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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

ÔMICRON JÁ É A VARIANTE DOMINANTE NO MUNDO, DIZ OMS


A variante ômicron do coronavírus já está presente em 58,5% dos casos de covid-19 analisados no mundo, tendo, portanto, ultrapassado a delta e se tornado dominante em nível global, apontou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

O relatório epidemiológico semanal divulgado na terça-feira (11/01) pela OMS afirma que, dos mais de 357 mil casos sequenciados reportados à iniciativa global para o compartilhamento de dados sobre influenza e covid-19 (Gisaid, na sigla em inglês) nos últimos 30 dias, mais de 208 mil foram causados pela variante ômicron.

 

A variante delta, que foi a cepa dominante durante grande parte do ano passado, respondeu por 147 mil dos casos sequenciados (41%).

 

Dados também já apontaram que a ômicron, detectada inicialmente no sul da África e reportada à OMS no fim de novembro, se tornou a variante dominante no Brasil.

 

O relatório destaca haver cada vez mais evidências de que a variante ômicron é capaz de “escapar à imunidade”, pois há transmissão mesmo entre os vacinados e pessoas que já tiveram a doença.

 

A OMS também destaca, por outro lado, “evidências crescentes” de que a ômicron é menos grave do que variantes anteriores do coronavírus Sars-Cov-2.

 

Apesar disso, em outro relatório da OMS também publicado nesta terça, a organização destacou que os riscos à saúde apresentados pela ômicron continuam sendo “muito altos”, pois ela pode levar a um aumento de hospitalizações e mortes em populações vulneráveis.

 

O recorde diário de casos em mais de dois anos de pandemia até o momento foi registrado no último dia 6, com mais de 2,6 milhões de diagnósticos positivos em todo o mundo, número que a própria OMS reconhece poder ser muito maior.

 

Desde então, a barreira de 2 milhões de casos foi ultrapassada em vários dias, e um pico de infecções ainda não foi confirmado, embora alguns países primeiramente afetados pela variante ômicron, como a África do Sul, pareçam ter atingido essa marca.

 

Com a rápida disseminação da ômicron, especialistas pressupõem que logo será difícil evitar uma infecção. Nesta terça-feira, a OMS alertou que mais da metade da população da Europa poderá ter contraído a variante nos próximos dois meses se os números de infecções continuarem nas taxas atuais.

 

Também o imunologista Anthony Fauci, o principal assessor do governo dos EUA em relação à pandemia, prevê que, mais cedo ou mais tarde, a ômicron, “com seu grau de eficiência de transmissibilidade sem precedentes”, infecte quase todas as pessoas.

 

Fauci afirmou que também vacinados devem ser infectados, mas que a maioria deles não terá quadros graves da doença, e que os não vacinados serão os mais duramente atingidos.

 

Apesar dos relatos de um maior grau de casos assintomáticos e menor proporção de hospitalizações para casos da variante Ômicron, a OMS disse que é muito cedo para tratar a doença como endêmica – no caso de uma doença mais leve que ocorre regularmente, como a gripe.

 

“Ainda temos um vírus que está evoluindo muito rapidamente e apresentando novos desafios. Portanto, certamente não estamos no ponto de poder chamá-lo de endêmico”, disse Catherine Smallwood, do Departamento de Emergências da OMS.

*Revista IstoÉ

Quarta-feira, 12 de janeiro 2022 às 12:22


 

 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

MORO VAI AO NORDESTE E ARTICULA CAMPANHA COM EX-BOLSONARISTAS

Sergio Morro, Podemos -19 

Sergio Moro (Podemos-19), ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República, desembarcou na quinta-feira (6/01) na Paraíba, onde inicia um périplo pelos estados brasileiros com o objetivo de articular palanques e buscar aliados para a sua campanha neste ano.

 

Moro terá no seu entorno um grupo de parlamentares que se elegeu para Câmara dos Deputados e Senado em 2018 na onda bolsonarista, mas romperam ou se afastaram do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao longo da atual legislatura.

 

O objetivo da visita é iniciar um diálogo com setores da centro-direita e da direita que apoiaram o presidente em 2018, mas  como a maioria dos brasileiros estão arrependidos e buscam uma nova alternativa para a eleição presidencial deste ano.

 

"Tudo isso faz parte de uma construção que está sendo feita com muito diálogo. Moro é uma pessoa equilibrada, inteligente e que tem um norte do que busca para o Brasil", afirma o deputado federal Julian Lemos (PSL), que foi coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste em 2018.

 

Lemos rompeu com Bolsonaro há dois anos e tem uma relação de rusgas com os filhos do presidente. Na quarta-feira (5/01) trocou farpas com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) em uma rede social.

 

À reportagem ele disse que Bolsonaro se revelou "a maior fraude eleitoral" da história política do país: "Ele decidiu negar tudo que falou e demonstrou ser uma pessoa incompetente para governar a nação".

 

Sergio Moro cumprirá agendas até sábado (8/01) nas cidades de João Pessoa, Cabedelo e Campina Grande, três cidades onde Bolsonaro saiu vitorioso nas urnas em 2018.

 

Ele dará entrevistas para redes de rádio e de televisão locais, participará de encontros com políticos da região. Em Campina Grande, cidade nordestina que historicamente impõe derrotas ao PT, ele terá um encontro com 160 empresários, parte deles antigos apoiadores de Bolsonaro.

 

O primeiro compromisso em João Pessoa foi uma entrevista à rádio "98 FM Correio". O ex-juiz reiterou o discurso de construção de uma alternativa a Lula e Bolsonaro. E classificou como "muito ruim" o governo Bolsonaro, do qual fez parte como ministro da Justiça e Segurança Pública.

 

"É um governo que não entregou o que prometeu. Prometeu combate a corrupção, o que você tem foi proteção à família [do presidente]. Prometeu crescimento econômico, o que você tem é estagnação. Prometeu que o PT não voltaria. Foi Bolsonaro que ressuscitou Lula e o PT. Se fosse um governo melhor, não haveria discussão sobre Lula e o PT", disse.

 

Antes, ao desembarcar no aeroporto de João Pessoa, foi hostilizado por manifestantes que o chamaram de "juiz ladrão", "traíra" e gritaram o nome de Bolsonaro.

 

A expectativa é que o ex-juiz visite outros estados do Nordeste nos próximos meses com o objetivo de ganhar musculatura em uma região onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem grande capilaridade e o presidente Jair Bolsonaro tem alta rejeição.

 

Apesar das investidas na região, Moro enfrenta dificuldades para firmar palanques competitivos no Nordeste. ​

 

Na Bahia, por exemplo, a Podemos faz parte da base aliada do governador Rui Costa (PT) e deve apoiar o senador Jaques Wagner (PT) para o governo do estado.

 

A União Brasil, partido que surgirá da fusão entre PSL e DEM, negocia nacionalmente uma possível aliança com Moro. Mas na Bahia, o pré-candidato do partido ao Governo da Bahia, ACM Neto, quer distância da disputa nacional e evitará subir no mesmo palanque de um candidato que se opõe frontalmente ao ex-presidente Lula.

 

A principal aliada de Moro no estado é a deputada federal Dayane Pimentel (PSL), que também fez parte da tropa de choque de Bolsonaro no Nordeste em 2018.

 

No Ceará, há conversas em curso com o deputado federal Capitão Wagner (Pros), um dos poucos candidatos que teve apoio público do presidente Jair Bolsonaro na campanha municipal de 2020, quando concorreu à Prefeitura de Fortaleza.

 

Wagner negocia sua migração para a União Brasil, mas enfrenta resistências de setores do DEM cearense que são ligados ao governador Camilo Santana (PT) e ao presidenciável Ciro Gomes (PDT).

 

Dirigentes do DEM afirmam que uma possível candidatura de Capitão Wagner ao governo não empolga e que a legenda está focada em ampliar a sua bancada de deputados federais no estado.

 

Outra opção seria lançar a candidatura ao governo do estado do senador Eduardo Girão (Podemos), outro eleito na onda bolsonarista.

 

Em meio de mandato no Senado, o senador poderia concorrer ao governo sem sobressaltos, mas teria dificuldade de montar um palanque amplo, já que enfrenta resistências até mesmo entre opositores do governador Camilo Santana.

 

O problema é semelhante no Rio Grande do Norte, onde o principal aliado de Moro é o senador Styvenson Valentim (Podemos), neófito que foi eleito na onda antipolítica de 2018.

 

Policial militar, ele era coordenador das blitze da Lei Seca e ganhou popularidade com vídeos nas redes sociais. Foi eleito para o Senado derrotando políticos tradicionais como o ex-senador Garibaldi Alves (MDB) e costuma posar para fotos com uma palmatória de madeira onde está escrito "peia na corrupção".

 

Apesar de ter um eleitorado fiel, o senador tem dificuldade no diálogo até mesmo entre opositores da governadora Fátima Bezerra (PT), que disputará a reeleição.

 

Aliados de Moro no Nordeste, contudo, minimizam as dificuldades na formação de palanques: "Sergio Moro é um homem de conversa. Eu diria até que ele está mais adiantado do Bolsonaro estava em sua pré-campanha em 2018", afirma o deputado Julian Lemos.

(FOLHAPRESS)

Sexta-feira, 07 de janeiro 2022 às 11:44

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

CONFIRA O CALENDÁRIO OFICIAL APROVADO PELO TSE PARA ELEIÇÕES DE 2022

 

Com o começo do ano em que haverá eleições, inicia-se uma sucessão de etapas e procedimentos que culminarão na eleição de 2 de outubro, data do primeiro turno, quando milhões de brasileiros devem ir às urnas para a escolha de presidente, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais.

 

Pelo calendário oficial aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o segundo turno ocorre em 30 de outubro, caso nenhum dos candidatos a presidente alcance a maioria absoluta dos votos válidos (excluídos brancos e nulos). O mesmo ocorre nas disputas para o cargo de governador.

 

Já desde 1º de janeiro, as pesquisas eleitorais precisam ser devidamente registradas junto à Justiça Eleitoral, e os órgãos públicos têm limitadas as despesas com publicidade, por exemplo. Há também restrições quanto à distribuição gratuita de bens e valores aos cidadãos e cidadãs.

 

A campanha eleitoral com comícios, distribuição de material gráfico, propagandas na internet e caminhadas deverá ocorrer a partir de 16 de agosto. Já as peças publicitárias em horário gratuito de rádio e televisão ficam liberadas entre 26 de agosto e 29 de setembro.

 

Entre as datas mais importantes para os candidatos está a janela partidária, entre 3 de março e 1° de abril. Esse é o único período em que parlamentares podem mudar de partido livremente, sem correr o risco de perder o mandato.

 

Outra data importante é 2 de abril, exatamente seis meses antes da eleição. Essa é a data limite para que todos os candidatos estejam devidamente filiados aos partidos pelos quais pretendem concorrer.

 

O 2 de abril é também a data a partir da qual os ocupantes de cargos majoritários – presidente, governadores e prefeitos – renunciarem aos mandatos caso queiram concorrer a cargo diferente do que já ocupam.

 

As convenções partidárias devem ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto, quando todas as legendas devem oficializar a escolha de seus candidatos. Os registros de todas as candidaturas devem ser solicitados até 15 de agosto.

 

No caso do eleitor, uma das datas a que se deve ficar mais atento é o 4 de maio, quando se encerra o prazo para emitir ou transferir o título de eleitor. Em 11 de julho, a Justiça Eleitoral deve divulgar quantos cidadãos encontram-se aptos a votar.

O número serve de base para o cálculo do limite de gastos na campanha.

O calendário completo, com todas as etapas até a diplomação dos eleitos, mês a mês, pode ser conferido no portal do TSE.

Quarta-feira, 05 de janeiro 2022 às 18:27