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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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sábado, 22 de outubro de 2011

QUANTO VALE UMA VIDA?


Estudante de direito, Suzane Louise von Richthofen /Foto: Reprodução 

A humanidade sempre conviveu com assassinatos. Desde os tempos mais remotos, na luta pela sobrevivência nas cavernas — no raciocínio darwiniano — ou a partir do alegórico caso bíblico em que o invejoso Caim matou o irmão, Abel. Mas por que o homem mata seu semelhante? Basicamente movido por instinto inato, mas as motivações vão desde a rivalidade no futebol à gula pelo dinheiro alheio.

Foi por dinheiro que, na noite de 31 de dezembro de 2002, num bairro nobre de São Paulo, Suzane Louise von Richthofen comandou o brutal assassinato dos próprios pais, Manfred Albert e Marísia von Richthofen. Daniel Cravinhos, na época namorado de Suzane, e o irmão, Christian Cravinhos, se encarregaram de desferir golpes de barra de ferro na cabeça de Manfred e Marísia. Manfred morreu na hora, e Marísia ainda agonizou com massa encefálica exposta, segundo a polícia. O casal dormia na hora fatídica.

Loira, olhos verdes, voz suave, divinamente linda e diabolicamente macabra, Suzane articulou o inominável. Ela e os irmãos Cravinhos queriam euros e dólares de Manfred e Marísia, agasalhados no cofre da mansão do casal. Após o sucesso diabólico, Suzane e Daniel Cravinhos comemoraram num motel. Os três assassinos foram condenados a penas que chegam a 50 anos, que cumprem em presídios paulistas.

A banalização dos chamados crimes contra a vida é de difícil explicação. Especialistas divergem. As teses não batem. Os números do horror são inexatos. “A mídia tem grande responsabilidade nisso, pois fica divulgando e alimentando o mau, tornando-o ‘natural’ para a sociedade”, afirma um sociólogo. 

“Não, a culpa é da falta de escola adequada para as crianças, que acabam se envolvendo com marginais para, no futuro, se tornar um deles”, assegura um especialista em segurança pública. “É da natureza humana”, decreta um psicanalista. “Falta Deus no coração”, prega um padre. “O maior problema é a impunidade”, decreta um promotor de justiça. É provável que todos tenham razão, mas ninguém consegue explicar com segurança o porquê de tantos homicídios, sobretudo por motivos banais. Hoje, matar é como ir a uma festa, tomar uma cervejinha e dançar. É o rock do diabo.

Tiago Fernandes da Silva Chaves, o “Tiagão”, de 21 anos, é considerado perigosíssimo pela polícia dos estados do Maranhão e Piauí. Mas um comparsa não levou a sério os antecedentes criminais de Tiagão, que já havia matado seis pessoas nos dois estados. A “ingenuidade” de Marcos Antônio Aparício, de 22 anos, custou-lhe a vida. Foi morto por Tiagão a facadas na rodoviária de Timon, pequena cidade do Maranhão, em março deste ano, porque não pagou ao parceiro uma monstruosa dívida de R$ 1. O bandido impiedoso fez sua sétima vítima, foi preso e condenado a mais de 30 anos de prisão.
Fiel de uma igreja evangélica da mesma cidade de Tiagão, Lineuza Oliveira e Silva, de 24 anos, estava sempre pregando a Bíblia. Não perdia a oportunidade de falar sobre céu, inferno, Jesus Cristo. Assídua no templo, seguia à risca os ensinamentos do pastor, inclusive pagando em dia o dízimo. 

Mas nem sempre seguia o amor e desapego ensinados por Cristo. De onde tirava dinheiro, se não trabalhava? Dos pobres e idosos pais, Lourival Rodrigues da Silva e Joana Borges de Oliveira e Silva, de 73 e 71 anos, respectivamente. Os idosos viviam do salário mínimo da aposentadoria e já haviam perdido a TV para a filha, que a vendeu para engordar os cofres da “casa de Deus”.

Na manhã de um domingo ensolarado de janeiro passado, antes de seguir para a escola dominical, Lineuza Oliveira foi possuída por Satanás. Furiosa por não conseguir a “décima parte devida a Deus”, como sempre dizia quando queria os recursos minguados dos pais adotivos, executou-os a machadadas, enquanto dormiam. Segundo o delegado de Timon, Ricardo Hérlon Furtado, nos dias que antecederam a crueldade, a moça demonstrava forte obsessão em ficar rica. 

Dizia que se desse R$ 5 mil à igreja, Deus lhe daria três vezes mais. Com uma frieza de arrepiar, Lineuza explicou a uma TV local o que fez: “Do pó viemos e para o pó iremos”.

O que mais chama a atenção de especialistas são a frieza e crueldade dos matadores e os motivos dos crimes. Nos Estados Unidos, ficou famoso o caso de Betty Johnson Neumar, conhecida como “Viúva Negra”, moradora de uma pequena cidade da Georgia, que deixou a cadeia recentemente depois de pagar fiança de 200 mil euros, segundo “O Globo”. 

Betty Johnson, uma aparentemente doce velhinha, mandou matar cinco maridos para ficar com o seguro de vida deles. A polícia só conseguiu decifrar os caminhos da teia de aranha da “doce velhinha” após anos de investigação. Segundo policiais, ela executou o primeiro marido na década de 1950.

Conforme reportagem do jornal “Zero Hora”, de Porto Alegre, dados da pesquisa Mapa da Violência mostra que o Brasil ainda lidera o ranking de assassinatos no planeta, em números absolutos. São 46 mil homicídios por ano, em média. Mas, em termos proporcionais, deixou de encabeçar esse campeonato macabro. O Brasil ocupa hoje o sexto lugar na taxa de homicídios por 100 mil habitantes, num ranking de 91 países. A média é de 25 assassinatos por 100 mil habitantes. Fomos superados em violência, nos últimos anos, por El Salvador, Colômbia, Guatemala, Ilhas Virgens Americanas e Venezuela.

O sociólogo Julio Waiselfisz, coordenador da pesquisa Mapa da Violência, nem pensa em comemorar essa mudança. Em primeiro lugar, porque acredita que ela pode ser circunstancial, sazonal. Em segundo lugar, porque o que ocorreu foi um aumento da violência em outros países latino-americanos, sem que o Brasil tenha experimentado redução significativa nos indicadores.

Afinal, quanto vale uma vida? É possível mensurar em dinheiro a existência de uma pessoa? Se perguntarmos a Suzane Louise von Richthofen e a Tiagão, teremos uma resposta tão sangrenta quanto os noticiários policiais de todos os dias.

Edmar Oliveira
Sábado,22/10/2011 ás 7h:05

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

OUTUBRO ROSA: SALVAR VIDAS É UM DEVER DE TODOS




O "Outubro Rosa" é um movimento internacional, que começou nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo, estimulando a participação da população, entidades, governos e empresas na luta contra o câncer de mama.

As ações visam conscientizar sobre a importância da prevenção pelo diagnóstico precoce. A campanha ganhou mais visibilidade quando surgiu a ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros, empresas etc, unindo o mundo através da cor e da imagem visual.

Segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, repondendo por 22% dos casos novos a cada ano. É uma doença que pode se manifestar de diversas formas e conhecer os sintomas auxilia no diagnóstico. O sintoma mais comum é o aparecimento de um caroço, que pode ser detectado por exames clínicos e mamografia.

Embora seja curável, é uma doença grave e a detecção precoce aumenta em 90% as chances de tratamento e cura. No Brasil, as taxas de mortalidade ainda são elevadas, provavelmente porque a doença é detectada em estágios avançados - pela falta de informação da população.

Auxiliar as mulheres a detectar a doença - aumentando, assim, a chance de cura - é um dever de toda a sociedade. E não há forma mais eficaz de ajudar do que contribuir com a divulgação de informações e a conscientização. Portanto, além de aderir às campanhas na internet, mediante postagens em blogs, redes sociais e sites, é fundamental também lembrar de cuidar daquelas mulheres que estão ao nosso lado: mãe, tias, irmãs, amigas, avó, vizinhas, colegas de trabalho, esposa, primas...

Toda mulher acima de 40 anos ou mais deve procurar um posto de saúde para ter as mamas examinadas, uma vez ao ano. E as que possuem entre 50 e 69 anos devem se submeter a cada dois anos à mamografia. Todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos, garantida pela Lei 11.664/2008.

Todos juntos contra o câncer de mama!!!

Daniele Barretto.
Quinta – feira,20/10/2011 ás 18h:05
Consultora Política; Comentarista e Educadora Política.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

NOVA BANDEIRA DO BRASIL



Senhor, tende piedade de nós!
Pelo Marcos Valério e o Banco Rural 
Pela casa de praia do Sérgio Cabral 
Pelo dia em que Lula usará o plural 

Senhor, tende piedade de nós!
Pela jogada milionária do Lulinha com a Telemar 
Pelo dia em que finalmente Dona Marisa vai falar

Senhor, tende piedade de nós!
Pela "queima de arquivo" do Toninho(de Campinas) e Celso Daniel
Pela compra do dossiê no quarto de hotel
Pelos "hermanos compañeros" Evo, Chaves e Fidel

Senhor, tende piedade de nós!
Pela volta triunfal do "caçador de marajás"
Pelo Duda Mendonça e os paraísos fiscais
Pelo Galvão Bueno que ninguém aguenta mais 

Senhor, tende piedade de nós!
Pela família Maluf e suas contas secretas
Pelo dólar na cueca e pela máfia da Loteca
Pela mãe do presidente Lula, única mulher que nasceu analfabeta

Senhor, tende piedade de nós!
Pela invejável "cultura" da Adriane Galisteu
Pelo "picolé de chuchu" (Alkmim) que esquentou e derreteu
Pela infinita bondade do comandante Zé Dirceu

Senhor, tende piedade de nós!

Pela eterna desculpa da "herança maldita" 
Pelo "chefe" Lula abusar da birita 
Pelo  penteado da companheira Benedita 

Senhor, tende piedade de nós!
Pelo Ali Babá e sua quadrilha 
Pelo Zé Sarney e sua filha 

Senhor, tende piedade de nós! 
Para que possamos ter muita paciência 
Para que o povo perca a inocência 
E proteste contra essa indecência 

Senhor, dai-nos a paz!

(Autor desconhecido)

domingo, 16 de outubro de 2011

O ABORTO

FALÁCIA PODE SER CONSIDERADA COMO UM RACIOCÍNIO ERRADO - QUE ENGANA.
 
Segue abaixo um exemplo que se tornou popular:
 
Se você conhecesse uma mulher grávida, que já tivesse 8 filhos.
Dois dos quais eram surdos, os outros dois cegos e um que era retardado, e
ela tivesse sífilis, ¿você recomendaria que ela fizesse um aborto?
 
Se você disse sim acabou de matar Beethoven !!!
 
Uma análise desta falácia:
Considerando que gênios como Beethoven correspondem a uma infinitésima
fração da população e que a probabilidade de que a criança, gerada pelo
exemplo acima, venha a ter sérios problemas de saúde; ¿quem assumiria a
quase certeza de gerar milhões de surdos, cegos e retardados na esperança
incerta de que um deles se torne um gênio?
Mas a falácia acima quer induzir que todas as pessoas que nascem sobre tais
circunstâncias se tornariam gênios como Beethoven.
 
Muito cuidado com as "verdades" que querem lhe empurrar!
 
Para deixar mais claro o absurdo da falácia acima, considere as seguintes
suposições:
 
Supondo que você encontre uma menina de 13 anos pela rua e se resolva a
estuprá-la; e ela engravide; e dê a luz a um gênio da medicina que daqui há
uns 30 anos venha a descobrir a cura para todas as doenças. ¿Você sairia por
aí estuprando menininhas? Ou você 'mataria' este gênio da medicina?
 
Supondo que lhe dê uma vontade inexplicável de matar seu vizinho, mas você
resiste; e no outro dia seu vizinho enlouquece e mata toda a sua família.
¿Você sairia por aí matando seus vizinhos antes que eles enlouqueçam e
resolvam matar sua família?
 
Supondo que sua namorada engravide e vocês ainda não tenham condições de ter
um filho; mas, para não cometer o 'pecado hediondo' do aborto, vocês levam
adiante a gravidez.
 
A criança é criada com toda dificuldade - vocês têm que abrir mão de
estudos, sonhos, etc.
Quando adolescente seu filho se torna um drogado delinqüente - mesmo sendo
criado com todo cuidado e carinho - e rouba, e vende tudo que vocês têm em
casa para sustentar o vício do crack. Num acesso de fúria, durante uma
discussão com a sua esposa e seus pais, ele pega uma arma e mata toda sua
família e depois se mata. Você não está em casa e sobrevive...
Parabéns! Sua defesa intransigente da 'vida' levou à desgraça de sua
família.
 
No seu caso é apenas uma suposição. Mas tenha certeza de que muitas
famílias sofrem pela falta de opção em fazer um aborto...
 
Abaixo está um estudo sobre o assunto:
 
O IMPACTO DO ABORTO SOBRE A CRIMINALIDADE
 
(Resumo de estudos dos economistas John J. Donohue e Steven D. Levitt -
Publicado no Quarterly Journal of Economics, vol. CXVI, em maio de 2001)
 
Oferecemos evidências de que a legalização do aborto contribuiu
significativamente para a recente redução dos índices de criminalidade nos
EUA. A incidência de crimes começou a declinar cerca de dezoito anos após o
aborto se tornar legal em alguns Estados...
 
A conclusão é simples: filhos indesejados geralmente provém de famílias
pobres que têm maiores dificuldades em oferecer boas condições de vida e a
atenção necessária para uma boa educação. Estas dificuldades levam a uma
criação deficiente onde as crianças passam por dificuldades e carência de
atenção e afeto; e, por isso mesmo, apresentam maior predisposição ao
crime...
 
Para finalizar, deixo o texto abaixo:
 
COLOCANDO EM ORDEM AS IDÉIAS SOBRE O ABORTO
 
Depois de discutir este assunto por meses, resolvi fazer aqui uma síntese
das conclusões a que cheguei.
 
Deixando de lado os motivos que uma mulher pode ter para fazer um aborto -
já que estes podem ser muitos e diversos - vamos analisar os motivos para
que a sociedade impeça uma mulher de fazer um aborto e a obrigue a ter um
filho indesejado:
 
O principal argumento levantado contra o aborto é que ele 'mata' um 'ser
humano' 'indefeso'.
 
Esta é uma argumentação puramente apelativa ao sentimentalismo. Como se o
ser humano não 'matasse' milhões de espermatozóides e centenas de óvulos,
que não são fecundados, durante a sua vida - na verdade são suprimidos
naturalmente, assim como a vida de um feto fora do corpo da mãe; como se o
ser humano não 'matasse' quase tudo que ele come; como se a morte não
fizesse parte da vida...
 
O termo 'ser humano' é usado de forma incorreta, porque um feto é um
organismo em formação e está longe de se tornar um ser humano completo; e
muito mais longe ainda de tomar qualquer decisão sobre nascer ou não
nascer - se pudesse optar por nascer, não escolheria uma mãe que não o
desejasse. O nascimento de um filho deve ser uma opção dos pais - mais
especificamente da mãe. Mas, na argumentação contra o aborto, o feto não só
é colocado como 'ser humano', como é endeusado como uma coisa sagrada, que
está acima da vontade da mulher que poderá lhe trazer ao mundo. Esta sim, um
ser humano completo, que deve ter a capacidade de decidir; que tem uma vida
pela frente; e que não pode ser condenada a dedicar esta vida a um filho que
não foi fruto do seu amor, e que poderá se tornar o fruto do seu ódio. É
claro que a mulher - assim como o homem - deve estar preparada para assumir
uma sexualidade responsável; ¿mas por quê teria que pagar tão caro, junto
com um filho que não pediu para nascer, por algum descuido inconseqüente? Já
não bastaria contrariar a sua própria natureza de mãe, se submetendo a um
aborto?
 
A palavra 'indefeso' também é usada de forma puramente apelativa, já que não
é o fato de um ser humano estar indefeso, ou não, que justificaria, ou não,
a sua 'morte' - termo usado erroneamente na argumentação. No entanto o apelo
sentimentalista o faz tão coitadinho que parece exigir da sociedade uma
defesa contra o 'monstro' que é a mulher que quer lhe 'matar cruelmente' -
como se um aborto, feito por profissionais especializados, arrancasse o feto
do útero de qualquer maneira e o matasse a pauladas.
 
Se excluirmos os apelos sentimentalistas, o aborto não passa de uma simples
interrupção de um processo biológico de gestação; muito semelhante ao
obstáculo imposto ao espermatozóide de fecundar o óvulo, quando se usa um
preservativo. E o resultado é exatamente o mesmo. Isto é: não acontece a
gestação de um filho indesejado.
 
Agora vamos fazer uma análise do ponto-de-vista material/espiritual:
Se o feto não tem um espírito (inteligência, aura, alma, ou como quiserem
chamar isso que nos faz pensar) - que o distinguiria dos animais
irracionais - ele se iguala a qualquer feto de qualquer animal; como um ovo
de galinha que compramos no mercado e comemos no almoço.
Se o feto tem um espírito: a interrupção do desenvolvimento do mesmo só o
faria migrar para o próximo óvulo fecundado. Ou seja, ele só seria filho de
uma outra família que o desejasse.
Assim como a morte não atinge quem morre, o aborto também não pode atingir
quem ainda nem nasceu.
Então, não existe nada, do ponto-de-vista material/espiritual, que possa
condenar o aborto como algo errado. A não ser a crença em 'leis divinas'
absurdas (criadas por quem?), que querem nos fazer escravos dos 'deuses' -
mas isso é para quem quer acreditar nelas...
 
CONCLUINDO: não existe nenhuma justificativa plausível que possa impedir uma
mulher de optar pelo aborto; a menos que ela mesma não queira fazê-lo.
 
Está mais do que na hora de colocar esta decisão nas mãos de quem é a mais
interessada e afetada por tal decisão: A MULHER.
 
Enviado por: Celso Afonso Brum Sagastume

E-Mail: celsoabs@plugnet.psi.br

Domingo,16/10/2011 ás 21h:05