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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Rosa Weber votou como se fosse um robô, sem raciocinar sobre o estrago que fará



Rosa Weber entra para História como a Viúva Porcina dos tribunais, “aquela que foi sem ter sido”, na definição genial de Dias Gomes. Seu voto no mais importante, imoral e antidemocrático julgamento da História do Supremo, nesta quinta-feira, foi tipo robotizado. Nenhuma criatividade, nenhum brilho, nenhuma demonstração de conhecimento jurídico. Votou mecanicamente e ainda desdenhou da possibilidade de muitos milhares de presos (ela disse “milhões”, ironizando) ganharem direito à liberdade.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), seriam beneficiados apenas 4.895 presos. Não se sabem onde descobriram este número nem se nele incluíram apenados como Sergio Cabral. José Dirceu ou Eduardo Cunha. Mas há controvérsias.

NÚMERO INDETERMINADO – Segundo o ministro Dias Toffoli, que preside o CNJ, na verdade seriam 196 mil. Foi este número que Toffoli anunciou em dezembro de 2018, quando deu a louca em Marco Aurélio Mello e o ministro alagoano mandou soltar todos os presos ainda não condenados em terceira e quarta instâncias (STJ e STF).

Mas há duas semanas a assessoria de imprensa do STF tentou confortar os brasileiros argumentando que o fim do encarceramento em segundo grau vai tirar da cadeia apenas 85 mil criminosos, e não 169 mil.

A ministra Rosa Weber, do alto de sua sabedoria, não está nem aí para essa questão. Somente se interessa pelo cumprimento estrito da Constituição, mas citou apenas um inciso, esquecendo os outros constitucionais que têm sentido diverso.

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA – A ministra dedicou a maior parte de seu voto robotizado à presunção de inocência. Se tivesse “notório saber”, como exige o cargo, Rosa Weber teria conhecimento de que é patética e ridícula sua justificativa de suposta “presunção de inocência” dos réus. Mal informada, disse também que “a maioria” dos recursos às instâncias superiores não tem acolhimento. Mas não se trata de “maioria”.

Seu argumento chega a ser indecoroso, porque as estatísticas do Conselho Nacional de Justiça indicam exatamente o contrário. Dos recursos apresentados ao Superior Tribunal de Justiça após condenação em segunda instância, menos de 1% são acolhidos, beneficiando os réus. Para ser mais exato, deve-se frisar que apenas 0,6% são inocentados pelo STJ. Porém, muitos deles nem podem ser considerados inocentes, porque geralmente o julgamento anterior é anulado por falhas processuais.

Os outros 99,4% dos réus têm a condenação confirmada pelo STJ, demonstrando que após a segunda instância não há mais “presunção de inocência”, mas “certeza de culpa”.

DECISÃO IMORAL – Mas a ministra Rosa Weber não se interessa por esse tipo de detalhes. Com seu voto, ela vai permitir que o Supremo Tribunal Federal tome a decisão mais importante, imoral e antidemocrática da História Republicana.

O resultado deve ser considerado importante, devido ao grande número de presos que ganham direito de liberdade; ao mesmo tempo, é imoral, porque visa exclusivamente a preservar a impunidade de políticos corruptos e seus corruptores; e deve também ser tido como antidemocrático, porque confirma a existência de um pacto entre os Três Poderes, que inclui não somente a liberdade de criminosos de elite, mas também o favorecimento de dois filhos do presidente da República – Flávio e Carlos Bolsonaro–, ambos já flagrados em lavagem de dinheiro, com abundância de provas.

(Carlos Newton/Tribuna da internet)

Sexta-feira, 25 de outubro ás 11:00

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Caixa adotará crédito habitacional pré-fixado em 2020, diz presidente


O presidente da Caixa, Pedro Duarte Guimarães, na quarta-feira (23/10) que o banco vai adotar crédito habitacional pré-fixado, com taxa fixa, a partir de 2020. Guimarães fez uma palestra nesta quarta-feira na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.

“Até junho do ano que vem queremos lançar o crédito imobiliário sem IPCA e sem TR. Ou seja, sem nenhum tipo de correção. E isto é importante, porque é o natural no resto do mundo. Quando você lança este tipo de financiamento é o mais fácil para poder securitizar e o mais fácil de poder, como cliente, comparar. Quando você tem uma taxa fixa, é muito mais claro para a sociedade e a minha impressão é que os demais bancos virão também [para este sistema]”, disse o presidente da Caixa.

Para Guimarães, o momento econômico do país é propício a quem deseja adquirir uma casa própria. “É um bom momento [para comprar imóveis], porque você tem redução de taxa de juros. Nós estamos já retomando [o crescimento], os indicadores todos dizem, e quando você tem uma economia mais aquecida, o preço do imóvel sobe muito. Então, este é o momento em que você tem crédito imobiliário e o preço dos imóveis ainda não reagiu”, disse.

Salão do Imóvel

Para o presidente do banco, as feiras regionais são uma boa oportunidade para se adquirir um imóvel. “A Caixa é o banco de todos os brasileiros. É o banco da habitação. A participação de feiras em todo o Brasil proporciona um ambiente de concretização de negócios no setor da construção civil, contribuindo para o desenvolvimento da economia e facilitando a realização da compra da casa própria”, disse ele.

No Rio, o Salão do Imóvel ocorrerá de sexta-feira (25) a domingo (27), no estacionamento do Shopping Nova América, na zona norte. O atendimento será das 14h às 20h, na sexta-feira; das 10h às 20h, no sábado, e das 10h às 19h, no domingo.

O banco estará presente nos eventos ofertando linhas de crédito com taxas efetivas a partir de 7,50% ao ano, mais TR, ou a partir de 2,95% ao ano, mais IPCA. Também será ofertada a cota de 90% para repasse de unidades financiadas pela Caixa.

A Caixa, com o apoio dos corretores credenciados, atenderá os clientes interessados nos imóveis de propriedade do banco. Serão disponibilizados imóveis nas modalidades de leilão, disputa aberta, disputa fechada e venda online, com possibilidade de compra de imóveis com preços e condições especiais em diversas cidades.



Municípios atendidos

Guimarães disse que, em 2020, a Caixa estará presente em todos os municípios brasileiros. “Nós estamos em 5.415 municípios e vamos chegar aos 5.570 até o ano que vem. Com lotéricas, correspondentes bancários e eventualmente com agências”.

Segundo o presidente, uma das novidades será a utilização de pagamentos com cartões de crédito nas agências, por meio de um produto que será anunciado em breve. (ABr)

Quinta-feira, 24 de outubro ás 00:05

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Senado aprova texto-base da reforma da Previdência em segundo turno



Após pouco mais de três horas de discussão, o Plenário do Senado aprovou o texto-base da reforma da Previdência em segundo turno. Às 19h22, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), proclamou o resultado. A proposta de emenda à Constituição (PEC) foi aprovada por 60 votos contra 19.

“O Senado enfrentou neste ano uma das matérias mais difíceis para a nação brasileira”, disse Alcolumbre ao encerrar a votação. “Todos os senadores e senadoras se envolveram pessoalmente nas discussões e aperfeiçoaram esta matéria, corrigindo alguns equívocos e fazendo justiça social com quem mais precisa. ”

O texto necessitava de 49 votos para ser aprovado, o equivalente a três quintos do Senado mais um parlamentar. Agora, os senadores começam a votar os quatro destaques apresentados por quatro legendas: Pros, PT, PDT e Rede.

Destaques

O primeiro destaque, do senador Weverton (PDT-MA), pretende suprimir as regras de transição da reforma. De autoria do senador Telmário Mota (PROS-RR), o segundo destaque permite a votação em separado da conversão de tempo especial em comum ao segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que comprovar tempo de serviço por insalubridade.

O terceiro destaque, do senador Humberto Costa (PT-PE), trata da aposentadoria especial para o trabalhador exposto a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos. O parlamentar quer votar em separado a expressão “enquadramento por periculosidade”. Originalmente, havia dúvidas se a emenda de redação do PT alteraria o texto e obrigaria o retorno da PEC à Câmara. No entanto, um acordo de procedimentos dos senadores levou o destaque ao Plenário.

O último destaque apresentado, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), permite a votação em separado das idades mínimas de aposentadoria especial dos trabalhadores expostos a agentes nocivos.

Antes de iniciar a votação do texto-base, o Plenário rejeitou, por votação simbólica, dois destaques individuais. Somente os destaques de bancada serão apreciados.

No segundo turno, somente podem ser votados trechos em separado do texto aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, emendas de redação, que esclarecem pontos do texto, ou supressivas, que retiram pontos do texto. Em seguida, a reforma poderá ser promulgada e entrar em vigor.

A promulgação da reforma da Previdência depende de convocação de sessão conjunta do Congresso Nacional. Originalmente, a promulgação poderia ocorrer a qualquer momento após a aprovação em segundo turno pelo Senado. No entanto, para promulgar a PEC, Alcolumbre deve esperar o retorno do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está em viagem ao Reino Unido e à Irlanda, e também do presidente Jair Bolsonaro, que está na Ásia. (ABr)

Terça-feira, 22 de outubro ás 19:34