A
confiança do consumidor subiu 3,5 pontos em março ante fevereiro, na série com
ajuste sazonal, informou nesta segunda-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas
(FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 85,3
pontos, o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 86,4 pontos.
“A
Sondagem de março confirma a retomada da trajetória de alta da confiança do
consumidor, interrompida com um forte ajuste no sentido contrário ao final do
ano passado. O resultado continua sendo conduzido principalmente pela melhora
das expectativas. Apesar disso, notícias favoráveis à retomada da economia,
como a desaceleração da inflação, a queda dos juros e a liberação de recursos
de contas inativas do FGTS, podem levar a uma alta mais consistente das
variáveis que medem a situação corrente dos consumidores ao longo dos próximos
meses”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do
Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota
oficial.
Houve
melhora em março tanto das avaliações sobre o momento atual quanto das
perspectivas para o futuro. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,2 ponto,
alcançando 71,5 pontos, o maior nível desde agosto de 2015. Já o Índice de
Expectativas (IE) avançou 5,1 pontos, atingindo 95,7 pontos, o maior patamar
desde fevereiro de 2014.
As
avaliações sobre o cenário econômico atual melhoraram pelo terceiro mês
consecutivo. O indicador que mede a satisfação dos consumidores com a situação
econômica local subiu 2,0 pontos, para 77,8 pontos. O Indicador de percepção
com a situação financeira da família ficou relativamente estável, ao passar de
65,6 para 65,9 pontos.
Quanto
às expectativas, o Indicador de perspectivas sobre as finanças familiares foi o
que mais contribuiu para a alta do ICC no mês, com elevação de 5,8 pontos, para
94,3 pontos. “Este otimismo parece refletir a expectativa de aceleração do
processo de desalavancagem das famílias, sob a influência de inflação e juros
mais baixos e entrada de recursos anteriormente não previstos do FGTS”,
ressaltou a FGV.
A
melhora da confiança ocorreu em todas as faixas de renda de consumidores. Entre
as famílias com renda familiar mensal de R$ 2.100,01 a R$ 4.800,00, o índice
subiu 5,1 pontos em relação em março ante fevereiro, influenciado por melhores
expectativas em relação à situação financeira das famílias e um maior ímpeto de
compras.
A
Sondagem do Consumidor coletou informações de mais de dois mil domicílios em
sete capitais, com entrevistas entre os dias 2 a 22 de março. (AE)
Segunda-feira,
27 de Março de 2017 ás 11hs30
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