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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

APPLE NEGA TER AJUDADO NSA A MONITORAR IPHONE



A Apple afirmou nesta terça-feira nunca ter trabalhado com a Agência de Segurança Nacional dos EUA (a NSA) para criar backdoors que permitissem a espionagem em alguns de seus produtos, incluindo o iPhone, conforme denunciou reportagem publicada pela revista alemã Der Spiegel.

Segundo a revista, uma unidade secreta da NSA desenvolveu um processo e um programa especializados para se infiltrar e controlar uma infinidade de dispositivos de computação, incluindo telefones móveis.

Citando acesso da documentos secretos, o artigo incluiu um gráfico da NSA datado de 2008 descrevendo um sistema em desenvolvimento chamado DROPOUTJEEP, descrito como um "programa implante" que permite aos infiltrados monitorar e recuperar dados de iPhones, como listas de contatos. A revista se referiu a ele como um "trojan", ou programa mal-intencionado que ajuda hackers a entrar em sistemas protegidos.

De acordo com a Der Spiegel, uma divisão da NSA chamada Tailored Access Operations (TAO) estaria interceptando rotas de entregas de novos computadores para 'plantar' spyware em computadores, celulares e outros equipamentos. As oficinas secretas, chamadas de "load stations" (estações de carga) instalariam malware ou componentes de hardware que dariam à NSA acesso a esse computador, descreve o artigo.

A Der Spiegel escreve ter visto em um "catálogo de produtos" de 50 páginas da NSA a descrição de uma divisão chamada "ANT", especializada em acesso técnico a produtos de companhias como a fabricante de firewall Juniper Networks, as gigantes de produtos de redes Cisco Systems e Huawei Technologies e a fabricante de computadores Dell. "Para qualquer tipo de fechadura, a ANT parece ter uma chave em sua caixa de ferramentas", afirma o artigo.

A reportagem, publicada no domingo, não sugere que a Apple tenha colaborado com a agência de espionagem dos Estados Unidos no desenvolvimento de programas do tipo.
Na nota divulgada nesta terça-feira, a Apple sustenta "não ter conhecimento deste suposto programa da NSA dirigido" a seus produtos.

"Nos preocupamos com a confidencialidade e a segurança de nossos clientes", acrescentou. "Nossa equipe trabalha continuamente para fazer nossos produtos mais seguros e para facilitar que nossos clientes mantenham seus programas atualizados com os últimos avanços".

"Seguiremos usando nossos recursos para atacar os intrusos maliciosos e para defender nossos clientes dos ataques contra sua segurança, seja quem for que esteja por trás deles ", sustenta a companhia.

A Apple é a primeira empresa a se pronunciar formalmente sobre as acusações feitas pela revista alemã. Até agora, a própria NSA não se manifestou a respeito da reportagem.

Quarta-feira, 01 de janeiro, 2014

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

[MICROSOFT OFERECE MAIS 20GB NA NUVEM AOS USUÁRIOS DO WINDOWS PHONE VIA SKYDRIVE]




Oferta enviada aos usuários de todos os países só é válida por um ano
Usuários do Windows Phone já estão acostumados com 7 GB de armazenamento gratuito na nuvem ao criarem uma conta no SkyDrive. Este serviço está disponível de forma gratuita e funciona como um gerenciador de arquivos na nuvem para a plataforma Windows Phone, que ainda carece de mais opções.


Apesar de rumores anteriores de que a Microsoft planejava oferecer essa funcionalidade (um gerenciador de arquivos) com a próxima grande atualização para Windows Phone, a empresa nunca confirmou essa informação. E até que isso se torne realidade o SkyDrive é uma maneira boa e segura para armazenar fotos, documentos ou outros arquivos, e é particularmente útil quando você perde o seu smartphone.


Venturebeat relata que a Microsoft agora está oferecendo aos usuários de Windows Phone mais armazenamento livre na nuvem. Especificamente, os usuários receberão nada menos do que 20 GB de armazenamento em nuvem através do SkyDrive, além dos 7GB já oferecidos gratuitamente ao efetuar o registro no serviço. O aviso foi enviado para os usuários de todos os países ontem (21).


A maior desvantagem é que os 20GB de armazenamento em nuvem estão disponíveis apenas por um ano. Depois disso, o usuário terá que pagar uma certa quantia para continuar a usá-los. Mas se mesmo assim você estiver interessado, é preciso aceitar a oferta até o final de janeiro.


Segunda-feira, 23 de Dezembro de 2013.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

GIGANTES DE TECNOLOGIA CRITICAM MONITORAMENTO DOS EUA — E CUTUCAM GOVERNO BRASILEIRO




Facebook, Google e mais seis empresas lançam site em que propõem novo modelo de coleta de informações de usuários. E aproveitam para condenar propostas de nacionalização de data centers como a incluída no Marco Civil

Oito das principais empresas de tecnologia do mundo se uniram e enviaram nesta segunda-feira uma carta ao presidente americano Barack Obama pedindo "mudanças urgentes" relativas ao monitoramento feito pelo governo americano a seus serviços, uma resposta às recentes denúncias feitas por Edward Snowden, ex-consultor da CIA, de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos teria espionado comunicações de cidadãos americanos e estrangeiros. O documento, subscrito por Apple, Facebook, Google, Microsoft, LinkedIn, AOL, Twitter e Yahoo, também critica governos que exigem que empresas de internet mantenham data centers em território nacional, proposta abraçada pela presidência de Dilma Rousseff, que deseja vê-la incluída no Marco Civil da internet, projeto que de lei que pretende disciplinar a web brasileira.

As sugestões das empresas de tecnologia serão apresentadas no site Reform Government Surveillance (algo como Pela Mudança do Monitoramento Governamental) e trazem a assinatura dos principais executivos de tecnologia do mundo, casos dos CEOs Mark Zuckerberg (Facebook), Marissa Mayer (Yahoo!), Larry Page (Google) e Dick Costolo (Twitter). "Há uma necessidade real de melhor comunicação e de novos limites para a coleta de informação pelos governos", afirma Zuckerberg.

As companhias também endereçam questões relacionadas à legislação da internet a outros países. Um dos tópicos chama atenção: "Os governos não devem exigir que provedores de serviços operem localmente ou mantenham sua infraestrutura dentro das fronteiras de certo país." Não há menção a nenhuma nação, mas a medida é uma clara crítica à tese do governo brasileiro de que a localização dos data centers ajudaria no combate à espionagem. A proposta foi incluída no projeto do Marco Civil da Internet em julho, após a suspeita de que a NSA espionou autoridades e empresas brasileiras, como a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras.

Analistas estão de acordo quanto aos prejuízos acarretados pela medida. Em recente entrevista ao site de VEJA, o diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, Ronaldo Lemos, explicou que a presença forçada dos data centers afugentará empresas do país. "Os sites terão receio de oferecer serviços a usuários brasileiros com medo de, no futuro, ter que montar um data center local", afirmou. A hospedagem compulsória também pode provocar uma enxurrada de ordens judiciais exigindo acesso a informações pessoais, além da retirada de conteúdos do ar — com prejuízo óbvio à liberdade de expressão.

No Reform Governement Surveillance, as empresas de tecnologia afirmam que estão realizando investimentos para aumentar a segurança dos usuários, evitando assim o monitoramento sem autorização em seus serviços. Em junho, Google e Yahoo anunciaram o desenvolvimento de iniciativas para criptografar toda a comunicação entre os usuários, dificultando o acesso externo a informações pessoais. Na última sexta-feira, foi a vez de a Microsoft anunciar o uso da mesma técnica para ampliar a segurança dos dados enviados por meio de serviços como o e-mail gratuito Outlook.com e o backup em nuvem SkyDrive. Estima-se que o projeto da companhia americana seja concluído em meados de 2014.

Veja.com

Segunda-feira,09 de dezembro,2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

DECRETO OBRIGA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL A USAR ESTRUTURA PRÓPRIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO



Decreto publicado na edição desta terça-feira (5/11) do Diário Oficial da União determina que os serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação de órgãos ligados à administração pública federal direta, autárquica e fundacional ocorram por meio de redes e serviços fornecido por órgãos ou entidades da própria administração pública federal.

A iniciativa, que abrange também empresas públicas e sociedades de economia mista da União e subsidiárias, tem como objetivo evitar o acesso a informações estratégicas por terceiros. A medida entra em vigor em 120 dias, mas a partir de hoje, com a publicação do decreto, já está autorizada a dispensa de licitação desses serviços nas contratações que possam comprometer a segurança nacional.

Serão oferecidos serviços de correio eletrônico bem como funcionalidades complementares. De acordo com o decreto, no âmbito dos serviços de tecnologia da informação estão previstos serviços de desenvolvimento, implantação, manutenção, armazenamento e recuperação de dados e operação de sistemas de informação, além do projeto de infraestrutura de redes de comunicação de dados. A medida não se aplica às comunicações feitas por meio de serviço móvel pessoal.

Em outubro, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que a presidenta Dilma Rousseff já havia determinado a implantação de um sistema de correio eletrônico que protegesse as mensagens do governo, assegurasse a inviolabilidade de e-mails oficiais e prevenisse ação de espiões. O serviço, disse o ministro, ficará a cargo do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que desenvolve um programa de computador (software) há algum tempo. A troca do sistema atual de e-mails, que é fornecido pela Microsoft, pelo do Serpro – chamado Expresso – resultará também em economia para os cofres públicos.

Pedro Peduzzi  da Agência Brasil

Terça-feira 05 de novembro 2013

terça-feira, 29 de outubro de 2013

INTERNET MUNDIAL PODERÁ SER INFLUENCIADA PELA PROPOSTA BRASILEIRA, DIZ ICANN




Com a previsão de ser apreciado e votado a partir de terça-feira (29/10) pela Câmara dos Deputados, o Marco Civil da Internet será acompanhado de perto pela autoridade responsável pela coordenação mundial da rede – a Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês). Para a Icann, a experiência interna brasileira, em termos de legislação e de modelos de representatividade, poderá ajudar a entidade no desafio de democratizar a internet e de retomar a credibilidade perdida com as recentes denúncias de espionagem.

Segundo o vice-presidente da Icann para a América Latina e o Caribe, Rodrigo de la Parra, a importância brasileira no novo modelo de gestão mundial da internet ficou ainda maior após o discurso feito pela presidenta Dilma Rousseff na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.

“O discurso feito pela presidenta Dilma foi muito bom, e nossa intenção, no recente encontro dela com o presidente [da Icann] Fadi Chehadé, foi lembrar o que foi proposto, a fim de encontrar um ponto médio, uma posição neutra em relação à discussão sobre governança da internet. 

Queremos evitar posições extremas, centralizadoras, como as adotadas pela Rússia, Síria ou China, ou, no outro extremo, posições extremamente liberais que não preveem formas de regulamentação ou de promoção”, disse A Icann tem se manifestado favorável a um modelo mais democrático de gestão da internet, com a participação “de todos os governos e de todos os atores” da rede mundial de computadores.
 Para avançar nessas discussões, Parra avalia que será fundamental o papel da conferência mundial sobre governança da internet, prevista para abril de 2014 no Rio de Janeiro.

A tendência, segundo ele, é que nessa nova forma de gestão haja a participação de “muitos stakeholder” [partes interessadas]. “Dessa forma, o Brasil tem muito a colaborar, até por ter um modelo similar interno: o CGI [Comitê Gestor da Internet], que é um modelo com multiatores, prática que é boa e pode ajudar o resto do mundo”, acrescentou. 

O comitê é o órgão responsável por coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços de internet no Brasil. Formado por representantes da sociedade civil e por membros do governo, o grupo participa de debates e deliberações sobre implantação, administração e uso da rede.

“O Brasil tem muito o que aportar pela experiência interna, mas outros temas também devem ser discutidos na oportunidade. Entre eles, a neutralidade de rede, segurança e propriedade intelectual [a exemplo do que está sendo feito na tramitação do Marco Civil da Internet, no Legislativo brasileiro]. São temas que vão além da Icann, mas que precisam ser discutidos em um ambiente que inclua as diversas partes interessadas. Acreditamos que, nesse sentido, a discussão será muito ampliada no evento que ocorrerá no Brasil”, acrescentou.

Em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), Dilma sugeriu um marco civil internacional. “Faz sentido o que foi dito por ela, não só para Brasil como para outros países. Mas isso precisa contar com a participação da sociedade, o que inclui atores múltiplos, inclusive do setor privado, usuários, comunidade técnica, acadêmica, científica, grupos de segurança da informação. A ideia é que sejam feitas consultas públicas e que sejam apresentadas propostas de desenvolvimento. As conclusões chegarão ao órgão máximo da Icann, que é o conselho diretivo”, disse Parra.

“Nesses 15 anos de existência, a Icann mudou, e agora a tendência é internacionalizar a gestão da internet. Se antes ela tinha mais participação dos Estados Unidos e da Europa, agora a tendência é dar maior participação a outros países, principalmente os grupos da África, Ásia, do Pacífico, da América Latina e do Caribe, incluindo sociedade civil e empresas”, acrescentou.

Segundo ele, as denúncias de espionagens feitas pelo governo norte-americano em diversos países prejudicaram a confiança que as pessoas depositavam na internet. “A preocupação com a espionagem é muito válida e, como disse Dilma na ONU, uma das consequências dela é a perda de confiança dos usuários. Essa será uma das nossas preocupações durante a reunião no Brasil”.

Parra acredita que é possível alcançar o objetivo de restabelecer a confiança dos usuários na grande rede. “Precisamos encontrar uma solução. Isso é possível. Até porque todos nos sentimos desapontados. O momento agora é de juntarmos a sociedade civil e buscar mecanismos para solucionar esses problemas por meio de um novo modelo de segurança, que envolva mais democracia e participação na gestão. A solução não virá pela blindagem da internet [como foi já foi sugerido por alguns países]”, argumentou o representante da Icann na América Latina e no Caribe.

Pedro Peduzzi - Agência Brasil

Terça-feira 29 de outubro 2013