O
líder do PSDB no Senado, o senador Roberto Rocha, considera “provocações
desnecessárias e intrigantes” as recentes declarações dadas pelo presidente da
Câmara dos Deputados, o deputado Rodrigo Maia, em relação ao governo de Jair
Bolsonaro. O senador divulgou suas críticas em sua conta no Twitter, neste
domingo (24/03).
“Quando
o presidente da Câmara dos Deputados diz que o presidente da República precisa
se dedicar mais ao trabalho e menos ao Twitter, que o governo é um deserto de
ideias, que o presidente não quer a reforma e quer posar de bonzinho, vejo como
provocações desnecessárias e intrigantes”, declarou o senador maranhense.
Segundo
Rocha, atitudes como a de Maia pode levar a crises prejudiciais à aprovação de
reformas no Congresso. O senador se diz preocupado “ao ver o deputado
referir-se de modo admoestador e zombateiro a Bolsonaro, e diante disso, o
risco de uma escalada de desaforos, o que causaria um clima impraticável ao
êxito das reformas”.
O
líder tucano no Senado afirma ainda que a preocupação está relacionada ao
momento em que o país vive e “a necessidade da Reforma da Previdência que
assegure sua viabilidade futura”.
Por
fim, o senador pede para que Bolsonaro e Rodrigo Maia restabeleçam a harmonia
política que demonstram, segundo Rocha, antes da eleição para a presidência da
Câmara, quando Maia foi reeleito para o cargo. De acordo com o líder do PSDB,
nesse momento, “o apoio mútuo indicava êxito a projetos para o Brasil”.
Troca de farpas
O
sábado (23) foi marcado pela troca de farpas entre o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, e o presidente Jair Bolsonaro, que está em viagem ao Chile.
Durante
a manhã, Maia afirmou que o governo Bolsonaro não poderia terceirizar a
articulação da reforma da Previdência. Segundo o presidente da Câmara,
Bolsonaro estaria transferindo a responsabilidade a ele e ao presidente do
Senado, ao mesmo tempo que critica a velha política. “Ele precisa assumir essa
articulação, porque ele precisa dizer o que é a nova política”, afirmou.
Na
sexta à noite (22/03), o deputado chegou a declarar que o presidente Jair
Bolsonaro precisava dedicar mais tempo à aprovação da Reforma do que ao
Twitter, rede social muito usada pelo presidente da República.
No
Chile, Bolsonaro disse que nunca havia criticado Rodrigo Maia e que não sabia
porque o deputado estava agindo “dessa forma um tanto quanto agressiva”.
Maia
voltou a rebater o presidente e afirmou que não usava as redes sociais para
agredir ninguém. “Eu uso as redes sociais para dar informação aos meus
eleitores, à sociedade brasileira”, declarou o presidente da Câmara dos
Deputados. (DP)
Domingo,
24 de março, 2019 ás 12:41