A
depressão tem tratamento e o primeiro passo é conversar sobre o assunto. Essa é
a proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Dia Mundial da Saúde,
lembrado hoje (7). A doença, segundo a entidade, afeta pessoas de todas as
idades e estilos de vida, causa angústia e interfere na capacidade de o
paciente fazer até mesmo as tarefas mais simples do dia a dia.
“No
pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio, segunda principal causa de
morte entre jovens de 15 a 29 anos”, destacou a OMS. “Ainda assim, a depressão
pode ser prevenida e tratada. Uma melhor compreensão sobre o que é a doença e
como ela deve ser prevenida e tratada pode ajudar a reduzir o estigma associado
à condição, além de levar mais pessoas a procurar ajuda”, completou a entidade.
Números em ascensão
O
número de pessoas que vivem com depressão, segundo a OMS, está aumentando – 18%
entre 2005 e 2015. A estimativa é que, atualmente, mais de 300 milhões de
pessoas de todas as idades sofram com a doença em todo o mundo. O órgão alertou
ainda que a depressão figura como a principal causa de incapacidade laboral no
planeta.
“A
depressão é diferente de flutuações habituais de humor e respostas emocionais
de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa
duração e com intensidade moderada ou severa, ela pode se tornar um sério
problema de saúde”, destacou a organização. Os dados mostram que quase 800 mil
pessoas morrem anualmente em razão de suicídio.
Depressão no Brasil
De
acordo com a OMS, cerca de 5,8% da população brasileira sofrem de depressão –
um total de 11,5 milhões de casos. O índice é o maior na América Latina e o
segundo maior nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 5,9%
da população com o transtorno e um total de 17,4 milhões de casos.
O
levantamento mostra que, além do Brasil e dos Estados Unidos, países como a
Ucrânia, Austrália e Estônia também registram altos índices de depressão em sua
população – 6,3%, 5,9% e 5,9%, respectivamente. Entre as nações com os menores
índices do transtorno estão as Ilhas Salomão (2,9%) e a Guatemala (3,7%). A
prevalência na população mundial, segundo a OMS, é 4,4%.
Falhas no acesso ao
tratamento
A
organização também alertou que, apesar da existência de tratamentos efetivos
para a depressão, menos da metade das pessoas afetadas no mundo – e, em alguns
países, menos de 10% dos casos – recebe ajuda médica. As barreiras incluem
falta de recursos, falta de profissionais capacitados e o estigma social
associado a transtornos mentais, além de falhas no diagnóstico.
“O
fardo da depressão e de outras condições envolvendo a saúde mental está em
ascensão em todo o mundo”, concluiu a OMS, ao cobrar uma resposta compreensiva
e coordenada para as desordens mentais por parte de todos os países-membros.
Sexta-feira,
7 de Abril de 2017 ás 14hs50
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