O verdugo do Planalto, é
indiscutivelmente o pior e mais danoso presidente que o Brasil já teve. O
confisco, de Fernando Collor; a hiperinflação e a roubalheira, de José Sarney;
o mensalão e o petrolão, de Lula, o meliante de São Bernardo; a recessão e o
desemprego, de Dilma Rousseff; a compra desavergonhada da reeleição, de
Fernando Henrique; o ‘tem de manter isso aí’, de Michel Temer, enfim, nada,
absolutamente nada chega minimamente perto do desastre sanitário, econômico,
moral e institucional produzido por este desgoverno maldito.
O Brasil jamais esteve tão
isolado internacionalmente; jamais foi tão ridicularizado por outros países;
jamais, desde o fim da ditadura, foi tão achincalhado e ameaçado por um militar
(no caso, um ex-militar de péssima reputação e décima-quinta categoria, o que é
ainda pior); jamais esteve tão socialmente dividido; jamais assistiu a tantas
crises simultâneas; jamais esteve tão à mercê de grupos assumidamente
criminosos; jamais foi tão entregue a tantos ‘políticos’ com fichas criminais
tão sujas; jamais, por fim, foi presidido por alguém tão baixo, desqualificado
e vil.
Jair Bolsonaro, o maníaco do
coronavírus, está colhendo – eleitoralmente! – o que plantou. Aliás, está
colhendo o que foi capaz de produzir, ou seja, esterco da pior qualidade.
Espero, um dia, vê-lo colher também judicialmente cada pena, relativa a cada
crime (em tese) que semeou, plantou, adubou, irrigou e colheu, de rachadinhas a
tentativas de golpe, passando por políticas homicidas de apoio à contaminação
da população brasileira e, no limite, por boa parte das mortes por covid-19,
sem esquecer, claro, dos crimes contra a humanidade que responderá em Haia, na
Holanda.
O resultado está chegando sob
a forma de um retumbante nocaute eleitoral, onde o devoto da cloroquina será
massacrado por um líder de quadrilha mofado e decadente, condenado em três
instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro, tão ou mais intelectualmente
sofrível, tão ou mais moralmente condenável, tão ou mais desastroso para o País,
mas que, com a leniência, frouxidão e cumplicidade moral da maioria dos
brasileiros, será eleito presidente da República por representar, na cabeça
dessa maioria, um mal menor do que o marido da receptora de cheques de
milicianos.
Diante do vexame histórico e
eterno – provavelmente inevitável – o farofeiro arregão voltou a flertar com a
desqualificação do processo eleitoral. Dessa vez, como nas demais, usou
indevidamente o nome das Forças Armadas, querendo dar a entender que contará
com o apoio dos militares em uma nova tentativa de ruptura democrática. Coitado
do bilontra! Da última vez em que tentou foi acompanhado por meia dúzia de
gagás, dois ou três blindados (fumegando como os ‘fumacês da dengue’), cem mil
idosos brancos, de classe média, em Brasília e em São Paulo, e, deixe-me ver…
Olavo de Carvalho.
O fim da comédia terminou,
como todos sabem, com um vexatório apelo de socorro a Michel Temer; uma
humilhante carta de desculpas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes; um
rabinho enfiado entre as pernas, bambas de medo; e milhões de cabeças de gado
sem rumo, pastando fezes e ruminando ódio, frustração e o mais dolorido
sentimento de corno de manso de suas vidas indignas e miseráveis. Assim, caso
tenha se esquecido e tente surrupiar nossa democracia, como surrupia nossa
grana, o patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias encontrará
a cadeia como destino final..
IstoÉ
Sexta-feira, 11 de fevereiro 2022
às 14:27