O
Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de
Educação Superior Estrangeira (Revalida) passará a ter, pelo menos, duas
edições por ano. E os profissionais terão a oportunidade de fazer a segunda
fase do processo mais de uma vez. Os anúncios foram feitos sexta-feira (19/07)
pelo Ministério da Educação (MEC).
Segundo
a pasta, as provas continuarão sendo realizadas como antes, em duas etapas. A
primeira com uma prova objetiva e a segunda com prova prática, em uma estação
clínica. A diferença, agora, é que o aluno que reprovar a segunda fase pode
refazê-la por mais duas vezes em edições consecutivas. Até agora, o candidato
precisava realizar todo o processo desde o início.
A
previsão do MEC é que publicação da portaria para instituir o Novo Revalida e
do edital ocorram ainda este ano.
Diploma
O
Revalida reconhece os diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem
trabalhar no Brasil. O exame é feito tanto por estrangeiros formados em
medicina fora do Brasil, quanto por brasileiros que se graduaram em outro país
e querem exercer a profissão em sua terra natal.
O
conteúdo das duas provas abrange as cinco grandes áreas da medicina: clínica
médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, medicina da família e
comunitária. Na parte prática, uma banca examinadora avalia habilidade de
comunicação, raciocínio clínico e tomada de decisões.
Universidade
Após
passar nas duas etapas, o candidato precisará revalidar o diploma em uma
universidade pública brasileira. A pasta explica que a revalidação pode
precisar de uma complementação de grade curricular. Um profissional que se
formou em Harvard, nos Estados Unidos, por exemplo, não estudou sobre dengue e
demais doenças tropicais e, por isso, precisará complementar a formação.
A
universidade é quem vai definir se há ou não a necessidade de complementação.
Só depois desse processo o candidato pode ir a um conselho de medicina para
requisitar o registro.
Outra
mudança anunciada pelo MEC é a organizadora do processo. O Revalida, que estava
sob a competência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), passa a ser de responsabilidade da Secretaria de
Educação Superior do MEC, com colaboração do Conselho Federal de Medicina
(CFM).
O
Revalida é considerado uma prova difícil. Ao todo, foram sete edições desde 2011,
quando o exame foi criado, até 2017, com um total de 24.327 inscrições e
aprovação de 6.544 candidatos para a segunda etapa do exame. (ABr)
Sexta-feira,
19 de julho, 2019 ás 13:00
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