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"O maior inimigo da autoridade ĂŠ o desprezo e a maneira mais segura de solapĂĄ-la ĂŠ o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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sĂĄbado, 8 de outubro de 2016

PSDB EXPULSA FILIADO QUE APOIOU CANDIDATO DO PT EM MAUÁ-SP





 

O Diretório Estadual do PSDB de São Paulo determinou sexta-feira (7) a expulsão do correligionårio Clóvis Volpi, candidato derrotado à prefeitura de Mauå, no Grande ABC (SP), nessas eleiçþes municipais. O motivo da expulsão foi o apoio que Volpi declarou no segundo turno das eleiçþes municipais em Mauå à candidatura do petista Donisete Braga, em detrimento da candidatura de Átila Jacomussi (PSB), apoiada pelos tucanos.

Volpi ficou em terceiro lugar no primeiro turno. Em MauĂĄ, ele jĂĄ havia atuado como vereador por dois mandatos pelo PSDB, entre 1983 e 1988, e 1989 e 1992. Entre 1999 e 2003, atuou como deputado federal, tambĂŠm pelo PSDB, saiu da sigla em 2001, migrou para o PTB e foi eleito prefeito de RibeirĂŁo Pires, exercendo mandatos entre 2005 e 2012.

O presidente do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias, diz que a regra do partido, estabelecida em resolução aprovada pelo diretório estadual, veta qualquer apoio de membros da legenda a candidaturas do PT, considerado o maior adversårio dos tucanos em todos os níveis da administração (municipal, estadual e federal).

"O partido considera a forma e a linha de atuação do PT incompatíveis com os valores da boa gestão e Êtica estabelecidos como base partidåria", reitera Tobias, destacando que a sigla "repudia a atitude de Volpi e lamenta que ele tenha atuado de maneira pessoal, sem consultar o partido".

O diretório jå estå tomando as medidas para cancelar "de forma sumåria" a filiação partidåria dele. Tobias reitera que o PSDB apoiarå "integralmente o projeto de eleição de Átila por considerå-lo o melhor para Mauå e seus cidadãos". Em entrevista ao Diårio do Grande ABC, Volpi justificou o apoio ao candidato do PT sob alegação de que não o apoia por questþes partidårias, jå que Ê rival do PT, mas sim por acreditar que ele tem mais condiçþes de administrar uma cidade como Mauå. AlÊm disso, ele disse que o plano de governo de Átila "Ê inexequível e eleitoral". (AE)

SĂĄbado, 08 de outubro, 2016


PESQUISA EM GOIÁS APONTA APROVAÇÃO DE TEMER MAIOR QUE DE PERILLO

Goianos aprovam Temer (39,8%) mais que o governador (37,1%)

O governador de Goiås, Marconi Perillo (PSDB), estå mesmo em baixa no próprio Estado. Perde em avaliação positiva atÊ mesmo para o presidente Michel Temer, segundo pesquisa do Instituto Paranå. O levantamento revela que 60% dos goianos reprovam Perillo. Entre os 800 entrevistados, 37,1% aprovam o governo e 2,9% não opinaram. Na mesma pesquisa, Michel Temer Ê aprovado por 39,8% dos goianos e reprovado por 52,9%. O levantamento foi feito entre 3 e 6 de outubro. (A/E)

SĂĄbado, 08 de outubro, 2016

DIRIGENTES DA OAB E DA AJUFE SÃO CONTRA LIMITAR GASTOS DO SERVIÇO PÚBLICO

A situação falimentar do País, com um dÊficit estimado em mais de R$170 bilhþes, não impressiona setores que são contra a fixação de qualquer limite para as despesas do setor público sustentado pelo contribuinte brasileiro. Os presidentes da Comissão Nacional de Direitos Sociais do Conselho Federal da OAB, Maurício Gentil; da OAB de Sergipe, Henri Clay Andrade e da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) Roberto Veloso são contra a Proposta de Emenda Constitucional 241/2016 que limita os gastos nos serviços públicos por 20 anos.

Segundo Henri Clay, a entidade dos advogados nĂŁo irĂĄ corroborar com o que chama de “retrocesso social” e acha que o projeto “serĂĄ um golpe no avanço progressivo nos diretos fundamentais sociais dos cidadĂŁos brasileiros”.
JĂĄ o presidente da ComissĂŁo Nacional de Direitos Sociais da OAB, MaurĂ­cio Gentil, conclamou a sociedade Ă  luta pela defesa dos direitos sociais. “Estamos em um momento crucial, em termos de apontar para o futuro se vamos ceder e fazer da Constituição uma mera folha de papel ou se vamos lutar para que o retrocesso seja barrado e construir a efetivação dos ideais da Constituição”.

Para o presidente da Ajufe, a PEC 241 vai “inviabilizar” a justiça federal em todo o paĂ­s. Veloso lembrou que neste perĂ­odo de 20 anos “serĂĄ impossĂ­vel atĂŠ mesmo a substituição dos juĂ­zes federais que irĂŁo se aposentar ao longo do tempo, bem como a substituição de servidores que se aposentarem”.

TambĂŠm o chefe da Procuradoria Geral da RepĂşblica, Rodrigo Janot, que agravou os gastos em sua ĂĄrea fixando "auxĂ­lio residĂŞncia" para toda carreira, manifestou-se contrĂĄrio Ă  proposta de teto, chegando a afirmar que a PEC 241 seria "inconstitucional" antes mesmo de o Poder Legislativa manifestar-se sobre o assunto, aprovando-a ou nĂŁo. (A/E)
SĂĄbado, 08 de outubro, 2016


MORO DIZ QUE DECISÕES DO STF DÃO ESPERANÇAS DE QUE BRASIL SUPERARÁ CORRUPÇÃO SISTÊMICA


O juiz federal Sergio Moro, da 13ÂŞ Vara Federal de Curitiba (PR), disse sexta-feira (7), no Rio de Janeiro,  que algumas das decisĂľes recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) dĂŁo esperanças de que o Brasil poderĂĄ superar os esquemas de corrução sistĂŞmica. Moro citou como exemplo a proibição de doaçþes de pessoas jurĂ­dicas para campanhas eleitorais e a manutenção de entendimento definido pela prĂłpria Corte, em fevereiro deste ano, que permitiu a possibilidade de prisĂŁo apĂłs condenação por colegiado de segunda instância. Ele participou da aula inaugural do curso de direito penal e processual penal da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), no Tribunal de Justiça (TJRJ), centro da cidade.

Moro disse que para pĂ´r fim Ă  corrupção, ĂŠ necessĂĄrio que a impunidade tambĂŠm tenha fim, a partir da rigorosa aplicação da lei penal, que puna tambĂŠm os mais poderosos. Ele salientou, porĂŠm, a necessidade de que ocorram reformas mais amplas, como as que “estĂŁo vindo do STF”. No entender do juiz, as instituiçþes pĂşblicas e privadas devem agir da mesma forma, denunciando e combatendo esquemas corruptos.

O magistrado citou o caso dos Estados Unidos, em particular, que embora ainda apresente problemas de corrupção no momento, no sĂŠculo 20 “era um paĂ­s extremamente corrupto”, envolvendo agentes pĂşblicos, parlamentares e monopĂłlios econĂ´micos. “Mas o quadro mudou”, disse. “A corrupção hoje ĂŠ bem menor do que anteriormente”.

Um dos fatores que propiciou a mudança foi a chegada de Theodore Roosevelt Ă  PresidĂŞncia da RepĂşblica (1901 - 1909), diz Sergio Moro. Roosevelt adotou uma postura rigorosa contra essa prĂĄtica, com aplicação da lei penal. O presidente norte-americano conseguiu aprovar uma lei importante para prevenir a corrupção, limitando doaçþes para campanhas eleitorais. Palavras proferidas por Roosevelt foram citadas por Moro como aplicĂĄveis tambĂŠm ao Brasil e a qualquer outro paĂ­s que deseje combater a corrupção sistĂŞmica: “a punição da corrupção pĂşblica ĂŠ uma honra para a nação”.

Publicidade das operaçþes

Moro disse que tanto o pagador de propina como o corrompido ou beneficiårio afetam a própria sociedade. Ele acrescentou que a publicidade, no caso de operaçþes como a Lava Jato, Ê importante para que o povo possa acompanhar o caso e o julgamento de pessoas envolvidas em crimes contra a administração pública. A decisão Ê tornar públicos todos os fatos, desde que não ponham em risco o andamento do processo.

Para Moro, a corrupção sistĂŞmica “tem um custo enorme”, o custo imediato da propina, porque afeta os recursos pĂşblicos, e custos indiretos, traduzidos pelas obras com superfaturamento. AlĂŠm disso, a corrupção sistĂŞmica afasta investidores internos e externos. “Acima do custo econĂ´mico, a corrupção sistĂŞmica ĂŠ um problema moral que afeta a qualidade da democracia”. As pessoas, disse o juiz federal da 13ÂŞ Vara Federal de Curitiba (PR), perdem a fĂŠ nas leis. Moro foi aplaudido de pĂŠ por autoridades, alunos e professores da Emerj tanto quando foi anunciado para compor a mesa, como em sua saĂ­da do auditĂłrio. (ABr)
SĂĄbado, 08 de outubro, 2016

PT E PCDOB ENTRAM COM AÇÃO NO STF CONTRA PEC DO TETO DOS GASTOS PÚBLICOS

 
Deputados do PT e do PCdoB protocolaram sexta-feira(7), no Supremo Tribunal Federal (STF), mandado de segurança, com pedido de liminar, para suspensão imediata da tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos do país pelos próximos 20 anos. O relator Ê o ministro Roberto Barroso.

No pedido, os parlamentares argumentam que a PEC 241/2016 "atenta contra a separação dos Poderes, o voto direto, secreto, universal e periódico e os direitos e garantias individuais". Na interpretação dos autores do pedido, a limitação dos gastos restringirå tambÊm a atuação do presidente da República e de deputados e senadores que serão empossados em 2019, 2023, em 2027, 2031 e 2035.

“Uma grave consequĂŞncia da limitação que, por intermĂŠdio da PEC 241/2016, pretende-se impor ao povo brasileiro, como titular do poder polĂ­tico do Estado, consiste em que seus representantes, parlamentares que serĂŁo eleitos, nĂŁo terĂŁo, conforme jĂĄ destacado, a possibilidade de exercer em plenitude a representação popular no Poder Legislativo”, diz trecho do mandado de segurança.

AlÊm disso, os autores do mandado de segurança argumentam que a separação dos Poderes, prevista na Constituição, serå desrespeitada caso a PEC seja aprovada.

“Ao prever que as despesas a serem contempladas nos orçamentos de cada Poder da RepĂşblica e suas respectivas execuçþes, devam permanecer limitadas Ă  variação anual de Ă­ndice decorrente de pesquisa de preços, implementada que ĂŠ, por autarquia do Poder Executivo da UniĂŁo, as necessidades que o Poder JudiciĂĄrio, como o Poder Legislativo, tenham e considerem imprescindĂ­veis contemplar no Orçamento Geral da UniĂŁo, para atender suas legĂ­timas e necessĂĄrias demandas, estarĂŁo restringidas”, acrescentam os autores do pedido.

Os deputados oposicionistas sustentam ainda que haverĂĄ “proeminĂŞncia” do chefe do Poder Executivo em relação aos demais Poderes. “A proeminĂŞncia do Poder Executivo sobre os demais Poderes da RepĂşblica, bem como sobre instituiçþes estatais, consideradas indispensĂĄveis Ă  administração da Justiça, como o MinistĂŠrio PĂşblico da UniĂŁo e a Defensoria PĂşblica da UniĂŁo, ĂŠ evidenciada quando a PEC 241/2016, no disposto no ParĂĄgrafo 7 do Artigo 102, que se pretende inserir no ADCT [Ato das Disposiçþes Constitucionais TransitĂłrias], concentra no chefe do Poder Executivo, a possibilidade de propor alteração, por intermĂŠdio de projeto de lei, no mĂŠtodo de correção dos limites das despesas.”

O mandado de segurança Ê assinado por um deputado do PT Afonso Florence (BA) e sete do PCdoB: Jandira Feghali (RJ), Luciana Santos (PE), Daniel Almeida (BA), Angela Albino (SC), Jô Moraes (MG), Francisco Lopes (CE) e Alice Portugal (BA).

ComissĂŁo especial

 A ComissĂŁo Especial da Câmara que analisa a PEC 241 aprovou ontem o substitutivo apresentado pelo relator da proposta, deputado DarcĂ­sio Perondi (PMDB-RS). A proposta serĂĄ levada Ă  votação no plenĂĄrio da Câmara, em primeiro turno de votação na prĂłxima segunda-feira (10).

Em pronunciamento em cadeia nacional de rĂĄdio e televisĂŁo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a proposta preservarĂĄ a saĂşde e a educação, sem retirar direitos dessas ĂĄreas “O governo [do presidente Michel] Temer enviou uma proposta para mudar a Constituição e equilibrar o orçamento nos prĂłximos anos. É necessĂĄrio um prazo para ajustar as contas de forma gradual, sem retirar direitos, sem cortar o dinheiro dos projetos mais importantes, aqueles essenciais. SaĂşde e educação, por exemplo, serĂŁo preservados. Estamos criando mecanismos para garantir que essas ĂĄreas prioritĂĄrias nĂŁo terĂŁo perdas”, destacou o ministro.

De acordo com Meirelles, o controle dos gastos permitirĂĄ ao paĂ­s recuperar a credibilidade. “A confiança de consumidores, investidores e empresĂĄrios jĂĄ estĂĄ retornando. JĂĄ notamos os primeiros sinais dessa mudança. Confiamos que o Congresso aprovarĂĄ essa medida que vai equilibrar as contas pĂşblicas. Este ĂŠ o caminho para a volta do crescimento de nossa economia e para a criação dos empregos de que o nosso povo precisa.” (ABr)
SĂĄbado, 08 de outubro, 2016

PGR DIZ QUE PEC DOS GASTOS PÚBLICOS É INCONSTITUCIONAL E DEFENDE ARQUIVAMENTO

 

A Secretaria de Relaçþes Institucionais da Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Congresso Nacional nota tÊcnica contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, de 2016, de autoria do Poder Executivo, que pretende instituir o Novo Regime Fiscal.

Segundo o documento, as alteraçþes pretendidas são flagrantemente inconstitucionais, por ofenderem a independência e autonomia dos Poderes Legislativo e Judiciårio e por ofenderem a autonomia do MinistÊrio Público e demais instituiçþes do Sistema de Justiça e, por consequência, o princípio constitucional da separação dos Poderes, o que justifica o seu arquivamento ou a alteração do texto.

"A PEC 241 institui o Novo Regime Fiscal pelos próximos 20 anos, prazo longo o suficiente para limitar, prejudicar, enfraquecer o desempenho do Poder Judiciårio e demais instituiçþes do Sistema de Justiça e, nesse alcance, diminuir a atuação estatal no combate às demandas de que necessita a sociedade, entre as quais o combate à corrupção, o combate ao crime, a atuação na tutela coletiva, a defesa do interesse público", diz a nota.

Conforme o documento, a proposta de contenção de gastos invade competência orçamentåria do Poder Judiciårio e demais instituiçþes do Sistema de Justiça de maneira dråstica e indiscriminada, podendo inviabilizar o adequado exercício e desenvolvimento de suas funçþes constitucionais e institucionais.

A PGR analisa que, considerando o teor da PEC 241, o Sistema de Justiça suportarå, pelos próximos 20 anos, importante diminuição, pois estarå impedido de: ampliar sua estrutura, promover despesas co investimentos, nomear novos membros e servidores, promover os reajustes das despesas com pessoal e encargos sociais dos agentes públicos, estabelecidos em lei ou projeto de lei acordados com o Poder Executivo, efetuar despesas com inativos e pensionistas, entre outros aspectos.

"Hå que se assentar a inconstitucionalidade da PEC 241 nos moldes em que delineada, sob pena de se incutir no Poder Executivo a ideia de um 'super órgão' que, a pretexto de trazer a trajetória da dívida pública para níveis sustentåveis, passarå a controlar os demais poderes ainda que de maneira indireta, inviabilizando o cumprimento de suas funçþes constitucionais e institucionais, o que contrariaria de maneira flagrante a ordem constitucional vigente", sustenta a nota.

Alteraçþes - Caso superada a alegação de inconstitucionalidade, a PGR indica que a proposta pode ser alterada para que o Novo Regime Fiscal tenha vigência por dez exercícios financeiros, com revisão a partir do quinto exercício; e promova a distribuição/transferência do saldo positivo de receitas (fruto do esperado crescimento real da economia, baseado em projeçþes para o desempenho do Produto Interno Bruto - PIB) para as instituiçþes típicas de Estado, em especial o Poder Judiciårio e demais instituiçþes do Sistema de Justiça, evitando, assim, o enfraquecimento ou paralisação de funçþes essenciais à Justiça. (A/E)

SĂĄbado, 08 de outubro, 2016



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