Mensagem

"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

Ja temos 2 membro, seja o terceiro do

Mostrando postagens com marcador Bacurau. Brasília . Suzane Louise Von Richthofen. Casamento .. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bacurau. Brasília . Suzane Louise Von Richthofen. Casamento .. Mostrar todas as postagens

domingo, 23 de outubro de 2011

QUERO CASAR COM SUSANE VON RICHTHOFEN


Sabe, cansei de ser solteiro. Todo mundo já fez besteira na vida e agora é a minha vez. Alguns sonham com as Giseles, outros são chegados no bom ‘arroz com feijão’, quer dizer, sonham mesmo com um ‘feijão com Arosio’. Eu não. Quero entrar na igreja - com direito a todas as cafonices - de mãos dadas com Suzane Louise Von Richthofen.

Depois do casório, passaríamos a LUA DE MEL num chalé em frente ao lago em CRYSTAL LAKE, compraríamos uma bela casa de cerquinha branca na ELM STREET, influências dos nossos padrinhos Freddy Krueger e Jason Voohees. Se o casamento não andasse assim uma Brastemp, vítima da sufocante rotina e tédio, nada de stress. Era só a gente procurar nosso psiquiatra favorito, o Dr. Hannibal Lecter. Aliás, pra quebrar a monotonia, que tal um pernoite no Bates Motel? Pra finalizar, a animação da festinha dos pimpolhos vindouros ficaria a cargo dos  It- os palhaços Assassinos !

Eu sei... parece estranho querer se casar com uma criatura que gera tanto ódio, talvez até você mesmo tenha se revoltado comigo logo ao ler o título, mas prometo provar por A + B que seria a melhor coisa para mim e para a vida da maioria das pessoas que conheço. Talvez no final do texto eu terei alguns rivais para disputar comigo o amor da bela e malvada Suzane.

Desculpe, mas é quase impossível evitar o humor negro e dizer que uma das maiores vantagens é não ter sogra. Nem a velhinha enxerida e palpiteira da minha mãe ia se meter a besta. Ela sabe – ou pelo menos deve imaginar – como fica a minha querida SU quando é contrariada. Ainda tem mais: quando um diretor de tv ligar no meio da noite pedindo um ‘HELP’ de graça, seria fácil despachá-lo. É só dizer ‘MINHA ESPOSA VAI COMIGO E ENQUANTO A GENTE RESOLVE O PROBLEMA, ELA FICA BATENDO PAPO COM A SUA FILHA...’ Garanto que ia ser tiro e queda e, no quesito trabalho, as minhas noites seriam mais tranquilas.

Olha que eu nem contei o aspecto financeiro. Se desse sorte, poderia morar naquela luxuosa casa no bairro de SANTO AMARO aqui em Sampa. Ela abriu mão da herança!!?? (ã-hã) Só falta você me dizer que acredita em político honesto, advogado com elevados padrões morais e publicitários inteligentes (rs.) Tem gente que não moraria numa casa daquelas por medo de assombração e coisa e tal. COMO O BRASILEIRO É BESTA!!! Se morrer de forma violenta num local fosse licença para assombração, não existiria lugar seguro para se morar na Europa. Pensem bem, se contarmos só o Século XX, foram 2 guerras mundiais que mataram de forma saguinária milhões de pessoas onde hoje existem casas e parques, sem contar as mortes da Idade Média por peste negra e toda uma gama de doenças. Se fosse assim, a Europa teria um excesso de encostos e era bom a Igreja Universal ir correndo para lá (rs.)

Voltando ao meu ‘docinho de coco alemão’, quer dizer, a Suzane, esqueci de falar como seria maravilhosa nossa intimidade, aquele momento a dois. Imaginem a minha noite de sono. Eu debaixo das cobertas tentando esquentar os pés nestas noites frias (quem gosta de pantufas - como sabemos - é a própria Suzane) enquanto observava minha amada ‘metade da alma’ se preparando lentamente para deitar com uma tesoura na mão. Seria no mínimo emocionante. Imaginem então descobrir que a Suzane fala dormindo e ouvir ela dizer baixinho em plena madrugada ‘ RATAM, RATAM...’ Seria como estar num filme de Stanley Kubrick, para ser mais preciso, esta cena ocorreu no clássico O iluminado, uma das obras-primas do diretor. Se vocês preferem a versão na língua de Shakespeare, imagine a doce SU murmurando ‘ REDRUM, REDRUM...’ que no fundo dá no mesmo do ‘RATAM’ e quer dizer ‘MATAR’ ao contrário.

Ser casado com a Suzane Von Richthofen significa nunca saber se você vai acordar no dia seguinte... e isso seria maravilhoso. Assim, poderia de fato ser eu mesmo, viver preocupado com que apenas importa – nada de cultivar besteiras - talvez eu nem esteja por aqui no dia seguinte para continuar tais besteiras. Poderia ouvir Iron Maiden no último volume o dia todo, não precisaria tratar ninguém bem só por educação e só faria aquilo que eu AMASSE pra valer!!! Cada dia – extra da minha vida – seria preenchido por novas cores e gostos, prazer apenas no simples e belo, nada de falso. Poderia finalmente me lançar em novos projetos que sonho há anos sem medo de fracassar e não brigaria por banalidades. Gastaria dinheiro somente para coisas úteis: alimentação e tudo aquilo que dá prazer, impostos!? Nunca mais pagaria nenhum. Acabariam os Natais hipócritas e Anos Novos entediantes. 
 
Faria aniversários e daria grandes festas apenas para aqueles que eu realmente gostasse. Falaria a palavra AMOR com mais frequência. Compraria o carro dos meus sonhos e viajaria a maior parte do tempo, sem ter culpa por estourar o cartão de crédito ou o cheque especial. Iria a mais shows de rock e pegaria menos filas de supermercado, entenderia mais as pessoas a minha volta...

Parece perfeito e realmente é. Parece uma daquelas coisas que só o papel ou a internet aceita, mas já vi isso acontecer há uns cinco anos. Nem sei se este casal ainda está por aqui, o fato era que os dois eram HIV positivos já num estado avançado. Ninguém contaminou ninguém, se conheceram assim durante o tratamento, decidiram se casar e nunca mais perderam tempo!!!! Eram realmente felizes e viviam um dia de cada vez fazendo cada um por si e pelo outro o melhor que podiam – sem cobranças idiotas típicas das relações. Era uma vida a dois em tudo realmente podia ser apreciado e vivido de forma intensa, extraindo o melhor do momento presente.

Dizem que algumas mulheres podem libertar seus parceiros, talvez Suzane Von Hichthofen, com toda a sua maldade, fosse uma delas em minha vida. Sem dizer uma única palavra, ela mostraria o quanto hesitante eu ando frente a vida e a minha própria felicidade. O que me impede são meus medos e sem eles, com ou sem Suzane, eu seria FELIZ DE VERDADE...

Cristian Boragan
Domingo,23/10/2011 ás 7h:05