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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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segunda-feira, 7 de março de 2022

OBSERVATÓRIO FIOCRUZ COVID-19 CONSIDERA ‘PRECIPITADA’ LIBERAÇÃO DO USO DE MÁSCARAS NO RIO

Pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)acreditam que a liberação do uso de máscaras em ambientes fechados no Rio, decidida na manhã de segunda-feira (7/3) pelo Comitê Científico da prefeitura, é uma decisão precipitada e que deveria ser realizada em etapas.

 

“O Rio de Janeiro não é uma ilha, está cercado por outras cidades da Região Metropolitana, com índices de coberturas vacinais e taxas vacinais diferentes”, disse o pesquisador em saúde pública Raphael Guimarães.

 

Segundo Guimarães, a cidade recebe “um aporte considerável diário de pessoas de vários lugares”, e isto deveria ter sido levado em consideração. Ele defende que a medida fosse realizada de forma gradativa.

 

O pesquisador reconhece a redução substancial nos índices de contaminação pela doença no Rio de Janeiro, mas defende um intervalo de pelo menos duas semanas antes da decisão de flexibilizar o uso do acessório.

 

“Em duas semanas, já seria possível uma noção sobre aumento de casos ou interrupção na queda”, disse Guimarães.

 

Uma edição extra do Diário Oficial publicada na tarde de segunda-feira (7/3) trouxe um decreto do prefeito Eduardo Paes (PSD) com o fim da obrigatoriedade.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, ressaltou, no entanto, que a exigência do passaporte vacinal continua mantida pelo menos até o fim de março — ou quando a cidade chegar a 70% da população adulta com a dose de reforço. Hoje esse indicador está em 54%.

 

“Temos a menor transmissão desde o começo da pandemia, de 0,3, e uma positividade menor que 5%, com uma redução gradativa ao longo das últimas semanas”, afirmou Soranz.

 

Ainda segundo Soranz, se o carnaval tivesse causado alguma mudança, “a prefeitura estaria vendo uma alteração nos índices”.

 

“O Rio tem hoje uma das melhores coberturas vacinais do país, e certamente uma das melhores do mundo, o que nos coloca em um cenário, bastante favorável para reduzir medidas restritivas.”

 

“Importante enfatizar que as pessoas que possuem imunossupressão ou comorbidades graves e que não tenham se vacinado sigam usando máscara”, afirmou.

 

De acordo com Daniel Becker, médico pediatra sanitarista e membro do comitê, é recomendado que as crianças que ainda não têm as duas doses da vacina ainda usem máscaras até atingir a cobertura completa.

 

A decisão no ambiente escolar ficará a cargo de cada escola, segundo Becker.

 

“Foi um consenso. Os dados epidemiológicos são favoráveis. Este é o melhor momento para liberar as máscaras”, disse Becker.

 

Para a população adulta, a vacinação completa, no caso, são as duas doses e a dose de reforço.

*G1

Segunda-feira, 07 de março 2022 às 21:23

quinta-feira, 3 de março de 2022

CERCA DE 65% DOS ELEITORES JÁ DEFINIRAM O VOTO PELA CATÁSTROFE

 

O saldo dos governos Lula, o meliante de São Bernardo, e Dilma, a estoquista de vento, foram: inflação, recessão, desemprego, cisão social, mensalão, petrolão, Estado falido e aparelhado por sindicalistas parasitas. Ah! Prisões e impeachment também.

 

O saldo do desgoverno Bolsonaro, até o momento, são: inflação, recessão, desemprego, cisão social, rachadinhas, mansões, tentativas de golpe de Estado, 640 mil mortos por covid, o País isolado internacionalmente e aparelhado por militares incapazes.

 

Como se vê acima, e todos estes fatos são incontestáveis e irrefutáveis, o Brasil, sob a cleptocracia lulopetista e a psicopatia homicida bolsonarista, perdeu mais 20 anos de desenvolvimento, e ganhou, sei lá, mais 30 ou 40 anos de atraso; no mínimo.

 

Com o chefe do mensalão e petrolão, tínhamos MAV, CUT e MST, cada grupo a seu modo, promovendo terrorismo e violência física e virtual. Com o patriarca do clã das rachadinhas, temos o gabinete do ódio, de Carlos Bolsonaro, e milícias reais e virtuais.

 

O pai do Ronaldinho dos Negócios apoia e financia ditadores e terroristas mundo afora, chamando-os de amigos e irmãos. O pai do senador dos panetones apoia Putin, chama Orbán de irmão, é amigo de décadas do Queiroz e condecora assassinos.

 

Novamente, tudo o que vai acima é incontestável e irrefutável. Como incontestável e irrefutável é a completa ausência de ideias e de projetos para o Brasil, de lado a lado. Lula e Bolsonaro são dois velhos, velhacos, ultrapassados e inúteis para o País.

 

Segundo as últimas pesquisas eleitorais, cerca de 65% dos eleitores já definiram seus votos. O meliante de São Bernardo segue favorito, com 42%, e o verdugo do Planalto vem em segundo lugar, com 31% das intenções de suicídio coletivo.

 

Saltar de quatro malditos anos, sob o caos produzido pelo devoto da cloroquina, para novos quatro terríveis anos, sob as ordens de um corrupto e lavador de dinheiro, ambos aliados ao que há de pior no Brasil e no mundo, é como saltar do esgoto para o chorume.

 

Há alternativas ao mergulho da morte? Sim, claro que há. Sempre as houve, aliás. Mas têm de ser escolhidas antes do segundo turno. Do contrário, só restará optar, outra vez, pelo pântano menos fedorento. No caso (Bolsonaro e Lula), algo impossível de definir.

IstoÉ

Quinta-feira, 03 de março 2022 às 15:42

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 27 de fevereiro de 2022

LIBERDADE DE EXPRESSÃO É UM CONCEITO QUE SERÁ TESTADO NAS ELEIÇÕES

 


Neste ano de campanha eleitoral acirrada, o conceito de liberdade de expressão será testado com frequência. As discussões em andamento sobre Telegram, fake news e outros fenômenos da pós-verdade mostram que esse assunto dominará o ambiente social brasileiro. Fake news, aliás, não deve ser traduzido por notícia falsa, na verdade é notícia fraudulenta, com potencial danoso muito maior.

 

É a arquitetura da internet que deve ser regulada, com vista à transparência e à lisura, o que tenta fazer o projeto de lei das “Fake News” que está parado na Câmara.

 

O pano de fundo para o debate tem de ser o consenso do mundo ocidental sobre o escopo dessa liberdade, ao mesmo tempo um direito individual e uma garantia coletiva da sociedade, porque, de seus desdobramentos — como as liberdades informativas e a liberdade de imprensa —, depende aquilo que o jurista americano Oliver Wendell Holmes chamou de “marketplace of ideas”, o mercado de circulação livre de informações e ideias, um dos pilares das democracias liberais.

 

Essa última função tem como limite o que o filósofo austríaco Karl Popper definiu como o “paradoxo da tolerância” (em “A Sociedade aberta e seus inimigos”). A tolerância ilimitada com a intolerância pode, no limite, levar à extinção da própria tolerância.

 

Como garantir que um governo eleito democraticamente não tome medidas que aniquilem a própria democracia e impeçam alguma minoria de se tornar maioria? No Brasil dos últimos anos, sabemos bem como é difícil conter essas ondas negacionistas das milícias digitais a serviço do governo.

 

Na regulação da liberdade de expressão, o Brasil está mais próximo do modelo europeu do que do americano. A visão americana é mais libertária, toleram-se as manifestações intolerantes até o momento em que representem ameaça concreta à vida ou à ordem pública.

 

Mas nem nos Estados Unidos a liberdade é absoluta. Há uma gradação entre o discurso de ódio (“hate speech”, ou a advocacia de ideias abjetas), a incitação (“fighting words”, o discurso de rebelião ou insuflação à violência) e o “perigo claro e iminente” (o uso das palavras como gatilho para a violência).

 

Apenas nesse último caso, quando há um ataque a pessoas ou alvos determinados, com risco iminente, ou quando houver uma rebelião que resulte em destruição da vida ou patrimônio, o discurso pode ser cerceado.

 

Na Europa, em contraste, a compreensão da liberdade de expressão é bem mais restritiva. Na vasta maioria dos países europeus, “hate speech” e “fighting words” também são proibidos.

 

A exceção é o Reino Unido, onde “hate speech” é aceito, mas “fighting words” não são toleradas. Em muitos países existe, como no Brasil, legislação que criminaliza tipos específicos de discurso, como o racismo, o antissemitismo ou a homofobia, vedando essas manifestações, cuja simples existência é considerada um risco.

 

Nesse ponto, a sociedade brasileira demonstrou maturidade ao reagir com veemência à manifestação do podcaster Monark em favor de nazistas se organizarem em partidos e manifestarem suas ideias.

 

Não temos — nem teremos — liberdade absoluta, mas se estabeleceu a precedência da liberdade de expressão sobre outros direitos e princípios constitucionais. As redes sociais trouxeram novos desafios para fazer valer direitos individuais ou coletivos. São um foro público de debate sobre o qual o estado deve ter algum tipo de ingerência.

 

O caso do Telegram é exemplar: não pode atuar no país se não se submeter às nossas leis. Emissoras e jornais estão sujeitos a todo o arcabouço regulatório, na internet não pode ser diferente. Os algoritmos são criados para favorecer conteúdos mais atraentes, portanto impõem crivo editorial. Nesse ponto, o Marco Civil da Internet adota uma postura pusilânime, segundo muitos especialistas, pois as plataformas só têm responsabilidade a partir do momento em que há decisão judicial mandando retirar o conteúdo ofensivo.

 

O sistema mais avançado é o da União Europeia, e o país na vanguarda é Alemanha. O princípio correto é conhecido como “notice and take down”: a partir do momento em que uma rede social recebe notificação de que veiculou conteúdo que gerou problema, deveria passar a ser corresponsável.

*O Globo

Domingo, 27 de fevereiro 2022 às 14:53