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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

GILMAR ACUSA PROCURADORES E JUÍZES DE USAR FICHA LIMPA PARA CHANTAGEAR POLÍTICOS



O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, acusou o Ministério Público e juízes da primeira instância de chantagear políticos com ações de improbidade administrativa. A condenação nesse tipo de ação causa a inelegibilidade, como prevê a Lei da Ficha Limpa. O comentário foi feito durante a sessão da noite de terça-feira(18) no TSE, quando uma possível modificação da regra era julgada.

Promotores e juízes ameaçam parlamentares com a Lei da Ficha Limpa, essa é a realidade. Alguém com condenação por improbidade estará inelegível. Temos que temperar a interpretação da lei para não lastrearmos um abuso de poder. E não querem a lei de abuso de autoridade, porque praticam às escâncaras o abuso de autoridade. O que se quer é ter o direito de abusar. Um governador se submete a essa situação vexatória. Ao empoderarmos determinadas corporações, estamos dando a eles o poder que eles precisam para fazer esse tipo de chantagem”, disse Gilmar em tom inflamado.

Nesta terça-feira, 18, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu a aprovação do projeto de lei que trata do abuso de autoridade. Segundo o parlamentar, tal proposta deve ser conjugada com a reforma política e com novas regras de combate à corrupção. “Acho que esse aperfeiçoamento, mais do que nunca, se faz necessário no Brasil. Se fizermos essa conjunção para votarmos tais propostas, estaremos aperfeiçoando o País e consequentemente suas instituições (…) Entendo que a oportunidade é conjugar ao mesmo tempo: reforma política, combate à corrupção e lei de abuso de autoridade”, declarou Renan.

A urgência da tramitação do projeto tem sido criticada por magistrados e procuradores, que consideram que a proposta pode enfraquecer o Judiciário e o Ministério Público. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, em junho, procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ser favorável à mudanças na Lei de abuso de autoridade, mas não da forma como está sendo discutida no Congresso. “Sou, assim, absolutamente favorável à revisão da Lei de Abuso de Autoridade. Sobre o tema, tramita, hoje, no Senado, o Projeto de Lei 280/2016, o qual, em tese, deveria cumprir o papel de atualizar a Lei 4.898/65, mas que, de fato, traz uma sequência de tipos penais abertos, de constitucionalidade duvidosa, que podem sim inibir indevidamente a atuação das autoridades no combate à corrupção e à criminalidade crescente”, afirmou Janot.

Ao jornal O Globo, o juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, também fez ressalvas à proposta. “É muito preocupante. Não que abusos de autoridades não devam ser punidos, ninguém é contra isso. A proposta inicial talvez fosse positiva, mas a redação atual da lei, na forma que está colocada, sugere a possibilidade da sua utilização para intimidação de juízes, procuradores e autoridades policiais, não por praticarem abusos, mas por cumprirem seu dever com independência em processos envolvendo figuras poderosas”, comentou Moro.

Quarta-feira, 19 de outubro, 2016

terça-feira, 18 de outubro de 2016

KASSAB DIZ QUE É CONTRA A REGULAMENTAÇÃO DO WHATSAPP NO BRASIL COMENTE



 
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, afirmou que é contra a regulamentação do WhatsApp no Brasil, durante visita a Futurecom 2016, feira de telecomunicações, tecnologia da informação e internet, nesta segunda-feira (17), em São Paulo.

Segundo o ministro, o aplicativo já estabeleceu uma relação com a sociedade e o governo não deve interferir. Além disso, Kassab disse que quer "desregulamentar os serviços de telecomunicação no país para que exista um ponto de equilíbrio" entre empresas tradicionais e os aplicativos.

A possibilidade de regulamentação legislativa do app gera discussões desde o ano passado. A polêmica ganhou visibilidade quando operadoras brasileiras entenderam que o aplicativo presta os mesmos serviços que as empresas de telecomunicações e por isso precisava ser regulamentado. O tema voltou à cena quando juízes bloquearam o aplicativo em todo o território nacional.

Ao contrário de Kassab, o antigo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, defendia a discussão sobre a regulamentação do serviço por entender que o modelo de prestação de serviço de telecomunicação precisa ser atualizado. "É preciso garantir um tratamento equânime a serviços de telecomunicações e novos serviços de internet", afirmou Berzoini na época.

Gilberto Kassab também assumiu o compromisso de reduzir a carga tributária das empresas de telecomunicação em médio e longo prazo, mesmo sem especificar o valor da redução. "Sabemos que reduzir a carga tributária aumenta a demanda e as possibilidades de emprego. A redução será compatível com os investimentos que as teles fizerem no Brasil". Ele disse ainda que o governo tende a acelerar a aprovação do projeto de lei que acaba com as concessões de telefonia fixa, por ser um projeto "necessário e modernizador".

 Fim da TV analógica

Na Futurecom, Gilberto Kassab também disse que o governo confirma o desligamento do sinal analógico em Brasília no dia 26 deste mês.

"A data para o corte da TV analógica no DF deve ser mantida já que, de acordo com as pesquisas mais conservadoras, 85% das pessoas têm acesso digital. A média é que 93% já tenha"

Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

As diretrizes do Ministério das Comunicações e da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicação) estabelecem que o desligamento só pode ocorrer se 93% dos lares puderem receber sinal digital.

De acordo com o cronograma, São Paulo seria o próximo lugar onde a televisão analógica seria desligada, em março de 2017. Porém, Kassab sinalizou nesta segunda que a data da capital paulista pode ser prorrogada para acontecer ao mesmo tempo que todo o Estado. O ministro afirmou que a mudança não está relacionada a nenhum problema com o corte de sinais. Banda larga (A/E)

Terça-feira, 18 de outubro, 2016