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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

PERILLO COSTURA ALIANÇAS E DEVE ASSUMIR COMANDO DO PSDB




Com a experiência de quem nunca perdeu uma eleição, o governador de Goiás, Marconi Perillo, vem se tornando o favorito na disputa pelo comando nacional do PSDB. A eleição que acontece em dezembro é encarada como um um ponto de virada para os tucanos, que se veem mergulhados numa crise de identidade e também de credibilidade, com o inferno astral do senador mineiro Aécio Neves.

Na quarta-feira, Marconi foi até Brasília para comunicar ao senador e presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, que está mesmo na disputa. Perillo afirma que seu objetivo é unir o partido, preparando um programa de propostas e projetos para 2018. Tasso Jereissati não assume, mas trabalha intensamente para se manter no comando do PSDB, na expectativa de alimentar seu sonho de ainda ser um candidato a presidente da República.

"Procurei o presidente Tasso Jereissati para expressar esse desejo a ele, até porque ele é o presidente e, em momento algum, disse que é candidato. Propus que façamos uma série de novas reuniões, novas reuniões entre nós e também com os líderes do partido na Câmara e no Senado Federais para que possamos trabalhar pela unidade do partido, pela confluência de ideias e de teses em prol da continuidade do programa do PSDB e em prol do futuro do Brasil. Vamos conversar muito com todos, com os segmentos, na busca da unidade do partido.

"Eu tenho um desejo antigo de contribuir mais com o PSDB. Esse desejo de contribuir com esse partido, que fez tanto por mim no decorrer da minha vida pública, remonta a 2007, quando o então senador Sérgio Guerra foi candidato a presidente do partido", disse Perillo ao 247.

Nos bastidores, o governador goiano já avisou que não vai abrir mão da disputa. Ele acredita que hoje tem experiência (já são quatro mandatos como governador, um como senador) suficiente para guiar uma mudança efetiva dentro do PSDB.

"Quero contribuir para esse processo, unindo o partido e formulando um novo PSDB. Precisamos apresentar um novo programa para o País e debater os problemas centrais do Brasil, com responsabilidade, sem radicalismo", disse. "Apesar desse desejo de colaborar muito com o PSDB, de me dedicar mais ao partido, eu não desejo a disputa, a divisão. A minha meta é a unidade, a coesão, a confluência de ideias e propostas para que possamos pensar o PSDB e o Brasil. Temos todas as condições de discutir teses e propostas com a sociedade para a apresentação de uma candidatura presidencial capaz de vencer as eleições."

Para assumir o PSDB, Marconi vem costurando desde o início do ano uma rede apoio. Os principais apoiadores, mesmo que de forma velada, são o governador Geraldo Alckmin, o ex-presidente Fernando Henrique e o prefeito João Doria. Os ministros Bruno Araújo e Aloysio Nunes, a deputada Yeda Crusius, o senador José Serra e o ex-senador José Aníbal são outros tucanos do time Marconi.

"Estou no quarto mandato como governador e creio que posso contribuir muito com esse processo de união e renovação de ideias e projetos do PSDB. É uma forma de retribuir tudo que o partido me proporcionou em quase 30 anos de vida pública. Estou disposto a conversar com todas as correntes do partido e ouvir as demandas", disse o governador ao 247.

Futuro

" O PSDB tem tudo para ganhar a eleição. Temos todas as condições de vitória no ano que vem. Para isso, temos de ouvir muito para tomar as decisões mais sábias. Temos de ouvir e discutir, teses, valores, princípios e ideias, para, a partir delas, construir um programa para o País. E daí temos de convencer os eleitores de que temos o melhor projeto para o País. O PSDB tem muitas lideranças regionais importantes, que transformaram os seus Estados. Agora, temos que reunir essas ideias e programas, buscar esse legado do PSDB, e apresentar uma proposta de trabalho para os brasileiros."

"O Brasil precisa se unir em torno das reformas que impulsionem o crescimento sustentado. Para isso é preciso uma grande união e confluência de propósitos, em torno de novas ideias e valores para o País. Essa confluência passa, necessariamente, por uma ampla e genuína distensão política. Não se trata de abandonar o debate. O debate político é salutar e necessário. A distensão passa por esse propósito verdadeiro de fazer um debate de ideias salutar, de alto nível, sintonizado com as demandas da sociedade brasileira, que deseja o crescimento, o emprego, saúde, educação, segurança e transporte de qualidade."

Sexta-feira, 3 de novembro, 2017 ás 13hs45

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

MARCONI PERILLO AVISA A JEREISSATI QUE É CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO PSDB




O governador de Goiás, Marconi Perillo, decidiu comunicar oficialmente ao presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, que será mesmo candidato à presidência do partido na convenção marcada para dezembro. O encontro está marcado para o final da tarde desta quarta-feira no gabinete do senador, em Brasília. Perillo tomou a iniciativa incentivado pelos senadores e deputados tucanos ligados ao senador Aécio Neves (MG), que está de licença da presidência da legenda e apoia o governador goiano para a sua sucessão.

Perillo decidiu antecipar a formalização da candidatura, segundo o grupo que o apoia, porque Tasso já admitiu internamente que deve ser mesmo candidato à presidência do PSDB. O governador de Goiás quer começar logo a fazer campanha entre os tucanos para não perder espaço para o senador cearense que, na interinidade, tem a máquina do partido na mão.

Quinta-feira, 2 de novembro, 2017 ás 12hs15

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

SALÁRIOS CRESCEM R$7 BILHÕES E COMÉRCIO PREVÊ MELHOR NATAL EM TRÊS ANOS




O mercado de trabalho brasileiro movimentou R$ 188,1 bilhões em salários no terceiro trimestre do ano. O resultado representa quase R$ 7 bilhões a mais em circulação na economia no período de um ano, impulsionando a expectativa de venda para o próximo Natal. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Depois de atingir o auge de R$ 191,5 bilhões no quarto trimestre de 2014, a massa de salários começou uma derrocada até atingir R$ 181,1 bilhões no terceiro trimestre de 2016. De lá para cá, cresceu 3,9% – o que representa uma recuperação de R$ 7 bilhões.

“Nós sabemos que a remuneração do trabalho é o combustível do consumo tanto de bens quanto de serviços. A tendência é que a gente revise para cima as projeções das vendas para o Natal deste ano”, reconheceu Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A CNC estima que o varejo movimente R$ 34,3 bilhões em vendas no Natal de 2017, um crescimento de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado, após dois anos seguidos de perdas. “O mercado de trabalho sempre dá o lastro para o consumo. Fatores temporários, como redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) ou liberação de saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dão um empurrão, mas não sustentam”, completou Bentes.

Perspectiva

O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, concorda que o desempenho da massa salarial dá uma perspectiva melhor para as vendas de Natal. Além disso, com o aumento da população ocupada, muitas pessoas deixam de temer o desemprego, o que pode elevar o consumo. “Os sinais do mercado de trabalho são muito positivos, e são melhores do que o imaginado”, disse Vale.

Em apenas um trimestre, a massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 2,6 bilhões. “A massa de salários cresce porque aumenta o total de pessoas ocupadas e o rendimento delas também”, declarou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Segundo Azeredo, o aumento na renda propicia o início de um círculo virtuoso, em que o crescimento da renda disponível gera mais demanda por bens e serviços e, consequentemente, impulsiona a produção e a geração de novos empregos.

Em um ano, houve criação de 1,462 milhão de novos postos de trabalho em todo o País. A renda média também ficou maior, com alta de 2,4%, para R$ 2.115. Em relação ao trimestre anterior, houve elevação de 0,3% no rendimento médio.

Poder de compra

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) lembra que o arrefecimento da inflação tem sido fundamental para a evolução da massa de renda no País, uma vez que deixa de corroer o poder de compra dos trabalhadores.

“O crescimento da massa abre possibilidades de ter um maior dinamismo do mercado doméstico no fim do ano. Isso inclusive se expressa nos indicadores de confiança dos empresários. Mas ninguém está esperando nenhuma reviravolta. Tudo com muita calma, mas na direção favorável”, ponderou Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi. 
(AE)

Quarta-feira, 1º de novembro, 2017 ás 10hs50