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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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segunda-feira, 12 de junho de 2017

NA REUNIÃO DESTA SEGUNDA, PSDB NÃO DEVE DISCUTIR 'DESEMBARQUE'



Principal base de sustentação do presidente Michel Temer no Congresso Nacional, o PSDB deve adiar mais uma vez sua decisão de desembarque ou não do governo peemedebista. O partido marcou para a tarde desta segunda-feira, 12, reunião de sua executiva nacional para tratar do assunto. O encontro, porém, deve servir apenas para discussão, sem anúncio de uma decisão final.

"A ideia é não tomar uma decisão segunda-feira (12/6). Será mais ouvir os diversos segmentos. É muito curto o tempo entre a decisão do TSE e a reunião", afirmou o secretário-geral do PSDB, o deputado Silvio Torres (SP). Ele se referia ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral concluído na última sexta-feira, 9, e que absolveu a chapa Dilma-Temer da cassação por 4 votos a 3.

Nos bastidores, tucanos argumentam que, após o TSE, é preciso agora esperar a denúncia contra Temer que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve enviar até o fim de junho. "Temos que nos preocupar também com os 14 milhões de desempregados no Brasil e, sobre esse aspecto, é que o PSDB deve decidir", afirmou o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP).

Sem perspectiva de anunciar uma decisão, os principais caciques tucanos podem não comparecer à reunião desta segunda-feira. Um dos parlamentares mais próximos do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Torres afirma que o gestor paulista e outros governadores avaliam não comparecer. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não irá ao encontro, segundo sua assessoria de imprensa, pois tem uma reunião no Instituto FHC.

Os grupos de Alckmin e do senador afastado Aécio Neves (MG) atuam nos bastidores para evitar o desembarque agora. A avaliação de "aecistas" é de que o rompimento dos tucanos com o governo Temer pode prejudicar o mineiro. O pensamento é de que, caso o PSDB desembarque, o PMDB, maior partido do Congresso, atuará para que o tucano seja cassado. Aécio foi fortemente atingido pela delação da JBS.

Dos quatro ministros do PSDB, Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) também trabalham contra o rompimento. Os ministros e o próprio presidente Michel Temer entraram em campo na semana passada e conversaram pessoalmente ou por telefone com parlamentares tucanos para tentar conter o movimento favorável ao desembarque.

Na reunião desta segunda-feira, a defesa mais enfática pelo rompimento será feita pelos "cabeças-pretas", como são chamados os tucanos mais novos. O grupo, formado principalmente por deputados, é o que mais pressiona o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), a desembarcar. Eles temem que a impopularidade de Temer contamine o PSDB nas eleições de 2018.

Interlocutores de Tasso dizem que ele está relutante em adiar mais uma vez a decisão pelo desembarque ou não. Na semana passada, o senador cearense deu declarações públicas mais fortes que foram interpretadas como um desejo dele de que o PSDB rompa com o governo Temer. Em uma delas, disse que o partido não precisa de ministério para apoiar as reformas.

Segunda-feira, 12 de Junho, 2017 as 08hs00

domingo, 11 de junho de 2017

APÓS DECISÃO DO TSE, PLANALTO SE VOLTA PARA O CONGRESSO




Depois do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a estratégia montada pelo Palácio do Planalto é uma ofensiva contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e os rumos da Lava Jato. Para "desconstruir" Janot e também o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Temer espera contar com o Congresso, na tentativa de impedir o avanço de provável denúncia contra ele.

A absolvição do presidente pelo TSE não significa o fim da crise. O governo precisará de pelo menos 172 votos na Câmara para barrar a esperada acusação do Ministério Público. Em conversa reservada, um ministro próximo do presidente disse ao Estado que a maioria dos deputados, com receio da Lava Jato, não vai fortalecer Janot nem Fachin nessa ''batalha''. Temer é investigado por corrupção passiva, obstrução de Justiça e participação em organização criminosa.

Com a ameaça do PSDB de deixar a base aliada, o bloco conhecido como Centrão se reaglutinou e agora cerra fileiras em defesa de Temer, apresentando-se como "alternativa" aos tucanos. O grupo reúne cerca de 150 deputados e pode ser o fiel da balança para salvar o presidente de eventual cassação do mandato.

O PSDB parece cada vez mais próximo do desembarque, mas a decisão final sobre a permanência ou não no governo será tomada somente na próxima segunda-feira, em reunião do Diretório Nacional. Formado por partidos de médio porte, como o PP, PR, PTB, PRB e PSC e abrigando muitos parlamentares do "baixo clero" o Centrão enxergou nessa turbulência a oportunidade para oferecer um "ombro amigo" ao presidente.

"Na crise, orai; na bonança, cantai louvores. E eu quero cantar louvores", disse o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que na quarta-feira levou a bancada para um encontro com Temer. "Eleição direta só para presidente não dá. Por acaso o escolhido iria se ajoelhar para esse Congresso que está aí? Qualquer que seja o nome, não terá força para impor nada", afirmou o senador Telmário Mota (PTB-RR).

Cargos. Grupo do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) o Centrão praticamente se desintegrou após a prisão do peemedebista na Lava Jato, no ano passado. Com o cerco se fechando em torno de Temer, porém, o bloco ganhou importância e está de olho em vagas hoje controladas pelo PSDB.

É o caso, por exemplo, do Ministério das Cidades, ocupado pelo deputado licenciado Bruno Araújo (PSDB) e cobiçado pelo PP, que hoje comanda a Saúde. A garantia de governabilidade dada pelo bloco a Temer espera, ainda, recompensa com cargos em estatais e diretorias de bancos. Mesmo que o PSDB não deixe a base agora, o Centrão promete ficar ao lado de Temer, à espera do melhor momento para ampliar o seu espaço. 

(Com informações da Agência Estado).

Domingo, 11 de Junho, 2017 as 10hs30

sábado, 10 de junho de 2017

O VEXAME HISTÓRICO DO TSE




Gilmar Mendes, o presidente do TSE: inestimável contribuição para o apequenamento do TSE e Herman Benjamin, o relator: esforços vãos para convencer quem parecia já ter trazido a convicção de casa (Cristiano Mariz/VEJA)

Nunca, na história eleitoral do Brasil, houve tantas provas de maracutaias numa campanha – e o Tribunal Superior Eleitoral, num julgamento abominável, achou que a chapa eleita não merece nenhum tipo de punição. Nem mesmo confissões assinadas, contas-correntes documentadas e registros de um frenético trânsito de malas recheadas de dinheiro foram suficientes para convencer os ministros do TSE de que a chapa Dilma-Temer foi financiada por um maiúsculo esquema de corrupção.

Em juridiquês, a maioria dos ministros decidiu que a delação da Odebrecht, que no dizer do ministro relator, Herman Benjamin, trouxe “oceânicas, incontestes e vastíssimas” provas de corrupção, não poderia ser incluída na ação que pedia a cassação da chapa. Eles entenderam que, se incluíssem tal delação, estariam alargando o começo da ação, dando-lhe uma amplitude supostamente indevida e, assim, cometendo uma injustiça. Preferiram, então, ignorar as oceânicas, incontestes e vastíssimas provas de corrupção – e por 4 votos a 3, absolveram o presidente Michel temer e a ex-presidente Dilma Rousseff da ação de abuso de poder político e econômico. Pela absolvição, votaram os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira de Carvalho e Gilmar Mendes. Pela cassação do mandato de Temer e pela perda dos direitos políticos de Dilma, votaram Luiz Fux, Rosa Weber e Herman Benjamin.

O julgamento, tal como foi, só reforça os piores preconceitos sobre o Judiciário – de que julga não conforme a lei, mas conforme a cara do réu. É um vexame talhado para entrar na história.
(VEJA online)

Sábado, 10 de Junho, 2017 as 08hs00