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domingo, 30 de outubro de 2011

CÂNCER NA LARINGE ESTÁ LIGADO AO TABACO E CONSUMO DE ÁLCOOL !


Na manhã de 29/10, após realizar exames no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez 66 anos semana passada, teve diagnosticado um tumor localizado na laringe. Ele foi internado após reportar ao cardiologista Roberto Kalil que sentia dor na garganta e apresentava rouquidão repentina desde a sexta-feira. O médico o aconselhou, então, a ir ao hospital para ser examinado.

Oncologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia, o bauruense José Getúlio Segalla explicou que o uso do cigarro é um dos fatores relacionados à doença. O presidente Lula fumava cigarrilhas e charutos e nunca escondeu seu apreço por bebidas alcoólicas - ainda que de forma moderada. “Não podemos fazer uma avaliação do quadro do paciente, pois isso é muito particular, mas podemos afirmar que os tumores da laringe têm relação direta com o uso do tabaco e do consumo diário e excessivo de álcool. Quando a ingestão excessiva de álcool é adicionada ao fumo, o risco aumenta para o câncer supraglótico. Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e beber têm probabilidade de cura diminuída”, afirma Segalla.

Ainda segundo o médico, a própria relação dos hábitos do tabagismo e etilismo (ingestão de bebidas alcoólicas) faz com que o câncer de laringe seja mais frequente em homens do que em mulheres. “É uma relação de hábitos, já que na nossa sociedade ainda são os homens quem mais bebem e fumam”.

De acordo com Segalla, no Brasil, os cânceres de cabeça e pescoço representam aproximadamente 6% do total de tumores. “Destes, a maior incidência são os de boca e língua, estando os de laringe em segundo lugar”, afirma.

Voz será preservada

Segundo o departamento médico que cuida do ex-presidente, Lula, que já iniciou o processo de quimioterapia, não corre o risco de perder a voz.

O oncologista José Getúlio Segalla afirma que a escolha pela quimioterapia antes da radioterapia, geralmente, deve-se ao intuito de preservar a voz, deixando a cirurgia para o resgate caso a radioterapia não for suficiente para controlar o tumor. “A associação da quimio e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos, desenvolvidos para tumores mais avançados. Em geral não é comum o tratamento de quimioterapia de início. Quando temos quadros com lesões muito grandes, se opta pela cirurgia, mas há o risco de deixar o paciente sem voz. Parece não ser o caso, uma vez que estando na fase um, a chamada fase inicial, o paciente é altamente curável”, explica.

Em entrevista à imprensa o também oncologista Artur Katz, que está na equipe que atende o ex-presidente, confirmou que houve opção pela quimioterapia à cirurgia para que fosse preservado as funções da laringe. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia, quanto mais precoce for o diagnóstico do cânceres da cabeça e pescoço, maior é a possibilidade do tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais, evitando problemas nos dentes, fala e deglutição.

Todo diagnóstico depende muito da localização e do estágio do câncer. Assim, ele pode ser tratado com cirurgia associada ou não à radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia. Além disso existe uma série de procedimentos cirúrgicos disponíveis de acordo com as características do caso e do paciente”, destaca Segalla.

Dados fornecidos pela assessoria de Imprensa do Hospital Sírio-Libanês. 

Domingo, 30/10/2011 ás 18h:05

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