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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Parte da ala militar do governo já trabalha pela candidatura de Moro à Presidência


Sem alarde, mas com muito empenho, uma parte da ala militar que continua no governo já trabalha pela candidatura do ministro da Justiça, Sergio Moro, à Presidência da República em 2022. Esses militares têm certeza de que Moro vai entrar na disputa pelo Planalto, mesmo que o presidente Jair Bolsonaro concorra à reeleição.
                              
Nada, porém, relacionado a Moro será definido de forma precipitada. O ministro sabe de seu potencial nas urnas, já conversou sobre isso com alguns amigos muito próximos, mas se convenceu de que ainda é muito cedo para falar do assunto. Mais: não quer ser visto como traidor. O tempo, acredita ele, será seu aliado.

Entre os militares que veem Moro como opção para a Presidência da República, alguns acreditam que Bolsonaro vai se desgastar muito até o início da campanha, porque não consegue domar sua tendência a gerar polêmicas. Num país com tantos problemas, o ocupante do Planalto deve optar pela sensatez. Moro está mais adequado a esse perfil, acreditam.

Outro ponto importante, segundo os militares: Moro, se candidato e eleito, tenderá a manter Paulo Guedes no comando do Ministério da Economia. Os dois são muito próximos, jantam frequentemente em Brasília. Foi Guedes quem intermediou a aproximação entre Moro e Bolsonaro.

Com a promessa de Guedes no comando da Economia, ressaltam os militares que defendem Moro na Presidência, o ex-juiz terá todo o apoio do mercado financeiro. Há, inclusive, banqueiros trabalhando na mesma direção desses militares para que o ministro da Justiça se jogue de vez na política.

Todas as pesquisas de popularidade apontam Moro como o líder mais confiável do país na atualidade. O único a ter índices mais próximos aos dele é o ex-presidente Lula, que os militares querem ver pelas costas. Moro sabe que, com esses indicadores, sai na dianteira de qualquer disputa para o cargo mais importante do país.

Quem transita pelo Palácio do Planalto admite que Bolsonaro está consciente da possibilidade de Moro sair candidato à Presidência da República. Não por acaso, sempre que possível, o presidente faz questão de dar umas estocadas no subordinado. A mais recente, e mais pesada, foi a manutenção dos juízes das garantias no pacote anticrime aprovado pelo Congresso.

Ali, Moro sentiu o baque, tanto que explicitou publicamente seu descontentamento.

O ministro da Justiça também se conscientizou de que seu sonho de ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) está cada vez mais longe de ser realizado. Bolsonaro resiste em indicá-lo. A próxima vaga será aberta em novembro, com a aposentadoria do ministro Celso de Mello.

Bolsonaro acredita, porém, que pode dobrar Moro, ao tentar convencê-lo a ser vice em sua chapa à reeleição. O presidente já disse, diversas vezes, que ele e Moro numa chapa única são imbatíveis. Essa tentativa de tirar proveito da popularidade do ministro, que é maior do que a do presidente, não sai da cabeça dos aliados de Bolsonaro que estão se regozijando no poder.

O presidente conta ainda com a popularidade do ministro para tirar do papel seu novo partido, a Aliança pelo Brasil, que corre o risco de ficar de fora das eleições municipais deste ano. Sem candidatos eleitos neste pleito, a sigla perde força para emplacar nomes fortes nas disputas majoritárias em 2022.

Procurado pela reportagem, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o governo não difere entre civis e militares entre seus integrantes. Sobre o fato de uma ala da caserna apoiar uma eventual candidatura de Moro ao Planalto, Barros diz que o pleito de 2002 não é assunto de maior importância no momento.

“O presidente Bolsonaro vem acompanhando essas questões da montagem de equipe, e é com confiança que ele administra junto a seus ministros. Quanto a ilações de que militares poderiam participar, em suporte a qualquer outra autoridade em um eventual pleito eleitoral, não tem a menor consideração factual no momento que nós vivemos”, garante.

(Correio Braziliense)

Sexta - feira, 10 de Janeiro, 2020 ás 11:00

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Lista de pré-candidatos às prefeituras das capitais para eleição de 2020 já tem mais de 200 nomes


A menos de dez meses da eleição municipal de outubro, a lista de pré-candidatos às prefeituras das capitais brasileiras já ultrapassa a marca de 200 postulantes. O número pode aumentar, uma vez que ainda não há certeza sobre a criação da Aliança pelo Brasil nem sobre os candidatos que serão apoiados de fato pelo presidente Jair Bolsonaro, que abandonou o PSL.

A Folha consultou líderes e presidentes de partidos nas últimas semanas, chegando a 224 nomes, isso sem contar as legendas nanicas. Nem todos terão suas pretensões confirmadas, sendo que outros devem surgir nos próximos meses.

As candidaturas só serão oficializadas nas convenções partidárias realizadas de 20 de julho a 5 de agosto. O primeiro turno da eleição municipal (prefeitos e vereadores) é em 4 de outubro, e o segundo, no dia 25 do mesmo mês.

Eleito pelo PSL, Bolsonaro tenta cumprir a burocracia legal —o que inclui o recolhimento e validação cartorial de 492 mil assinaturas de apoio— para colocar de pé a Aliança pelo Brasil até o início de abril, data máxima para a nova agremiação disputar a eleição. O presidente ainda não se manifestou claramente sobre quais candidatos apoiará nos estados.

Em São Paulo, tenta fechar acordo com o apresentador José Luiz Datena (hoje sem partido). No Rio, pode apoiar um de seus fiéis escudeiros, o deputado federal Helio Negão, ou o deputado estadual Rodrigo Amorim. Em Belo Horizonte, as chances maiores, hoje, apontam para o deputado estadual Bruno Engler. Todos esses foram eleitos pelo PSL e devem migrar para a Aliança.

Todos os 14 prefeitos que podem tentar a reeleição —12 já cumpriram dois mandatos— devem ser candidatos a um novo mandato, incluindo os mandatários das três maiores cidades do Sudeste: Bruno Covas (PSDB) em São Paulo (a depender de seu estado de saúde, já que está em tratamento contra um câncer na região do estômago), Marcelo Crivella (Republicanos) no Rio de Janeiro e Alexandre Kalil (PSD) em Belo Horizonte.

Entre as cidades em que certamente o prefeito será diferente do atual, estão Salvador —ACM Neto (DEM) deve apoiar seu vice, Bruno Reis (DEM)— e Recife — o prefeito Geraldo Julio (PSB) deve apoiar a candidatura de João Campos (PSB), filho mais velho do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 2014.

Um fator contribui, nessas eleições, para a tendência de aumento no número de candidatos. Trata-se da entrada em vigor da proibição de coligações entre os partidos para a disputa de cargos legislativos.

Isso tende a provocar nas médias e grandes cidades uma pulverização de candidatos a prefeito que buscarão não a eleição, necessariamente, mas sim o fortalecimento da chapa de vereadores de seus partidos.

O fim das coligações entre partidos nas eleições proporcionais — ou seja, para a disputa de vagas nas Câmaras Municipais, Assembleias e Câmara dos Deputados— corrige uma das distorções no atual sistema eleitoral. Pela regra que vigorou até a disputa de 2018, a distribuição das cadeiras era feita levando em conta a votação dada a todos os candidatos e partidos que compunham a coligação.

Com isso, muitas vezes o voto dado a um candidato de esquerda ajudava também na eleição de um defensor de propostas de direita, e vice-versa, desde que as siglas de ambos estivessem coligadas para fins eleitorais, uma situação comum.

Agora, cada sigla terá de disputar isoladamente as cerca de 58 mil cadeiras de vereador em todo o país. Isso representa uma dificuldade a mais para as médias e, principalmente, as pequenas legendas. Isso porque elas têm, isoladamente, mais dificuldade de atingir votação suficiente para eleger seus candidatos. (Folha)

Quinta - feira, 09 de Janeiro, 2020 ás 18:00

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Facebook proíbe vídeos ‘deepfakes’



O Facebook proibiu a publicação de imagens alteradas de forma fraudulenta para distorcer a realidade e confundir pessoas, conhecidas também pelo termo em inglês deepfakes. Vídeos que forem enquadrados nesta categoria e cumprirem determinados critérios serão removidos da plataforma.

Este tipo de conteúdo é uma intensificação de conteúdos falsos, também chamada de fake news. Contudo, diferentemente de textos enganosos ou montagem de imagens, os vídeos deepfakes podem trazer uma pessoa com um discurso fabricado, dando uma maior sensação equivocada de veracidade para o conteúdo.

A nova política do Facebook prevê a remoção de vídeos em casos em que foram editados ou alterados de forma que não fique claro para um usuário, e possam enganar quem assiste, levando-o a acreditar que um personagem do vídeo disse algo que na verdade não falou.

Também serão vetados vídeos que sejam produtos de sistemas de inteligência artificial ou de aprendizado de máquina que mesclam, substituem ou sobrepõem conteúdo em um vídeo, fazendo parecer que as imagens mostradas são autênticas.

Ficam excluídos das publicações que poderão ser derrubadas aquelas que se configurem como paródia ou sátira, bem como edições voltadas a corrigir aspectos técnicos (como cor ou brilho) ou para mudar a ordem de palavras.

Além disso, seguem suscetíveis de retirada pela administração da plataforma os posts que violem as suas normas internas, os chamados “Padrões da Comunidade”. Eles abordam diversos aspectos e proíbem mensagens em diversas categorias, como exibição de violência extrema, discurso de ódio, apologia ao terrorismo e comportamento não autêntico.

Os vídeos que não forem enquadrados nos critérios definidos não serão automaticamente removidos, mas podem ser objeto das medidas destinadas à desinformação. O Facebook não retira esse tipo de publicação, mas elas podem ser verificadas por agências de checagem e identificadas enquanto tal aos usuários por meio de um alerta, além de ter a distribuição reduzida no feed de notícias.

“Se nós simplesmente removêssemos vídeos marcados por checadores de fatos como falsos, os vídeos iriam ainda estar disponíveis em outros lugares na internet ou nas redes sociais. Ao identificá-los como falsos, estamos provendo às pessoas informação e contexto importantes”, justificou a vice-presidente de Políticas Globais do Facebook, Monica Bickert.

(ABr)

Terça - feira, 07de Janeiro, 2020 ás 18:00

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Maia e Alcolumbre prometem a Bolsonaro impedir taxação criminosa da energia solar



O presidente Jair Bolsonaro anunciou na noite de domingo (5/01) a solução para impedir a taxação criminosa da energia solar no País, pretendida pela Aneel, agência reguladora de energia, de acordo com projeto de resolução submetido a consulta pública.

O lobby das distribuidoras de energia pretende que a Aneel estabeleça taxação sobre o Sol, fonte da energia limpa, barata e renovável em um país tropical, enquanto obriga os consumidores a continuarem sustentando as termelétricas movidas a diesel – energia suja, cara e não renovável – por meio do sistema de “bandeiras” que encarecem a conta de luz. Esse acréscimo das “bandeiras” é repassado às termelétricas, que deveriam ter sido extintas ainda durante o governo FHC, que as criou emergencialmente. Mas ficaram ricas demais para se deixarem acabar.

Bolsonaro contou ter ouvido dos presidentes da Câmara e do Senado a garantia de votação de projetos que impeça esse absurdA taxação atende a pressão de empresas distribuidoras de energia, que têm poder de mando na agência reguladora.
“O presidente da Câmara porá em votação projeto de lei, em regime de urgência, proibindo a taxação da energia gerada por radiação solar”, escreveu o presidente no Facebook.

Ele disse também que idêntica providência será adotada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. “O mesmo fará o presidente do Senado. Caso encerrado”, afirmou.

Mais cedo, Bolsonaro postou um vídeo em que deixava clara a posição do seu governo contrária à taxação, mas deixando claro que a decisão é da agência reguladora, cujos diretores têm mandato. “Ninguém fala no governo a não ser eu, sobre essa questão”, disse no vídeo. “A decisão do governo é não taxar”.

Agências ‘aparelhadas’

No Brasil, têm força de lei as resoluções de agências reguladoras, decididas por cinco diretores, em geral indicados pelas empresas reguladas.

A Aneel pretendia taxar em 63% a chamada geração distribuída de energia solar, praticamente inviabilizando o setor.

A força do lobby das empresas “reguladas” ficou demonstrada em recente operação da Polícia Federal na Aneel, em razão do pagamento de propina a diretor cuja atuação beneficiou os interesses empresariais.

Líder adiou a taxação

O jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder, vem denunciando há meses a força do lobby das distribuidoras de energia, que “inspira” as manobras da Aneel para taxar a energia solar.

O líder do governo no Senado, Eduardo Gomes (MDB-TO), foi um dos primeiros políticos a se insurgirem contra a taxação criminosa, conseguindo que a decisão da Aneel ao menos fosse adiada. O deputado Léo Moraes (Podemos-RO) também tem lutado contra isso.

A Aneel mudou de ideia poucos anos depois de incentivar, por meio de resolução de 2015, pessoas físicas e jurídicas a investir em geração de energia fotovoltaica.

Assista o vídeo abaixo, gravado neste domingo, em que o presidente deixa clara a posição do seu governo contrária à taxação da geração distribuída de energia fotovoltaica (solar).
(DP)


Segunda - feira, 06 de Janeiro, 2020 ás 11:24