Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel), o Sistema Integrado de Gestão de Aparelhos (Siga) criará um banco de
dados com o código internacional de identificação de dispositivos móveis (Imei,
na sigla em inglês) de todos os celulares que se conectarem às redes das
operadoras.
Após
a coleta das informações, o sistema cruzará os dados com um cadastro único de
celulares homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Isso
permitirá identificar os aparelhos que não passaram por análise
em laboratórios credenciados e, portanto, não tem autorização para
funcionar. Esses celulares não passaram pelos testes exigidos pela
Anatel que determinam se o celular pode trazer riscos à saúde, interferir
em outros eletrônicos e até explodir devido à má qualidade dos componentes.
As
operadoras só iniciarão o bloqueio dos celulares “piratas” quando o sistema
entrar, de fato, em operação. A data ainda não foi definida, mas o sistema deve
começar a funcionar no segundo semestre, depois da Copa do Mundo. “Ainda não
foi definido como os usuários de aparelhos não homologados serão avisados antes
do bloqueio. Os detalhes serão definidos ao longo do período de testes, que
também deve incluir uma campanha de comunicação para os usuários”, disse uma
fonte próxima às operadoras ao site de VEJA.
Estima-se
que operem no Brasil entre 12 milhões e 50 milhões de aparelhos não
homologados, ou seja, o equivalente a 20% do total de celulares ligados à rede
das operadoras no país. No grupo dos celulares “piratas” estão aparelhos
roubados e clonados, mas também dispositivos legalmente adquiridos por
brasileiros no exterior, além de telefones importados ilegalmente e vendidos no
mercado informal a preços mais baixos que os oferecidos nas lojas.
Claudia Tozetto _VEJA
Sábado, 15 de março, 2014.
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