Mensagem

"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

Ja temos 2 membro, seja o terceiro do

Mostrando postagens com marcador Sergio Moro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sergio Moro. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

DEFINIÇÃO DE PRÉ-CANDIDATURAS AO PLANALTO ANTECIPA TROCAS PARTIDÁRIAS

 

   

Com os pré-candidatos à Presidência da República lançados quase um ano antes da eleição, deputados e senadores passaram a antecipar a busca por partidos alinhados às suas posições eleitorais. O troca-troca partidário teve início ainda em 2021 e nesta quarta-feira, 26, se acentuou com evento que marcou a migração em bloco de integrantes do MBL – antes espalhados por várias legendas – para o Podemos de Sérgio Moro.

 

No caso dos deputados federais, estaduais e distritais, o movimento contraria norma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que abre a janela partidária para trocas de siglas só a partir de 3 de março. Mas a antecipação da pré-campanha ao Planalto, aliada a acordos entre as agremiações, “liberou” os parlamentares a mudar de casa ou ao menos anunciar essa intenção antes da hora.

 

Desde meados do ano passado, ao menos oito deputados federais já se filiaram a legendas diferentes das que os elegeram em 2018, segundo levantamento feito pelo Estadão. Somados os que revelaram essa intenção ou que só assinaram a ficha em atos simbólicos, como Kim Kataguiri ontem (que trocará o DEM pelo Podemos), a conta vai a 13.

 

Entre os senadores – que são “donos” de seus mandatos e, por isso, podem mudar de sigla a qualquer tempo – o total de trocas efetivadas e anunciadas chega a 14. Segundo o Senado, 12 deles já avisaram a Casa oficialmente. Nesta lista, está, por exemplo, Fabiano Contarato (ES), que deixou a Rede para se filiar ao PT.

 

A antecipação à janela é atípica, já que o parlamentar pode responder por infidelidade partidária se a agremiação de origem ou o Ministério Público eleitoral decidir entrar com representação na Justiça. Para contornar possíveis punições, alguns deputados recorrem ao TSE para solicitar a mudança fora do período permitido. É possível, por exemplo, pedir desfiliação por “justa causa” em caso de incorporação, fusão ou criação de uma sigla, mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e, ainda, discriminação pessoal. Caso contrário, pode haver perda do mandato.

 

‘Fator Moro’

 

Realizado ontem, em São Paulo, o evento simbólico de adesão do MBL ao Podemos contou com o deputado estadual por São Paulo Arthur do Val (agora ex-Patriota), que pretende se lançar ao governo do Estado. Ele afirmou que o “fator Moro” foi decisivo para o ingresso antecipado na legenda. “Temos apoio recíproco das respectivas pré-candidaturas. É natural que estejamos no mesmo partido”, disse. “Essa união não é entre partidos políticos, é entre movimentos, partidos e pessoas. Setor privado e sociedade civil. O PT está ameaçando voltar para São Paulo. Precisa colocar aqui no Estado de São Paulo uma posição firme e forte contra esse tipo de proposta”, afirmou Moro.

 

Expulso do DEM em 2019, Do Val obteve autorização para migrar para o Patriota e, agora, trocar de agremiação de novo. Kataguiri tentará contornar a janela partidária solicitando acordo ou saída da atual sigla por justa causa, o que poderá ocorrer se a fusão do DEM com o PSL para a formação do União Brasil for homologada antes da janela partidária.

 

Outros quatro parlamentares usam estratégia parecida na tentativa de evitar a perda do mandato, anunciando a saída sem, de fato, deixar a legenda. É o que aconteceu, por exemplo, com o deputado federal Tulio Gadelha (PDT-PE). Apesar de afirmar publicamente que migraria para a Rede, Gadelha segue no PDT e participou da convenção nacional do partido, data em que o nome de Ciro Gomes foi anunciado como pré-candidato ao Planalto. Em nota, o PDT afirmou que não pretende solicitar punição ao parlamentar.

 

Reforços

 

Outros presidenciáveis também têm atraído quadros para os seus respectivos partidos ou siglas aliadas. No caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não apenas o PT tem ganhado quadros novos, mas também o PSB – ambos ensaiam a oficialização de uma federação que incluiria ainda o PSOL e o PCdoB.

 

Marcelo Freixo (RJ) é exemplo desse movimento. Pré-candidato ao governo do Rio, ele saiu do PSOL após acordo e migrou para o PSB no ano passado, com o apoio de Lula. Atual governador do Maranhão e pré-candidato ao Senado, Flávio Dino deixou o PCdoB para seguir o mesmo caminho.

 

O PSB atrai nomes até do Centrão que não apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, como Jorge Boeira (RS), que saiu do PP, e o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), que, autorizado pela Justiça Eleitoral, já anunciou sua desfiliação do PL, nova sigla do presidente.

 

Ramos está em tratativas com o PSB e disse não ter restrições quanto a subir no palanque de Lula no Amazonas. Sua única certeza, segundo ele, é não apoiar Bolsonaro. “Não posso permanecer em um partido que tem um presidente da República que considero não ser bom para o País, que, graças a ele, entrou em situação sanitária grave e uma crise econômica desesperadora. Não dá para ajudar um projeto que criou essas condições.” O deputado também mantém diálogo com Solidariedade, Republicanos, União Brasil e PSD.

 

Também crítico ao governo federal, o ex-ministro e ex-deputado federal Maurício Quintella (AL) anunciou sua saída da sigla um dia após a chegada de Bolsonaro, deixando a presidência do diretório alagoano para o deputado Sérgio Toledo (AL). “Todos nós, do diretório, apoiamos a entrada do presidente; quem não apoiou, se desfiliou, como o Quintella”, declarou Toledo.

 

‘Efeito Bolsonaro’

 

No sentido contrário, o “efeito Bolsonaro” também foi responsável por atrair nomes para o PL. As deputadas Bia Kicis (DF) e Carla Zambelli (SP) acenam ao partido, assim como os ministros Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura).

 

O governador João Doria (PSDB) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também têm buscado novos quadros (não apenas deputados e senadores) para fortalecer suas campanhas e facilitar alianças regionais. O tucano conseguiu neste ano “tirar” o presidente estadual do Podemos do Paraná da aliança com Moro e filiá-lo ao PSDB para disputar o governo do Estado. Ano passado, já tinha assinado a ficha de Joice Hasselmann (SP).

 

Ciro atraiu o deputado federal David Miranda (RJ), que deixará o PSOL por causa do provável apoio do partido a Lula. A perspectiva é que mais trocas ocorram a partir de março. Doria, Ciro e Moro disputam entre si protagonismo na chamada terceira via.

 

Pressa

 

O cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, avaliou que o retorno de Lula ao tabuleiro eleitoral acelerou as mudanças partidárias. “As pessoas se apressam para se mostrar ou distantes do projeto político de Lula ou próximas de seus valores e ideologias”, disse. Prando acrescentou que a antecipação é esperada em uma sociedade hiperconectada e pautada pelo imediatismo. Segundo ele, há uma necessidade constante de se manifestar o quanto antes sobre os acontecimentos da arena política, fornecendo respostas rápidas aos eleitores.

 

“O tempo da política institucional, com toda a burocracia legislativa, remonta a séculos passados. Hoje, esperam-se respostas imediatas dos parlamentares”, afirmou.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quinta-feira, 27 de janeiro 2022 às 9:28

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

MORO VAI AO NORDESTE E ARTICULA CAMPANHA COM EX-BOLSONARISTAS

Sergio Morro, Podemos -19 

Sergio Moro (Podemos-19), ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República, desembarcou na quinta-feira (6/01) na Paraíba, onde inicia um périplo pelos estados brasileiros com o objetivo de articular palanques e buscar aliados para a sua campanha neste ano.

 

Moro terá no seu entorno um grupo de parlamentares que se elegeu para Câmara dos Deputados e Senado em 2018 na onda bolsonarista, mas romperam ou se afastaram do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao longo da atual legislatura.

 

O objetivo da visita é iniciar um diálogo com setores da centro-direita e da direita que apoiaram o presidente em 2018, mas  como a maioria dos brasileiros estão arrependidos e buscam uma nova alternativa para a eleição presidencial deste ano.

 

"Tudo isso faz parte de uma construção que está sendo feita com muito diálogo. Moro é uma pessoa equilibrada, inteligente e que tem um norte do que busca para o Brasil", afirma o deputado federal Julian Lemos (PSL), que foi coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste em 2018.

 

Lemos rompeu com Bolsonaro há dois anos e tem uma relação de rusgas com os filhos do presidente. Na quarta-feira (5/01) trocou farpas com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) em uma rede social.

 

À reportagem ele disse que Bolsonaro se revelou "a maior fraude eleitoral" da história política do país: "Ele decidiu negar tudo que falou e demonstrou ser uma pessoa incompetente para governar a nação".

 

Sergio Moro cumprirá agendas até sábado (8/01) nas cidades de João Pessoa, Cabedelo e Campina Grande, três cidades onde Bolsonaro saiu vitorioso nas urnas em 2018.

 

Ele dará entrevistas para redes de rádio e de televisão locais, participará de encontros com políticos da região. Em Campina Grande, cidade nordestina que historicamente impõe derrotas ao PT, ele terá um encontro com 160 empresários, parte deles antigos apoiadores de Bolsonaro.

 

O primeiro compromisso em João Pessoa foi uma entrevista à rádio "98 FM Correio". O ex-juiz reiterou o discurso de construção de uma alternativa a Lula e Bolsonaro. E classificou como "muito ruim" o governo Bolsonaro, do qual fez parte como ministro da Justiça e Segurança Pública.

 

"É um governo que não entregou o que prometeu. Prometeu combate a corrupção, o que você tem foi proteção à família [do presidente]. Prometeu crescimento econômico, o que você tem é estagnação. Prometeu que o PT não voltaria. Foi Bolsonaro que ressuscitou Lula e o PT. Se fosse um governo melhor, não haveria discussão sobre Lula e o PT", disse.

 

Antes, ao desembarcar no aeroporto de João Pessoa, foi hostilizado por manifestantes que o chamaram de "juiz ladrão", "traíra" e gritaram o nome de Bolsonaro.

 

A expectativa é que o ex-juiz visite outros estados do Nordeste nos próximos meses com o objetivo de ganhar musculatura em uma região onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem grande capilaridade e o presidente Jair Bolsonaro tem alta rejeição.

 

Apesar das investidas na região, Moro enfrenta dificuldades para firmar palanques competitivos no Nordeste. ​

 

Na Bahia, por exemplo, a Podemos faz parte da base aliada do governador Rui Costa (PT) e deve apoiar o senador Jaques Wagner (PT) para o governo do estado.

 

A União Brasil, partido que surgirá da fusão entre PSL e DEM, negocia nacionalmente uma possível aliança com Moro. Mas na Bahia, o pré-candidato do partido ao Governo da Bahia, ACM Neto, quer distância da disputa nacional e evitará subir no mesmo palanque de um candidato que se opõe frontalmente ao ex-presidente Lula.

 

A principal aliada de Moro no estado é a deputada federal Dayane Pimentel (PSL), que também fez parte da tropa de choque de Bolsonaro no Nordeste em 2018.

 

No Ceará, há conversas em curso com o deputado federal Capitão Wagner (Pros), um dos poucos candidatos que teve apoio público do presidente Jair Bolsonaro na campanha municipal de 2020, quando concorreu à Prefeitura de Fortaleza.

 

Wagner negocia sua migração para a União Brasil, mas enfrenta resistências de setores do DEM cearense que são ligados ao governador Camilo Santana (PT) e ao presidenciável Ciro Gomes (PDT).

 

Dirigentes do DEM afirmam que uma possível candidatura de Capitão Wagner ao governo não empolga e que a legenda está focada em ampliar a sua bancada de deputados federais no estado.

 

Outra opção seria lançar a candidatura ao governo do estado do senador Eduardo Girão (Podemos), outro eleito na onda bolsonarista.

 

Em meio de mandato no Senado, o senador poderia concorrer ao governo sem sobressaltos, mas teria dificuldade de montar um palanque amplo, já que enfrenta resistências até mesmo entre opositores do governador Camilo Santana.

 

O problema é semelhante no Rio Grande do Norte, onde o principal aliado de Moro é o senador Styvenson Valentim (Podemos), neófito que foi eleito na onda antipolítica de 2018.

 

Policial militar, ele era coordenador das blitze da Lei Seca e ganhou popularidade com vídeos nas redes sociais. Foi eleito para o Senado derrotando políticos tradicionais como o ex-senador Garibaldi Alves (MDB) e costuma posar para fotos com uma palmatória de madeira onde está escrito "peia na corrupção".

 

Apesar de ter um eleitorado fiel, o senador tem dificuldade no diálogo até mesmo entre opositores da governadora Fátima Bezerra (PT), que disputará a reeleição.

 

Aliados de Moro no Nordeste, contudo, minimizam as dificuldades na formação de palanques: "Sergio Moro é um homem de conversa. Eu diria até que ele está mais adiantado do Bolsonaro estava em sua pré-campanha em 2018", afirma o deputado Julian Lemos.

(FOLHAPRESS)

Sexta-feira, 07 de janeiro 2022 às 11:44

domingo, 5 de dezembro de 2021

‘ESTE NAVIO JÁ ZARPOU’, DIZ MORO A JORNAL SOBRE LIDERAR CANDIDATURA DE 3ª VIA

 


O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) disse acreditar na liderança do seu nome para construir uma candidatura da terceira via às eleições de 2022. Em entrevista ao jornal Correio Brasiliense, quando indagado sobre se aceitaria ser vice nesse processo de construção para 2022, Moro respondeu que “colocamos nosso projeto em andamento” e que dá para usar a expressão “este navio já zarpou”.

 

“Nunca tive ambição pessoal de ser presidente. Para evitar os extremos, se outro projeto tiver melhores chances, não teria problemas em abrir mão. Agora, acredito na liderança do nosso projeto. Assim como poderia abrir mão, espero que outros tenham o mesmo entendimento, porque nós precisamos somar”, disse Moro.

 

Na entrevista, o ex-juiz ressaltou ainda que é preciso esquecer a expressão de terceira via, já que pressupõe que há dois candidatos inevitáveis e que seriam favoritos.

 

“Eu, sinceramente, não acredito nisso. Não acho que o Brasil vai ser forçado a ter escolhas tão trágicas assim. É um governo que não funciona e um governo que não funcionou no passado. Ninguém quer isso de volta” declarou. “Vamos ver o que vai acontecer nas eleições do próximo ano. Eu apresentei o meu nome. Quero construir um projeto e estou colocando de maneira muito clara. Meu objetivo é liderar esse projeto. Mas estamos conversando com todo mundo”.

 

*Estadão Conteúdo

Domingo, 5 de dezembro de 2021 às 18:08