Mensagem

"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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domingo, 22 de dezembro de 2019

“Feliz Natal para você, mesmo sem carne”, diz Bolsonaro ao avaliar que o Brasil está melhor do que a Venezuela



O presidente Jair Bolsonaro desejou neste sábado, dia 21, um “Feliz Natal” aos brasileiros, “mesmo sem carne para algumas pessoas”. Segundo o presidente, apesar da falta da proteína nos pratos, o Brasil segue com “liberdade” e em situação econômica melhor que de outros países, como a Venezuela, onde “nem cachorro tem para comer”.

“Vamos acreditar no Brasil, pessoal. Feliz Natal é um gesto, um simbolismo. Feliz Natal para você, mesmo sem carne para algumas pessoas aí, mas continua com a liberdade e temos outras opções. Outros países, que não tomaram a devida providência, as medidas na hora certa, hoje em dia não têm nem ovo. Nem cachorro tem para comer, na Venezuela”, disse o presidente, mesmo sem trazer evidências de que essa situação efetivamente ocorra no país vizinho.

Bolsonaro deu a declaração após jornalistas pedirem que ele enviasse uma mensagem de Natal aos brasileiros. Bolsonaro disse que, “do coração”, quer mudar o País para melhor e que não há interesse pessoal em suas ações.

Na mensagem, Bolsonaro também afirmou que o Brasil estava no caminho da Venezuela e de uma “quebradeira”. “A gente está mudando isso aí. Algum efeito colateral acontece. Como tenho dito, reforma da Previdência é uma quimioterapia (tratamento contra um câncer), não é fácil para muita gente ter seu tempo de serviço majorado, pensão diminuída, mas se não fizer isso aí, quebraria o Brasil”, declarou o presidente

Bolsonaro voltou a fazer referência ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral e disse ser um “milagre” que esteja vivo e tenha sido eleito. “Aconteceram dois milagres: a vida e a eleição. Milagre, ninguém consegue entender como aconteceu. É uma chance que Deus me deu de mudar o destino do Brasil”, afirmou.

O aumento das exportações de carne para a China e a menor oferta devido à entressafra têm puxado para cima o preço da proteína animal desde o fim de novembro. Dos cinco alimentos da cesta de Natal cujos preços mais subiram, quatro são carnes.

Depois do pernil, filé mignon (46,49%), lombo suíno (24,2%) e picanha (22,88%) estão na lista das maiores altas. Os dados são de pesquisa sobre inflação dos produtos da cesta de Natal apurada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), nos últimos 12 meses até a segunda quadrissemana de dezembro.

(O Tempo)



Domingo, 22 de Dezembro, 2019 ás 18:00

sábado, 21 de dezembro de 2019

As disputas municipais devem redesenhar o panorama político e definir até onde o radicalismo pode se manter no País


É comum encarar as eleições municipais como um teste para as forças políticas, verificando a adesão popular à situação ou oposição. Em 2016, por exemplo, os resultados catastróficos dos partidos de esquerda na corrida para as prefeituras, influenciados pelo processo de impeachment, já apontavam para a grande derrota sofrida para os cargos do executivo dois anos depois. Em 2020, não deve ser muito diferente.

O presidente Jair Bolsonaro terá dificuldade em garantir prefeituras importantes para nomes alinhados politicamente com ele. Além da popularidade baixa para o primeiro ano de mandato (30%, uma das piores entre os presidentes desde a abertura democrática), Bolsonaro precisa correr contra o tempo para conseguir registrar o seu partido recém-fundado, o Aliança pelo Brasil. Não deve conseguir. Portanto, precisará contar com nomes abrigados em outras legendas. O ex-presidente Lula também deve ter dificuldades para voltar a fortalecer o PT. Para isso, tem insistido que seu partido lance candidatos próprios. Mas com isso afasta ainda mais as legendas de esquerda que estão cansadas de viver — e perecer — à sombra do seu partido. Os extremos não vão ter um caminho tranquilo. Candidatos abertamente alinhados a Bolsonaro ou Lula não terão vida fácil. O pleito vai definir até onde o radicalismo pode se manter no País.

Na cidade de São Paulo, os obstáculos do presidente estão bem representados. A eleição na capital paulista é crucial pela importância política da cidade, que representa o terceiro maior orçamento do País. O governador João Doria aposta na reeleição de Bruno Covas, que ganhou mais simpatia do eleitorado depois da revelação de sua doença. Doria gostaria de vê-lo na cabeça de chapa, tendo como vice a deputada federal Joice Hasselmann (PSL), sua amiga. Mas ela rechaça essa articulação, por enquanto. Se antes o PSL tinha chances reais de vitória com ela, o racha no partido e a consequente perda do apoio de Bolsonaro diminuíram as suas chances. Uma das mais recentes pesquisas, divulgada pela XP/Ipespe, aponta que o apresentador de TV José Luiz Datena, cortejado por vários partidos, está na frente com 22% das intenções de voto. Ele é o nome que mais agradaria Bolsonaro. No campo da esquerda, há poucos nomes expressivos. O PT até considerou não lançar candidatos na cidade devido à baixa expectativa de vitória, já que o ex-prefeito Fernando Haddad não estaria disposto a disputar uma terceira eleição em seis anos. Há movimentações para a refiliação da ex-prefeita Marta Suplicy, que teria a simpatia de Lula, mas ela encontra resistências dentro da legenda por ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff.

Impasse e obstáculos

No Rio de Janeiro, o segundo maior colégio eleitoral do País, com aproximadamente cinco milhões de eleitores, Bolsonaro também deve ter dificuldades. O seu candidato natural seria Marcelo Crivella (Republicanos), mas pesquisas recentes mostram uma situação dramática para o atual prefeito, que está às voltas com o colapso das contas do município. Segundo o Datafolha, 72% consideram a atuação de Crivella “ruim” ou “péssima”. Ele tem apenas 9% das intenções de votos, perdendo para Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Freixo (PSOL), com 22% e 18%, respectivamente. O PT gostaria de ver a deputada federal e ex-governadora Benedita da Silva na disputa, mas ela resiste. Outra disputa chave ocorre no Recife, com herdeiros de clãs políticos tradicionais: Marília Arraes, neta do ex-governador Miguel Arraes, e João Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos. Mais uma mostra da dificuldade de união entre os partidos de esquerda.

Fundo eleitoral

O pleito acontecerá após a polêmica do “fundão” eleitoral. O governo previu no Orçamento enviado ao Congresso o montante de R$ 2 bilhões, um aumento razoável em relação ao R$ 1,7 bilhão gasto nas eleições para o Executivo e o Legislativo em 2018. Os líderes dos maiores partidos tentaram ampliar o valor para R$ 3,8 bilhões, mas a tentativa foi abortada após sua péssima repercussão. Se aprovada, o PT e o PSL, com as maiores bancadas, teriam direito a R$ 354 milhões a mais do que a previsão inicial — ainda assim, cada partido receberá pouco mais de R$ 200 milhões cada.

Essas eleições também serão as primeiras sem a possibilidade de coligação para as câmaras municipais. A ideia é fortalecer as legendas, impedindo que “puxadores de votos” criem distorções na representação dos vereadores. Outra mudança se refere à biometria. É intenção da Justiça Eleitoral que 4.577 municípios do País utilizem o sistema de identificação para a votação. Até o final de 2019, restam mais de oito milhões de eleitores a serem cadastrados. (IstoÉ)


Sábado, 21 de Dezembro, 2019 ás 11:00

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Tender com mel



Já o tender com mel de laranjeiras pode ser uma forma deliciosa - e sofisticada - de trazer à memória o melhor das festas natalinas.

Ingredientes

    Mel de laranjeiras
    01 limão Siciliano
    01 lata Abacaxi em calda
    01 lata pêssego em calda
    01 pote de cereja em calda
    01 lata de figo em calda
    Um punhado de cravos

Modo de Preparo

Quadricule o Tender, depois acrescente em cada quadriculado um cravo.

Despeje 3 colheres de sopa de mel de laranjeiras , raspas de limão siciliano e suco de uma laranja. Deixe marinar em um saco plástico fechado por um dia.

Após marinar passe no papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 25 minutos. Em uma travessa rasa disponha uma cama de abacaxi em caldas em seguida limpe a capa do tender e corte metade em fatias finas disponha sobre o abacaxi e a outra metade do tender inteiro em sequência.

Em uma das laterais adicione o pêssego em caldas e na outra lateral o figo em caldas. Decore com cerejas em caldas sobre a carne fatiada.




Quarta - feira, 18 de Dezembro, 2019 ás 11:00

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Interceptação da PF revela conversa de Alexandre Moraes sobre lobby no STF com desembargador investigado


Intercepção telefônica feita pela Polícia Federal e obtida pela Folha mostra como o hoje ministro do  Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tranquilizou um desembargador investigado sobre o andamento de um processo no Supremo que poderia afastá-lo do cargo.

A gravação, realizada pela PF em novembro de 2015 com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sugere que Moraes atuava informalmente como advogado do desembargador Alexandre Victor de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, no mesmo período em que ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo, como noticiou a Folha no último domingo.

Por lei, o exercício da advocacia é incompatível com a chefia de órgãos públicos, cabendo, em caso de descumprimento da regra, a abertura de procedimento disciplinar na  Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de processo criminal por exercício irregular da profissão. Procurado, Moraes não se manifestou sobre o assunto.

A Folha teve acesso ao áudio da conversa entre Moraes e Carvalho. “Acho que finalmente vai tirar essa porcaria aí do seu caminho, encheção de saco, porque é uma encheção de saco”, diz o então secretário de SP ao desembargador de Minas. Ouça a gravação abaixo:

A gravação começa no momento em que Carvalho, na época interceptado pela Operação Abside, liga para a própria Secretaria de Segurança Pública e pede a uma assessora para falar com o chefe da pasta. O diálogo começa informal, versando sobre futebol. “Seu Atlético não deu nem para o cheiro com o Coringão”, provoca Moraes.

A ligação se deu cinco dias após o Corinthians, time do agora ministro, vencer o Atlético-MG por 3 a 0 em Belo Horizonte e ficar bem perto do então hexacampeonato no Brasileiro. Na sequência, ao ser questionado sobre o julgamento, Moraes afirma que estava conversando com os integrantes da Segunda Turma do Supremo para tentar livrar o desembargador de uma reclamação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Carvalho respondia a um processo por ter empregado em seu gabinete uma funcionária que não exercia ali suas funções. Segundo a PF, havia a suspeita de que a servidora devolvia parte do salário para o magistrado.

O desembargador alegou na ocasião que ela trabalhava no gabinete de seu pai, o também desembargador Orlando Adão de Carvalho, com quem teria feito uma permuta informal. O TJ-MG inocentou Carvalho, mas o CNJ deu continuidade ao caso. Antes de assumir o posto no governo Geraldo Alckmin (PSDB), em 2014, Moraes havia pedido liminar ao Supremo, com sucesso, para evitar o avanço do processo no CNJ.

Ao conversar com Carvalho, ele lembrou qual foi a estratégia usada para conseguir a decisão: aguardar o então presidente do STF, Joaquim Barbosa, tirar folga para, em seguida, despachar com o vice, Ricardo Lewandowski.

Como mostrou a Folha, Moraes informa ao desembargador que, por estar licenciado da advocacia, não poderia participar do julgamento e fazer a sustentação oral. Por isso, explica ter dado as orientações a respeito a um outro advogado.

Ele ainda pede ao desembargador para tentar alguma aproximação com Cármen Lúcia, outra integrante da turma, por ela também ser de Minas. “Então, a Cármen é daí, né, meu? Se você tiver alguém pra só lembrar ela, não é ruim.” A Segunda Turma julgou o caso dias depois, decidindo arquivar a reclamação contra Carvalho.

(Estadão)


Terça - feira, 17 de Dezembro, 2019 ás 11:00