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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Com redução de receita, municípios do Entorno do DF têm dificuldades para fechar contas



Os municípios goianos do Entorno do Distrito Federal têm vivido uma crise nos últimos tempos e encontrado dificuldades para equilibrar contas e se manter no índice de responsabilidade fiscal. Segundo as prefeituras, o critério de reajuste do piso pago pelos Estados, DF e municípios ao magistério têm sido o grande vilão das economias locais.

A Lei 11.738/2008 alterou o critério, promovendo aumentos acima da inflação e do crescimento da receita do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

De acordo com dados do Conselho Monetário Nacional (CMN), em 2019, o reajuste da categoria foi de 7,64%, enquanto o percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor era de 6,5%.

O aumento foi maior, também, que o crescimento da receita do Fundeb, que foi estimado pelo Governo Federal em 3,27% em relação a 2016. Portanto, a receita dos municípios será a metade do percentual do reajuste do piso do magistério.

Ainda de acordo com dados de 2010 a 2017, o INPC aumentou em 51,5%, o Fundeb em 61,79%, enquanto, no mesmo período, o piso dos professores foi atualizado em 124,49% e o salário mínimo em 83,73%.

A Lei de Responsabilidade Fiscal, por sua vez, determina o limite de gastos com pessoal de 54%. No Novo Gama, por exemplo, com o aumento da folha e queda da receita, a cidade já contabiliza 72,9% de despesa com pessoal.

Segundo a prefeitura da cidade, esse índice impede que o município invista em outras áreas, faça novas contratações, novos concursos e, ainda, comprometem a Educação e Limpeza Urbana.

Águas Lindas de Goiás também está enfrentando uma crise semelhante ao ficar acima do percentual limite de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. A cidade ficou impossibilitada de realizar contratações o que refletiu diretamente na educação do município.

Outro problema enfrentado é a manutenção do Programa Jornada Ampliada, dados que está em vigência desde 2013. O programa da Secretaria de Educação disponibiliza mais horas para o professor fazer a preparação das aulas, já que os professores assumem apenas uma turma e não duas como de costume, criou déficit de mais de 180 turmas sem professores e com o teto elevado da folha que atualmente chegou a 59% e o limite recomendado pela Lei de Responsabilidade Fiscal que é 54%, agravados pela queda na arrecadação e nos repasse do Governo Federal, mostra que as receitas não estão conseguindo acompanhar os aumentos da folha com isso o município não consegue cumprir a LRF, também ficou impedido de fazer novas contratações, e uma folha crescente que não acompanha a arrecadação, conforme mostra o gráfico abaixo, 89% da folha é de servidores efetivos, ( concursados).

Outro dado curioso é o custeio da máquina pública, recursos utilizados para o funcionamento do serviço público, tais como combustível, materiais de expedientes, insumos, etc… comparando o último ano da gestão do ex-prefeito Geraldo Messias que é cerca de 73 milhões e comparando o primeiro ano do Governo Hildo do Candango , podemos observar esse custo caiu para cerca de 35%, os gastos ficaram na casa dos 48 milhões uma redução significativa se pegarmos também o ano de (2017) do prefeito Hildo que é de 63 milhões e os gastos do último ano de Geraldo Messias (2012) 73 milhões mostra que administração do candango depois 5 anos com uma inflação acumulada de 39,16% segundo IPCA acumulado de 2012 a 2017, manteve os gastos a baixo da gestão de Messias.

O Secretário de Educação Deusimar Macedo falou que a Criação da Jornada Ampliada tem como objetivo de propor aos professores novas formas de produzir conteúdo e conhecimento aos alunos, entretanto após a adequação para o sistema da Jornada Ampliada, muitos municípios do Entorno e inclusive o Distrito Federal encaram uma dura realidade para fechar as contas uma vez que precisam do dobro de profissionais para suprir as demandas.

De acordo com análise o programa vem desestabilizando diversos municípios do Entorno. Como foi o caso de Águas Lindas que mesmo com os esforços e investimentos do prefeito na área, passou a ter 180 turmas do munícipio que não possuíam professores por conta do déficit causado pelo programa.

Em Águas Lindas a solução paliativa e emergencial com bastante esforços da Secretaria de Educação a solução encontrada foi o pagamento de horas extras aos professores já lotados, para que os mesmos assumissem as turmas sem profissionais, situação que sobrecarregou as contas do município e os profissionais da educação, ação necessária para que os alunos não ficassem sem aula.

Para resolver de forma ainda paliativa este déficit, o município conseguiu realizar com o TCM um TAC, a onde o município se compromete na diminuição dos gastos com folha e o enquadramento na ( LRF ) foi solicitado então a liberação da autorização para a contratação de contratos temporários, foram solicitados autorização para contratar 150 profissionais, o tribunal só autorizou a liberação de 90, a medida resolveu de forma provisória as dificuldades da educação, porém para o próximo ano se não houver aumento na receita do município terá que escolher se matem o Programa Jornada Ampliada, no caso da manutenção do programa, muitas turmas ficaram sem professor.

Já a Prefeitura de Novo Gama não pode realizar novas contratações restando apenas duas alternativas: manter a jornada ampliada, e assim diversas turmas ficaram sem professor, já que ao seguir a iniciativa do programa assumem apenas uma turma ou tomar a decisão de finalizar o programa e desta forma disponibilizar estes professores já contratados para assumirem duas turmas conseguindo suprir as demandas e não prejudicar o andamento das aulas.

De acordo com informações, a implantação do Programa Jornada Ampliada apresenta índices negativos após sua implantação. No ano de 2015 o município regrediu na avaliação nacional, apresentando um resultado não satisfatório em relação ao IDEB. Como ficou constatado no último resultado de 2015, a nota obtida foi inferior ao resultado de 2013 nos anos iniciais. Há certa disparidade, levando em consideração os resultados dos anos anteriores.

E não é só o Entorno que passa por estas dificuldades citadas, recentemente o governador Ibaneis e o secretário de Educação, Rafael Parente, relataram em entrevistas impossibilidades e necessidades de cancelar o programa. O secretário ainda destacou que a iniciativa não ocorre em outros estados e que é preciso atenção ao pensar nas medidas educacionais daqui para a frente.

“Aqui temos um bom tempo de coordenação. Os professores dão 25 horas de aula e têm três tardes de quatro horas para poder elaborar e programar suas atividades. Isso não existe em nenhum lugar do mundo. Se analisarmos éramos pra ter uma das melhores educações do país, porém a Capital Federal vem atingindo baixos índices nas avaliações Nacionais o que é preocupante e ´precisa ser repensado”, disse Rafael.

O Programa Jornada Ampliada, foi criado no princípio pensando em uma melhor qualidade de ensino, com o professor preparando sua aula, o que podemos constatar que isso não acontece e existem várias denúncias de professores usando seu tempo extra para exercer uma segunda carga horária em outras escolas ou exercem outras atividades, mostrando a falha do programa Jornada Ampliada. (Com o Jornal Opção)

Segunda-feira, 13 de maio, 2019 ás 11:00



 


quinta-feira, 9 de maio de 2019

STF decide validar indulto de Natal assinado por Temer com benefício a corruptos


Por 6 votos a 4, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) validaram o decreto de indulto natalino editado pelo ex-presidente Michel Temer em 2017. Com a decisão, condenados que se enquadram nas regras poderão solicitar o benefício na Justiça, incluindo condenados na Operação Lava Jato.

Com o encerramento do julgamento, a Corte derrubou a decisão individual do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu o indulto. Pelo entendimento da maioria, o indulto está previsto na Constituição e cabe exclusivamente ao presidente da República assiná-lo com as regras que bem entender, sem interferência do Judiciário.

Em março de 2018, Barroso entendeu que texto inovou e previu a possibilidade de indulto para condenados que cumpriram um quinto da pena, incluindo crimes de corrupção e correlatos, além de indultar penas de multa.

Para o Barroso, o indulto só poderia ser aplicado após o cumprimento de um terço da condenação. Condenados pelos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa em penas superiores a oito anos de prisão também não poderiam ser beneficiados.

Na sessão de hoje, o ministro criticou a decisão dos colegas. “O Supremo está decidindo que é legitimo o indulto coletivo com o cumprimento de um quinto da pena, independentemente de a pena ser de 4 ou 30 anos, inclusive pelos crimes de peculato, corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa”, afirmou Barroso.

Os ministros Luiz Fux, Edson Fachin e Cármen Lúcia seguiram o entendimento de Barroso.

Gilmar Mendes, Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Celso de Mello e o presidente, Dias Toffoli, divergiram e validaram o texto do indulto.

Para Moraes, a Corte definiu que não cabe ao Judiciário julgar as regras do indulto estabelecidas pelo presidente da República.

“O Supremo está reconhecendo a constitucionalidade de o presidente da República, independente de quem seja o presidente da República, editar um indulto, que existe desde o início da República, e não ser substituído por um ministro relator do STF, que fixa condições. ”

Em dezembro de 2017, durante o recesso de fim de ano, a então presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República e suspendeu o decreto. Em seguida, Roberto Barroso restabeleceu parte do texto, mas retirando a possibilidade de benefícios para condenados por crimes de corrupção, como apenados na Operação Lava Jato. (ABr)

Quinta-feira, 09 de maio, 2019 ás 19:00