Mensagem

"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

Ja temos 2 membro, seja o terceiro do

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

DESEMBARQUE DO PSDB NÃO AFETA TUCANOS DE SEGUNDO E TERCEIRO ESCALÃO




O anunciado desembarque do PSDB do governo Michel Temer não vai abranger os tucanos em cargos de segundo e terceiro escalões. Entre os quadros que devem ficar na equipe estão a secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães, e o presidente da Petrobrás, Pedro Parente. Se algum ministro tucano permanecer na Esplanada após a convenção do PSDB, em 9 de dezembro, será considerado da “cota pessoal” de Temer e não haverá punições.

“Seria um descalabro pedir para pessoas que estão contribuindo com o País que saiam do governo. Não são só ministros (tucanos), mas dezenas de pessoas em várias áreas. O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, por exemplo, é ligado a nós historicamente”, disse o ex-governador Alberto Goldman, presidente interino do partido.

Quando montou sua equipe após o impeachment de Dilma Rousseff, Temer buscou especialistas com o “DNA” do PSDB para atuar em vários níveis da administração.

Cotada para assumir o Ministério da Educação quando o titular Mendonça Filho (DEM) deixar o cargo para disputar a eleição em Pernambuco, provavelmente no fim de março, Maria Helena também deve ficar com técnicos do PSDB.

Em caráter reservado, muitos tucanos afirmam que só deixarão seus postos se houver uma ruptura entre o PMDB e o PSDB no processo eleitoral do próximo ano. “Se estivéssemos indo para a oposição seria o caso de todos deixarem seus cargos, mas não é”, insistiu Goldman.

O debate sobre a saída do PSDB do governo perdeu força, apesar de um dos candidatos à presidência do partido – o senador Tasso Jereissati (CE) – defender a proposta. O governador de Goiás, Marconi Perillo, também disputará o comando do PSDB, com o apoio do Palácio do Planalto, e é favorável à permanência dos tucanos no Executivo.

Temer nomeou nesta terça (21) o deputado Alexandre Baldy para o Ministério das Cidades. A posse de Baldy, que ganhou o cargo após Bruno Araújo (PSDB) pedir demissão, será realizada às 15h30 desta quarta (22), no Palácio do Planalto. O novo titular das Cidades vai se filiar ao PP, partido que compõe o bloco parlamentar conhecido como Centrão.

Araújo abriu caminho para a reforma ministerial em meio ao racha no PSDB. Ainda na seara tucana também devem sair o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, e a titular dos Direitos Humanos, Luislinda Valois. O chanceler Aloysio Nunes Ferreira ficará na equipe.

“O PSDB vai fazer uma convenção para nos tirar do governo? Não acredito nisso”, disse o ministro das Relações Exteriores, que concorrerá à reeleição ao Senado, em 2018. “O desembarque não pode ser o foco de um partido que já governou o País e tem ambição de voltar a governá-lo.”

Na avaliação de Aloysio, em vez de se pautar por uma disputa de “facções”, o PSDB deveria se debruçar sobre sua plataforma para as eleições. “Vamos romper com o governo, ir para a oposição e fazer aliança com o PT e o PSOL?”, provocou.

Chancela

Apesar de manter pontes com a gestão Temer, o PSDB não vai chancelar qualquer indicação de líderes do partido para assumir novos cargos. “Se existe alguém fazendo sugestões de nomes eu não sei. Mas uma coisa é certa: não faremos institucionalmente indicação ou sugestão de nome para lugar nenhum”, argumentou Goldman.

A Executiva Nacional do PSDB vai se reunir nesta quarta, em Brasília, para discutir a proposta de reforma da Previdência e analisar o cenário político. Embora dirigentes sustentem que os tucanos sempre apoiaram mudanças na aposentadoria, há uma divisão na bancada e o PSDB pode liberar o voto. Tasso Jereissati não comparecerá à reunião. (AE)

Quarta-feira, 22 de novembro, 2017 ás 11hs20

terça-feira, 21 de novembro de 2017

NOVO MINISTRO DAS CIDADES PROMETE REVOGAR ATOS DO ANTECESSOR





Escolhido pelo presidente Michel Temer como novo ministro das Cidades, o deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO) prometeu ao PMDB e a partidos do Centrão (PP, PR e PSD) revogar atos de seu antecessor na pasta, Bruno Araújo (PSDB-PE), após tomar posse, marcada para esta quarta-feira, 22. O primeiro deve ser a portaria que autorizou a contratação de 54.089 novas unidades habitacionais pelo programa Minha Casa Minha Vida, principal vitrine da pasta.

Anunciada em 6 de novembro por Araújo, a contratação beneficia a faixa 1 do programa, que atende famílias mais pobres, com renda mensal de até R$ 1,8 mil. A portaria prevê que as unidades devem ser construídas em 260 municípios em 26 Estados brasileiros, com a expectativa de geração de 140 mil empregos diretos, segundo o ministério. O Acre foi a única unidade da Federação que ficou de fora.

Fiadores da indicação de Baldy, o PMDB e o Centrão pediram ao novo ministro para fazer uma nova distribuição “mais igualitária” das unidades que serão construídas. O argumento é de que os Estados mais beneficiados pela decisão de Araújo foram aqueles governados por tucanos ou por governadores de partidos da oposição ao governo Temer.

Segundo o ministério, o Estado mais contemplado foi São Paulo (15.165 unidades), administrado por Geraldo Alckmin (PSDB). Logo em seguida aparecem Minas (7.046 unidades), governado por Fernando Pimentel (PT); Paraná (3.331 unidades), governado por Beto Richa (PSDB); e Ceará (2.735 unidades), cujo governador é Camilo Santana (PT).

A portaria pode ser revogada porque as empresas que vão construir as unidades ainda não assinaram contrato. A partir do anúncio, elas tinham até 30 dias para comprovar qualificação e outros três meses para apresentar anteprojeto e estudo de viabilidade do empreendimento. Procurado, Araújo não respondeu. Já o Ministério das Cidades informou que a distribuição dos municípios beneficiados seguiu “critérios técnicos”.

Megaprojeto

Baldy também prometeu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), de quem é aliado, atuar para destravar um megaprojeto para a construção de uma linha ferroviária entre Goiânia e Brasília para cargas e passageiros, apelidado de TransPequi. O projeto se arrasta há mais de dez anos e foi retomado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Baldy vinha acompanhando o desenrolar das discussões com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, buscando fontes de financiamento e investidores internacionais interessados na obra. Uma série de autorizações para o projeto passa pela pasta que ele comandará. Além disso, como vice-presidente do conselho que gere o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o ministro pode atuar para destinar parte dos recursos para a obra.

Nesta segunda-feira, 20, Temer passou o dia em conversas para definir outras mudanças em ministérios do PSDB, entre elas com o tucano Aloysio Nunes, à frente das Relações Exteriores, que deve ficar no governo. (AE)

Terça-feira, 21 de novembro, 2017 ás 17hs58