordem dos Advogados do Brasil e atuar como advogado na área de Direitos Humanos.

Além da carreira jurídica, Adinilson é representante da Federação Nacional das Apaes e conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade). Ele é um dos grandes incentivadores do Viver Sem Limite, que, na sua visão, é um importante passo para que as pessoas com todos os tipos de deficiência possam ter acesso aos bens e serviços, à educação de qualidade, à profissionalização e ao mercado de trabalho.

O preconceito no mercado de trabalho é outra barreira que ainda temos muito o que avançar. Temos leis que garantem a empregabilidade das pessoas com deficiência, porém os requisitos a serem preenchidos são acessíveis apenas a pessoas com o mínimo de deficiência. Também no mercado de trabalho as pessoas com deficiência intelectual são mais uma vez discriminadas”, alertou.

O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência será também uma conquista nesse sentido, assegurou Adinilson, por ter como eixos estratégicos a educação, acessibilidade e profissionalização.

Quinta-feira, 17 de novembro de 2011 às 18:28h  

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SE GRITAR PEGA MINISTRO...


Como a frase de samba “se gritar pegar ladrão, não fica um meu irmão”, assim tem sido os ministros da atual gestão. Revelar um a um parece política editorial das revistas semanais. 

E o pior é que todos repetem as mesmas estratégias falecidas de indignação, porrada na mesa, ameaças. Depois vêm os depoimentos, as vozes, as fotos e os vídeos.  E a presidenta Dilma tem titubeado nos inícios das denúncias em fazer defesa. Sempre demonstra insegura e faz colocações até bizarras. Menosprezar as denúncias por serem de fatos anteriores parece sair da boca do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.  

Espera-se que não seja tão difícil demitir ministro que nega veementemente não conhecer um cidadão num dia e dois dias depois aparecem as reportagens afirmando que andaram junto em aviõezinhos particulares, sempre o maior sonho de todos os ministros de Estado.

Sustentá-lo apenas por seus gritos e cara feia seria confirmar que para ele “só mesmo a tiros”. Ficaria no ar por que as ameaças trariam resultados positivos. Tiros literais têm sido utilizados como meio exclusivo de fazer política apenas em Jandira, estado de São Paulo, onde quatro políticos foram assassinados nos últimos anos. 

Tantos são os casos de corrupção que a presidenta passa a imagem que a qualquer hora vai deixar algum ministro até por capricho, por birra contra quem divulga, ou na intenção de desfazer a sensação nacional de que basta as revistas quererem para que não reste um ministério com o titular original. Essa tem sido a tônica dessa gestão. O ato administrativo mais corriqueiro da presidenta tem sido a assinatura de demissão de ministros envolvidos em denúncias de corrupção. 

Agora é tarde. Ou Dilma firma sua marca de intolerância à corrupção com punição a todos os envolvidos ou vai passar a imagem para todos de ter sido vencida pelo gigantismo desse monstro, com a imagem de lisura e decência indo para o brejo. 

Não resta dúvida de que essa corrupção decorre de modelo anterior de encará-la como coisa menor e de Lula apregoar maledicência aos denunciantes por desvio de conduta e não se insurgir contra a corrupção no seu governo. 
Como nunca antes na história deste país se posicionou com tanta condescendência, tolerância e defesa veemente de malfeitorias como Lula e deixou sua herança maldita, essa sim,  para sua sucessora. Não. Definitivamente não aos corruptos. Ainda falta Justiça e cadeia para todos os corruptos e corruptores. 

Como a revista Veja mostrou a roubalheira de R$ 720 bilhões de reais nos últimos dez anos, divididos por 10, multiplicados por 8 anos de Gestão de Lula, chega-se à soma de 576 bilhões de reais surrupiados para bolsos particulares só no governo anterior. Não pode ser razoável deixar que esse número se mantenha; como não seria para qualquer número desviado pela corrupção. 

Diante da corrupção generalizada, as revistas deveriam acabar com as denúncias a conta-gotas e denunciá-las logo por atacado.  E, para manter sua imagem inalterada, a presidenta precisa fugir das defesas prévias a seus ministros. Não é possível que o retrospecto e as mesmíssimas defesas inconsistentes dos seus pupilos - como a do ministro Lupi a procurar o nome de... de... de Adair Meira,  com quem tinha viajado dias antes no mesmo voo, não lhe convençam ser indefensáveis previamente. Já passou da hora de dar um “tiro” de caneta no cargo de Carlos Lupi ou sua gestão levará um tiro mortal de credibilidade. 

Por enquanto, toda vez que vem um grito não tem ficado um só ministro. Diante de defesa na base apenas de ameaça, não será Carlos Lupi o primeiro.  (Pedro Cardoso da Costa)

Quarta – feira, 16/11/2011 ás 7:05h

sábado, 12 de novembro de 2011

NINGUÉM MERECE UM MINISTRO ASSIM NO TRABALHO, PASTA QUE REQUER EQUILÍBRIO E CAPACIDADE DE NEGOCIAR


O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já se tornou a figura mais patética do ministério de Dilma. Um feito impressionante num grupo que teve em cinco meses seis baixas: de 7 de junho até hoje, caíram Palocci, Nascimento, Jobim, Rossi, Novais e Silva. Só um caiu por ser inconveniente, o ministro Jobim, gaúcho de alma tucana. O resto foi por acusações de corrupção e desvio.

O processo de desgaste segue roteiros parecidos. Alguns se debatem mais, por amor incondicional ao poder. De Lupi, suor e bravatas escorrem pelos poros. Ele bate no peito, espuma, grita. Mas não explica nada.

“Sou osso duro de roer. Quero ver até onde vai essa onda de denuncismo.” “Daqui ninguém me tira. Só se for abatido à bala. E tem de ser bala de grosso calibre, porque eu sou pesado.” “Morro, mas não jogo a toalha.” “Conheço a presidente Dilma há 30 anos. Duvido que ela me tire. Nem na reforma ministerial.” “Bola da vez? Só se for a bola sete, a bola da vitória.” “Peço desculpas à opinião pública, que fica com a imagem de que sou louco, um tresloucado.” “Presidente Dilma, me desculpe se fui agressivo. Dilma, eu te amo.”

Ninguém merece um ministro assim no Trabalho, uma pasta que requer equilíbrio, habilidade, capacidade de negociar e analisar as reivindicações de trabalhadores. Lupi – como todos os outros – se considera vítima de perseguição. Até do próprio partido, o PDT, dividido entre o pessoal de raiz e os oportunistas.

O motivo da perseguição é inacreditável. Querem derrubá-lo por puro preconceito de classe. Por ser “ex-jornaleiro”. Todo jornalista tem um apreço especial pelos jornaleiros. São eles que, nas bancas, ajudam ou não a impulsionar a venda avulsa. Mas Lupi hoje detesta a imprensa.

Não tenho ideia de como Lupi (“sou italianão, sou atirado”) se comportava como jornaleiro nos anos 1980, quando conheceu Brizola. Eu nem sabia disso, para falar a verdade. Sei que ele foi secretário de Governo de Garotinho. E que o Ministério do Trabalho, comandado por ele há quase cinco anos, teria um esquema de tabela de propinas para liberar recursos a um instituto no Rio Grande do Norte. E teria assinado convênios irregulares com ONGs investigadas pela Polícia Federal e denunciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais. Isso é o que veio à tona.

Sei que os detalhes estão ficando meio repetitivos e chatos para os leitores – mas é nos detalhes que o diabo mora. É preciso alertar para o ridículo. Não tem sentido dar quase R$ 1 milhão de sinal, no ano passado – num convênio de R$ 2 milhões –, para uma organização em Confins, Minas Gerais, treinar 2.400 operadores de telemarketing. E descobrir, um ano depois, que só pouco mais de 200 pessoas tinham feito o curso até ontem. Fico pensando o que se ensina nesse curso de telemarketing. Como é fácil “captar” dinheiro neste Brasil generoso. O enredo é tão semelhante às quedas anteriores de ministros que está explicada a treslouquice de Lupi.

Dilma, numa solenidade recente, nem sequer olhou para Lupi quando ele puxou e beijou sua mão. Mais constrangedor que o desafio público de um subordinado é o puxa-saquismo meloso e explícito. A presidente não parece gostar dessas demonstrações. Ela quase perdeu o rebolado quando repórteres lhe perguntaram sobre a declaração de amor de Lupi e a crise no Ministério do Trabalho. Sorriu. “Vocês vão me perguntar isso nesta altura do campeonato?” e citou as palavras de “um líder gaúcho antigo” para negar qualquer crise com Lupi: “O passado passou”.

Não sei se Lupi é passado, mas não parece ser futuro. Não é o futuro que esperamos para o Brasil. No presente, o Planalto resolveu, na última hora, fazer a portas fechadas um seminário internacional em Brasília que reunirá 60 ONGs. Sem a presença de bloquinhos, gravadores e câmeras indiscretas.

Os brasileiros se dividem entre quem não aguenta mais tantos escândalos... e os que esperam estar vivendo um momento histórico de prestação de contas. No alto escalão da política, é inédita essa queda de dominós herdados de um governo mentor e amigo. Na segurança pública, a ocupação de uma favela como a Rocinha, com 70 mil moradores, abandonada por sucessivos governos ao poder de bandidos com e sem farda, é recebida com elogios à banda boa da polícia e punições à banda podre. No Supremo Tribunal Federal, a mídia e a população mantêm a pressão sobre o julgamento da Ficha Limpa. A ponto de forçar o ministro Luiz Fux a rever seu voto pela alteração da lei. A brecha sugerida por Fux beneficiaria políticos que renunciam para fugir de punição. O debate é público e instrutivo.

Na novela das 8, na semana passada, soubemos que Lupi ama Dilma. Nos próximos capítulos, saberemos quem ama Lupi.
  
Ruth de Aquino
Sábado,12/11/2011