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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Senador Cid Gomes leva tiro, ao tentar furar motim de PMs com escavadeira



Em uma tentativa de dar fim ao motim de policiais encapuzados que sequestraram viaturas e fecharam o comércio de Sobral (SE), o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi atingido por um disparo de arma de fogo, na tarde de quarta-feira (19/02). O político pilotava uma retroescavadeira e tentava furar um bloqueio feito diante de uma área militar.

“Mataram o Cid!”, chegou a gritar um dos manifestantes contrários ao motim, após o senador ser atingido por um dos cinco disparos feitos na direção do veículo pilotado por Cid Gomes.

O senador foi fotografado sangrando na cabeça, ao ficar ferido por estilhaços dos vidros do trator, também atingido por pedradas. A assessoria do político chegou a afirmar que Cid Gomes foi atingido por uma bala de borracha. Mas já confirmou que ele foi baleado no peito, por arma de fogo, e foi encaminhado ao Hospital do Coração de Sobral, onde está sendo estabilizado.

Pelas imagens que flagraram o socorro ao senador, é possível ver que o tiro perfurou o peito de Cid Gomes, numa região mais próxima ao seu ombro esquerdo, mais distante do coração.

Cid Gomes está licenciado e organizou o protesto contra um grupo de policiais militares que tenta impedir o trabalho da PM, em seu reduto político. A manifestação cobra reajuste salarial.

Nesta quarta-feira, policiais secaram pneus de carros da polícia para impedir que os agentes de segurança atuem nas ruas. E manifestantes encapuzados utilizaram viaturas para ordenar que comerciantes do Centro de Sobral baixassem as portas. A ordem foi atendida por cerca de 15 minutos, até a Polícia Civil e a Guarda Municipal.

“Um prato cheio para rede globo botar a culpa no governo federal e os irmãos Ciro e Cid fazerem politicagem com o assunto”

 (Com o Diário do Poder)

Quarta-feira, 19 de fevereiro, 2020 ás 19:00

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Justiça marca para esta quarta-feira o depoimento de Lula na Operação Zelotes


A Justiça Federal de Brasília agendou para esta quarta-feira (19/2), depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo relacionado à MP 471. Na ação, Lula é acusado de editar a medida provisória para beneficiar montadoras.  A medida prorrogou, por cinco anos, benefícios fiscais concedidos as empresas do setor.

De acordo com a denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), o petista prorrogou benefícios fiscais para montadoras em troca de propina.

A Justiça entendeu que as alegações do MPF contêm provas suficientes para embasar processo contra o petista. “Está demonstrada até agora a plausibilidade das alegações contidas na denúncia em face da circunstanciada exposição dos fatos tidos por criminosos e as descrições das condutas em correspondência aos documentos constantes do inquérito policial, havendo prova da materialidade e indícios da autoria delitiva”, disse o juiz Vallisney Oliveira, responsável pelo caso em primeira instância.

O MPF afirma que ao todo, as montadoras pagaram R$ 12 milhões aos envolvidos no esquema. Além de Lula, também é acusado no mesmo processo o ex-ministro Gilberto Carvalho, que era chefe de gabinete do ex-presidente.

“Porém, sozinho, Gilberto jamais teria poder decidir pela edição da MP. (…) Somente o presidente Lula poderia levar a cabo uma medida provisória daquela grandeza”, afirmam os procuradores do Ministério Público na ação.

O depoimento será presencial, no prédio da Justiça Federal, na W3 Norte. O depoimento deveria ter ocorrido na semana passada, mas foi adiado a pedido de Lula, que se encontrou na data com o Papa Francisco, no Vaticano.

Também está arrolado como réu na Operação Zelotes o filho caçula do ex-presidente, Luís Cláudio Lula da Silva. Eles são acusados de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa no processo que apura diversas irregularidades, inclusive na compra de caças suecos.

(Correio Braziliense)

Terça-feira, 18 de fevereiro, 2020 ás 18:00

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Para Moro, Justiça pode ordenar que empresa estrangeira forneça dados



O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu segunda-feira (10/02), em audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), que os juízes brasileiros têm o poder de ordenar que empresas de internet com sede no exterior, mas que tenham filiais no Brasil, forneçam dados para auxiliar em investigações criminais.

"Não vejo nenhuma razão para que as cortes brasileiras abdiquem de sua soberania, de sua jurisdição sobre crimes praticados no Brasil, e de um instrumento que tem funcionado no Brasil relativamente bem”, disse Moro, em referência ao artigo 11 do Marco Civil da Internet, que prevê a aplicação da legislação brasileira quando a empresa possuir filial no país ou ofereça seus serviços ao público brasileiro.

O tema é discutido nesta segunda-feira (10/02) em uma audiência pública convocada pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que é relator de uma ação declaratória de constitucionalidade (ADC) sobre o controle de dados na internet.

Na ação, a Federação das Associações das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro - Nacional), que representa interesses de filiais brasileiras de empresas como Facebook, busca que seja considerado constitucional o tratado de assistência jurídica mútua (MLAT, na sigla em inglês) entre o Brasil e os Estados Unidos. O acordo prevê uma série de trâmites para a requisição de informações entre os dois países.

Para a Assespro, a Justiça brasileira não poderia requisitar dados que se encontram nos EUA diretamente a filiais de empresas norte-americanas no Brasil, mas somente por intermédio dos procedimentos previstos no MLAT, caso contrário o tratado estaria sendo descumprido.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, porém, alega que o MLAT é apenas um dos caminhos para a obtenção dos dados, sendo outro, por exemplo, o artigo 11 do Marco Civil da Internet, por meio do qual juízes têm determinado o fornecimento dos dados diretamente às filiais de provedoras de serviços de internet.

“Não há desrespeito algum do tratado”, afirmou Moro ao defender a solicitação direta dos dados às empresas. Ele destacou que nenhum representante dos EUA reclamou sobre o descumprimento do MLAT até o momento, sendo essa uma alegação das empresas interessadas.

Na visão de Moro, “o tratado foi feito para a facilitação da obtenção da prova, e não aqui para que ele seja invocado como instrumento dificultador da obtenção de qualquer espécie de cooperação ou de prova”. Também falaram a favor de que juízes possam solicitar os dados diretamente às empresas representantes do Ministério Público e da Polícia Federal.

“É inconcebível para uma investigação a obtenção de dados telemáticos em uma média de dez meses”, disse o delegado federal Isalino Giacomet Júnior, referindo-se ao tempo médio de resposta para requisição de dados via MLAT. Ele destacou ainda que 74% das solicitações não são atendidas, segundo registros do governo brasileiro.

Por outro lado, a defesa da Assespro, feita pelos ministros aposentados do Supremo Ayres Britto e Francisco Rezek, alegam não ser possível à Justiça requisitar dados que as filiais brasileiras sequer possuem, sendo a atitude inócua, além de descumprir o MLAT.

“Falam em alternativas ao MLAT. Alternativa seria essa atitude escoteira a absolutamente arbitrária de juízes que punem empresas brasileiras por não fornecerem dados de que elas não dispõem”, disse Rezek.

O assunto polêmico não tem previsão para ser julgado pelo Supremo. “A territorialidade dos dados representa um importante desafio à efetividade da aplicação da lei em uma perspectiva transnacional, que tem dado ensejo a batalhas judiciais entre provedores de acesso à internet e o poder Judiciário nacional”, destacou Gilmar Mendes durante a audiência.

A indefinição do tema dá espaço a decisões que levam, por exemplo, à interrupção de serviços de internet e a sanções contra executivos. Em 2016, um juiz da comarca de Lagarto, em Sergipe, chegou a determinar a prisão do vice-presidente do Facebook para a América Latina, após a empresa não ter fornecido dados para a produção de provas numa investigação criminal. (ABr)

Segunda-feira, 10 de fevereiro, 2020 ás 18:00