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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Para evitar palanque duplo, PSDB avalia filiar márcio França à legenda


Porto seguro do PSDB nas eleições presidenciais, o colégio eleitoral paulista é hoje motivo de grande preocupação para os tucanos, em especial para o governador do Estado, Geraldo Alckmin. Pré-candidato ao Planalto, Alckmin ainda não conseguiu unir o partido em torno de um palanque forte para sua sucessão no Palácio dos Bandeirantes. Encerrado o carnaval, os próximos dias serão decisivos em busca de uma solução para o impasse. Entre as opções à mesa, está até a filiação do atual vice-governador, Márcio França (PSB), ao PSDB.
Além de França, o Palácio dos Bandeirantes tem como postulantes à candidatura governista o prefeito de São Paulo, João Doria, o secretário Floriano Pesaro, o cientista político Luiz Felipe D’Ávila e o ex-senador José Aníbal, todos do PSDB. Há ainda a pressão do Planalto para que Alckmin apoie Paulo Skaf, do MDB, em troca da força do Planalto na eleição nacional.

Se não encontrar uma saída que mantenha o PSDB unido, Alckmin corre o risco de sair enfraquecido na disputa nacional e também de deixar o PSDB desguarnecido em sua principal cidadela, o Estado de São Paulo, essencial para a sobrevivência do partido desde 1995, quando Mario Covas (1930-2001) assumiu o governo.

O perigo aumentou na semana anterior ao carnaval com a aproximação de França, pré-candidato ao governo, de partidos considerados de centro-esquerda, como o PC do B e o PDT, hoje fora da órbita tucana.

França tem conversado com Orlando Silva, presidente do PC do B paulista, e com Carlos Lupi, do PDT nacional. Os dois partidos admitem apoiar França, mas só se o PSDB estiver fora. No âmbito da eleição nacional, por esse arranjo, o vice-governador teria que abrir o palanque em São Paulo para os presidenciáveis Manuela D’Ávila (PC do B) e Ciro Gomes (PDT), além de Alckmin.

Para o secretário de Desenvolvimento Social Floriano Pesaro, do PSDB, seria muito ruim perder França para uma articulação de esquerda: “Fragilizaria a candidatura do Geraldo”.

Por conta disso, a possibilidade de França trocar o PSB pelo PSDB para concorrer à reeleição, já que ele deve assumir o governo de São Paulo a partir de abril, quando Alckmin tem de se desincompatibilizar, ganhou força recentemente.

Quadro. Assessores próximos a Alckmin avaliam que a mudança seria o melhor cenário para o governador. Aliados do tucano resistem ao nome de Doria, que é classificado por eles como “inquieto, impulsivo e imprevisível”, mas reconhecem que a candidatura do prefeito ganhou força nas últimas semanas após o vice-prefeito, Bruno Covas, assumir papel central nas negociações.

Na segunda-feira, o PSDB realiza uma reunião para definir as prévias locais. O encontro é visto como o dia D para definir os rumos do partido. Doria quer que a disputa seja feita em abril, antes do fim do prazo para a desincompatibilização. Os adversários internos preferem maio.

Apoio. A opção de abrir mão da candidatura para apoiar França pelo PSB, ventilada por aliados do governador, enfraqueceu nos últimos dias. A reação interna no PSDB foi acima do esperado. A avaliação é que a medida “causaria um estrago muito grande”. Mas o cenário não foi totalmente descartado e pode voltar ao tabuleiro eleitoral se o PSB sinalizar apoio a Alckmin nacionalmente.

A movimentação, contudo, encontra resistência dentro do PSB. Há forte resistência ao nome de Alckmin nos diretórios de Pernambuco e Rio Grande do Sul. “Está difícil para ele (França) trazer o PSB nacional para o Geraldo”, avaliou um aliado do governador. “Sem apoio do PSB nacional, perde-se a narrativa de abrir mão da cabeça de chapa”, sentenciou.

Caso a aliança com França não avance, a saída seria apoiar Doria, avalia um alckmista: “Em último caso, o governador aceitará Doria para evitar um desgaste maior em São Paulo”. “O governador não está completamente convencido que a opção Doria seja ruim”, disse um assessor do tucano, quando questionado sobre a opção. (AE)


Quarta-feira, 14 de fevereiro, 2018 ás 07hs00

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

'Oposição não existe para derrubar o governo', diz temer


O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira, em Boa Vista (RR), que oposição não deve existir para derrubar governos. Em discurso durante reunião para discutir soluções para o problema da entrada de venezuelanos no Estado de Roraima, ele afirmou que a função dos opositores deve ser ajudar os governantes a "acertar o rumo".

"É importante a oposição, porque ela ajuda a governar. Oposição não existe para derrubar o governo", declarou Temer. De acordo com ele, em geral, a ideia de oposição que se tem é política, e não jurídica. O presidente afirmou que a oposição serve para criticar as "demasias" de um governo, para que o "sujeito que está no governo vá olhar aquilo e acertar o rumo".

Temer ressaltou a união de políticos da oposição em Roraima para encontrar soluções para o problema dos venezuelanos. E usou a declaração para dizer que sua ida ao Estado não teve motivações políticas. "Tenho mostrado ao longo desse um ano e seis meses que não tenho nenhuma preocupação politiqueira", declarou, ressaltando que, se tivesse, não teria tomado "medidas radicais", como o teto dos gastos públicos e as reformas do ensino médio e trabalhista.

O presidente citou também a reforma da Previdência, que está em tramitação no Congresso Nacional. Ele afirmou que a proposta não terá resultado para seu governo e visa impedir que haja uma grave crise no Estado, com corte de aposentadorias e salários de servidores. Segundo ele, as mudanças nas regras de aposentadoria são uma questão de Estado, e não de governo.

Em seu discurso, Temer fez ainda questão de ressaltar que os milhares de venezuelanos que estão entrando no Brasil e recebendo carteiras de identidade provisórias não terão direito de votar nas eleições de outubro. Só terão, disse, caso se naturalizem como brasileiros. (AE)


Terça-feira, 13 de fevereiro, 2018 ás 10hs30

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Um descaso monumental


Uma combinação de negligência e omissão das autoridades leva ao desabamento de um viaduto numa das principais vias de Brasília. Se nada for feito, o pior ainda pode estar por vir: outras áreas da capital federal estão condenadas

A queda de um viaduto na Galeria dos Estados, numa das áreas mais movimentadas de Brasília, seguiu o roteiro perfeito de uma tragédia anunciada. Foram pelo menos sete alertas de especialistas, desde 2009, sobre a necessidade de reparos urgentes na estrutura do viaduto que cedeu na terça-feira (6/02). Um relatório concluído em 2012 pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TC-DF) apontou os riscos da estrutura precária do viaduto. O alarme, no entanto, foi sucessivamente ignorado pelas autoridades do DF. Nada foi feito. Infiltrações, vibrações e rachaduras visíveis – tudo passou incólume pelo governo, como se fossem problemas triviais incapazes de afetar alguém.

 A tragédia só não foi maior por um capricho do destino: apesar dos quatro carros esmagados, além de um restaurante atingido pelo asfalto que cedeu, o desabamento não fez vítimas – os 20 minutos que faltavam para o horário do almoço, em geral de pico, foram suficientes para deixar completamente vazio o local destroçado, como se uma força superior tivesse afastado os transeuntes com a mão. Um verdadeiro milagre.

O inconcebível é viver numa capital condenada a ficar a mercê de milagres por omissão e negligência do poder público, comandado por servidores públicos sustentados com dinheiro público. A Defesa Civil não descarta novos desabamentos, e por isso, o local foi completamente isolado. Parte do Eixão Sul, principal via da cidade que liga as regiões norte e sul, ficará interditado pelo menos até o próximo dia 19. Para tentar correr atrás do prejuízo, que só não foi maior por obra e graça do acaso, os órgãos responsáveis estão elaborando um plano emergencial para a recuperação da estrutura danificada. “O DER, a Novacap e a Secretaria de Infraestrutura vão atuar juntos. Vamos fazer um escoramento desse viaduto e uma análise criteriosa da estrutura”, informou o diretor-geral do DER, Henrique Luduvice. Como em casos dessa natureza, as autoridades correm atrás do próprio rabo, na vã tentativa de remediar o desastre. (IstoE)

Segunda-feira, 12 de fevereiro, 2018 ás 11 hs00