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“Não queremos fazer dinheiro vendendo você”, afirmou, na última quinta-feira (19/04), o CEO da Mozilla Corporation, Gary Kovacs, em entrevista coletiva realizada em São Paulo, capital, ao comentar uso de dados de usuário por empresas de internet. O executivo veio ao Brasil para apresentar a Boot To Gecko, conceito que vai transformar o browser Firefox em sistema operacional móvel baseado em HTML5, e foi categórico: estamos permitindo que a internet seja aberta
Kovacs garantiu que a política de privacidade do navegador será mantida no novo conceito de plataforma móvel, que chegará ao Brasil entre o fim deste ano e o início de 2013 em um lançamento exclusivo para o País, em parceria com Telefônica. “Em toda nossa existência não há dados coletados, não usamos para vender coisas para você. Isso, na verdade, nem chega até nós. Deste ponto de vista, é o único browser hoje que não registra seu comportamento, o que faz, onde navega”, disse.
O tema acerca do direito de privacidade do usuário tomou força em janeiro deste ano, quando os projetos de lei norte-americano Sopa e Pipa previam proteção ao direito autoral mas traziam problemas sobre a liberdade da web. “Acredito é que nós, como cultura e geração, ainda não entendemos as implicações e como nossa privacidade está sendo comprometida online”, alertou.
A companhia aderiu há cerca de seis meses ao Do Not Track movimento que oferece ao usuário a possibilidade de desabilitar o acesso dos sites aos conteúdos navegados pelos usuários. “Este processo está decolando. Todos da Apple, Microsoft e nós, da Mozilla, adotamos”, disse, explicando que cerca de 15% dos usuários Firefox já aderiram a essa novidade.
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