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sexta-feira, 19 de março de 2021

FALTAM REMÉDIOS PARA COVID-19 EM 18 ESTADOS

Onze medicamentos - de analgésicos e bloqueadores neuromusculares - podem faltar em até dez dias no País, provocando, segundo o Fórum Nacional de Governadores, “um colapso dentro do colapso” que vive a saúde pública do Brasil em razão da pandemia de covid-19. De acordo com documento do fórum, já são 18 os Estados que relatam a escassez, por exemplo, de bloqueadores neuromusculares, usados para a intubação de pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

 

O alerta foi feito em dois ofícios enviados nessa quinta-feira, 18, pelo fórum ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que deve deixar oficialmente cargo ainda nesta sexta-feira. Os documentos têm como título "Irregularidades na cadeia de suprimento dos medicamentos utilizados para IOT Covid-19". IOT é a intubação orotraqueal, necessária para os pacientes graves com a doença.

 

De acordo com o documento, desde maio de 2020, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) acompanha com as secretarias estaduais de Saúde e em apoio ao Ministério da Saúde, e monitora o abastecimento de medicamentos integrantes do chamado “kit intubação”. Os governadores prosseguem afirmando que diante do “grave crescimento do número de casos da doença registrados nas últimas semanas, faz-se necessário reiterar a preocupação relatada pelo referido Conselho, em diversas oportunidades, no gabinete de crise do Ministério da Saúde, sobre irregularidades no abastecimento do SUS com medicamentos bloqueadores neuromusculares, anestésicos e sedativos, utilizados na indução e manutenção de tratamento, por meio de Intubação Orotraqueal”.

 

Os governadores temem que a falta de ação do ministério reproduza em escala nacional o desastre registrado em Manaus, quando, apesar de alertado sobre a iminente falta de oxigênio, o governo federal teria se omitido em vez de impedir que pacientes morressem sufocados no País. A divulgação dos ofícios serviria como prova de que os governadores pediram socorro antes da catástrofe. Nesta quinta-feira, em sua live, o presidente Bolsonaro mais uma vez pôs em dúvida o número de mortos por covid-19 no País e defendeu tratamentos “alternativos” para pacientes graves.

 

“'São 18 Estados com escassez de bloqueadores neuromusculares. Mandamos ofício para o ministro da Saúde e para o presidente Jair Bolsonaro pedindo que o Ministério da Saúde faça as compras e distribua para os Estados e municípios para evitar a falta de 11 medicamentos para que a gente não tenha um colapso dentro do colapso hospitalar", afirmou o governador do Piauí Wellington Dias (PT). Assinam o documento 13 governadores de todas as regiões do País, entre os quais o do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) e Mauro Mendes (DEM), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e Waldez Góes (PDT), do Amapá.

 

O documento diz que ao menos 11 medicamentos estão em falta ou em baixa cobertura (entre 0-20 dias) em mais de dez Estados; notadamente, sendo que a situação dos bloqueadores neuromusculares é a mais grave, pois eles estão “estão em falta ou em baixa cobertura (entre 0-20 dias) em pelo menos 18 estados”. Diante da situação, os governadores pedem que sejam feitas compras emergenciais de forma intensiva e contínua pelo período mínimo de 60 dias, “levando-se em consideração quantidades suficientes para distribuição a todas as Unidades Federativas de forma linear”. Eles ainda sugerem que sejam feitas compras internacionais com o uso da Força Aérea Brasileira para trazer os medicamentos para o País.

 

Querem ainda redução do preço dos medicamentos, que sofreram um aumento de 75% na crise. Por fim, pedem o adiamento de todas as cirurgias eletivas no País por um prazo de 60 dias como norma para o País todo no setor público de saúde e no privado, “bem como a retomada do pagamento, na integralidade, aos prestadores de serviço (não mediante desconto de metas, sem cobertura desde janeiro)." Os documentos foram enviados na noite de quinta pelo Fórum ao governo federal. Até agora não obtiveram resposta.

*Estadão

Sexta-feira,19 de março, 2021 ás 12:00


 

quinta-feira, 18 de março de 2021

“FUI MANDANDO EMBORA POIS ACHO QUE ESTAVA TRABALHANDO DEMAIS”, AFIRMA JOSIAS FERNANDES

 

O gestor acusa o secretário de saúde, Rui Borges, de ingerência, fala das péssimas condições da unidade de saúde e do empenho dos servidores

 

O ex-diretor do Hospital Municipal Bom Jesus, em Águas Lindas, Josias Fernandes, fez uma live para esclarecer os reais motivos de sua saída e afirma ter sido exonerado “pois acho que estava trabalhando demais”. O gestor acusa o secretário de saúde, Rui Borges, de ingerência, fala das péssimas condições da unidade de saúde e do empenho dos servidores. De acordo com Josias, faltava praticamente tudo: soro, luvas, máscaras e medicamentos.

 

“Encontrei um ambiente sujo, abandonado, largado e com servidores desmotivados, pois carregavam e carregam o hospital sozinhos, sem apoio do poder público. Eu caí para a linha de frente com os servidores. O que eu percebi é que os gestores não querem ninguém que trabalhe, eles querem alguém que fique sentado atrás da mesa, vendo a banda passar. O hospital tinha diretores de enfeite”, revelou.

 

Como tentativa de suprir parte das carências, além dos pedidos enviados ao prefeito e ao secretário, buscou parcerias e doações com prefeituras de municípios vizinhos. “Corri ao longo de dois meses atrás da doação e aquisição de insumos para que o hospital não parece de funcionar. Por vezes, saí da minha casa às 10 horas para ir atrás de soro, após receber ligação dos médicos, enfermeiros e técnicos, que diziam não ter condições de trabalhar. Profissionais sem valorização, que tiravam dinheiro do bolso para comprar luvas e máscaras”, ressaltou.

 

Segundo Josias, o descaso ficava ainda mais evidente quando se deparava com a falta de alimentação, tanto para os pacientes, quanto para os profissionais. “Via eles comendo arroz e feijão, por falta de uma refeição digna. Era fornecida uma comida da pior qualidade para os profissionais e para os pacientes. Técnicos que ganham R$ 1.100 reais e tem que tirar dinheiro do bolso para comprar proteína para os pacientes”, relatou.

 

Entre as acusações mais graves do ex-diretor do Hospital Bom Jesus estão a de ingerência por parte do secretário, que acataria ordens da irmã de um secretário da atual gestão e da esposa de um ex-vereador. “O que eu sinto, dentro da secretaria de saúde, é que o secretário está perdido. Lá quem manda é a irmã de um ex-vereador, que agora é secretário, e a esposa de um suplente de um vereador. O secretário só assina o que elas colocam no papel”, denunciou.

Na live, ainda destacou que a situação se agravou após a unidade ser referenciada para a COVID. Motivo pelo qual cobrou a aquisição de respiradores e de insumos ao secretário de saúde. De acordo com Josias, a gestão anterior deixou a pasta com oito milhões em recursos, sendo dois milhões exclusivos para o combate à pandemia. “O secretário não queria fazer compras emergenciais alegando medo de usar seu CPF. Em janeiro poderíamos ter comprado pelo menos dez respiradores e equipado o Hospital Municipal Bom Jesus. Eu imaginava que teríamos uma farmácia abarrotada de medicamentos”, denunciou.

 

Josias elogiou a atuação dos servidores e ressaltou a confiança no prefeito, um médico que sempre defendeu a humanização da saúde. Quanto a gestão da saúde, destacou esperar por ajustes. “Eu espero que o Dr. Lucas chame ele para conversar e alinhe o trabalho, porque ficou dinheiro público do ano passado para cá. E dinheiro público não é para ser economizado, é para ser investido, principalmente o dinheiro da saúde. Investido com responsabilidade! Na saúde a gente não faz economia não”.

 

De acordo com o ex-diretor, o prefeito não havia sido comunicado de sua exoneração e o chamou para conversar em sua casa. O chefe do Executivo na cidade destacou que deu autonomia ao secretário, por isso não interviria na situação, mas que buscaria uma colocação para Josias, tendo em vista tratar-se de um excelente gestor.

Por: Equipe OEDF em Águas Lindas

Quinta-feira,18 de março, 2021 ás 13:19


 

quarta-feira, 17 de março de 2021

FIOCRUZ ENTREGA VACINAS CONTRA COVID-19 PRODUZIDAS NO BRASIL

 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou quarta-feira (17/3) ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) um lote de 500 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19, fabricadas em Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. O lote foi produzido a partir do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado.

 

Mais 580 mil doses serão disponibilizadas até sexta-feira (19/3) totalizando um lote com 1,080 milhão de doses de vacina produzidas no Brasil.

 

Em março, segundo a Fiocruz, serão entregues 3,8 milhões de doses da vacina. Na última sexta-feira (12/3), uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. A expectativa é chegar até o fim do mês com uma produção de cerca de um milhão de doses por dia.

 

Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, a partir de abril, serão produzidas mais de 20 milhões de doses mensalmente. “Uma pandemia só pode ser superada com o esforço conjunto do governo e da sociedade civil. A ciência, a tecnologia e a inovação, que são os pilares da nossa instituição ao lado do papel do Sistema Único de Saúde (SUS) para quem destinamos a entrega de vacinas, é que neste momento podem contribuir para o principal objetivo das vacinas nesta pandemia, que é salvar vidas”, disse ela.

 

O diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, afirmou que estão previstas entregas semanais em torno de 6 milhões de doses a partir de abril. “A gente deve seguir nesse ritmo até concluir os 100,4 milhões de doses previstas no contrato de encomenda tecnológica com a AstraZeneca. A expectativa é que as últimas doses deste contrato sejam entregues até julho deste ano”.

 

Com o registro definitivo, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira (12), a Fiocruz passou a ser a detentora do primeiro registro de uma vacina contra covid-19 produzida no país.

 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o médico Marcelo Queiroga, indicado para assumir a pasta, participaram da cerimônia de entrega das vacinas na Fiocruz, hoje, no Rio de Janeiro. (ABr)

Quarta-feira,17 de março, 2021 ás 16:15´