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sexta-feira, 26 de julho de 2019

Aneel anuncia bandeira tarifária vermelha para agosto



A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, na sexta-feira (26/07), que a bandeira tarifária para o mês de agosto será a vermelha, no patamar 1, onde há uma cobrança extra de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em julho, a cobrança foi da bandeira tarifária amarela, quando há um acréscimo de para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos.

De acordo com a agência, a medida foi tomada pela possibilidade de aumento no acionamento das usinas termelétricas, que têm custo de geração de energia mais alto. Também pesou na decisão, a diminuição do volume de chuvas, com a chegada da estação seca.

"Agosto é um mês típico da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). A previsão hidrológica para o mês sinaliza vazões abaixo da média histórica e tendência de redução dos níveis dos principais reservatórios", disse a Aneel.

De acordo com a Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.

O cálculo para acionamento das bandeiras tarifárias leva em conta, principalmente, dois fatores: o risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) e o preço da energia (PLD).

No dia 21 de maio, a Aneel aprovou um reajuste no valor das bandeiras tarifárias. A bandeira amarela passou de R$ 1 para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos, a bandeira vermelha patamar 1 passou de R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh e no patamar 2 passou de R$ 5 para R$ 6 por 100 kWh consumidos.

A bandeira verde não tem cobrança extra.

Os recursos pagos pelos consumidores vão para uma conta específica e depois são repassados às distribuidoras de energia para compensar o custo extra da produção de energia em períodos de seca. (ABr)

Quinta-feira, 26 de julho, 2019 ás 18:00



 


Resta saber quem pagou


Depois de identificar os quatro hackers que invadiram os celulares dos ministros Sergio Moro, Paulo Guedes e até do presidente Bolsonaro, para violar conversas sigilosas divulgadas pelo site The IntercePT, a PF investiga agora quem possa tê-los financiado – ou seja, o mandante do crime

Desde o início de junho, o Brasil vive um clima de instabilidade institucional em razão do vazamento de mensagens que foram surrupiadas dos celulares dos procuradores da República de Curitiba. Elas revelaram conversas sigilosas mantidas entre eles e o ministro da Justiça, Sergio Moro – o que motivou a Polícia Federal a desenvolver uma profunda investigação sobre quem as teria hackeado. Pudera. Os policiais identificaram na violação o propósito de desgastar o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba – que condenou o ex-presidente Lula à prisão – e consequentemente desmoralizar a Lava Jato. Com o desencadeamento da “Operação Spoofing”, esta semana, levando à prisão quatro hackers de São Paulo e interior do estado, a PF está bem perto de esclarecer a motivação do maior crime cibernético já realizado na história do Brasil e que está tomando proporções de uma ameaça à segurança nacional. Até a tarde de quinta-feira 25, só faltava saber quem pagou. Há indícios – e não são poucos – de que quem financiou a quadrilha queria fazer uso político do material.

O chefe da quadrilha, Walter Delgatti Neto, o “Vermelho”, confessou à polícia ter hackeado os celulares de Moro e dos procuradores. Não só. Ele admitiu ter repassado os dados para o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil. Um de seus comparsas, Gustavo Henrique Elias Santos, também preso, afirmou em depoimento à PF que Walter desejava vender os dados para o PT. O partido nega. A PF ainda não sabe dizer se a comercialização foi efetivada ou se era apenas a intenção do criminoso. O fato é que os hackers movimentaram mais de R$ 700 mil nos últimos meses, exatamente no período dos vazamentos. Os policiais querem agora ter provas cabais de quem efetivamente desembolsou o dinheiro. “Vermelho”, que virou colaborador da PF, é um dos que podem ajudar a esclarecer, mas os agentes não seguem apenas esse rastro.

Por ora, as conclusões das investigações são por si só alarmantes. A PF confirma que há fortes indícios de que Walter Delgatti Neto queria mesmo obter vantagens financeiras com a venda do produto dos vazamentos dos telefones de Moro. Essa é hoje a principal linha de investigação. Se ele comercializou, logo alguém bancou. Outros detalhes da organização criminosa desmantelada na “Operação Spoofing” em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto, onde foram presos os hackers, reforçaram as suspeitas dos agentes federais. Com o casal Gustavo Santos e Suellem Priscila de Oliveira a PF apreendeu R$ 100 mil em dinheiro vivo. Além disso, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) constatou que circulou R$ 627 mil em suas contas entre abril e junho, exatamente o período que corresponde às invasões. Ocorre que Gustavo, um DJ, e sua mulher não poderiam apresentar uma movimentação dessa magnitude. Somadas, suas rendas mensais não chegam a R$ 5 mil.

Os suspeitos justificaram a fortuna movimentada alegando, por meio de seus advogados, que trabalhavam com o mercado de bitcoin, onde obtiveram elevados lucros. Mesmo assim os ganhos financeiros são considerados atípicos, segundo a PF. A defesa de Gustavo Santos seguiu na mesma toada: assegurou que ele amealhou dinheiro com jogos de vídeo game e investiu os recursos em moedas virtuais. A versão sincronizada não colou. Pesa contra eles ainda o fato de todos, sem exceção, já terem experimentado dissabores na polícia. O mais encrencado deles, “Vermelho” foi preso em 2015 sob a acusação de falsidade ideológica, por utilizar documentos falsos e portar remédios controlados e receitas em nome de pacientes. Também responde por crime de estelionato. Isso reforça a tese da PF de que os hackers presos seriam apenas os executores do crime e não os mentores intelectuais da violação dos aparelhos das autoridades. (IstoÉ)

Quinta-feira, 26 de julho, 2019 ás 00:05