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"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mais segura de solapá-la é o riso." (Hannah Arendt 1906-1975)

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domingo, 5 de dezembro de 2021

‘ESTE NAVIO JÁ ZARPOU’, DIZ MORO A JORNAL SOBRE LIDERAR CANDIDATURA DE 3ª VIA

 


O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) disse acreditar na liderança do seu nome para construir uma candidatura da terceira via às eleições de 2022. Em entrevista ao jornal Correio Brasiliense, quando indagado sobre se aceitaria ser vice nesse processo de construção para 2022, Moro respondeu que “colocamos nosso projeto em andamento” e que dá para usar a expressão “este navio já zarpou”.

 

“Nunca tive ambição pessoal de ser presidente. Para evitar os extremos, se outro projeto tiver melhores chances, não teria problemas em abrir mão. Agora, acredito na liderança do nosso projeto. Assim como poderia abrir mão, espero que outros tenham o mesmo entendimento, porque nós precisamos somar”, disse Moro.

 

Na entrevista, o ex-juiz ressaltou ainda que é preciso esquecer a expressão de terceira via, já que pressupõe que há dois candidatos inevitáveis e que seriam favoritos.

 

“Eu, sinceramente, não acredito nisso. Não acho que o Brasil vai ser forçado a ter escolhas tão trágicas assim. É um governo que não funciona e um governo que não funcionou no passado. Ninguém quer isso de volta” declarou. “Vamos ver o que vai acontecer nas eleições do próximo ano. Eu apresentei o meu nome. Quero construir um projeto e estou colocando de maneira muito clara. Meu objetivo é liderar esse projeto. Mas estamos conversando com todo mundo”.

 

*Estadão Conteúdo

Domingo, 5 de dezembro de 2021 às 18:08


 

terça-feira, 30 de novembro de 2021

‘PRESIDENTE APRESENTOU DOIS NOMES INACEITÁVEIS PARA DIREÇÃO DA PF’

 

     Sergio Moro(podemos-19)

Na próxima quinta-feira (2/12), o ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro (Podemos) lançará o seu livro “Contra o sistema da corrupção”. Na obra, o ex-juiz faz uma revisão dos principais episódios enquanto atuava na 13ª Vara Criminal de Curitiba, e na segunda parte ele dá detalhes sobre a fritura pública que sofreu do presidente Jair Bolsonaro (PL)

 

Em um dos trechos do livro, Sergio Moro conta que ao retornar de férias do Canadá, em janeiro de 2020, voltou a ser pressionado para substituir o diretor-geral da Polícia Federal. Durante uma reunião com o presidente e um outro ministro, foram apresentados três nomes para que ele escolhesse.

 

“Daqueles três, dois eram absolutamente inaceitáveis, por falta de histórico suficiente na Polícia Federal ou por outras questões específicas. Apenas um deles, o delegado da PF Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), me parecia aceitável, apesar de sua pouca experiência.”

 

A princípio, o ex-ministro concordou com a troca. “Mas, logo depois, quando refleti melhor, percebi que caíra em uma armadilha. Primeiro, porque não havia motivo para a saída do diretor-geral (Maurício) Valeixo. Segundo, embora Ramagem até aparentasse ser um bom profissional, seria visto como uma interferência do Planalto na Polícia Federal – o delegado era muito próximo da família Bolsonaro desde a campanha de 2018, quando comandou a segurança do então candidato a presidente.”

 

“No fundo, o principal motivo para eu mudar de posição foi que comecei a desconfiar das razões do presidente para a mudança pretendida. Por que o presidente queria tirar Valeixo, um profissional respeitado pela categoria, sem qualquer motivo objetivo, e substituí-lo por alguém de sua relação pessoal? O tempo me daria razão.”

 

Sergio Moro também relata outra crise com o presidente Jair Bolsonaro. Sobre a reunião, realizada em janeiro de 2020, na qual o mandatário se reuniu com os secretários de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal para estudar uma possível divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A reunião foi transmitida via redes sociais.

 

“No mesmo dia, várias pessoas me procuraram querendo saber o que eu faria diante daquela fritura pública. Apesar do desgaste, eu estava tranquilo quanto ao rumo que devia tomar. Tinha sido convidado para ficar à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Se a pasta fosse dividida, não continuaria no governo de jeito algum.”

 

Diante desse e de outros episódios, Sergio Moro começou a tirar suas próprias conclusões. “Eu não poderia confiar nele, já que, com frequência, Bolsonaro recorria gratuitamente a esses expedientes reprováveis de fritura pública. Também concluí que ele simplesmente não confiava em mim e não desejava a minha presença no governo. Daí, o reiterado desejo de retirar poder de mim ou do Ministério da Justiça ou de me contrariar, como ocorreu nos episódios do Coaf, dos vetos ao projeto de lei anticrime, da separação do ministério, da substituição do diretor-geral da Polícia Federal ou do superintendente da PF no Rio de Janeiro.”

Com informações do UOL.

Terça-feira, 30de novembro 2021 às 18:10

domingo, 28 de novembro de 2021

GRUPO DE WHATSAPP SIMBOLIZA APOIO DE CÚPULA MILITAR A MORO

 

Na semana passada, a filiação do general Carlos Alberto dos Santos Cruz ao Podemos, partido do presidenciável Sérgio Moro, expôs um movimento que pode rachar o apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas Forças Armadas. Em círculos fechados, militares reconhecidos na tropa como formuladores, responsáveis por artigos de viés conservador e despontados com Bolsonaro, se entusiasmaram com a união entre Moro e Santos Cruz. Esses oficiais se reúnem num grupo virtual batizado “3V” – acrônimo ao estilo militar para a “terceira via” eleitoral.

 

Os contatos do grupo são discretos. O “3V” reúne oito nomes conhecidos nas Forças Armadas, que trocam impressões por meio de mensagens no WhatsApp. Quase todos são oficiais de alta patente da reserva, mas há entre eles um coronel verde-oliva da ativa. As restrições da pandemia de covid-19 impediram muitos encontros presenciais – somente três ocorreram em apartamentos de generais no Plano Piloto, em Brasília.

 

Os militares acompanham os passos de Moro e acham que ele pode cristalizar apoios e se mostrar viável para derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atualmente líder em pesquisas de intenção de voto. Esse é um traço que une o grupo: o objetivo de encontrar um nome alternativo a Bolsonaro que possa impedir a volta do PT ao poder. Só não querem apoiar a extrema direita. “A terceira via é uma boa solução para o impasse que vivemos. Há um medo grande da volta do PT, da esquerda”, diz o general de Exército da reserva Paulo Chagas, decepcionado com Bolsonaro, a quem apoiou em 2018. “Não passamos de eleitores engajados, nosso papel é difundir nosso pensamento e mostrar que não existe um caminho só, que a gente pode e deve evoluir. Vejo muitos militares que concordam que Bolsonaro foi uma decepção, preferiu reimplantar o presidencialismo de coalizão. A essência política não mudou nada.”

 

Além de Santos Cruz e Paulo Chagas, integram o 3V o general Maynard de Santa Rosa, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, o general Lauro Luís Pires da Silva, o coronel Walter Felix Cardoso, ambos ex-assessores da SAE. Outro rosto conhecido é o general Marco Aurélio Costa Vieira. Ex-secretário nacional do Esporte, demitido no início do governo Bolsonaro, o general Marco Aurélio é ligado ao ex-comandante-geral do Exército, general Eduardo Villas Bôas – ele dirige o instituto que leva o nome de Villas Bôas. Todos são do Exército. Pela Marinha, participa o capitão de Mar e Guerra dos Fuzileiros Navais Álvaro José Teles Pacheco, conhecido como comandante Pachequinho.

 

*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Domingo, 28 de novembro 2021 às 11:02