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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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domingo, 19 de agosto de 2012

DINHEIRO TRAZ FELICIDADE, SIM



Época =

Se o dinheiro não o faz feliz, provavelmente você não o está gastando da maneira certa. Essa frase é o título de um estudo publicado pelo Journal of Consumer Psychology (“Jornal da Psicologia do Consumidor”) sobre a correlação entre renda e felicidade. Ela é positiva, porém bem modesta – e isso, segundo os autores, Elizabeth Dunn, Daniel Gilbert e Timothy Wilson, deveria nos intrigar mais. “A maioria das pessoas desconhece os fatos científicos básicos sobre a felicidade – como é criada e mantida –, então não sabe usar seu dinheiro da maneira correta”, diz o estudo, que sugere alguns princípios para maximizar a felicidade adquirida. Para começar, compre experiências em vez de coisas. Já nos dias que antecedem a nova experiência sentimos o prazer da expectativa. E durante a experiência ficamos mais felizes, pois ela nos mantém com foco no presente (como diz a ciência, uma mente dispersa é uma mente infeliz). Já objetos materiais costumam perder rapidamente seu encanto.

Pessoas muito ricas geralmente têm dificuldade em saborear os pequenos prazeres da vida – habilidade diretamente ligada ao estado de felicidade – já que, por atingir “picos” de conquistas e projetos, entediam-se com coisas menores. Um experimento mostrou que pessoas degustavam uma barra de chocolate com menos interesse após lhes ser exibida uma foto de dinheiro. É preciso cultivar o apetite pelos pequenos prazeres, aconselham os autores. E, por fim, gaste seu dinheiro com os outros: vários estudos demonstram que ações de caridade aumentam o nível de felicidade, pois a comunidade passa a admirá-lo e seus laços sociais se fortalecem.

Domingo,19 de agosto

Postada pela Redação

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Estudo: Orgasmo ajuda a prevenir doenças físicas e mentais


Midia News =

«Uma sinfonia do cérebro» ou «um espectáculo de pirotecnia». Estes são alguns dos termos usados pelos cientistas para referirem-se à resposta do cérebro no momento do orgasmo. Mas embora o prazer proporcionado por essa sensação seja de conhecimento geral, quais são os benefícios para a saúde?

Magdalena Salamanca, psicanalista especializada em sexo que trabalha em Espanha, disse à BBC que a ausência do prazer sexual pode provocar doenças e transtornos mentais.

«É importante porque o orgasmo é a satisfação de um dos instintos mais importantes do ser humano, que é o sexual», diz.

Ela destacou ainda que muitos dos problemas de cunho social ou profissional estão vinculados à insatisfação sexual. «Por exemplo, a ansiedade é um dos transtornos mais relacionados com a ausência do orgasmo».

Além disso, a psicóloga Ana Luna disse que «fisiologicamente, a descarga de muitas tensões que o ser humano acumula produz-se através do orgasmo».


Há alguns meses, cientistas da Universidade de Rutgers, no Estado americano de Nova Jersey, determinaram que o orgasmo activa mais de 80 diferentes regiões do cérebro.

Utilizando imagens de ressonância magnética do cérebro de uma mulher de 54 anos enquanto tinha um orgasmo, os cientistas descobriram que no acto quase todo o cérebro se torna amarelo, o que indica que o órgão está praticamente todo activo.

Os níveis de oxigénio no cérebro também reflectem um espectro que vai desde o vermelho intenso até um amarelo claro, e isto tem um impacto em todo organismo.


«Há outros benefícios porque todo esse sangue oxigenado que flui pelo corpo chega aos sensores da pele e vai para todos os órgãos», diz a psicóloga Ana Luna.

Já Magdalena Salamanca destaca que a saúde física e psíquica estão muito vinculadas à satisfação sexual proporcionada pelo orgasmo, o que o estudo da Universidade Rutgers parece comprovar.

A pesquisa mostrou como a actividade cerebral iniciada pelo orgasmo propaga-se por todo o sistema límbico, relacionado com as emoções e a personalidade.

Por isso, psicólogos como Ana Luna acreditam que o orgasmo é uma parte essencial de uma personalidade sadia.

«Quando você não tem um orgasmo toda essa energia fica presa», diz a estudiosa, acrescentando que muitas vezes a ausência do prazer sexual torna a pessoa irritadiça, triste, rabugenta e até mesmo com dificuldades em sorrir.

Sexta-feira 10 de agosto

Postada pela Redação

domingo, 5 de agosto de 2012

A ÉTICA EMPRESARIAL E A EVOLUÇÃO SOCIAL


Celso Afonso Brum Sagastume =

A maioria dos textos e estudos que existem em relação à ética empresarial e profissional são destinados a empresários e profissionais. Neste texto, vou partir do ponto-de-vista de quem deve exigir este tipo de ética: A SOCIEDADE.

Muitos empresários ainda pensam que o único, ou maior, objetivo de uma empresa é o lucro; e, para atingir este objetivo, parece não haver limites...

O fato é que em sociedades mais inteligentes e evoluídas a falta de ética pode acabar com uma empresa. Também é fato que a nossa sociedade ainda precisa evoluir para não mais aceitar empresas, entidades, autoridades e até mesmo pessoas que não estejam pautadas por um mínimo de ética e responsabilidade socioambiental – ou seja: que suas atividades não sejam prejudiciais a quem querer que seja; nem a pessoas e nem ao meio ambiente. Na verdade, o que se espera de pessoas éticas, principalmente empresários e autoridades, é que assumam a sua responsabilidade quanto a busca de um mundo melhor para todos. Lembrando que quanto maior é a empresa, maior é a sua responsabilidade social – e isso precisa ser cobrado pela sociedade.

Os maiores empresários sabem que a imagem de suas empresas, perante a sociedade, pode ser até mais importante do que o próprio marketing – e muitos não medem esforços para promover e demonstrar isso.

Mas falta, por parte da sociedade organizada, uma fiscalização mais efetiva em relação à ética, ou falta dela, nas empresas. Temos os órgãos de defesa do consumidor que cobram quando as empresas deixam a desejar com seus serviços; mas ainda não temos um mecanismo mais eficiente que possa medir o quanto as empresas se preocupam com os problemas, e soluções, dos quais elas mesmas fazem parte, ou são causadoras... E por quê ainda não temos este tipo de mecanismo? Talvez os próprios órgãos de defesa do consumidor possam se encarregar de fazer um ranking de empresas que não só prestam serviços ruins mas também de empresas que se dedicam a fazer coisas boas em prol da sociedade em que estão inseridas.

Para que fique mais fácil de se identificar o quanto uma empresa é útil para a sociedade como um todo, e não apenas para seus clientes, podemos sugerir uma lista de regras básicas que toda a empresa deve seguir, se quiser alcançar um padrão ético mais elevado. A nossa sociedade deveria ter um código de ética empresarial que sirva para ser cobrado de todas as empresas; pois, quanto mais cobrarmos ações positivas das empresas, melhor será a nossa sociedade – se nos omitirmos, quanto a isso, não podemos esperar que apenas a ‘boa-vontade’ seja suficiente para que cada um assuma a sua responsabilidade social.

Domingo 5 de julho

Postada Pela Redação

terça-feira, 31 de julho de 2012

CHIQUE É SER DONDOCA


Pedro Cardoso da Costa =

Quem se torna famoso ou está no auge temporariamente tem maior facilidade de ser visado pelos demais. Algumas profissões facilitam o reconhecimento instantâneo, em âmbito nacional e até internacional.

Alguns episódios isolados e despretensiosos fazem algumas pessoas famosas num piscar d’olhos. Como regra, são acontecimentos trágicos ou bizarros os mais suscetíveis a fabricarem estrelas momentaneamente. Poucos conseguem manter a visibilidade ganha. O então desconhecido repórter Celso Russomano filmou o mau atendimento à sua esposa num hospital particular, que teria contribuído para levá-la a óbito. Grazi Massafera também se firmou como atriz global depois de participar de um dos Big Brother Brasil. A maioria apenas aproveita os dias de fama e desaparecem. Aquela menina que estava no Canadá.

Famosos, ou por resultado de um trabalho duradouro ou por fatos inusitados, eles passam a ser referência para muitas pessoas. São imitados nas roupas, nos anos oitentas as calças curtas de Michael Jackson viraram mania nacional; nos cortes de cabelo, caso dos neymarnias; nos gestos, e especialmente nos seus hábitos quando tornados públicos, mas acima de tudo, nas manias. Nesse patamar das manias, as que mais pegam são aquelas que passam a valorar ações negativas ou fúteis em detrimento de atitudes positivas.

Foi assim que o tricampeão mundial de futebol, Gerson, ao fazer um comercial de uma marca de cigarro disseminou a ideia de que levar vantagem desonesta seria sinônimo de inteligência, de genialidade. Daí por diante todo mal educado passou a furar a fila de banco; os menos espertos passam serviço a um amigo na fila. Vir pelas laterais e ultrapassar os demais numa escada rolante, utilizar o elevador destinado aos preferenciais ou fingir dormir para não ceder o lugar destinado aos preferenciais são condutas corriqueiras. Ah, carros pelos corredores de ônibus tomarem a frente dos outros é a cereja de bolo da incivilidade brasileira. Como essas vilanias são consideradas virtuoses de gênios, também tomou conta do inconsciente coletivo que ser famoso é sinônimo de ser dondoca. E isso se proliferou.

Todo dia na televisão passa um famoso que só sabe fritar “bem” um ovo. Primeira tolice é definir como “bem”. Toda fritura, cozimento, depende do gosto pessoal. Bem passado para uns seria o ovo mal frito para outros. Informar que o inverso também é verdadeiro não será necessário, pois até a maioria dos geniozinhos entenderá.

Pior, ainda, é a cena da simulação do ovo sendo sapecado na frente das câmeras, quando todo mundo sabe ser tudo previamente combinado. Um dos mais recentes inúteis a sapecar um ovo foi o cantor – respeito tudo que se chame de gosto - Michel Teló no programa Fantástico, da Rede Globo. Mas já vi vários outros a afirmar que sabem fazer um miojo, um café, coisas banais assim, “gerseando” a impressão de que ser famoso também significa ser incapaz para tarefas simples do dia a dia. Não existe erro em não saber, pois são sempre pessoas atarefadas. O equívoco estaria em glamourizarem suas babaquices. Todos fazem umas carinhas de dondocas finos, com um sorriso reafirmador de que não são tarefas para famosos. Até a presidenta Dilma corroborou com essa pieguice no programa da Ana Maria Braga. Ela fez uma omelete, ao menos falou corretamente “uma” omelete, o que muitos queimadores de ovos devem ter ignorado.

Por conta dessa valoração do não saber, a atriz Sônia Braga contou que num happy hour na casa de um ator americano famoso, ela esperava ser servida quando, surpresa, percebeu que deveria se servir ou não comeria nada. Estupefata ficou no final, quando descobriu que cada um teria que lavar o prato ou copo que utilizara.

Como os famosos são realmente uma referência de conduta, muitas mulheres simples, sem nenhum recurso para pagarem a uma empregada, criam suas barbies sem saber fazer nada em casa, exatamente para serem iguais aos chiques da televisão, do cinema, da arte em geral. “Essa menina não sabe fazer nada em casa”, costumam dizer com ar fingindo de falsa modéstia. Forma-se, assim, uma sociedade de ignóbios, ao invés de se formar uma sociedade de pessoas capazes de executar pelo menos as tarefas corriqueiras, que muitas vezes poderiam evitar dificuldades em determinadas circunstâncias. Isso não é importante. Ser chique é ser famoso e dondoca; e quem não consegue a fama, torna-se apenas um pobre-dondoca-chique.

"TODA CRIANÇA DE RUA TEM UM RESPONSÁVEL QUE A ABANDONOU"

Terça-feira 31 de julho
Postada pela Redação

O QUE O STF VAI JULGAR



O Estado de S.Paulo =

Este jornal compartilha da convicção da Procuradoria-Geral da República, expressa em 2006 pelo seu então titular Antônio Fernando de Souza, acatada no ano seguinte pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e reiterada em pelo menos duas ocasiões pelo atual chefe do Ministério Público, Roberto Gurgel: no primeiro governo Lula, sob o comando do seu chefe da Casa Civil e ex-presidente do PT, José Dirceu, a cúpula do partido montou um esquema de uso de recursos públicos para a compra sistemática de apoio de deputados federais ao Planalto, em parceria com o publicitário mineiro Marcos Valério e os principais dirigentes do Banco Rural. Nada, rigorosamente nada do que se passou desde a eclosão do escândalo, com a entrevista do então deputado Roberto Jefferson à Folha de S.Paulo, em junho de 2005, na qual ele cunhou o termo "mensalão", se contrapôs à certeza de que a enormidade existiu, para os fins que foram apontados e com meios subtraídos ao Tesouro Nacional.

Se algo substantivo ocorreu ao longo desse período, foi para consolidar o entendimento de que a denúncia acolhida pelo Supremo - que deu origem ao maior, mais complexo e mais abrangente processo já instaurado em 122 anos de existência da Corte - tem plena fundamentação. Vale por um autoinfligido libelo, especialmente, a guinada de 180 graus na atitude do beneficiário por excelência da formidável operação engendrada por seus companheiros mais próximos. Primeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT, do ponto de vista eleitoral, fez apenas "o que é feito no Brasil sistematicamente", o uso de caixa 2 em campanhas políticas. Pouco depois, declarou-se "traído por práticas inaceitáveis", pediu desculpas aos brasileiros e instou o PT a fazer o mesmo. (Conforme relatos, à época ele pensou em renunciar ao mandato.) Por fim, acusou a oposição e a imprensa de conspirarem para derrubá-lo, propagando um escândalo fictício. O passo a passo das reações do presidente deixa claro o seu desespero para abafar a verdade que só se tornaria mais densa graças às investigações do Congresso.

De nada serviram também as suas tentativas de travar o curso da ação penal no STF. Ao contrário, o iminente início do julgamento do mensalão assinala o triunfo das instituições do Estado Democrático de Direito sobre a vontade dos detentores eventuais do poder político, ainda quando bafejados por níveis estelares de aprovação popular. Mas, a partir do momento em que, depois de amanhã, o ministro Joaquim Barbosa começar a ler perante os seus 10 colegas o resumo de seu relatório sobre o processo de 50 mil páginas, o Supremo não estará julgando nem a corrupção no País, nem os desmandos éticos do partido que se arrogava o monopólio da ética, nem tampouco um presidente. Quem ocupa o banco dos réus são os 38 acusados de crimes como formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. Com base no que consta nos autos e em nada mais, o tribunal se pronunciará sobre a participação de cada um deles no esquema denunciado.

"Juiz não é ácaro de gabinete", diz o presidente do STF, Carlos Ayres Brito, para indicar que a Justiça não pode dar as costas ao ambiente que cerca os seus veredictos. Isso, no entanto, se aplica antes às causas carregadas pelos ventos do tempo e o alarido das ruas - como o aborto de fetos anencéfalos, as cotas raciais nas universidades, a lei da ficha limpa ou as pesquisas com células-tronco - do que a uma ação criminal. Nesta, a culpa ou a inocência de cada réu há de resultar da convicção do juiz lastreada nos fatos, testemunhos e alegações contidas nos autos. "O juiz é um técnico", argumenta o ministro Luiz Fux. "Não pode se deixar levar pelo clamor social." Nos dois últimos anos, o exame das provas e o princípio da aplicação do direito já levaram a Justiça Federal em Minas Gerais a condenar, em três decisões, Marcos Valério, dois de seus antigos sócios e o seu advogado. As penas do chefe do "núcleo operacional" do mensalão somam 15 anos e 10 meses.

O julgamento moral da era Lula não compete à toga: seja qual for sua decisão, pertence à opinião pública.

Terça-feira 31 de julho

Postada pela Redação