Mensagem

"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

Ja temos 2 membro, seja o terceiro do

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O GIGANTE NASCEU



É inegável: olhando somente para as bancadas do PSD em nível nacional e goiano, surgiu um partidaço. Desses que chegam e logo de cara botam banca. Com direito à janelinha. Na Câmara dos Deputados, em Brasília, o PSD de Goiás ficou com a segunda maior bancada, quatro cadeiras, mesma quantidade do histórico PMDB.
É mais do que o PSDB, que tem somente três deputados, e quatro vezes maior do que restou do DEM, que perdeu Heuler Cruvinel e Vilmar Rocha, e só conta agora com Ronaldo Caiado.
Na Assembleia Legislativa, já tem cinco deputados filiados. Isso sem falar nos prefeitos e vereadores que desembarcaram no novo partido. Somando tudo, alguém ainda poderia duvidar do tamanho do PSD?

Pode sim. O PSD venceu a primeira de inúmeras etapas. Ainda falta muita coisa para que possa ser considerado realmente um grande partido. Por enquanto, até pela absoluta falta de orientação e posição, deve ser considerado somente uma legenda-abrigo.

Partidos e bancadas são definidos pelo número de votos. E nesse ponto as coisas começam a ficar um pouco complicadas. Uns dirigentes do PSD nacional dizem que o partido deve se alinhar com a bancada governista da presidente Dilma Roussef. Vilmar Rocha, principal e pioneira liderança do PSD em Goiás, avisa claramente que PT e PMDB são adversários.
Em Goiás, todos os novos deputados pessedistas são favoráveis ao governo. Pelo menos aqui, as coisas são mais claras. Mas como não se fecha questão dentro do partido, é necessário esperar pela primeira crise — e elas sempre acontecem — dentro do governo para saber se realmente o governador Marconi Perillo poderá contar com todos eles.

Essa é somente a primeira encrenca que se aponta quando se analisa o real poder político-partidário do recém-nascido. Como não elegeu um só de seus filiados, não se conhece ainda o grau de penetração que o PSD vai alcançar no eleitorado. Todos os deputados que estão no partido foram eleitos em outros partidos, em estruturas e condições partidárias totalmente diferentes.
Será que todos eles — e outros mais, por que não? — vão conseguir bisar os mandatos conquistados nas próximas eleições, quando vão ter que voar com novas asas? Impossível saber isso agora.

Dos quatro deputados federais do PSD, por exemplo, nenhum conseguiu votação individual suficiente para cobrir o necessário quociente eleitoral. Ou seja, todos eles garantiram mandato na soma das conquistas de seus partidos e coligações proporcionais — que provavelmente vão ser proibidas nas eleições a partir de 2014.

Afonso Lopes no jornal “Opção”
Segunda – feira, 03/10/2011 ás 7h:05

Nenhum comentário:

Postar um comentário