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segunda-feira, 3 de julho de 2017

RELATÓRIO FOCUS MOSTRA QUE IPCA PARA 2017 CAIU DE 3,48% PARA 3,46%




Os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para a inflação neste e no próximo ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 3, pelo BC, mostra que a mediana para o IPCA – o índice oficial de inflação – em 2017 foi de 3,48% para 3,46%. Há um mês, estava em 3,90%. Já a projeção para o IPCA de 2018 foi de 4,30% para 4,25%, ante 4,40% de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

Na última quinta-feira, 29, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu as metas de inflação para os anos seguintes. A referência para 2019 será de 4,25%, enquanto a de 2020 será de 4,00%. Nos dois casos a banda de flutuação é de 1,5 ponto porcentual.

No Focus desta segunda-feira entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 seguiu em 3,48%. Para 2018, a estimativa permaneceu em 3,98%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,64% e 4,20%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,37% para 4,46% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,55%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para junho de 2017 seguiu em -0,15%. Um mês antes, estava em +0,20%. No caso de julho, a previsão de inflação do Focus seguiu em +0,18%, ante +0,25% de quatro semanas atrás.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus trouxe mudança na projeção para os preços administrados neste ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 foi de alta de 5,15% para avanço de 5,10%. Para 2018, a mediana seguiu em 4,70%.

Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,50% para os preços administrados em 2017 e elevação de 4,70% em 2018.

Em suas projeções, atualizadas no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC espera alta de 5,9% para os preços administrados em 2017 e avanço de 5,5% em 2018.

Outros Índices

O relatório mostrou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 passou de 0,37% para 0,34% da última semana para esta. Há um mês, estava em 1,52%. Para 2018, a projeção seguiu em 4,50%, mesmo valor de quatro semanas atrás.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência usual para o reajuste dos contratos de aluguel, foi de 0,95% para 0,58% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em 1,50%. No caso de 2018, o índice seguiu em 4,50%, mesmo patamar de um mês atrás.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 passou de 3,53% para 3,42% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 3,68%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe permaneceu em 4,50%, mesmo valor de um mês antes. (AE)

Segunda-feira, 03 de julho, 2017 ás 10hs00

domingo, 2 de julho de 2017

CONGRESSO QUER PROIBIR GOVERNO DE BLOQUEAR RECURSOS DE PASSAPORTE




Diante da crise gerada pela suspensão, pela Polícia Federal (PF), da emissão de passaportes por falta de recursos, o Congresso deverá analisar esta semana a proposta de proibir o governo de bloquear as receitas com as taxas cobradas dos cidadãos que requisitam o documento. “A emissão de passaportes é superavitária”, disse o autor da proposta, deputado Fernando Francischini (SD-PR). Ou seja, as taxas seriam mais do que suficientes para manter o serviço em funcionamento. O problema é que elas foram retidas pelo governo, dentro do programa de ajuste das contas públicas.

Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), o governo recolheu no ano passado R$ 578 milhões com as taxas de R$ 257,25 pagas pelas pessoas que solicitaram o passaporte. Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) levantados pela organização Contas Abertas mostram que, em 2016, os gastos com emissão de passaportes, controle do tráfego internacional e registros de estrangeiros somaram R$ 207 milhões no ano passado. Foram, portanto, bem menores do que a arrecadação das taxas.

Francischini apresentará sua proposta como uma emenda ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018, que tramita no Congresso. Essa emenda deverá ser apoiada pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Dário Berger (PMDB-SC). Aprovada, ela resolverá um problema de falta de recursos que ocorre todo ano, mas que ainda não havia chegado ao ponto de obrigar à suspensão do serviço, segundo explicou.

O deputado é também o relator do Projeto de Lei 08, que eleva o orçamento da PF para emissão de passaportes em R$ 102,4 milhões este ano. Só depois que esse texto for aprovado e sancionado, o serviço poderá ser retomado. Não há previsão de data.

“A minha parte, eu já fiz”, disse Francischini. Ele disse que entregou seu relatório sobre o projeto de lei na noite de sexta-feira, 30, a 15 minutos do encerramento do prazo fixado para que a matéria possa ser votada na CMO na próxima sexta-feira, 7.

Originalmente, o governo havia proposto retirar dinheiro do orçamento da Educação para reforçar as verbas da PF. “Eu disse que, assim, não relataria”, revelou o deputado. Diante da resistência, o governo achou outra fonte de recursos. O dinheiro sairá da previsão de pagamento de taxas à Organização das Nações Unidas (ONU).

Depois de aprovado na CMO, o projeto ainda precisa ser votado em sessão do Congresso Nacional. O problema, explicou o deputado, é que há matérias que precisam ser votadas primeiro. São 20 vetos aplicados pelo presidente Michel Temer, que os parlamentares podem “derrubar”. Por causa da crise política, o governo tem enfrentado dificuldades para votar propostas de seu interesse no Legislativo.

“O que o governo pode fazer é reunir seus líderes, chamar sessão do Congresso e votar até a hora que precisar”, sugeriu Francischini. Restam duas semanas para votar a matéria. Depois, o Legislativo deverá entrar em recesso.

Polêmica. Delegado da PF, o deputado rejeitou a teoria que o órgão estaria sofrendo com falta de recursos como parte de uma pressão do Executivo contra o andamento da Lava Jato. “Não vejo isso”, afirmou, acrescentando que é defensor da operação e não teria problemas em denunciar problemas, caso houvesse. “Foi mesmo um problema técnico. ”

De acordo com informações da área técnica, o dinheiro arrecadado com a taxa de emissão de passaportes vai para a conta única do Tesouro Nacional. Lá, ele tem o mesmo tratamento das demais receitas da União com outros impostos e taxas, e é utilizado para qualquer finalidade do governo. Ou seja, o dinheiro não é “carimbado”, por isso a PF não tem, hoje, autonomia para decidir sobre seu uso. (AE)

Domingo, 02 de julho, 2017 ás 12hs00

sábado, 1 de julho de 2017

SEM RECEITAS, GOVERNO CANCELA REAJUSTE DO BOLSA FAMÍLIA ACIMA DA INFLAÇÃO




Com a frustração de receitas e a dificuldade de cumprir a meta fiscal deste ano, o governo suspendeu o reajuste do Bolsa Família acima da inflação previsto para entrar em vigor em julho. O Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo pagamento do benefício, informou que o Bolsa Família não será reajustado neste momento.

Originalmente, a ideia era dar aumento de 4,6% no benefício, acima da inflação oficial acumulada em 3,6% nos últimos 12 meses. Segundo apurou a reportagem, além da escassez de recursos uma ala do governo considerou que a crise política "esconderia" o anúncio do aumento. A média do Bolsa Família é de R$ 182 por família.

Em maio, o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o reajuste sairia em julho, dentro de um grande pacote de bondades do governo Temer. "Vai ter reajuste em julho acima da inflação. É uma decisão. Tem que ver quanto vai ser a inflação em 12 meses para a gente poder fixar o valor", disse. Na época, o ministro informou que o programa contava com orçamento de R$ 30 bilhões e que a cifra já previa o dinheiro para bancar o reajuste.

A área econômica, no entanto, dissuadiu o presidente a reajustar o benefício em meio às discussões de medidas para conter os gastos e aumentar as receitas, inclusive com a possibilidade cada vez maior de aumento de impostos para cumprir a meta de déficit de R$ 139 bilhões. (AE)

Sábado, 1º de julho, 2017 ás 12hs00