Mensagem

"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

Ja temos 2 membro, seja o terceiro do

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

IMPRESSIONANTE COMO BOLSONARO ESTÁ JOGANDO FORA VOTOS PARA AS ELEIÇÕES DE 2022

O presidente Jair Bolsonaro, como os fatos estão comprovando quase que diariamente, atua contra a sua própria candidatura à reeleição em 2022 e contra a população do país. O episódio agora foi a sua decisão de anular a medida aprovada pela Anvisa de exigir dos viajantes que chegam ao país a comprovação de que se encontram vacinados contra a Covid-19, incluindo a Ômicron, nova cepa da pandemia.

 

Bolsonaro, em vídeo gravado e transmitido na tarde de terça-feira pela GloboNews e pela TV Globo, acusou o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, de estar agindo para limitar o espaço aéreo, o que nada absolutamente tem a ver com a exigência de comprovação de vacinação. Bolsonaro afirmou que às vezes é “melhor perder a vida do que a liberdade”.

 

Também incrível a posição assumida pelo ministro Marcelo Queiroga que repetiu a frase e, tentando suavizar o impacto negativo juntamente com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, editou uma portaria que estabelece uma quarentena de cinco dias para os turistas e visitantes do país que não tenham sido vacinados.

 

A frase do presidente Jair Bolsonaro contra a decisão da Anvisa de exigir comprovação de vacina aos que chegam ao país merece uma observação lógica. Bolsonaro disse – e Marcelo Queiroga repetiu – que às vezes é melhor perder a vida do que a liberdade.  A surpresa do texto leva a uma reflexão.

 

Em primeiro lugar, só pode haver liberdade onde há vida. Em segundo lugar, no fundo da questão, o presidente da República admite a possibilidade de contaminação por parte de quem vem de fora, mas coloca a liberdade do viajante acima da liberdade de viver dos homens e mulheres de nosso país.

 

Como se observa, o recuo de Queiroga, objeto de reportagem de Melissa Duarte e Dimitrius Dantas, O Globo, e de Mateus Vargas, Folha de S. Paulo, em edições de ontem, representou o mínimo exigido pela questão, já que o cuidado lógico de se solicitar o comprovante de vacinação foi afastado pelo presidente da República.

 

Com isso, claro, o reflexo político será a perda de votos de possíveis eleitores para as eleições do próximo ano. Francamente, Jair Bolsonaro nada avançou com a sua nova atitude e a sua reafirmação negacionista, mas sim perdeu espaços na medida em que a população brasileira tem se preocupado seguidamente com a questão que envolve a vida e, portanto, caminha em sentido contrário ao de Bolsonaro que se recusa a vacinar-se e combate à vacinação de uma forma ou de outra.

 

Trata-se de um comportamento destrutivo, absolutamente incompreensível à luz da lógica. O ministro da Saúde, ao endossar o posicionamento do presidente, em vez de pedir demissão, em face de sua condição de médico, voltou a se empenhar para manter o cargo, embora com isso atingindo o pensamento natural da comunidade científica e também a opinião pública brasileira.

 

O problema não pode se limitar à declaração de viajantes. Tem que se ampliar a que comprovem estarem imunizados. Quanto à quarentena, o ministro da Saúde e o chefe da Casa Civil não explicaram onde e como vai ser cumprida: quais os hotéis e quem pagará os custos, incluindo o transporte dos aeroportos aos locais da quarentena. São coisas que não foram até o momento levadas em conta nem por Queiroga ou por Ciro Nogueira. Muito menos pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.

 

Não se compreende também quais as razões que levam o governo a não aproveitar o estoque de vacinas CoronaVac e pretender doá-lo a outros países. As vacinas chinesas (100 milhões de doses) deveriam ser utilizadas principalmente nos locais em que não houve ainda a aplicação da segunda dose e também a dose de reforço, uma vez que a CoronaVac é aprovada pela OMS tanto quanto a Pfizer. E a CoronaVac está sendo fabricada pelo Butantan, o que reduz despesas quanto à aquisição das unidades.

 

Numa excelente reportagem na Folha de S. Paulo desta quarta-feira, Renata Moura focaliza o problema da fome no país e cita o exemplo exibindo uma série de fotografias no Rio Grande do Norte em cidades em que se comem lagartos e procuram-se restos de carne, inclusive bois e vacas que morreram de sede pelos caminhos da miséria e do abandono.

 

São citadas nas cidades de Senador Elói de Souza e São Paulo do Potengi, exemplos de famílias cuja renda mensal é de R$ 170 provenientes do Bolsa Família. Enquanto isso, o governo depois de conseguir a emenda dos precatórios, anuncia que iniciará ainda este mês o pagamento do Auxilio Brasil de R$ 400 por mês.

 

Mas, ainda não marcou a data exata e nem estabeleceu um roteiro para o ingresso de novas solicitações, pois nem todos os que estão em situação de extrema pobreza possuem cadastro no Bolsa Família. Como se observa, a desorientação impera.

 

Realmente há momentos em que o desânimo exige um combate especial por nós mesmos. É o caso do acordo firmado entre os presidentes do Senado e da Câmara Federal, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, que incrivelmente decidiram fatiar a emenda dos precatórios, denominada PEC do Calote, e que, de fato, expuseram a face econômico-social de uma questão que poderia ser solucionada por um simples projeto de lei ou medida provisória.

 

Reunir em duas metades uma emenda constitucional é um absurdo gigantesco. Porque na realidade, ao emendar o texto da Câmara, o Senado na prática o rejeitou, pois só se emenda aquilo com que não se concorda. Se houve concordância efetiva, não haveria emenda. Mas, Pacheco e Lira com o apoio da maioria de senadores e deputados, trilharam a estrada do absurdo.

 

Além de dividirem a emenda constitucional em etapas, acertaram votar de maneira complementar um terceiro projeto que será o resultado de um falso denominador comum entre os rumos diversos da Câmara e do Senado na matéria constitucional. O adiamento distante dos precatórios, de ação episódica, transforma-se em matéria constitucional permanente.

 

Na edição de ontem de O Globo, reportagem de Manoel Ventura focaliza a chamada economia subterrânea do país, avaliando-a em R$ 1,2 trilhão por ano, representando 16% do Produto Interno Bruto. Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia da FGV e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, sigla que, confesso, não conhecia.

 

É necessário assinalar, entretanto, que a chamada economia subterrânea não é aditiva da economia em que se produz o PIB. Essa economia informal está embutida no PIB. A maior importância que envolve a economia subterrânea está na ausência da seguridade social (INSS) e da receita para o FGTS. Com isso, não existe aposentadoria para os que trabalham na informalidade. Esse é um problema gravíssimo.

Agora, a petição inicial da ADPF nº 913

https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=758414271&prcID=6309355#

*Tribuna da Internet

Quinta-feira, 9 de dezembro de 2021 às 12:01 

 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

O MERCADOR DA MORTE VOLTA A SABOTAR O COMBATE À COVID-19

 


Havia dias que o maníaco do tratamento precoce não investia contra a saúde pública nem auxiliava, com novas medidas e falas potencialmente homicidas, o novo coronavírus a matar os brasileiros.

 

Porém, na falta do que fazer e diante da crescente ameaça da candidatura de Sergio Moro, concomitantemente ao derretimento de sua popularidade, cada vez mais restrita a uma bolha de malucos, o devoto da cloroquina foi orientado a eriçar os pelos da manada que o idolatra.

 

Assim, voltou a investir contra o combate à pandemia; mentiu a respeito da Anvisa, dizendo que a Agência quer fechar o espaço aéreo do País – alguém deveria, isso, sim, fechar o espaço vazio que permeia o crânio deste sujeito -, chamou o comprovante de vacinação de ‘coleira’ e botou seu atual bibelô da Saúde, aquele imbecil que mostra o dedo para o povo, para demonizar as vacinas.

 

Todos os dados apontam para a indispensável vacinação em massa. Aliás, todos os dados provam a eficácia dos imunizantes na contenção da doença e na diminuição drástica das internações, casos graves e mortes. Mas, provavelmente, aí está o problema. Este governo asqueroso trabalha pelo pior; trabalha para o pior; quer pilhas e pilhas de mortos, só pode.

 

Bolsonaro e seu fantoche, sócios do corona, ao contrário dos países governados por pessoas decentes, justas, empáticas, responsáveis e ‘pró-vida, não querem saber de restrições para estrangeiros que desembarcam no Brasil. Acreditam que a prova de vacinação é errada. O ‘bosta’ (sim, com o perdão da grosseria, o ‘bosta’) do ministro – um médico!! – repetiu a falácia do patrão: ‘é melhor perder a vida do que perder a liberdade’.

 

Eu pergunto à dupla de ‘mercadores da morte’ (termo tão bem cunhado pela revista IstoÉ): exigir a vacinação depõe contra a liberdade de quem? Cretinos, estes dois! Sabem que não se trata disso. Ao contrário. Trata-se, no limite, de liberdade para espalhar patógenos, criar mutações virais e, finalmente, matar. Em todo o mundo o número de vítimas fatais entre os não-vacinados é estratosférico se comparado aos vacinados.

 

Essa porcaria de Ômicron, a nova variante do SARS-COV-2, surgiu justamente na África, onde a taxa de vacinação é mínima. Menos pior que não é tão nociva e, ao que tudo indica, suscetível às vacinas que temos. Mas, uma hora dessas, por culpa destes vagabundos proto-assassinos, negacionistas malditos, gente ignorante e do mal, surgirá uma variante imune às drogas atuais, e nos devolverá à primeira casa do tabuleiro desse jogo da morte.

 

Quando – e se – isso ocorrer, imagino a festa que farão Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e a malta ordinária que o segue. Que Deus proteja a humanidade! Mas não o deus desses falsos religiosos, ‘servos do capeta’, no caso, do coronavírus. Porque esse deus (com D minúsculo), só se importa mesmo com indicação de ministro-amigo para o STF: cantaramaia suia cantaramaia, uhúúúú, mito, mito!!

 

IstoÉ

Quarta-feira, 8 de dezembro de 2021 às 8:59

 

domingo, 5 de dezembro de 2021

‘ESTE NAVIO JÁ ZARPOU’, DIZ MORO A JORNAL SOBRE LIDERAR CANDIDATURA DE 3ª VIA

 


O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) disse acreditar na liderança do seu nome para construir uma candidatura da terceira via às eleições de 2022. Em entrevista ao jornal Correio Brasiliense, quando indagado sobre se aceitaria ser vice nesse processo de construção para 2022, Moro respondeu que “colocamos nosso projeto em andamento” e que dá para usar a expressão “este navio já zarpou”.

 

“Nunca tive ambição pessoal de ser presidente. Para evitar os extremos, se outro projeto tiver melhores chances, não teria problemas em abrir mão. Agora, acredito na liderança do nosso projeto. Assim como poderia abrir mão, espero que outros tenham o mesmo entendimento, porque nós precisamos somar”, disse Moro.

 

Na entrevista, o ex-juiz ressaltou ainda que é preciso esquecer a expressão de terceira via, já que pressupõe que há dois candidatos inevitáveis e que seriam favoritos.

 

“Eu, sinceramente, não acredito nisso. Não acho que o Brasil vai ser forçado a ter escolhas tão trágicas assim. É um governo que não funciona e um governo que não funcionou no passado. Ninguém quer isso de volta” declarou. “Vamos ver o que vai acontecer nas eleições do próximo ano. Eu apresentei o meu nome. Quero construir um projeto e estou colocando de maneira muito clara. Meu objetivo é liderar esse projeto. Mas estamos conversando com todo mundo”.

 

*Estadão Conteúdo

Domingo, 5 de dezembro de 2021 às 18:08