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terça-feira, 18 de janeiro de 2022

PODEMOS ABRE CONVERSAS COM CIDADANIA EM BUSCA DE PRIMEIRA ALIANÇA PARA MORO

 

Foto de : Sergio Moro/Podemos 19

Em busca de alianças políticas que possam turbinar a campanha do ex-ministro Sérgio Moro (Podemos-19), a presidente do partido, deputada Renata Abreu (SP), se reuniu no fim de semana com o Cidadania para discutir a formação de uma federação partidária, uma das novidades desta eleição. Caso confirmada, a união garantiria a primeira legenda na coligação de Moro, ampliando recursos e tempo de TV. O Podemos é considerada uma sigla pequena, com apenas a 12ª maior fatia do fundo eleitoral neste ano, de R$ 229 milhões.

 

O movimento do Podemos acontece depois de o Cidadania também abrir conversa para formar federação com o PSDB, que tem o governador de São Paulo, João Doria, como pré-candidato a presidente. Diferentemente das coligações – proibidas nas eleições proporcionais já em 2020 -, as federações vão muito além da disputa eleitoral: criam uma “fusão” temporária entre as siglas envolvidas, que precisam permanecer unidas por pelo menos quatro anos. Os partidos têm até 2 de abril para registrar as alianças.

 

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que no encontro com Renata Abreu, no último sábado, 15, os dois ficaram de discutir a ideia de uma união internamente nas legendas. De acordo com o dirigente do Cidadania, se a aliança for confirmada, a sigla retiraria a pré-candidatura do senador Alessandro Vieira ao Palácio do Planalto. “Na possibilidade de uma federação com um partido que tem candidato a presidente, você está assumindo que aquela será a candidatura sua também se você aprovar”, afirmou.

 

Tanto o Cidadania, com sete deputados, e o Podemos, com 11, estão ameaçados de ficarem sem o fundo partidário e o tempo de propaganda de rádio e televisão. A cláusula de desempenho determina que os partidos precisarão eleger pelo menos 11 deputados federais em 2022 para ter acesso aos recursos.

 

Segundo o dirigente partidário do Cidadania, a sigla precisa decidir se vai formar federação com o PSDB, com o Podemos ou se não vai formar com nenhum partido. Nas últimas semanas, Freire também tem conversado com o presidente do PSDB, Bruno Araújo.

 

 

Alessandro Vieira evitou se posicionar e disse que vai aguardar o assunto ser debatido pela Executiva Nacional do Cidadania. De acordo com ele, uma reunião está prevista para esta quarta-feira, 19. “É preciso definir as condições, em especial nos palanques regionais”, declarou.

 

No Distrito Federal, os senadores Reguffe (Podemos) e Leila Barros (Cidadania) são pré-candidatos ao governo. Já em relação à união com os tucanos, na Paraíba o PSDB faz oposição ao governador João Azevedo (Cidadania).

 

Para ser chancelada, a federação precisa ser aprovada pelas executivas e diretórios nacionais das legendas envolvidas. O processo também envolve a elaboração de um programa partidário comum. O novo instrumento foi aprovado pelo Congresso no ano passado e virou uma alternativa às coligações, que deixaram de existir.

 

A modalidade é mais rigorosa que a regra anterior porque exige que a união permaneça por no mínimo quatro anos e seja reproduzida também nos Estados. Nas coligações, as alianças poderiam ser desfeitas a qualquer momento e não havia exigência de unidade em todos os Estados.

 

Além do Cidadania, outro partido que Doria e Moro disputam é o União Brasil, que é a fusão do DEM com o PSL. Em entrevista a uma rádio da Bahia nesta segunda-feira, 17, Moro confirmou que busca alianças com Cidadania, Novo, União Brasil e PSDB, mas deixou claro que ainda não há definições. “Não existe governo de um partido só. A gente quer fazer uma grande aliança nacional entre partidos, mas também com a sociedade civil, em cima de um projeto que faça sentido”, afirmou.

*Estadão Conteúdo

Terça-feira, 18 de janeiro 2022 às 18:48

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

ÔMICRON JÁ É A VARIANTE DOMINANTE NO MUNDO, DIZ OMS


A variante ômicron do coronavírus já está presente em 58,5% dos casos de covid-19 analisados no mundo, tendo, portanto, ultrapassado a delta e se tornado dominante em nível global, apontou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

O relatório epidemiológico semanal divulgado na terça-feira (11/01) pela OMS afirma que, dos mais de 357 mil casos sequenciados reportados à iniciativa global para o compartilhamento de dados sobre influenza e covid-19 (Gisaid, na sigla em inglês) nos últimos 30 dias, mais de 208 mil foram causados pela variante ômicron.

 

A variante delta, que foi a cepa dominante durante grande parte do ano passado, respondeu por 147 mil dos casos sequenciados (41%).

 

Dados também já apontaram que a ômicron, detectada inicialmente no sul da África e reportada à OMS no fim de novembro, se tornou a variante dominante no Brasil.

 

O relatório destaca haver cada vez mais evidências de que a variante ômicron é capaz de “escapar à imunidade”, pois há transmissão mesmo entre os vacinados e pessoas que já tiveram a doença.

 

A OMS também destaca, por outro lado, “evidências crescentes” de que a ômicron é menos grave do que variantes anteriores do coronavírus Sars-Cov-2.

 

Apesar disso, em outro relatório da OMS também publicado nesta terça, a organização destacou que os riscos à saúde apresentados pela ômicron continuam sendo “muito altos”, pois ela pode levar a um aumento de hospitalizações e mortes em populações vulneráveis.

 

O recorde diário de casos em mais de dois anos de pandemia até o momento foi registrado no último dia 6, com mais de 2,6 milhões de diagnósticos positivos em todo o mundo, número que a própria OMS reconhece poder ser muito maior.

 

Desde então, a barreira de 2 milhões de casos foi ultrapassada em vários dias, e um pico de infecções ainda não foi confirmado, embora alguns países primeiramente afetados pela variante ômicron, como a África do Sul, pareçam ter atingido essa marca.

 

Com a rápida disseminação da ômicron, especialistas pressupõem que logo será difícil evitar uma infecção. Nesta terça-feira, a OMS alertou que mais da metade da população da Europa poderá ter contraído a variante nos próximos dois meses se os números de infecções continuarem nas taxas atuais.

 

Também o imunologista Anthony Fauci, o principal assessor do governo dos EUA em relação à pandemia, prevê que, mais cedo ou mais tarde, a ômicron, “com seu grau de eficiência de transmissibilidade sem precedentes”, infecte quase todas as pessoas.

 

Fauci afirmou que também vacinados devem ser infectados, mas que a maioria deles não terá quadros graves da doença, e que os não vacinados serão os mais duramente atingidos.

 

Apesar dos relatos de um maior grau de casos assintomáticos e menor proporção de hospitalizações para casos da variante Ômicron, a OMS disse que é muito cedo para tratar a doença como endêmica – no caso de uma doença mais leve que ocorre regularmente, como a gripe.

 

“Ainda temos um vírus que está evoluindo muito rapidamente e apresentando novos desafios. Portanto, certamente não estamos no ponto de poder chamá-lo de endêmico”, disse Catherine Smallwood, do Departamento de Emergências da OMS.

*Revista IstoÉ

Quarta-feira, 12 de janeiro 2022 às 12:22


 

 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

MORO VAI AO NORDESTE E ARTICULA CAMPANHA COM EX-BOLSONARISTAS

Sergio Morro, Podemos -19 

Sergio Moro (Podemos-19), ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República, desembarcou na quinta-feira (6/01) na Paraíba, onde inicia um périplo pelos estados brasileiros com o objetivo de articular palanques e buscar aliados para a sua campanha neste ano.

 

Moro terá no seu entorno um grupo de parlamentares que se elegeu para Câmara dos Deputados e Senado em 2018 na onda bolsonarista, mas romperam ou se afastaram do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao longo da atual legislatura.

 

O objetivo da visita é iniciar um diálogo com setores da centro-direita e da direita que apoiaram o presidente em 2018, mas  como a maioria dos brasileiros estão arrependidos e buscam uma nova alternativa para a eleição presidencial deste ano.

 

"Tudo isso faz parte de uma construção que está sendo feita com muito diálogo. Moro é uma pessoa equilibrada, inteligente e que tem um norte do que busca para o Brasil", afirma o deputado federal Julian Lemos (PSL), que foi coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste em 2018.

 

Lemos rompeu com Bolsonaro há dois anos e tem uma relação de rusgas com os filhos do presidente. Na quarta-feira (5/01) trocou farpas com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) em uma rede social.

 

À reportagem ele disse que Bolsonaro se revelou "a maior fraude eleitoral" da história política do país: "Ele decidiu negar tudo que falou e demonstrou ser uma pessoa incompetente para governar a nação".

 

Sergio Moro cumprirá agendas até sábado (8/01) nas cidades de João Pessoa, Cabedelo e Campina Grande, três cidades onde Bolsonaro saiu vitorioso nas urnas em 2018.

 

Ele dará entrevistas para redes de rádio e de televisão locais, participará de encontros com políticos da região. Em Campina Grande, cidade nordestina que historicamente impõe derrotas ao PT, ele terá um encontro com 160 empresários, parte deles antigos apoiadores de Bolsonaro.

 

O primeiro compromisso em João Pessoa foi uma entrevista à rádio "98 FM Correio". O ex-juiz reiterou o discurso de construção de uma alternativa a Lula e Bolsonaro. E classificou como "muito ruim" o governo Bolsonaro, do qual fez parte como ministro da Justiça e Segurança Pública.

 

"É um governo que não entregou o que prometeu. Prometeu combate a corrupção, o que você tem foi proteção à família [do presidente]. Prometeu crescimento econômico, o que você tem é estagnação. Prometeu que o PT não voltaria. Foi Bolsonaro que ressuscitou Lula e o PT. Se fosse um governo melhor, não haveria discussão sobre Lula e o PT", disse.

 

Antes, ao desembarcar no aeroporto de João Pessoa, foi hostilizado por manifestantes que o chamaram de "juiz ladrão", "traíra" e gritaram o nome de Bolsonaro.

 

A expectativa é que o ex-juiz visite outros estados do Nordeste nos próximos meses com o objetivo de ganhar musculatura em uma região onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem grande capilaridade e o presidente Jair Bolsonaro tem alta rejeição.

 

Apesar das investidas na região, Moro enfrenta dificuldades para firmar palanques competitivos no Nordeste. ​

 

Na Bahia, por exemplo, a Podemos faz parte da base aliada do governador Rui Costa (PT) e deve apoiar o senador Jaques Wagner (PT) para o governo do estado.

 

A União Brasil, partido que surgirá da fusão entre PSL e DEM, negocia nacionalmente uma possível aliança com Moro. Mas na Bahia, o pré-candidato do partido ao Governo da Bahia, ACM Neto, quer distância da disputa nacional e evitará subir no mesmo palanque de um candidato que se opõe frontalmente ao ex-presidente Lula.

 

A principal aliada de Moro no estado é a deputada federal Dayane Pimentel (PSL), que também fez parte da tropa de choque de Bolsonaro no Nordeste em 2018.

 

No Ceará, há conversas em curso com o deputado federal Capitão Wagner (Pros), um dos poucos candidatos que teve apoio público do presidente Jair Bolsonaro na campanha municipal de 2020, quando concorreu à Prefeitura de Fortaleza.

 

Wagner negocia sua migração para a União Brasil, mas enfrenta resistências de setores do DEM cearense que são ligados ao governador Camilo Santana (PT) e ao presidenciável Ciro Gomes (PDT).

 

Dirigentes do DEM afirmam que uma possível candidatura de Capitão Wagner ao governo não empolga e que a legenda está focada em ampliar a sua bancada de deputados federais no estado.

 

Outra opção seria lançar a candidatura ao governo do estado do senador Eduardo Girão (Podemos), outro eleito na onda bolsonarista.

 

Em meio de mandato no Senado, o senador poderia concorrer ao governo sem sobressaltos, mas teria dificuldade de montar um palanque amplo, já que enfrenta resistências até mesmo entre opositores do governador Camilo Santana.

 

O problema é semelhante no Rio Grande do Norte, onde o principal aliado de Moro é o senador Styvenson Valentim (Podemos), neófito que foi eleito na onda antipolítica de 2018.

 

Policial militar, ele era coordenador das blitze da Lei Seca e ganhou popularidade com vídeos nas redes sociais. Foi eleito para o Senado derrotando políticos tradicionais como o ex-senador Garibaldi Alves (MDB) e costuma posar para fotos com uma palmatória de madeira onde está escrito "peia na corrupção".

 

Apesar de ter um eleitorado fiel, o senador tem dificuldade no diálogo até mesmo entre opositores da governadora Fátima Bezerra (PT), que disputará a reeleição.

 

Aliados de Moro no Nordeste, contudo, minimizam as dificuldades na formação de palanques: "Sergio Moro é um homem de conversa. Eu diria até que ele está mais adiantado do Bolsonaro estava em sua pré-campanha em 2018", afirma o deputado Julian Lemos.

(FOLHAPRESS)

Sexta-feira, 07 de janeiro 2022 às 11:44