A
Justiça Federal de Brasília agendou para esta quarta-feira (19/2), depoimento
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo relacionado à MP 471. Na
ação, Lula é acusado de editar a medida provisória para beneficiar
montadoras. A medida prorrogou, por
cinco anos, benefícios fiscais concedidos as empresas do setor.
De
acordo com a denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), o
petista prorrogou benefícios fiscais para montadoras em troca de propina.
A
Justiça entendeu que as alegações do MPF contêm provas suficientes para embasar
processo contra o petista. “Está demonstrada até agora a plausibilidade das
alegações contidas na denúncia em face da circunstanciada exposição dos fatos
tidos por criminosos e as descrições das condutas em correspondência aos
documentos constantes do inquérito policial, havendo prova da materialidade e
indícios da autoria delitiva”, disse o juiz Vallisney Oliveira, responsável
pelo caso em primeira instância.
O
MPF afirma que ao todo, as montadoras pagaram R$ 12 milhões aos envolvidos no
esquema. Além de Lula, também é acusado no mesmo processo o ex-ministro
Gilberto Carvalho, que era chefe de gabinete do ex-presidente.
“Porém,
sozinho, Gilberto jamais teria poder decidir pela edição da MP. (…) Somente o
presidente Lula poderia levar a cabo uma medida provisória daquela grandeza”,
afirmam os procuradores do Ministério Público na ação.
O
depoimento será presencial, no prédio da Justiça Federal, na W3 Norte. O
depoimento deveria ter ocorrido na semana passada, mas foi adiado a pedido de
Lula, que se encontrou na data com o Papa Francisco, no Vaticano.
Também
está arrolado como réu na Operação Zelotes o filho caçula do ex-presidente,
Luís Cláudio Lula da Silva. Eles são acusados de tráfico de influência, lavagem
de dinheiro e organização criminosa no processo que apura diversas
irregularidades, inclusive na compra de caças suecos.
(Correio
Braziliense)
Terça-feira,
18 de fevereiro, 2020 ás 18:00
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