Que as pessoas têm a Internet como fonte de
informação fundamental e de forma crescente, parece óbvio. Menos evidente, no
entanto, é o movimento medido pelo Reuters Institute em seu ‘Digital News
Report 2014’, divulgado nesta semana: as redes sociais, em particular o
Facebook, vão se tornando a grande plataforma para o consumo de notícias.
No Brasil esse movimento é o mais notável entre os
10 países pesquisados. Por aqui, o Facebook não só é a rede mais usada – por
80% dos entrevistados – como é a principal fonte de notícias para 67%, seguida
pelo YouTube (33%); G+ (14%) e Twitter (13%).
Particularmente, quando perguntados sobre como se
informaram na semana passada, 54% dos brasileiros entrevistados indicaram
“redes sociais”, contra 55% que buscaram “veículos tradicionais”, como os sites
de jornais. É o maior percentual entre os 10 países, com a Itália em segundo
(51%).
Curiosamente, Brasil e Itália são os dois
pesquisados onde o acesso à Internet é menor. A penetração no Brasil foi
indicada em 46% (Brasil Urbano, segundo o estudo) e, na Itália, 58%. Nos demais
– EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca, Finlândia, Espanha e Japão – a
penetração é acima de 80%.
O mesmo estudo (www.digitalnewsreport.org) coloca os
brasileiros como os mais interessados em notícias (87%) e aqueles que têm a
Internet como a principal fonte de informações – 37% , ao lado da Finlândia.
Entre quem tem 18 a 24 anos, não importa o país: 49% acessam informações
prioritariamente online.
O Brasil também aparece como o país pesquisado onde
os internautas mais compartilham notícias em redes sociais ou por e-mail – 54%
dos entrevistados; seguido da Itália, 44%; Espanha, 40%; EUA, 35%; e Finlândia,
24%.
Finalmente, o Brasil aparece ainda como o país onde
mais se aceita pagar pelas notícias – 22% dos entrevistados pagaram pelo menos
por um artigo ou mantinham assinaturas digitais em 2013, contra uma média de
11% quando agregados os 10 países avaliados.
Reuters
Sexta-feira, 13 de junho, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário