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domingo, 23 de maio de 2021

14,5 MILHÕES DE FAMÍLIAS BRASILEIRAS VIVEM NA EXTREMA POBREZA

Em abril deste ano, 14,5 milhões de famílias registradas no CadÚnico (Cadastro Único do governo federal) viviam em extrema pobreza. Esse é o maior patamar da miséria no Brasil desde o início dos registros disponíveis do Ministério da Cidadania, agosto de 2012, e representa mais de 40 milhões de pessoas. Antes da pandemia, em fevereiro de 2020, havia 1 milhão a menos: 13,4 milhões.

 

Segundo o Governo Federal, é considerada família vivendo em extrema pobreza aquela com renda per capita de até R$ 89 mensais. No geral, são pessoas que vivem nas ruas ou em barracos de favelas.

 

Além desse expressivo grupo, 2,8 milhões de famílias vivem em pobreza, com renda entre R$ 90 e 178 per capita mensais.

Para o professor de economia popular da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Cícero Péricles de Carvalho, o aumento do número de famílias na extrema pobreza pode ser explicado pela recessão e baixo crescimento da economia, além dos limites das políticas sociais do governo.

 

"A situação atual do mercado de trabalho explica parte desse crescimento: são 14 milhões de desempregados, 6 milhões de desalentados [trabalhadores que desistiram de procurar emprego] e mais 7 milhões de subocupados, num total de 27 milhões de brasileiros sem renda ou com renda parcial do trabalho. Esse conjunto tem quase o mesmo número das famílias inscritas no CadÚnico [29,6 milhões]", comenta Péricles de Carvalho.

 

Segundo professor, o aumento da extrema pobreza também amplia a desigualdade social do Brasil. "Temos ainda mais 2,8 milhões de famílias pobres, ou seja, mais 8,5 milhões de brasileiros com uma renda entre R$ 89 e R$ 178. Parece algo incompreensível, no sentido econômico, para um país que é a oitava economia mundial", diz.

 

O professor acredita que uma possível melhora nos números de mortes e infectados da pandemia poderia aliviar a situação.

 

"Espera-se que, na economia da pós-pandemia, ocorra um período de crescimento das atividades que sejam grandes empregadoras, como a construção civil, agricultura familiar, comércio, serviços e indústrias intensivas de mão de obra. E espera-se também o crescimento dos negócios das micro e pequenas empresas, geradores da maioria dos empregos no Brasil, e não apenas os microempreendedores, na sua ampla maioria trabalhadores penalizados pelo desemprego", Péricles de Carvalho.

 

* Com informações do UOL.

Domingo,23 de maio, 2021 ás 12:27