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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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sábado, 1 de janeiro de 2022

E LÁ SE FOI 2021, O ANO EM QUE O CENTRÃO COLOCOU O PRESIDENTE NA COLEIRA…


Quando 2021 começou, o ministro Paulo Guedes dizia que a economia brasileira estava iniciando uma recuperação “em V”. Jair Bolsonaro foi na contramão: “O Brasil está quebrado. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda… teve esse vírus, potencializado pela mídia que nós temos. Essa mídia sem caráter”.

 

Guedes tentou contemporizar (em relação às finanças, e não à mídia, claro). Disse que o presidente estava se referindo apenas ao setor público, em situação difícil depois dos “excessos de gastos cometidos pelos governos anteriores”. E, procurando se mostrar no controle da situação, garantiu que o auxílio emergencial só seria prorrogado se fosse possível manter o teto de gastos e que não haveria reajustes aos servidores públicos.

 

 Numa coisa, porém, o presidente e o ministro concordavam: era preciso derrubar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia tinha aprovado a reforma da Previdência que o governo queria, mas Guedes achava que ele boicotava as privatizações e a reforma tributária. Se tivessem um amigo no controle, pensavam presidente e ministro, o governo decolaria.

 

Eles conseguiram. No início de fevereiro, Arthur Lira (PP-AL) foi eleito, inaugurando uma nova era no Congresso. Mas o governo não decolou.

 

Com a prestimosa ajuda do Congresso, o Executivo acochambrou o teto de gastos. Oficializou o calote parcelado dos precatórios judiciais. Estendeu o programa de renda emergencial e acabou com o Bolsa Família, criando o Auxílio Brasil.

 

Também anunciou um reajuste salarial aos policiais federais, levando as outras categorias a ameaçar greve geral em pleno ano eleitoral. Para evitar um tarifaço nas contas de luz, autorizou um socorro de R$ 15 bilhões ao setor elétrico. Reforma tributária, administrativa e privatizações ficaram para as calendas.

 

Fora da seara econômica, Bolsonaro dilapidou as instituições de controle da corrupção, da proteção ao meio ambiente, do patrimônio histórico e do sistema educacional. Domesticou o Exército, trabalhou duro para destruir a credibilidade das nossas eleições e, no 7 de setembro, tentou dar um golpe no Supremo Tribunal Federal.

 

Empoderado pelos R$ 11 bilhões do orçamento secreto — distribuídos segundo critérios imperscrutáveis a uma lista igualmente sigilosa de parlamentares —, Lira relegou Paulo Guedes a um nível de irrelevância que Rodrigo Maia jamais pensou em conseguir. Segurando a chave da gaveta que guarda os 143 pedidos de impeachment de Bolsonaro, colocou o presidente da República na coleira.

 

Com ela, Lira e o Centrão deixam que Bolsonaro esbraveje contra as urnas eletrônicas, mas na hora H sepultam o voto impresso no plenário da Câmara. Deixam que vá aos palanques contra ministros do Supremo, mas nos bastidores avisam que não sustentarão quarteladas. Permitem que o presidente lance suspeitas contra a vacinação, mas, quando o eleitorado reage, afirmam que a palavra final cabe aos técnicos.

 

Considerando o histórico dos três anos de governo Bolsonaro, até que demorou para o Centrão tomar conta de tudo. Mas o bloco não está no poder há tantos governos à toa. Lira e seus aliados sabem exatamente o que é preciso fazer para atravessar Presidências sem perder o comando.

 

 Se 2021 foi o ano em que o Centrão tutelou Bolsonaro, 2022 será o ano em que decidirá seu futuro. Uma decisão que dependerá de diferentes variáveis, mas principalmente do próprio presidente.

 

Um presidente que chega ao final de 2021 da mesma forma como entrou, agindo como se não pudesse fazer nada — quanto à tragédia das chuvas na Bahia, quanto ao aumento do funcionalismo, quanto à vacinação de crianças.

 

Difícil acreditar que Bolsonaro não saiba o que está fazendo. É mais provável que acredite que o casamento com o Centrão vá protegê-lo da derrota em 2022. Talvez o que lhe falte seja a noção de que, em alguns meses, com o fundo eleitoral e o orçamento secreto devidamente distribuídos, essa união poderá não ser mais tão interessante. Será nessa hora que os aliados decidirão se continuam a trabalhar pela reeleição do presidente ou se o abandonam pela estrada, com coleira, com Paulo Guedes, com tudo.

 

*O Globo

Sábado, 01 de janeiro 2022 às 16:17


 

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

UM ANO NOVO ABENÇOADO

 

Mais um capítulo lindo de sua vida vai se encerrar, e Deus lhe presenteará com mais 365 páginas em branco de história para você preencher.

 

Minha amiga, eu desejo que o seu Novo Ano seja pleno de luz e graças, que Deus ilumine o seu caminho e a guie sempre no caminho do bem e da retidão.

 

Que as pessoas que vivem à sua volta tenham paz, e lhe tragam oportunidades para ser boa e para seguir a palavra do Senhor.

 

Você é uma pessoa nobre, com uma bela missão na vida. Peço a Deus que nada a desvie desse percurso de bondade e humildade.

 

Que este novo capítulo da sua vida, que começa a ser escrito neste Ano Novo, seja guiado pelas linhas que Deus traçou para você.

Fique sempre com Deus. Amém!

Veja o video:


 

Sexta-feira, (31/12/2021)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

INVESTIGAÇÃO DO EX-JUIZ MORO PELO TCU GANHA TROFÉU “PIADA DO ANO” POR ANTECIPAÇÃO

Sergio Moro (Podemos-19)

Da mesma forma como o fabuloso jogador Pelé foi eleito o Atleta do Século por antecipação, em 1980, vinte anos antes de passarmos para o século XXI, por haver a certeza de que, no mundo esportivo, não surgiria nenhum outro que se pudesse comparar a ele, agora acontece a mesma coisa com relação à Piada do Ano, o disputadíssimo troféu de imbecilidades, cobiçado no Brasil por governantes, políticos, empresários e destacadas personalidades civis e militares.

 

Antes mesmo da virada do ano, o troféu foi concedido por unanimidade e consenso geral ao procurador Lucas Furtado e ao ministro Bruno Dantas, do TCU, que abriram investigações sobre atos de corrupção que teriam sido cometidos pelo ex-juiz Sérgio Moro.

 

– Fazendo jus ao sobrenome, o procurador Furtado roubou a cena, porque a ideia da piada foi exclusivamente dele, embora o ministro Dantas também tenha feito jus a seu sobrenome, ao se comportar igualmente “como uma anta”, como se diz desde os tempos saudosos da autoproclamada presidenta Dilma Rousseff, que fez por merecer o apelido de “presidanta”.

 

O procurador Furtado também não se furtou de antecipar explicações sobre seu proceder, em entrevista ao site Conjur em 23 de agosto de 2020. Disse ele, explicando seu modo de agir:

 

“Me conferi esse papel de atuar como uma ponte entre a investigação efetuada pela imprensa e o TCU. Se há mérito ou demérito nessa minha atuação, atribuo isso à própria imprensa. Minha função é simplesmente levar essas demandas adiante para que não caiam no vazio como no passado. Não deixo cair. Investigo qualquer denúncia publicada pela imprensa desde que contenha o mínimo de elementos que justifiquem um procedimento no meu campo de atuação“, justificou-se

 

– Como se vê, o procurador Furtado faz uma piada atrás da outra. Esse papel de “fazer uma ponte entre a investigação efetuada pela imprensa e o TCU”, por exemplo, é uma anedota da melhor qualidade.

 

Demonstra que até mesmo no Judiciário ainda há quem acredite no que a imprensa divulga em seu noticiário político e econômico, que é sempre manipulado de um lado para o outro, de acordo com as conveniências dos donos dos chamados órgãos de comunicação.

 

A respeito dessa crença do procurador, Padre Quevedo diria, revoltadíssimo: “Isso non ecziste”. Aliás, aqui na Tribuna da Internet a gente acredita tanto na imprensa que criamos até uma “tradução simultânea”, para que as pessoas raciocinem com mais clareza sobre as notícias da política e da economia, para ver se há alguma intenção por trás daquelas palavras.

 

– O procurador Furtado esqueceu de fazer a tradução simultânea e ficou roubado no lance, como dizem os locutores esportivos. A motivação da imprensa, ao denunciar Moro como “protetor” da recuperação da Odebrecht, mostra ser claramente política.

 

Se o juiz Moro tivesse absolvido a Odebrecht, a iniciativa do TCU até faria sentido, o ex-juiz estaria se beneficiando de decisão tomada antes. Mas aconteceu exatamente o contrário. Como magistrado, Moro atuou corajosamente para desbaratar o maior esquema de corrupção já implantado no mundo, e a Odebrecht era uma das empreiteiras beneficiadas. Estava tão envolvida na corrupção que chegou a criar e manter um “departamento” exclusivamente para administrar propinas a centenas de políticos.

 

Moro atuou para destruir tudo isso. E a pergunta que resta é a seguinte: Na Alvarez & Marsal, o que o ex-juiz poderia fazer para “ajudar” a Odebrecht? Nada, absolutamente nada. Aliás, a empreiteira continua quebrada, embora seus donos permaneçam bilionários, como é comum no Brasil, sem que procuradores, ministros e tribunais se preocupem com essas distorções.

 

Em sua defesa, Sérgio Moro disse algumas verdades nas redes sociais: “Trabalhei 23 anos na carreira pública. Lutei contra a corrupção neste país como ninguém jamais havia feito. Deixei o serviço público e trabalhei honestamente no setor privado para sustentar minha família. Nunca paguei ou recebi propina, fiz rachadinha ou comprei mansões”, publicou nas redes.

 

Esqueceu de dizer que jamais comprou imóveis em dinheiro vivo, nunca lavou dinheiro em loja de chocolate, não levou parentes e amigos para passear em jatinho da FAB nem criou emprego altamente remunerado para uma amante e lhe deu um cartão corporativo, com direito a viajar 34 vezes ao exterior, clandestinamente e ganhando diárias em dólar…

 

Esqueceu também de dizer que não tem contas bancárias em paraísos fiscais, para obter lucro cada vez que a moeda brasileira cai de cotação, por imperícia do governo… Realmente, esqueceu muita coisa. (Tribuna da Internet)

 

Quinta-feira, 30 de dezembro 2021 às 19:28