O
presidente Jair Bolsonaro desejou neste sábado, dia 21, um “Feliz Natal” aos
brasileiros, “mesmo sem carne para algumas pessoas”. Segundo o presidente,
apesar da falta da proteína nos pratos, o Brasil segue com “liberdade” e em
situação econômica melhor que de outros países, como a Venezuela, onde “nem
cachorro tem para comer”.
“Vamos
acreditar no Brasil, pessoal. Feliz Natal é um gesto, um simbolismo. Feliz
Natal para você, mesmo sem carne para algumas pessoas aí, mas continua com a
liberdade e temos outras opções. Outros países, que não tomaram a devida
providência, as medidas na hora certa, hoje em dia não têm nem ovo. Nem
cachorro tem para comer, na Venezuela”, disse o presidente, mesmo sem trazer
evidências de que essa situação efetivamente ocorra no país vizinho.
Bolsonaro
deu a declaração após jornalistas pedirem que ele enviasse uma mensagem de
Natal aos brasileiros. Bolsonaro disse que, “do coração”, quer mudar o País
para melhor e que não há interesse pessoal em suas ações.
Na
mensagem, Bolsonaro também afirmou que o Brasil estava no caminho da Venezuela
e de uma “quebradeira”. “A gente está mudando isso aí. Algum efeito colateral
acontece. Como tenho dito, reforma da Previdência é uma quimioterapia
(tratamento contra um câncer), não é fácil para muita gente ter seu tempo de
serviço majorado, pensão diminuída, mas se não fizer isso aí, quebraria o
Brasil”, declarou o presidente
Bolsonaro
voltou a fazer referência ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral e
disse ser um “milagre” que esteja vivo e tenha sido eleito. “Aconteceram dois
milagres: a vida e a eleição. Milagre, ninguém consegue entender como
aconteceu. É uma chance que Deus me deu de mudar o destino do Brasil”, afirmou.
O
aumento das exportações de carne para a China e a menor oferta devido à
entressafra têm puxado para cima o preço da proteína animal desde o fim de
novembro. Dos cinco alimentos da cesta de Natal cujos preços mais subiram,
quatro são carnes.
Depois
do pernil, filé mignon (46,49%), lombo suíno (24,2%) e picanha (22,88%) estão
na lista das maiores altas. Os dados são de pesquisa sobre inflação dos
produtos da cesta de Natal apurada pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), nos últimos 12 meses até a segunda quadrissemana de
dezembro.
(O
Tempo)
Domingo,
22 de Dezembro, 2019 ás 18:00
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