O
ministro da Educação, Rossieli Soares, evitou comentar as críticas do
presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) a respeito da prova do Enem. Até porque
ele também foi surpreendido pelo conteúdo das questões, a cargo do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inpe), cuja presidente Maria Inês
Fini escolhe e participa do grupo que as elabora em segredo. A lista dos que
podem vê-la não inclui o ministro da Educação e nem o presidente da República.
“Nós
não comentaremos as questões em si e cabe ao presidente eleito fazer a gestão
do Brasil a partir do dia 1º de janeiro”, afirmou o ministro, quando
questionado sobre a fala de Bolsonaro de que verificaria o exame antes de sua
aplicação a partir do próximo ano. “Caberá ao presidente eleito com sua equipe
fazer as discussões em janeiro. ”
Em
vídeo publicado na sexta-feira (9/11), Bolsonaro afirmou que vai “tomar
conhecimento” da prova antes de sua aplicação, o que desafia critérios técnicos
e de segurança.
O
presidente eleito disse que em seu governo vai tomar providências para que as
provas do Enem não sejam “aparelhadas” pelo discurso de minorias que fazem a
pregação de ideologias de gênero. “No ano que vem, pode ter certeza, não vai ter
questão dessa forma. Nós vamos tomar conhecimento da prova antes”, disse
Bolsonaro durante pronunciamento ao vivo em uma rede social.
Os
organizadores do exame também evitaram comentar as críticas de que as questões
da prova de humanidades teriam viés ideológico de esquerda. (DP)
Segunda-feira,
12 de novembro, 2018 ás 00:05
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